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História Amores Imperfeitos - Capítulo 07


Escrita por: SrtaZabini

Notas do Autor


Olá.
Segura o coração, pois o capítulo é tenso.

Capítulo 8 - Capítulo 07


28 de Janeiro de 2005.

 

Hermione caiu, exausta, no gramado. A bicicleta largada ao seu lado. Observou ao redor, aquela intuição de estar sendo vigiada novamente. Reprimiu a careta e tomou um longo gole de água. Não devia ser nada, apenas uma paranoia de sua mente.

A mulher levantou decidida a voltar para casa e tomar um relaxante banho antes do marido chegar, subiu em sua bicicleta a caminho da saída do parque.

 

- Minha garrafinha. – Bateu na testa pela distração boba. Quando refez o caminho notou um homem de costas segurando o objeto e aparatando em seguida. Estava distante demais para reconhecer a silhueta masculina.

 

Um frio anormal preencheu a bruxa, e diversas situações durante os meses anteriores vieram a sua cabeça. Ela sabia, verdadeiramente, que algo estava errado.

 

05 de Fevereiro de 2005.

 

Ronald enlaçou a cintura de Hermione que sorriu, eles dançavam lentamente assistidos por todos os convidados. Poucos passos dali, George e Margareth dançavam risonhos.

 

- Você está feliz! - A bruxa afirmou emocionada. Era o que sempre desejou ao amigo: que ele fosse tão amado por alguém como ela mesma amava George.

- Foi difícil, mas eu nunca estive tão exultante. - Ron exclamou encarando os olhos castanhos. - Eu casei com o amor da minha vida, tenho minha família e meus melhores amigos.

- Faça-a sentir tão amada como George me faz. - Hermione mandou com um sorriso carinhoso. - Margareth merece.

- Eu farei. - Prometeu.

 

A música terminou e novos casais foram formados na pista, Harry dançou com a melhor amiga duas músicas. Estava com saudade de Hermione que, envolvida no trabalho, o via poucas vezes nos últimos meses... Além disso, sentia que ela escondia algo dele. Notou que a morena estava mais alerta que o habitual, quase como nos tempos de guerra, quando aguardavam um ataque.

Molly e Arthur, com bons cabelos brancos, assistiam com sorrisos satisfeitos a harmonia maravilhosa que a família vivia. O único que insistia em manter-se solteiro era Charlie, embora a matriarca já houvesse desistido em mudar esse fato, se houvesse alguém para o domador de dragão cedo ou tarde apareceria.

 

- Vocês deviam voltar para casa. - Harry comentou bebericando seu whisky.

- Estamos bem em New York. - Hermione rebateu calma, porém sua voz não era mais tão convincente. Ela procurou com os olhos o marido que tagarelava com Bill e Fleur, soltou um suspiro.

- Acho que estariam melhor aqui com a nossa família. - Ron falou firme, arrancando impaciente a gravata. - Nossa, eu senti falta disso.

 

Os três se entreolharam com sorrisos cúmplices. De fato, o trio de ouro estava novamente unido. Hermione pensava com cada vez mais frequência se não era o momento certo de retornar para Londres. A mulher foi distraída de seus devaneios com Margareth surgindo deslumbrante em seu vestido de noiva e puxando o agora esposo para pista de dança. O amor era palpável ali.

 

- Ginny está grávida novamente. - Harry anunciou ainda abobalhado.

- Já? - Hermione riu. - Planejam seguir os ensinamentos dos nossos estimados sogros? - A bruxa caçoou e depois se levantou abraçando o amigo. - Parabéns, papai.

- Talvez. - Ele exclamou, rindo. - Molly quer netinhos, e vocês não estão ajudando. - Harry alfinetou.

 

12 de Março de 2005.

 

O som da campainha assustou a bruxa que cozinhava absorta. A apreensão fez suas mãos tremerem. Não tinha mais paz nem em sua casa... Quando reparou que alguém a perseguia em seu dia-a-dia seu mundo pareceu ruir, e um medo irracional a tomou. George percebeu o comportamento destoante da mulher e então foi praticamente obrigada a revelar suas suspeitas. O ruivo insistia em não deixa-la mais só, ele que já era bastante protetor beirava a neurose... E nada disso ajudava seu psicológico.  

