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História Amores do Inverno. - Vislumbre do paraíso.


Escrita por: ladymills

Notas do Autor


acredite se quiser, eu tô de volta. irráaaa!

Capítulo 8 - Vislumbre do paraíso.


Como seria, pensou Locksley, empurrar a mão dela que cobria os seios e capturar um dos mamilos com a boca? Será que ela puxaria a cabeça dele contra os seus seios ou o afastaria? Será que reagiria de forma ardente ou insossa? Ele achou graça do próprio pensamento. Regina era como o calor, queimando dia e noite.  Não era da natureza dela agir com frieza em qualquer que fosse a situação.

— Do que está rindo? — perguntou ela, com o cenho franzido.

— Perdão?

— Você estava rindo. Achou graça no que eu disse?

— Não — ele largou a compressa que segurava em cima da mesa. — Você pediu para eu perder o meu medo e eu estava pensando… como você reagiria se eu sugasse os seus seios? 

Ficou claro que a pergunta pegou Regina de surpresa. 

— Foi nisso que estava pensando? 

— Sim.

Para o choque do marquês, ela afastou as mãos, liberando um dos montes cheios de bico de tom rosado como uma rosa na primavera, que contrastava  com a palidez da pele ao redor. E antes que tivesse recuperado o fôlego diante da visão, ela empurrou a outra manga do vestido para baixo.

— Bem — começou a condessa, muito confiante, como se não estivesse seminua na frente de um homem que mal conhecia.  — Obtenha você mesmo a resposta.

Robin viu a própria mão se encher com a carne fria de um dos seios. Eram pequenos, mas pesados. Fazia muito tempo desde a última vez que tocara tão intimamente uma mulher. Mal lembrava do quanto prazeroso era sentir uma pele macia sob os dedos. Ela gemeu quando ele inclinou a cabeça e abocanhou o mamilo. A saliência pequena estava inchada e ele decidiu brincar, lambendo a aréola com a ponta da língua, mordiscando. Regina passou a mão ao redor da nuca dele e o puxou para baixo.

— Isso — sussurrou. — Por favor, não pare.

Ele riu da impaciência, do fogo desmedido que ela nem tentava aplacar ou disfarçar.

— Você gosta quando faço isso? — Robin segurou o mamilo entre os dentes e puxou delicadamente, para depois soltar e finalmente sugar com força.

— Oh, sim — gemeu ela, enterrando os dedos no cabelo dele. — Eu gosto muito disso.

Robin virou a cabeça e deu atenção ao outro peito, beijando antes de chupar o bico teso e soltar com o som de um estalo, então arrastou os lábios molhados para a clavícula, sentindo o sangue engrossar nas veias, levando uma corrente de fogo líquido para o membro dele que, como um soldado obediente, prestou continência ao  seu capitão, se erguendo escandalosamente dentro das calças. A veia do pescoço de Regina pulsou quando ele a beijou bem naquele ponto, no espaço suave entre a orelha e o maxilar. Por Deus, ela cheirava tão bem. O aroma de uma mulher extremamente excitada. Se ele levasse a mão entre as pernas dela, será que descobriria que estava molhada e quente para ele? Gostando bastante da ideia, Robin tocou os joelhos de Regina e ela os afastou, lhe dando permissão. Por debaixo, os dedos tocaram o tecido frio das meias, a pele macia da coxa, a cinta-liga, e por fim, descobriu a trilha de pelos umidos sobre o seu sexo. Ele gemeu de satisfação por saber que ele era o causador daquela umidade, e então pressionou a carne sensível, ouvindo-a gemer e abrir mais as pernas em um pedido silencioso.

A boca de Robin desceu sobre a dela em um beijo selvagem, onde língua, dentes e lábios lutavam uma guerra de prazer interminável. Com as veias pulsando no ouvido, ele levantou Regina e carregou o peso leve até o meio da cama, se posicionando entre as pernas dela, voltando a masturbar o clítoris com movimentos circulares, enquanto continuava a beijá-la com urgência.

— Locksley... – ela afastou o rosto, ofegando, parecendo querer dizer algo importante, no entanto, por algum motivo, recuou, e fez um pedido: — Tire a calça.

