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História Amor pra sempre - 17 - São Francisco, Califórnia


Escrita por: smont

Notas do Autor


Aproveitando o feriadinho pra atualizar <3

Capítulo 19 - 17 - São Francisco, Califórnia


Fanfic / Fanfiction Amor pra sempre - 17 - São Francisco, Califórnia

~ Pov Emma

- Regina vai começar a ver a divisão da empresa assim que voltarmos da viagem na próxima semana - eu falava com Ruby enquanto ganhava de Neal no jogo. 

- E como ela está? - perguntou Ruby com os olhos vidrados na partida. 

- Ainda não entendi direito o que tá pegando, mas ela tá bem empolgada com o trabalho de novo - falei. - Ela só fala disso o dia todo - eu ri. 

- Vê se não vai cortar ela então - alertou Neal e eu sabia com o que ele se referia. 

Eu odiava falar de trabalho fora do escritório mas me esforçava em respeitar a empolgação de Regina, e eu sabia que ela me respeitava também em não fazer perguntas sobre aquele bendito contrato de Gold, que eu nem tinha nada haver mas se eu perguntasse para Lilith ela provavelmente me contaria tudo, mas não era minha fofoca favorita. 

- E o sexo? - Ruby perguntou.

- Ah não! - cortou Neal automaticamente - eu não preciso escutar isso. - eu gargalhei junto a Ruby.

- Estamos melhor …  - eu falei me lembrando da noite anterior.

- Já me basta essa aí - Neal falando apontando a cabeça para Ruby - ela trouxe Aurora pra dormir quase a semana toda aqui!

- Mas você é um bocudo - rebateu Ruby. 

- Que história é essa, Ruby Luccas? - quis saber mas ela foi salva por Meegan entrando em casa. 

- Depois explico - Ruby falou evasiva. 

- Oi gente! - Meegan sempre muito animada se sentou ao lado de Neal e soltou uma reclamação dele estar perdendo de novo pra mim. 

- Eu ganhei mais uma partida e olhei o relógio, já estava tarde o suficiente. 

- Vou ver se Regina vai sair daquele escritório hoje - falei pegando o celular para mandar mensagem. 

“Mais meia hora, amor” - ela respondeu rápido. 

- Bom, eu vou indo. - falei guardando o celular e me levantando. 

- Fica pra jantar, pô - Neal falou. - Chama a cunhadinha, to com saudades dela! 

- Até esse negócio todo da HMills terminar, eu não acho que ela vai ter muita cabeça pra te dar atenção, fedelho - falei de forma carinhosa e depositei um beijo em sua cabeça. - Ruby, não esquece de me contar sobre suas estripulias depois.

Fui para o carro e em direção a minha casa, aproveitei que tinha uns minutos e parei na Adega pra pegar o vinho que tinha encomendado. Amanhã seria oficialmente o dia do nosso aniversário de namoro, mas nós conversamos “como adultas” e deixamos a comemoração principal para a viagem. 

Voltei do mercado e Regina ainda não tinha chegado, coloquei o vinho na adega junto com os outros e sai em direção a cozinha. Lavei as mãos e comecei a preparar a tábua de frios com o que eu havia comprado. Eu cantarolava a música enquanto cortava o queijo quando ouvi a voz da minha namorada abrindo a porta. Puxei o pano de mão e fui até a sala. 

- Como vai a namorada mais linda do mundo? - ela falou e eu me surpreendi, eu era a namorada de cantadas batidas. Ela tinha um sorriso largo como a tempos não via.

- Você eu não sei - falei marotamente - mas agora eu estou ótima.

Me aproximei de Regina com saudades, não havíamos nos visto de manhã porque ela saíra cedo demais. Meus braços automaticamente foram para sua cintura e ela quase se jogou em mim, nos beijamos carinhosamente. 

- Já tomou banho? - ela perguntou quando nos separamos apenas para respirar. 

- Tô te esperando - falei e ela me encarou, suas bochechas rosaram de leve e eu sorri. 

Eu saí do abraço e a puxei pela mão até o nosso banheiro. 

