História Amores Proibidos - Quebrando o Feitiço Sob a Luz da Lua

- EU SOU O QUE? - Clarice grita espantada.
- Você é filha da luz com as trevas. - Gina diz calmamente. - Sua mãe Katherine, é uma conjuradora das trevas e seu pai, Philip um conjurador da luz.
- Minha mãe é o que? Mas ela não é má...
- Nem todos os conjuradores das trevas precisam ser maus....
- E... Por que ela é uma conjuradora das trevas?
- Isso só ela poderia te responder.
Clarice começa a chorar.
- Isso é demais para mim. Eu não tenho escolha! NÃO TENHO ESCOLHA. Acho que seria melhor morrer.
- Ei, calma, você não queria ser conjuradora? - Josh pergunta
- É, queria. Mas é difícil, as pessoas que eu amo podem se machucar. E se eu for pras trevas?
- Você tem um bom coração, não vai para as trevas.
- Você diz isso porque não sabe a missa metade do que eu sou capaz.
Clarice se levanta e corre para o quarto. Josh se levanta para ir atrás dela, mas Gina o impede.
- Deixe ela. Precisa de um tempo para assimilar as coisas...
Enquanto isso Clarice chorava no quatro, apesar de Gina e Josh não saberem, ela sabia de tudo, das possessões.... Havia lido um dos livros de tia Gina sobre conjuradores das trevas, quando fez isso, Clarice descobriu que em todos os meses, os corpos dos conjuradores das trevas eram habitados por demônios, especificamente no mêsversário da noite da transformação. E se durante as possessões ela machucasse alguem que ela amasse? Jamais se perdoaria... Além de tudo isso, ainda tinha que se preocupar com a escola... Como era faria para estudar quando as aulas começassem novamente? Ela não podia perder um ano... Assumiria a falsa identidade de Jenny no colégio também? E em meio tantas dúvidas e torturas, Clarice adormeceu. Apenas ela sabia sobre seu caos interior.
No dia seguinte, ela acordou sem saber que horas eram. Olhou em volta, a luz entrava pela janela, parecia o Sol do meio dia.
- Bom dia dorminhoca. - Era a voz de Josh. - Achei que não acordaria mais hoje. - ele riu
- Josh, será que dá pra parar de ser sarcástico pelo menos por hoje? Só hoje, eu te imploro. Não estou pra brincadeiras...
- Ainda chateada por causa daquele lance de você ser conjuradora?
- Muito... Sei lá, estou confusa. Eu nem sei mais quem eu sou. Meu pai traia minha mãe, eu sou filha de algo que a uma semana atrás eu não sabia que existia e também faço parte disso...
- No fundo, no seu coração, você sempre soube. Por que você acha que você amava magia?
- Tá, não é por que eu gostava de histórias de magia que eu sabia... Vai me dizer agora que todo fã de Harry Potter sabe sobre os conjuradores... - Clarice disse tentando não rir.
- Mas com você é diferente, está no seu sangue.
- Pra falar a verdade você tem razão. - Clarice se levanta da cama. - Agora tudo faz sentido... Por isso minha mãe sumia todos os meses na mesma noite, todo dia 9.
- É o dia que as almas habitam o corpo dos conjuradores da sombra. Não seria justo se eles não tivessem punições pelos sacrifícios que fazem.
- Mas você disse que nem todos são maus... E minha mae não é má. Pelo menos eu acho que não.
- A punição é para todos. Todos tem uma razão para estarem nas trevas sendo por possuir o lado ruim maior do que o bom ou por terem sido transformados pelos das trevas.
- E o Peter? Ele é filho das trevas! O que vai acontecer com ele?
- Se ele tiver pureza o suficiente pode continuar como humano, mas ninguém é 100% puro.
- Ele é uma boa pessoa. Não merece que os demônios tomem conta de seu corpo... E quanto a minha mãe?