Nem o diabo poderia tê-lo parado quando as mãos dele começaram a abrir os botões. Por que estava acatando com uma ordem vindo daquela mulher? E por que queria tanto obedecê-la? Ele não sabia, mas se viu imerso demais no desejo de possuí-la que ignorou a enxurrada de perguntas que lhe vieram à mente. Depois de ter liberado o membro pesado e rígido, Locksley projetou os quadris de Regina para cima, ajustou o ângulo e a penetrou. Ele grunhiu de um prazer intenso quando o sexo apertado o envolveu e ela arqueou o tronco da cama, empinando os seios enquanto soltava um grito. 

— Meu Deus, eu… Você é grande demais! 

Ele sorriu com uma expressão de satisfação.

— Eu disse a você que tudo em mim era grande.

O sorriso de Robin vacilou quando Regina mergulhou a mão no ponto que os unia e esfregou os dedos na extensão do pênis. Ele ficou parado, apreciando a visão e percebendo o quão delicada ela era em seus gestos. Delicada também entre as coxas. Ele estendeu a própria mão e começou a acariciá-la, esfregando o polegar para cima e para baixo dentro da carne quente e vulnerável, que lembrava pétalas abertas molhadas pelo orvalho. Se inclinando sobre ela, Locksley voltou a beijá-la, arrastando os dedos sobre o tecido do vestido até encontrar a pele descoberta dos seios.  Ele beliscou o mamilo, sentindo faíscas soltarem da ponta dos dedos, como os fogos de artifícios que vira queimar em uma das muitas festividades que participara em Paris com sua falecida esposa.

Ele recolheu a mão rapidamente como se tivesse levado um choque, a névoa de prazer se dissipando enquanto recobrava a consciência.

— Eu não posso fazer isso — falou ele, a voz estrangulada, olhando dentro dos olhos castanhos.

Robin escorregou para fora dela ainda duro e saiu da cama, de repente, sentindo-se mal-humorado por não conseguir continuar possuindo-a como realmente queria. A imagem de Marian caíra feito uma bomba, gritando em sua cara que ele jamais voltaria a deitar-se com mulher alguma sem que lembrasse dela. Foi difícil fechar os botões da calça com os dedos trêmulos, principalmente quando Regina se levantou feito uma ninfa e foi até ele, segurando o vestido sobre os seios, os cabelos levemente bagunçados, os lábios inchados dos beijos… o perfeito vislumbre do paraíso.

— Por que não pode? — protestou ela suavemente. — Somos duas pessoas descomprometidas. Que mal há em  continuar o que estávamos fazendo?

— Vou pedir que Mercy venha ajudá-la.

— O quê?

— Apesar do que estávamos fazendo, você continua machucada e precisando de cuidados — lembrou ele, ajeitando a camisa por dentro da calça, procurando se concentrar em qualquer coisa que não fosse os olhos dela. — Mercy vai ajudá-la.

— Eu estou ótima! O que preciso é de...

Ele segurou delicadamente o rosto dela entre as mãos.

— Mercy cuidará de você. Após isso, pode ficar e descansar um pouco. Pedirei para que um criado leve uma mensagem a respeito da situação de Violet amanhã de manhã.

— Locksley!

Antes de partir, Robin deixou um beijo fraterno na testa dela e saiu, como se estivesse fugindo do próprio destino.


***


Na manhã seguinte, não foi um criado que fora levar a mensagem sobre Violet, mas  o próprio marquês de Locksley, em carne e osso.

Os acontecimentos do dia anterior ainda reverberavam na pele de Regina, sinalizando que ela lembraria dos toques dele por um longo período. Ela não esperava reencontrá-lo tão cedo depois das intimidades trocadas entre os dois. Também não esperava que ele fosse um amante atencioso e gentil. Deus, o que ela tinha feito! 

— Lady Regina — cumprimentou Locksley, fazendo uma mesura a uma distância considerável.

Então voltariam a se tratar formalmente?, pensou ela, sentindo-se subitamente aborrecida. Mas o aborrecimento sumiu quando Robin observou sobre o ombro o mordomo sair pela porta e caminhou em passos determinados até ela e lhe beijou o topo da cabeça.

— Como você está? — perguntou, o tom sugerindo preocupação.