George observou para sua esposa assustada, sua vontade era lançar um crucio no desgraçado que interferia no sossego do casal. Sabia que Hermione era uma mulher forte, entretanto ela parecia realmente abalada com a ideia de um perseguidor... Não era para menos, pois quando ela sinalizou que algo estava errado, a maldita pessoa saiu das sombras. George abriu a porta com mau humor e notou outro embrulho deixado sobre o tapete, era o terceiro naquela semana.

 

- Não toque nisso, amor. - Hermione alertou, sempre falava isso, incapaz de controlar os nervos.

 

Com um feitiço não-verbal, o presente estava desembrulhado sobre a mesa. Com uma rápida verificação foi constatado que não tinha nada perigoso. Nada fora do comum. A morena pegou primeiramente o envelope que continha uma nova foto sua. Ela se lembrava desse dia, estava atrasada para o trabalho devido às mãos pervertidas de seu ruivo, a fotografia mostrava uma Hermione sorridente e corada deixando o prédio que morava ainda arrumando a bolsa.

 

“Queria ser o motivo do seu sorriso.”

 

George pegou o colar de ouro com uma expressão de nojo. Se dependesse dele, sua mulher jamais encostaria naquele objeto. Ele sempre pensou que perseguidores eram coisa de ficção, mas a realidade estava mostrando ser bem pior. Voltou seus olhos para esposa, oferecendo um sorriso confortador.

 

- Guarde. - Hermione mandou, trêmula. - Vamos entregar tudo para os aurores. – Retribuiu o sorriso, apesar do enjoo, a fome desaparecendo de novo.

- Eu vou avisar Harry, não confio nesses aurores americanos. - George exclamou firme, largando o colar e a abraçando, inalando o delicioso aroma de baunilha dela. - Eu estou aqui e vou cuidar de você, Sra. Weasley.

- Eu te amo. - A morena declarou-se mais calma. Sentia que nada e nem ninguém poderia atingi-la enquanto estava nos braços do amado.

 

26 de Março de 2005.

 

Hermione revirou os olhos para os cunhados e o melhor amigo. Estava exausta e sinceramente, de saco cheio daquela vigilância. O pior é que só pioraria com a notícia que daria ao marido durante a noite. Sua vida tinha virado de ponta cabeças nos últimos tempos, ela só queria sua liberdade novamente... Refletiu com mau humor.

Hermione foi entregue no local de trabalho por Harry e Ron, então finalmente respirou mais aliviada. A bruxa era verdadeiramente grata por todos que estavam ao seu lado, mas sentia-se sufocada também. Tudo que precisava era concentra-se nas fórmulas de suas instigantes poções. Porém, necessitaria de alguns cuidados extras agora e foi decidida até o escritório de seu chefe, Sr. Willians.

 

- Boa tarde, Michael. - Cumprimentou séria.

- Olá, Sra. Weasley. - O homem corpulento disse gentil. - O que deseja? – Havia preocupação nos olhos do chefe.

- Eu quero notifica-lo oficialmente da minha gravidez. - A bruxa disse séria, mas um sorriso insistia em surgir. - Ou seja, não poderei mais participar de nenhum experimento insalubre.

- Parabéns, querida! - O homem sorriu. - Claro, sua segurança será ainda mais priorizada. – Enfatizou ciente da presença do perseguidor. - Suas responsabilidades serão reajustadas para o departamento de pesquisas. E eu não quero vê-la nem perto da área de testes!

 

Hermione despediu-se satisfeita e rumou até sua sala, precisaria limpar qualquer componente que fosse prejudicial a sua saúde e do bebê. Talvez, fosse mais fácil recolher apenas os livros e trabalhos científicos e solicitar um escritório novo. Tinha tantos ingredientes para poções ali, um desgaste desnecessário. Distraída, não notou quando o homem de óculos entrou na sala.

 

- Por que, Hermione? - Reed questionou com aparente nervosismo.

- O quê?! - A morena assustou-se e levou as mãos ao peito. A aparência doentia e afoita do homem fez um alarme soar em sua mente. Com discrição, tentou pegar a varinha dentro da bolsa.

- Incarcerous. - As cordas envolveram fortemente Hermione. O bruxo arrancou a varinha dela e acariciou a face imobilizada em terror, ele tinha sido muito ágil. - Por que, meu amor? - O bruxo suspirou, resignado. - Cave Inimicum,... Salvio Hexia. - Lacrou a sala magicamente. Finalmente, ela o escutaria e juntos poderiam recomeçar longe de todos,... Longe de George Weasley!