- Banheira? - perguntei já indo em direção da mesma e a ligando. Regina concordou me olhando. Me esforcei um pouco para perguntar como havia sido seu dia, mas só pela sua postura corporal eu sabia que ela estava se segurando para não comentar nada. 

- Bom! - ela sorriu mas para minha surpresa, ela não falou nada sobre o trabalho, simplesmente foi até o armário em cima da pia. - eu queria ver se eu achava aqueles sais que compramos a mil anos atrás. 

- Não estragam? - eu perguntei me sentando na beira da banheira e deixando a água cair sobre meus dedos. 

- Não sei - ela puxou o pote e procurou por alguma data de validade - a validade tem, mas ainda está no prazo. - ela esticou o braço para eu ter acesso ao pote. 

- Então tá bom - falei me levantando e deixando o pote no apoio. - vem cá - chamei fazendo um gesto e ela chegou perto o suficiente para eu desabotoar seu terninho. 

- E seu dia amor? - ela perguntou praticamente por educação. Minha cabeça já estava em outro lugar enquanto descia o zíper de sua saia. 

- Bem, bem - eu falei distraída e a ajudei a puxar minha camiseta pelos meus braços e pescoço. 

Aproveitei a proximidade de nossos corpos e a puxei para um beijo. 

 

~ SQ ~  

~ Pov Regina

Eu massageava a sola do pé de Emma debaixo da água quente da banheira enquanto ela me contava sobre os pequenos planos que ela estava pensando em fazer para o nosso casamento. Sim, eu sabia que ela estava tão empolgada quanto eu, mas ela dizia que aquelas coisas estavam me deixando mais excitada do que qualquer outra coisa.

- Podíamos dispensar tudo isso - ela dizia rindo sobre a festa - vamos só comprar um vestido de noiva pra você vestir e eu tirar depois - ela me olhou maliciosamente, tinha os cotovelos apoiados nos lados da banheira e ela jogou a cabeça pra trás quando apertei um nódulo em seu pé - aí aí - ela falou com um misto de prazer e dor. Eu não aguentei e soltei uma risada mas meus olhos estavam vidrados em seus seios que agora estavam com os mamilos para fora da água. - Que foi? - ela perguntou enquanto se ajeitava e eu perdi a minha vista. 

- Não sei se foi bom ou ruim - eu disse sorrindo - esse “aí aí”. 

- Às vezes dor é bom! - ela disse me deixando sem palavras e agora foi a vez dela rir. 

Eu adorava aquele jeito que Emma tinha de dar umas tiradas com a minha cara de vez em quando, ela realmente era a parte engraçada do casal! 

Sei que depois do longo e divertido banho que tivemos, eu saí da banheira com as pernas bambas mas quem se queixou foi Emma por que eu havia pegado pesado nas arranhadas em suas costas. 

- Parece que briguei com um gato - ela falou se esticando para ver melhor suas costas no espelho. 

- Gata - corrigi e me enrolei na toalha. 

Resisti a tentação de ir pra cama, não que estivesse cansada… Mas sabia que Emma provavelmente iria reclamar de fome em poucos minutos. 

A gente colocou uma roupa confortável e desceu para a sala. 

- Vou lá pegar a tábua - ela falou - tem uma surpresa pra você na adega!

Trocamos um sorriso e eu, antes de conferir a adega, peguei o pequeno presente que tinha comprado pra gente em minha bolsa. Guardei a pequena caixa no bolso do meu moletom folgado que na realidade tinha roubado da parte de Emma, e fui até a adega. 

- EMMA! - exclamei em voz alta com o susto ao abrir a adega e ver a minha surpresa. Logo escutei a risada dela vindo em direção a mim. 

- Gostou? - Emma perguntou me encarando com um sorriso.

- Você é doida - eu falei mas meu coração estava derretido dentro do peito. 

- Por você, sim! - ela disse apoiando a tábua de frios no bar e se inclinando até mim e me dando um beijo nos lábios. 