Regina abriu os olhos que nem notara que havia fechado. 

— Eu estou bem, se refere-se ao meu machucado. No entanto, foi constrangedor inventar uma história para sua criada do porquê de eu estar com todos os botões abertos do vestido.

— Sinto muito. Confesso que não pensei a respeito disso quando a deixei.

— Eu percebi. Como está Violet?

— Muito bem. E ansiosa para vê-la novamente.

A irmã de Locksley tinha sido uma surpresa agradável e divertida.

— Que ótimo! — se animou ela, sorrindo. — Eu vou adorar recebê-la.

O som de passos fez com que Robin rapidamente tomasse uma distância decorosa dela. E, no instante seguinte, uma figura miúda passou correndo pela porta.

— Vovó! 

Hope pediu colo, estendendo os bracinhos curtos.

— Meu amor — a condessa carregou-a com certa dificuldade por conta do vestido pesado. — Não sabia que estava aqui.

— Mamãe e eu dormimos aqui.

— É claro — disse Regina, sorrindo, beijando a pele macia e corada da bochecha da criança.

Hope virou o rosto para encarar o homem que as observava com uma expressão indecifrável.

— Quem é ele?

Apesar de ter dito ao marquês que estava bem, pequenas pontadas podiam ser sentidas em sua coluna, como se a espetassem com agulhas, por isso, colocou a garotinha no chão antes de fazer as apresentações.

— Hope, este é lorde Locksley, um… amigo da vovó.

A forma exagerada como a filha de Penélope curvou-se para uma mesura pareceu ter divertido Robin, que, inesperadamente, e de modo descontraído, também se curvou de maneira excessiva, como um lacaio diante do rei.

— É um imenso prazer, srta. Hope.

Não fosse Locksley levantar os olhos azuis com um brilho cômico para ela, Regina não teria se dado conta de que sorria. E ela não soube como reagir, uma vez que o homem nunca demonstrara ter senso de humor ou algo parecido. 

Hope a chamou para baixo, interrompendo a troca de olhares.

— Ainda é de manhã. Por que ele está aqui? — questionou a garotinha, cochichando no ouvido dela. — Ele veio te cortejar? 

Mesmo sabendo que não seria possível ser ouvida pelo marquês, Regina sentiu um rubor subir pelas bochechas.

— Não, querida — preferiu ser sucinta. — Ele veio me trazer notícias de sua irmã.

Hope franziu o cenho.

— Da minha irmã?

Regina riu.

— Não, meu amor, da irmã dele.

— O senhor tem irmã? — perguntou Hope, o rostinho radiante, olhando Robin com um interesse renovado. — Quantos anos ela tem? Posso brincar com ela?

— É claro que sim — assegurou ele, ainda com os lábios curvados em um sorriso calmo. — Ela fará uma visita muito em breve.

— Oba! — se entusiasmou a garotinha, dando pulinhos e batendo palmas. — Vou contar para a mamãe que terei uma nova amiguinha. Com licença, milorde.

Após uma reverência, onde segurou as duas pontas do vestido branco com um enorme laço de seda azul atrás, a miniatura escapuliu pela porta, chamando pela mãe.

Os dois ficaram em silêncio por um momento depois da saída de Hope, até Locksley quebrá-lo com uma pergunta.

— Vovó? — Havia um sorriso na voz dele.

Regina definitivamente não sabia como lidar com aquele novo Locksley. A postura fria e arrogante não existia mais. Ela se perguntou se aquele átimo de intimidade que  tiveram foi o motivo da mudança tão drástica. 

Uma mulher não mudava um homem e ela sabia disso. Sexo, muito menos.

— Uma longa história — respondeu ela, concisa.

Ele se aproximou. Tão alto, tão bonito.

— Acho que vou gostar de ouvi-la, quando trour minha irmã para uma visita.

Regina piscou, surpresa. 

— Você também ficará?

— Se você me permitir, é claro. Sei que não sou a melhor companhia…

— Nisso você tem razão.

O largo sorriso que ele abriu acelerou estranhamente o coração dela. O que com você?

— Nos vemos em breve, então.

Ele fez uma pequena reverência e partiu, deixando-a levemente atônita.


Notas Finais


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