- Talvez alguem a tenha transformado... Quando estiver pronta você pode perguntar a ela. Mas como conjuradora das trevas ela recebe a punição como todos os outros. É uma maldição, não pode ser quebrada.
- Isso tudo é muito confuso e novo pra mim.
- Não se preocupe, eu sempre estarei ao seu lado.
Josh a abraçou e ela se sentiu mais protegida do que nunca.
- Obrigada, por sempre se preocupar comigo e estar do meu lado.
Josh saiu do quarto. Clarice pegou o telefone e ligou para Peter. Ela precisava passar um tempo com ele para espairecer, pois para ela, estar com ele era uma forma de se acalmar.
- Alô. - Dizia a voz dele do outro lado da linha.
- Advinha quem é. - a voz de Clarice soava sedutora
- Huum, deixa eu pensar... Garota misteriosa?
- Uau, você é bom nisso. Tá disponível hoje?
- Eu tava pensando em ficar só em casa vendo filme... Mas já que você me ligou, eu posso mudar de planos.
- Onde quer me levar?
- Onde gostaria ir?
- Vou deixar você me impressionar. Como eu já disse adoro mistério.
- Tudo bem garota misteriosa... Onde eu te pego?
- Cafeteria do centro da cidade, às 16:00. Sei que o certo seria eu te passar meu endereço e você me buscar em casa, mas primeiro tenho que ver se é merecedor....
- Huum, ta bom, garota misteriosa. Às 16:00 então... Combinado. Tchau.
- Tchau.
Clarice colocou um de seus jeans prediletos que havia pegado na noite anterior e uma de suas camisetas de banda que ela amava. Passou um pouco de rímel um gloss, colocou suas sapatilhas pretas, se perfumou e foi em direção à porta.
- Uau, onde você vai desse jeito? - Dizia Josh
- Vou ver o Peter. Marquei com ele às 16:00
- Então você já está marcando encontros? - Josh parecia enciumado
- Qual é o problema?
- Nenhum... Se cuida, cuidado para não fazer "aquilo"
- Pode deixar...
- Ia me oferecer para te levar, mas acho que o Peter não quer me ver por lá...
- Não precisa, eu vou de ônibus.
- Divirta-se.
- O mesmo pra você. Aliás, por que não chama uma das garotas com quem você sai para passar a noite com você?
- Garotas com quem eu saio?
- Qual é, Josh. Você fica com uma garota diferente a cada semana. Deve ter o telefone de alguma - Clarice riu.
- É, você tem razão, vou ver se tem alguma disponível.
Clarice saiu. De repente Gina apareceu de salto e vestido vermelho provocante.
- Também vai sair é, tia?
- Pra dizer a verdade sim
- Não vá me dizer que é com aquele sujeito...
- É o policial Dodd sim ta legal! E não enche! A Clarice tem razão... Sai com alguem.
- Ta legal.... Se até minha tia encalhada, que acabou de desencalhar está dizendo...
- Ei, menino, me respeita.
- Foi mal... Divirta-se e use camisinha.
- O que você disse?
- Nada de mais.
- Olha que eu ouvi ein menino...
- Não enche, tia
Gina saiu também, deixando Josh sozinho em casa. Mas, como diz o ditado "Quando os gatos saem, os ratos fazem a festa" ele pegou sua agenda, ligou para todas as garotas que havia ficado nos últimos meses e disse que haveria uma festa na casa de campo da tia dele. Era hora de abrir o velho estoque de bebidas da Tia Gina e comemorar.
Enquanto isso, Clarice esperava Peter na cafeteria. Ele chegou, estava vestindo a mesma camiseta de sempre, jeans surrado e tênis. Cumprimentou Clarice com um beijo no rosto.
- Então, aonde a gente vai?
- A um luau.
- Vestidos desse jeito?
- É Jenny...
- As pessoas vão nos achar patéticos....
- Não vão não, sabe por que?
- Me conta.
- Porque esse vai ser o nosso luau, só eu, você, e a lua
- Mas... Ainda está de dia...