Eu peguei o vinho e coloquei sobre o bar. Minhas mãos quase tremiam em segurar aquela garrafa, por que não era um vinho qualquer, Vosne-Romanée era apenas um dos vinhos mais caros do mundo e eu olhava de Emma para a garrafa em minha frente. 

- Você não vai abrir? - ela perguntou me olhando curiosa. 

- Não sei nem se devo - eu falei. 

Quando o assunto era vinho eu era muito chata e tinha minhas três marcas favoritas, um tinto, um verde e um branco, mas aquele vinho eu havia tomado uma vez na vida em uma das viagens que tinha feito com meu pai e eu lembro de ter ficado fascinada por ele por um certo tempo mas que até eu não iria gastar tanto por conta de uma rolha daquelas e havia se tornado uma piada entre  Emma e eu: quando ela arrumasse um emprego de verdade ela iria me dar um para comemorar nosso aniversário. 

Confesso que eu nunca esperei aquela brincadeira se concretizar, mas muitas vezes eu esquecia que apesar de um senso de humor muito bom, Emma não brincava com o que falava pra mim. 

- Dá o abridor aqui pra mim logo - ela falou sem piedade e eu me senti emocionada. 

- Você não existe - falei entregando o abridor em suas mãos. - Mas cuidado…

- Sim sim, não vou quebrar - cortou ela com um sorriso. 

O barulho da rolha saindo da garrafa chegava a ser afrodisíaco. Eu estendi duas taças para Emma que nos serviu. 

- A melhor namorada do mundo - Ela falou antes da gente brindar. 

- Emma Swan - eu completei a frase dela e a gente deu um gole. Emma me olhou e depois olhou para seu copo - tem gosto de vinho. 

Eu ri e dei a volta no bar para ficar ao lado dela. 

- Vem cá que eu também tenho presente - falei e a puxei pela mão até o sofá. 

Antes de sentar ao lado de Emma eu tirei a caixinha do meu bolso e pude ver que não era surpresa alguma, ela sorriu e bateu palmas como uma criança no dia de ação de graças. 

- Uma nova pro mural - eu falei abrindo a caixinha e ela me abraçou de lado para ver melhor a aliança. 

- É linda! - ela falou. 

- Fiquei em dúvida em comprar, afinal a gente agora tem um super anel de noivado - falei animada - mas acho que a gente merece. 

- Você comprou essa porque combina com a aliança de noivado, né? - Emma conferiu o pequeno arco enquanto tirava a “antiga” do meu anelar. 

- Sim - eu ri, sim eu era doida por joias também. 

- Eu gostei bastante. - ela falou dando um beijo na minha mão. Eu puxei a mão dela pra por a dela. 

- Sabe, Ems, além do nosso aniversário - eu comecei, havia ensaiado aquele discurso o dia todo - eu queria te pedir desculpas pelos últimos meses… - como previsto ela abriu a boca mas eu levantei a mão de leve e ela desistiu - Amor, eu sei que eu não tenho uma boa companhia esses tempos mas eu queria que você soubesse que eu te amo, mesmo não conseguindo retribuir muito como antes - no meu ensaio eu não tinha vontade de chorar, mas fiquei com a voz embargada e resolvi parar por ali, não queria transformar nosso 11º aniversário em um enterro. 

Emma não falou nada, e eu agradeci por isso. Ela apenas concordou com a cabeça e me puxou para mais perto para um beijo terno. 

- Escuta, morena - ela falou baixinho enquanto nossos rostos estavam próximos. - Não esqueça que além de namorada e noiva, você também é minha melhor amiga. 

- Achava que este cargo era da Ruby - falei apenas para implicar e a beijei antes que ela pudesse ficar brava. 

No final das contas, eu me recusei em beber a garrafa toda, queria guardar para o dia seguinte e dei uma aula sobre armazenagem de vinho para Emma que queria entornar a garrafa como se fosse uma de suas cervejas. 

- Eu não compro mais vinho pra você - Emma falou brincando enquanto subíamos as escadas - nem pra encher a cara. 

- Ninguém vai encher a cara, Swan - eu falei mas eu ria.