- Você precisa de ajuda, Reed. - Hermione murmurou lutando contra o medo que parecia imobiliza-la, sentiu-se burra por não desconfiar do bruxo tímido e sempre tão prestativo. - Por favor, solte-me e nada acontecerá contigo... 

- Eu amo você! – Interrompeu-a. Seus olhos brilhando, obsessivos, não parecia ter escutado uma palavra dela. - Eu admiro você há tanto tempo, eu sei que posso fazê-la imensamente mais feliz que aquele bruxo medíocre que te chama de esposa. - Reed observou pela janela os outros funcionários cercarem a sala. - Hermione Granger, você é minha! E nenhum bebê irá estragar meus planos.

 

#

 

Angelina sorriu enquanto abraçava brevemente George. Ela o encarou com atenção demasiada, notando todos os novos detalhes da idade e intimamente lembrando-se de Fred Weasley. Os gêmeos sempre foram tão atraentes e a idade apenas realçava a beleza do bruxo de cabelo do fogo. Eles sentaram próxima a janela do caro restaurante, um silêncio constrangido e então uma risada escapou de ambos.

 

- Como está sua vida? - Angelina perguntou com sua habitual animação.

- Eu tenho uma vida muito feliz ao lado de Hermione. - Contou bebendo seu vinho. - Embora tenhamos problemas recentes com um perseguidor. - Sua voz tornou-se mais tensa, raivosa.

- Nossa! - A bruxa levou as mãos à boca. - E como ela está?

- Irritada e fingindo que não está amedrontada. - O ruivo sorriu, cansado. - Eu só estou aqui porque Harry, Ron e Charlie estão com ela.

- Ela te expulsou, não é? - Deu uma risadinha. - Você está uma pilha e provavelmente paranoico com essa situação, eu lembro como Hermione sempre se estressou fácil.

- Talvez, Mione tenha dito que eu precisava de ar. - Confessou com um sorriso culpado. - E ela logo ia trabalhar então eu aceitei a sugestão dela de almoçar com uma antiga amiga.

- Garota inteligente. - Ela piscou. - Eu tenho certeza que vão capturar esse lunático. - Confortou o amigo. - Mas, esse almoço é mais que um reencontro entre grifinórios. – Abriu um sorriso. - Eu tenho uma proposta de trabalho para você, George Weasley.

- Manda. - Ele interessou-se e recostou-se melhor na cadeira.

- Quero que venha jogar no Puddlemere United. - Propôs sorridente. - Você é um excelente batedor, além de ser uma oportunidade ótima para voltar ao velho continente, além disso, afastaria sua esposa do perigo desse louco. 

 

Nesse momento Charlie entrou feito um furacão no restaurante, procurando entre as mesas o irmão e a ex-grifinória. Dois aurores permaneceram do lado de fora do local. As feições do domador de dragões entregavam que algo grave tinha ocorrido e George sentiu seu coração falhar uma batida.

 

- Hermione foi trancafiada no laboratório. - Charlie cuspiu a informação. - Reed é o maldito perseguidor! Ele surtou. – Informou, claramente, preocupado.

- Eu vou matar aquele desgraçado! - George urrou, o pânico revelando o pior do homem. - Desculpe, Angel, eu preciso ir.

 

Eles aparataram para o prédio que a bruxa trabalhava com os oficiais americanos, George ouvia parcialmente os planos de negociação e resgaste da esposa, no entanto a maior parte de sua mente revivia a vida maravilhosa que tinha com Hermione... Não podia perdê-la!

Harry chamou sua atenção, ele estava ao lado do chefe da morena e se possível, parecia ainda mais angustiado.

 

- Eu quero que você fique calmo. – Essa frase sempre antecedia péssimas notícias, o ruivo fechou os olhos, apenas aguardando. - Hermione está esperando um bebê. – Revelou.

 

Não caiu apenas pela pressão que Harry fazia em seu ombro, Charlie e Ron reaproximaram-se ao avaliar a palidez do irmão... A situação era pior que imaginavam! Não era somente a vida da mulher que amava, era a vida dela e do fruto daquele amor.

 

- Por favor... Por favor, Fred, onde estiver cuide da minha mulher. - George orou, buscando forças dentro de si para ajudar no que fosse necessário. Não sucumbiria sem lutar,... Ele ia salvar sua família!

 


Notas Finais


N.B.: Nossa.... que final tenso!!! Ansiosa por mais! Sem tragédias, por favor! Bjs bjs, Ártemis


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