"1ª parte do plano concluída!" E sorrio para mim mesmo.
Draco off
Tomás on
Eu estava deitado no telhado observando as estrelas e Murdo aparece do meu lado.
-E aí? Ele perguntou.
-Sei lá. E você?
-Eu... não consigo parar de pensar no que fiz. Ele diz encarando a lua.
-Sei.
-Eu acho que o que eu fiz foi errado...
-Imbecil? Completo.
-É.
-Olha, eu sei que não foi sua culpa, você estava fraco. E outra, a própria Daka deixou.
-É mas não parece certo, mesmo assim.
-Eu te entendo, você fez uma coisa que faz você se sentir culpado por interferir na vida da outra pessoa, porém...
-Porém...? Ele questiona.
-Porém isso foi melhor para você e com isso você ajudou alguém que você amava.
-Nossa, rolou algo assim com você? Ele perguntou e um flashback rolou em minha mente.
Flashback on
Eu estava vendo um carro pegar fogo e olhava para a bebê dentro dele gritando por socorro. Com certa relutância pego a pequena humana e a levo para longe antes do carro pegar explodir. Eu olhava para a menina que chorava inconsolavelmente e eu por um momento me sentira mal pelo que fizera.
Flashback off
-Tomás? Murdo me chamou e eu volto para a realidade.
-O caso Helen.
Ele olha surpreso e depois diz:
-É mesmo.
-Que caso Helen? Crânio apareceu de repente e perguntou em pé no telhado.
Eu olho para a lua de novo e digo:
-O caso que mudou completamente a minha vida.
Murdo faz um sinal para que eu sente e o Crânio também o faz.
-A minha família é uma das famílias mais antigas do mundo, ela que ajudou a formar a sociedade vampira como ela é hoje. É claro que os humanos não aceitaram isso completamente de bom grado, porém, como os vampiros podem facilmente mata-los enquanto dormem, eles baixaram a bola. Por vários séculos, a família Steinbrück tem controlado os humanos depois de propor um acordo de paz, e assim se passaram vários séculos até 12 anos atrás.
-O que houve 12 anos atrás? Vitor perguntou.
-A família Steinbrück era quem controlava os humanos e fazia com que eles nos deixassem em paz, mas a Helen, que seria a nova herdeira dessa responsabilidade, resolveu que não queria que os vampiros continuassem a existir, e que se o povo quisesse eles deveriam comandar uma rebelião e queimar todos eles no sol. Claro que minha família como uma das fundadoras é responsável pela guarda real e a proteção do nosso povo informou isso a família real que tomou a decisão que deveríamos matar a família Steinbrück e apagar a memória de todos os humanos sobre a existência de vampiros. Então pediram auxílio a família Quastion para apagar a memória de todos os humanos.
-A minha família? Crânio perguntou.
-Exatamente.
-Mas por que eu não fui informado de nada?
-Nessa época você estava desenvolvendo o soro alimentício. E graças a você não é preciso se alimentar de sangue se você não quiser, seus pais não iriam atrapalhar uma pesquisa tão importante.
-Mas e agora que eu voltei? Por que ninguém me contou isso?
-Isso é com você e sua família. Digo e Murdo dá uma pequena risada.
-Continua, Tomás. Murdo diz.
-Continuando...
-A família Quastion desenvolveu um aparelho que combinado com a hipnose vampira, iria apagar a mente de todos os humanos que tivessem qualquer lembranças com vampiros que não fossem casados com eles. E quanto a minha família...
-Ficou encarregada de matar a família Steinbrück. Completou Murdo.
-Isso aí. Só haviam 5 membros vivos da família Steinbrück, e nós planejamos um acidente de carro para mata-los. Porém... meu pai me escolheu para executar essa tarefa para eu provar que era mais que um mulherengo que não faz nada a não ser ficar nas costas deles. Eu tinha feito tudo certo, desviei a família até uma área deserta onde não havia testemunhas humanas e usei minha magia para fazer o carro derrapar e girar no ar. O carro era preto e estava coberto de chamas, só que quando eu ia embora, além de escutar os gritos da família eu escutara um choro de um bebê. Eu...
-Você a salvou?
-Isso mesmo. Eu tirei a menina do carro e a levei para cá, onde tinha uma senhora viúva que era estéril e tinha vontade de ter uma criança. Eu a deixei na porta mas eu coloquei junto ao cesto um bilhete que dizia: "Cuide da pequena Helena, ela tem um grande futuro pela frente", e fui embora.
-Nossa, que história. Vitor disse impressionado.
-Mas o que houve depois? Vitor perguntou.
-Depois disso... eu fui aclamado como um grande herói que salvou as futuras gerações de vampiros. Recebi presentes, roupas, garotas... mas eu não estava feliz. Eu estava recebendo tudo aquilo a troco da morte de uma família e supostamente a morte de uma bebê. Então deixei minha casa e me juntei a Krypton Krax e ao meu melhor amigo de infância o Murdo. Aí eu estava ganhando dinheiro, fama e garotas pelo meu próprio esforço e charme.
-Mas e a Helena? Você não voltou para vê-la? Vitor perguntou curioso.
Eu paro para pensar e logo respondo.
-Eu voltei aqui umas 3 vezes para ver como a senhora a estava tratando e deixei uma quantia de dinheiro para que ela pudesse somar ao salário dela e poder dar conforto a menina. Porém na terceira vez eu tinha certeza que se não parasse logo, eu iria me apegar muito a ela e gostaria que ela ficasse comigo. E eu como sendo um vampiro completo que matou a família dela e mudou completamente o destino dela, acho que não seria bom para ela. Deixei uma pequena tornozeleira para quando ela ficasse mais velha e nunca mais a vi. Termino e continuo encarando a majestosa lua, que mesmo com a escuridão da noite, não reduzira seu esplendor.
-Tomás...
-Fala aí, Crânio.
-Eu não imaginava que você tivesse uma história dessas.
-É. Eu vivi muitos anos! Digo ironizando o "muitos anos".
-Você está pensando em encontrar essa tal de "Helena" de novo?
-Na verdade, acho que a encontrei.
Tomás off
Daka on
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