Nós caímos na cama e nos enfiamos debaixo dos lençóis e eu agradeci de realmente não ter enchido a cara, porque eu acordaria cedo no dia seguinte, mas estava empolgadíssima porque à noite nós iríamos para São Francisco. 

Eram quase duas da manhã quando a gente foi realmente dormir, mas eu me deitei nos meus travesseiros favoritos: os peitos de Emma. 

- Te amo, rainha - Emma falou passando os dedos pelos meus cabelos num cafuné reconfortante. Adorava quando ela me chamava assim. Me ajeitei agarrada em seu corpo e não demorei nada para adormecer. 

 

~ SQ ~ 

- Te busco hoje às três, não esquece - falou Emma enquanto parava o carro na frente do escritório. 

- Sim, Srta Swan - falei lhe dando um beijo que deveria ser um selinho mas se transformou num beijo de verdade. Eu a olhei quando nos separamos e sabia que eu estava vermelha pois ela estava com aquela carinha de boba que sempre ficava quando conseguia o que queria. 

Não que eu fosse contra manifestações de amor em público, na realidade eu amava me exibir com a minha bela e chamativa loira, mas na frente do escritório me deixava realmente sem graça. 

- As três, Regina - Emma falou enfática antes de eu fechar a porta. Eu fingi que não escutei e fui para dentro do prédio, eu era a mais pontual do casal!

 

~ SQ ~ 

~ Pov Emma

Estava com Regina no táxi indo para o aeroporto. Eu estava tentando me manter sã e sem pensar que estaria dentro de um avião por quase seis horas. 

- Tire a mão da boca, Swan - Regina tirou minha mão da boca com um pequeno empurrão. 

- Eu não estou - eu menti sem pensar e ela riu - não ria, eu ainda vou descobrir um medo seu! - Eu falei de mau humor.

- Você conhece - ela falou sem brincadeiras - mas bem, se você morrer hoje eu também morro, então tá tudo bem. 

- Ninguém vai morrer - eu enfatizei e fiquei emburrada, pude jurar que o motorista estava rindo de mim também.

Todas as viagens que eu havia feito de avião eram aquelas obrigatórias, essa era a primeira vez que eu mesmo me meti num avião. Eu estava demonstrando muito amor pela minha namorada, e eu tentava conter os tremeliques que eu tinha de nervoso. 

Eu tinha medo apenas da parte de entrar e sair do avião, eu sempre achava que podia ter algo errado com as portas e elas abrirem ou não fecham direito e alguém sair voando por aí. 

Bom, eu era grata a Regina que mesmo se matando de rir, segurou minha mão por todo o voo e tentou me distrair com um filme, o que ajudou bastante porque eu dormi o voo todo com aquele filme chato e só acordei quando já estávamos em solo firme novamente. Regina me cutucou e eu me espreguicei antes da gente sair. 

Pegamos um táxi até o hotel, já era tarde e aproveitamos a vista que a Golden Gate nos proporciona.

- Isso que você não iria pegar um resort - falei olhando para a fachada do Fairmont enquanto entrávamos.

- Não é um resort, é um residence - Regina disse como se fosse muito óbvio sua constatação. O que raios era um residence?

Fizemos check-in tranquilamente e aproveitei para dar uma gorjeta para o  carregador. Fiquei orgulhosa de mim mesma, geralmente Regina se encarregava dessas coisas quando a gente ia viajar porque eu nunca tinha dinheiro extra nas viagens. Percebi seu olhar pra cima de mim e quando nossos olhos se encontraram ela corou. 

- Gostei do quarto - falei. - Vamos ver se a cama é boa! - falei animada me sentando na beirada da mesma. 

- Banho, Swan - Regina disse indo para a ante-sala e abrindo sua mala. 

Eu ri do modo bravo que ela havia falado, reparando que ficou mais recorrente ela me chamar de Swan, o que eu adorava já que ela sempre falava com uma fingida formalidade. 

Nós teríamos praticamente apenas um dia e meio e sinceramente eu não me importava de ficar dentro daquele quarto dos esses dias, agarrada com Regina, claro. 

