História Amor sem previsão - Bobby (ikon) - O acidente

 *Parte do Bobby*

Eu havia acabado de chegar na sala de aula atrasado como sempre quando não vejo S/n e nem Mia presentes, porém Mino já se encontrava sentado em sua carteira. Perguntei ao mesmo se ele sabia o motivo de ambas não terem comparecido a aula hoje, pois as duas eram sempre as primeiras a chegarem, mas dessa vez não. Mino me informou que não estava sabendo de nada e também não parecia preocupado, ele não namorava Mia? A professora adentra na sala de aula e após um minuto a mesma inicia com os exercícios. Meu celular de repente toca, chamando à atenção dos presentes que ali estavam até mesmo da professora.

- Bobby ou atende essa ligação lá fora ou desliga o telefone. - disse a professora. O número era desconhecido. Como eu não tinha notícias de S/n e de Mia ainda, resolvi atender.

*ligação online*

- Alô? - atendo.

- Bo... Bobby venha para o hospital mais próximo rápido imediatamente. - diz a voz do outro lado da linha.

- Tá mas quem é que está falando?- a voz era feminina e parecia familiar. Ela parecia estar desesperada.

- Sou eu Mia. Venha rápido que aqui no hospital te explico tudo. - Ao ouvir seu nome lembrei na hora " S/n" ; por quê outra razão ela me ligaria daquele jeito me pedindo para comparecer no hospital? Algo havia acontecido. 

Aviso rapidamente a professora que precisava ir embora para resolver uma urgência. A mesma concede, então assim que saio do colégio chamo um táxi e parto para o hospital.

Chegando no local corro para dentro do hospital feito louco quando avisto Mia, ela estava chorando muito, o que acabou me deixando ainda mais preocupado.

- Mia cadê a S/n? O que aconteceu no caminho para escola? - falo com o tom de voz alterado e acabo assustando a mesma.

- A gente tava indo para escola normalmente enquanto conversávamos. Paramos no... No... - ela estava muito nervosa então puis minhas mãos em seus ombros à olhando nos olhos.

- Fica calma, respira. - dito isso Mia respirou fundo e retornou a falar.

- Estávamos paradas no sinal verde esperando o mesmo ficar vermelho. Eu não sei o que aconteceu foi muito rápido, quando vi S/n foi atirada para o meio da rua, o carro passou ai... Ai... - ela começou a chorar então à abracei colocando sua cabeça em meu peito para acalmá-la.

Naquele momento o médico surge e sua cara não estava nada boa. Me aproximo do mesmo perguntando as condições de S/n.

- Bom ela sofreu uma pancada e tanto na cabeça, fraturou algumas costelas. Ela foi levada agora para sala de cirurgia. - disse o médico.

- Foi tão grave assim? - Pergunto já imaginando o pior.

- Bom peço que vocês se preparem pois é capaz dela não acordar mais após a cirurgia. - ao ouvir as palavras do doutor meu mundo desabou. Só de pensar na possibilidade de perder S/n meu peito doía. Caio de joelhos no chão enquanto deixava as lágrimas descerem. Mia ofereceu seu apoio para me confortar mas nada seria o suficiente para amenizar minha dor naquele momento. Eu precisava ver S/n, tocá-la, beijá-la, ela não podia me deixar desse jeito.

Fiquei sentado na sala de espera por horas até ter notícias de S/n, se ocorreu tudo bem durante a cirurgia. Mandei que Mia fosse para casa caso contrário seus pais ficariam preocupados. Enquanto cochilava em um dos bancos do hospital sou acordado por alguém pondo as mãos em meu ombro, eram os pais de S/n.

- Você ficou aqui esse tempo todo? - Perguntou  mãe de S/n.

- Sim desde que fiquei sabendo do acidente. Me perdoem por não ter à protegido. - Respondi enquanto abaixava minha cabeça envergonhado. 