 

~ SQ ~ 

O hotel ficava em frente ao Museu Nacional da Marinha. E seria o primeiro item da pequena lista que tínhamos escrito em casa, Regina sempre que íamos reclamava que a gente só ficava na “gay-city” como ela mesmo apelidou e sempre que a parada terminava estávamos exaustas para fazer qualquer passeio. 

Andamos pela calçada da baia de mãos dadas até o museu, foi um passeio monótono mas me animava ver Regina voltar a fazer aquelas caras de muito interessada em alguma coisa. As vezes eu achava que eu daria um ótimo animal de estimação, que fica do lado da pessoa apenas observando sua diversão. 

Regina adorava barcos, nós já havíamos feito algumas pequenas festas em iates e lanchas na época da faculdade, com a turma de Regina já que a minha geralmente era regada a cerveja e sinuca num botequim. Sai de lá com um boné que Regina me deu de presente escrito “Marinha Nacional”.

- Não reclame, você adora boné - ela se justificou.

- Vamos no Cartoon Art agora? - perguntei, que também ficava pertinho.

Nós entramos no Cartoon Art onde havia exposição de desenhos e animações, esse eu me diverti muito mais, tudo muito colorido e feliz. Aproveitei para comprar um boné para Regina também, era amarelo e a escrita “Cartoon” em vermelho.

- Vai amassar meu cabelo - ela falou se esquivando de mim com a cara fechada. 

- Vamos, Regi - eu falei insistindo o boné pra ela. - coloque você então.

- Eu não quero - ela falou emburrada.

- Mas aí vamos ser um verdadeiro casal de boné - conclui.

Ela não falou nada mas pegou o boné da minha mão com certa brutalidade e ajustou de lado.

- Nem pra combinar com a minha roupa - ela reclamou baixinho pegando minha mão para a gente continuar a andar. 

- Tá linda - eu ri, estava linda pq não tinha maneira de ela ficar feia, mas que era engraçado vê-la vestir aquele boné cor de canário, era! - estou com fome, vamos comer hambúrguer. 

- Vamos - Regina falou com tanta naturalidade que eu a olhei espantada - que foi? 

- Você falando sim de primeira para hamburguer? - falei - devolva minha namorada, sua ET!

- Noiva - ela me corrigiu e eu sorri a puxando de leve e lhe dei um beijo rápido. 

Poderíamos contar nos dedos de apenas uma mão as vezes que Regina comeu hambúrguer sem reclamar de primeira e eu não me lembrava de nenhuma única vez que ela tivesse sentado numa rede de fast-food sem olhar feio para qualquer coisa, mas ela se sentou e ainda pediu batatinhas. Eu fiz o pedido e trouxe as coisas na bandeja sentando-me em sua frente. 

- Será que isso é carne de verdade? - ela perguntou olhando o lanche. 

Não falei nada, apenas ri e dei uma mordida na minha batata frita. Nós demos uma revisada no mapa no celular.

- Vamos pegar um táxi até o Píer - ela falou. - que aí a gente vê e depois a gente pode ir pro hotel descansar um pouco. 

- Tudo bem!

Como combinado, fomos para o Pier 39 e eu me diverti jogando peixes para os leões marinhos no SF BAY, e tentei convencer Regina a nadar com golfinhos, mas estava muito frio e ela foi irredutível.

Demos mais uma volta na baía e resolvemos ir para o hotel onde tomamos um banho e eu tirei um cochilo reconfortante deitada no colo da minha namorada.  

Quando Regina me acordou, nós nos arrumamos para ir para o Bar Lookout, o melhor bar gay da cidade. 

- Você pode ir com o meu boné se quiser - Regina falou se olhando no espelho e rindo. 

- Engraçadinha - falei ajeitando minha camisa preta. - Você não deveria ir de vestido… - falei sem pensar e logo depois pude ver a sobrancelha de Regina se erguer fazendo meu estômago revirar - desculpe, é que lá tem muita mulher!

- É um bar gay - Regina falou calmamente e se virou chegando perto de mim e prendeu minhas bochechas entre o indicador e o polegar me apertando e beijando meu bico - e eu estou me arrumando pra sair com você, e não pra ver os outros. 

- É… é, falei besteira - falei me sentindo culpada. 

- Se você quiser eu ponho o boné - ela disse sorrindo e eu concordei. 

Quando descemos para o táxi ainda discutimos sobre ela aparecer de vestido e boné no bar, iria ser engraçado e eu também percebi que seu humor tinha melhorado, as piadas estavam ótimas. 

- Certeza que se eu realmente fosse de boné, você não iria ficar tão orgulhosa de me dar a mão - ela ria. 

- Dá próxima a gente tenta - eu dizia - quem sabe de boné você me dá menos ciúmes!

- Oras, Swan - ela falou pegando minha mão - eu não me importo de você ter ciúme, azar das outras que eu sou sua. 

- Sempre - falei lhe dando um beijo rápido antes de sairmos do táxi. 

 

~ SQ ~

Emma pegou na minha mão e nós atravessamos a rua para entrar no bar, lotado como sempre. Fazia muito tempo que a gente não ia lá, tanto quanto não iamos pra SF. 

- Reserva para Emma Swan - Emma falou para a metrie. 

Apesar de Emma ser a auto-declarada ciumenta do casal, eu sofria com meus nervos sempre que a gente ia em qualquer lugar com a média gay maior do que o normal, Emma tinha alguma coisa que chamava mais atenção do que um holofote no meio da Times Square. Sim, eu era atingida por aquele holofote todos os dias logo de manhã, claro, mas eu tinha vontade de cegar com um hashi todas as mulheres que olhavam pra ela como se ela fosse um pedaço de carne. 

- Amor? - Emma me chamou e me puxou de leve para dentro enquanto eu encarava uma mulher que estava do lado de fora e parecia ter achado a gente falar com a metrie muito mais interessante do que o papo da garota que estava com ela. 

O bom de reservar mesas é que a gente ficava no mezanino, o que me dava mais paz de espírito e Emma ficou feliz de comer hambúrguer a segunda vez no dia. Eu não disse nada, claro, porque ela aceitou ir almoçar comigo em um restaurante “chique e ridiculamente caro” no dia seguinte. 

Vimos a batalha de karaoke de camarote, o que nos tirou tantas gargalhadas que fiquei até com dor na barriga. 

- Vamos cantar também! - Emma falou enquanto aplaudia.

- Se você quiser descer pra cantar, eu fico aqui e corto suas cervejas - falei rindo. 

Era quase duas da manhã quando saímos do bar e andamos um pouco pelas ruas do Castro, Emma estava bêbada e andava achando tudo muito engraçado. O bairro Castro era um show à parte, nós não tinhamos algo tão gay e dinâmico em NY pois a maioria dos bairros gays eram mais exclusivo para aquelas pessoas solteiras a procura de diversão, era sempre um caos andar com Emma bêbada por NY, já que ela ficava engraçada mas também muito brigona. Eu estava feliz de poder olhar ela fazendo graça das pessoas que olhavam pra gente. 

- É por que a gente visivelmente não mora aqui - eu falei, era uma constatação simples, a maioria das pessoas não se importavam com o frio e tinham roupas coloridas e descontraídas. 

- Eu não tenho cara de americana? - perguntou Emma ofendida. 

- Sim, mas não de lésbica de São Francisco, você tinha que ser muito mais legal para ser uma dessas. - falei apontando de leve com a cabeça para um grupo de mulheres em volta de várias motos.

- Vou comprar uma moto - ela falou. 

- Claro que vai, querida - falei irônica.

- Eu sou uma sapatão de respeito. 

- Emma, vamos embora que esse assunto não vai dar em lugar algum - falei bocejando. 

Tão logo falei, Emma levantou a mão para um táxi. Nós chegamos no hotel e capotamos quase que no momento seguinte. Fazia muito tempo que eu não bebia daquele jeito e bom, nem sair pra me divertir eu andava fazendo, então aproveitei que Emma estava bêbada o suficiente para não investir em nada além de dormir de conchinha.