- Mia já nos contou tudo, não foi sua culpa e obrigado por ter vindo dar apoio à ela mas já pode ir pra casa. Nós assumimos daqui. - disse seu pai.

- Não. Eu não irei à lugar nenhum sem saber antes como ocorreu a cirurgia. - Respondi enquanto ficava de pé.

- Não se preocupe, iremos ligar para você o informando. - Disse sua mãe.

- Obrigado, mas eu insisto. - naquele momento o médico surge então interrompemos nosso diálogo.

- Então doutor como foi a cirurgia? - Perguntou mãe de S/n ao médico.

- Ocorreu tudo bem, ela já foi levada para o quarto de repouso. - informou o mesmo.

- Quanto vai custar?- Perguntou o pai de S/n.

- Não importa eu pagarei tudo, quero que coloque ela no melhor quarto desse hospital e que receba atenção especial. - disse enquanto observava os rostos surpresos de meus sogros.

- Olha meu jovem talvez eu não tenha como devolver esse dinheiro depois. - Disse seu pai.

- Não será necessário. - Respondi.

- Okay, irei à transferi-la para o quarto vip. - Respondeu o doutor.

- Já podemos ir vê-la? - Perguntei.

- Sim, já podem. - concede o médico então nos dirigimos para o quarto onde S/n se encontrava.

Ao chegarmos no quarto aguardei seus pais terminarem de falar com a mesma à sós. Assim que eles terminaram eu entrei. S/n estava pálida e sua boca que antes era tão bonita, estava ressecada, parecia outra pessoa. Me sentei ao seu lado enquanto as lágrima desciam, peguei em sua mão e lhe dei um beijo.

- Acorda logo meu amor, você não me chamou de idiota hoje. Vamos, abra seus olhos para vir me dar bronca, por favor não me deixe.

Ela dormia em um sono profundo, eu não sabia se era por causa da anestesia ou por causa do acidente mas eu esperava muito que S/n acordasse logo.

(...)

Todos os dias eu ia ao hospital visitá-la, foi assim durante duas semanas. S/n dormiu dias seguidos por duas semanas sem acordar nenhuma vez se quer, a cada dia que passava minhas esperanças iam partindo aos poucos. S/n recebeu à visita de Mia, Jo, Mino, Jisoo e até de meus irmãos durante todas essas semanas, todos estavam muito preocupados com ela. Ficar na escola estava cada vez mais difícil, minha mente estava em S/n. Eu ficava na sala de aula imaginando a mesma acordado a qualquer momento. Eu estava começando a enlouquecer com tudo isso.

Estava na sala de aula com os pensamentos a milhão quando ouço meu telefone tocar, então atendo.

*Ligação online*

- Bobby S/n acordou! - disse a mãe da mesma do outro lado da ligação. 

- Okay estou à caminho.

*ligação offline*

Avisei Mia, Mino e Jisoo que S/n havia acordado então o professor nos liberou para ir visitá-la.

Chegando no hospital corri direto para o quarto, lá estava ela conversando com seus pais. S/n parecia bastante confusa com a situação. Eu adentro no quarto, acompanhado de Mia, Mino e Jisoo, me sentando ao seu lado da cama com um sorriso estampado no rosto.

- Finalmente você voltou para mim você não sabe como eu... - fui interrompido com sua fala.

- Omma, Appa quem é ele? - ao ouvi-lá dizer aquilo pensei na hora que se tratava de alguma brincadeira.

- Para de brincadeira uma hora dessa S/n. Não tem graça. - falo pegando em sua mão mas a mesma a afasta, seu olhar pra mim parecia assustado.

- Não me toque. Eu não te conheço. - naquele momento eu percebi que meu pesadelo só estava começando.