 

~ SQ ~ 

~ Pov Emma

Depois de uma manhã debaixo das cobertas com Regina, nós nos trocamos e saímos para almoçar. Eu era muito lenta para entender certas coisas e as vezes me esquecia o quão boa Regina era em escolher hotéis, pois como havíamos programado de fazer coisas mais turísticas nós ficamos na frente da baía o que nos dava acesso a maior parte do que tínhamos programado fazer e a gente fez maior parte a pé o que dava para curtir mais a brisa fria e eu sinceramente, adorava andar de mãos dadas com minha namorada.

Como combinado, nós comemos num restaurante no Pier, restaurante esse que apesar de ser caríssimo foi uma ótima escolha e eu não me lembro de ter comido tantos frutos do mar na minha vida toda. Nesta parte, Regina tinha muito mais experiência que eu, já que ela sempre viajava nas viagens de negócios com o pai dela e eu preferia ficar em casa por conta dos jogos ou qualquer outra coisa besta. 

- O que você vai querer fazer agora? - Regina perguntou pra mim enquanto me via devorar um sorvete. 

- Vamos de bondinho pra China Beach! - falei tirando uma gargalhada de Regina que passou um braço pela minha cintura e me acompanhou até o ponto para pegar o veiculo. 

Eu adorava andar de bondinho, me lembrava as vezes que iamos apesar de antes ser mais legal, agora eu não podia mais me pendurar neles e gritar para as pessoas na rua pois Regina já havia me advertido que se eu fizesse isso ela iria desmanchar o noivado, duvido muito que ela iria mesmo mas eu estava lutando para ela ficar feliz novamente e não para se tornar solteira. 

A praia estava movimentada apesar do frio, andamos boa parte dela pela areia, vendo as pessoas andando, sentadas conversando e algumas jogando vôlei.

- Você podia ter trazido seu tenis pra correr - eu falei distraia enquanto Regina parou em frente ao mar. 

- Ah, vou sair correndo e te deixar esperando? - Regina falou e puxou meus braços para eu abraça-lá por trás. 

- Eu corria junto - falei apoiando meu queixo em seu ombro. 

- Sei - ela riu e eu virei meu rosto para encara-lá.

- Qual é, nanica? - perguntei. 

- Você me chamou do que? - Regina me empurrou com o quadril me fazendo sair do abraço e se virou me fuzilando com os olhos com as mãos na cintura.

- Nanica - falei rápido e sai correndo tão rápido quanto.

Nunca imaginei que Regina podia correr mais que eu de sandálias, mas ela me alcançou ou se jogou, não entendi muito bem, mas a gente caiu e eu a ajeitei em meus braços enquanto eu ria. 

- Me chama de nanica de novo que eu te mato - ela falou franzindo o cenho.

- Ah faz tempo que eu não te chamo assim, vai - falei dando um abraço apertado nela. 

- Eu to cheia de areia - ela resmungou mas se manteve na mesma posição e não se fez de rogada quando lhe puxei para um beijo. 
Ficamos um tempo sentadas na areia mas o tempo não ajudou e eu voltei  com a bunda molhada e uma Regina reclamando de frio de volta pro hotel onde rapidamente nos enfiamos na banheira.

- Tô com fome - falei e Regina riu enquanto terminava de se trocar.

- Já vamos comer, monstrinho - ela falou passando por mim e me dando um beijo no rosto. 

- Ah, a gente não comeu nada desde o almoço. - falei. 

Jantamos no hotel, já estava frio o suficiente e o Hotel tinha um ótimo restaurante dentro dele. Voltamos para o quarto e eu pude desfrutar um pouco mais de Regina, não podíamos dormir tão tarde já que voltaríamos cedo NY. 
No final das contas, a ideia da viagem foi a melhor ideia que eu tive em meses, refletir quando terminei de arrumar minhas coisas no domingo e me peguei olhando Regina cantarolar alguma melodia da cabeça dela enquanto ajeitava sua mala, ela parecia mais com a minha namorada do que aquele bichinho triste que havia roubado o lugar dela nos últimos dois meses. 


Notas Finais


<3


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