Conversei com o doutor sobre suas condições, parecia que S/n havia se esquecido apenas de mim e de Jisoo, quanto a sua mãe, seu pai, Mia e Mino ela ainda se recordava. O médico me alertou que talvez ela tivesse perdido apenas partes de suas memórias, de cinco meses atrás até os dias de hoje, ela não se recordava de nada, então minha mudança e de meus irmãos para o condomínio foram apagadas de sua memória, ela nem se quer se lembrava de ter ido a escola esse ano. O médico nos informou que poderíamos estimulá-la mostrando coisas que eram consideradas de valor a mesma, lugares e etc. Eu estava disposto a fazê-la se lembrar a qualquer custo. 

Após duas semanas no hospital S/n finalmente recebeu alta mas não poderia comparecer a escola ainda, a mesma ainda estava muito confusa com as coisas que estavam acontecendo. Recebia visitas em sua casa de quem ela nem se recordava ter conhecido. Eu era uma dessas pessoas.

Era segunda-feira e eu me encontrava saindo da escola com plano de passar na casa de S/n quando me deparo com Aisha na minha frente. Tento ignorar sua presença mas a mesma bloqueia minha passagem.

- Oi Bobby quanto tempo não te vejo. - diz ela se pendurando em meu pescoço mas à afasto.

- O que faz aqui? - pergunto.

- Vim ver se você estava bem. Fiquei sabendo do que aconteceu. S/n foi atropelada né? Como ela está? - soltei uma risada forçada desacreditado na cara de pau daquela garota, até parece que ela se importava com seu bem estar.

- Não te interessa Aisha. - falo e tento me retirar mas novamente ela entra na minha frente. - Que saco garota some da minha frente.

- Eu vim até aqui preocupada com você e é assim que você me trata? Okay, eu sei que vacilei contigo ao inventar aquela mentira mas você não pode me perdoar? - seus olhos começaram a encher de água mas ainda sim duvidava de suas lágrimas.

- Não. Eu não posso te perdoar pelo que fez ao meu irmão, agora vaza da minha frente. - Aisha me agarra e me beija, tento me soltar de primeira mas falho, porém na segunda tentativa foi certeiro. Afasto a mesma de mim enquanto ela lambe os beiços.

- Sempre tive vontade de fazer isso. - diz ela com um sorriso ladino.

-Você é louca! - falo e então finalmente me retiro.

Chegando na casa de S/n toco a campainha e quem me recebe e sua mãe com um sorriso simpático me convidando à entrar, ela me avisa de que S/n estaria em seu quarto então com sua permissão vou atrás da mesma. Chegando lá bato na porta quando ouço sua voz do outro lado. 

- Quem é? - Pergunta S/n.

- Sou eu Bobby. Posso entrar?

- Hum, tá entre. - concede ela e então adentro no quarto. - o que você quer?

- Vim te ver. - olho para sua mão e noto que ela ainda usava o anel de compromisso que havia à dado. - Você não tirou. - falo.

- O que? Isso? - diz ela levantando sua mão direita exibindo o anel. - Não tirei pois o achei bonito apesar de não me recordar de ter o colocado ou comprado. - Responde ela observando seu anel. Ouvi-lá dizer aquelas palavras de que não se lembrava de momentos que foi considerado por mim muito importantes doía demais, mas eu não desistiria tão fácil.

- Foi eu que comprei e te entreguei quando lhe pedi em namoro. - Respondi enquanto observava sua reação.

- Ah legal, então nós realmente já namoramos? - Pergunta ela confusa.

- Sim já. No começo eu era um idiota contigo mas você era persistente. Grudou no meu pé de uma maneira que acabei me acostumando com sua presença e no final me apaixonando. - Respondi com lágrimas nos olhos ao perceber o rumo que nossas vidas tomaram.

- Desculpe mas eu não me lembro de nada disso. E essa não parece ser eu. Eu jamais correria atrás de alguém que tivesse sido um idiota comigo. - suas palavras eram duras e percorriam  pelo meu peito como facadas. - agora você poderia ir embora? Te ver trás muita confusão a minha mente.