- A gente ainda pode conversar até lá
Peter deu a mão para Clarice/Jenny e a acompanhou até o carro. Ele a levou até um bosque. O mesmo bosque em que ele costumava leva-lá antes dela "desaparecer" eles adoravam aquele bosque por não haver muitas pessoas lá, era como se aquele lugar fosse só deles.
Clarice sentiu um certo incômodo.
"Ele está levando outra no bosque. No meu bosque..."
Peter parou o carro e eles desceram. Ele estendeu uma toalha de picnic no chão e pôs sobre ela algumas coisas para comer.
- Quantas garotas o senhor conquistador já trouxe para cá?
- Eu podia dizer que você é a primeira, mas como não gosto de mentir, eu só trouxe uma, alem de você.
- A sua namorada desaparecida?
- Isso mesmo.
- Vem cá, você não acha uma puta sacanagem você estar aqui comigo sem saber onde ela está? - Clarice disse um pouco irritada
- Você tem razão... Eu sou um péssimo namorado.
- Não, você não é, calma. Me desculpa, você não precisa se sentir culpado. Até porque, as pessoas se vão e a gente não pode traze-las de volta... Seja lá o que for que aconteceu com ela, agora ela está em um lugar melhor. E você deve seguir a sua vida, aposto que ela não iria querer que ficasse triste para sempre. Seja lá onde ela estiver, ela sabe que você a amava, mas agora esta na hora de seguir em frente.
- Obrigada, Jenny. Você tem sido muito boa pra mim. Você foi a única que me ajudou. Merece um brinde. - Eles abriram o champanhe que Peter trouxe e brindaram "Um brinde à nossa amizade"
Passaram as próximas horas que se seguiram conversando sobre tudo que se pode imaginar e bebendo. A noite ia chegando.
- Adoro ver o por do sol.
- Eu também Jenny...
- Eu acho muito romântico.
- Sabe o que você disse mais cedo? Sobre seguir em frente?
- Sim, o que que tem?
- Sinto que já escolhi a pessoa com quem eu quero seguir em frente.
Peter afastou os cachos ruivos do rosto de Clarice/Jenny e a beijou. Era o mesmo beijo de sempre, que ela amava, o encaixe era perfeito. Era como se fossem duas peças de um quebra cabeça que se encaixassem. Os dois tinham uma certa eletricidade.
Peter foi descendo para o pescoço de Clarice...descendo, descendo, até que começou a deslizar os dedos sobre seus ombros, puxando sua camiseta para baixo.
- Você está pronta? - Ele sussurrava em seu ouvido suavemente.
- Você tem certeza do que quer?
- Absoluta. - Ele beijou sua orelha levemente.
- Estou pronta - Ela sussurrou de volta fazendo com que ele se arrepiasse e puxou a blusa para cima, tirando-a de uma vez. Peter também tirou a dele e começou a abrir o zíper de Clarice, enquanto ela abria o dele. Foram tirando um a roupa do outro e se beijando até que os dois estivessem trocando carícias completamente nus. E foi alí, naquele bosque que eles se amaram pela primeira vez. Se sentiram como se sempre estivessem conectados um ao outro (e de fato sempre estiveram).
Quando tudo acabou ela sussurrou em seu ouvido
- Eu te amo
- Eu também te amo. - Sussurrou ele de volta
Ele a cobriu com seu casaco, deu-lhe um beijinho na testa e eles dormiram alí, deitados, abraçados na grama daquele bosque, em frente às estrelas.
No dia seguinte Clarice acordou assustada com o telefone tocando. Era Gina.
- Clarice, o Josh está aí com você? Eu to tentando ligar pra ele desde que acordei, já são 10 da manhã e nada dele atender...
- Tia, eu não to em casa... Onde você esta?
- Não importa... A pergunta é ONDE VOCÊ ESTÁ?
Só aí que Clarice lembrou: o feitiço é quebrado com a perda da virgindade.
- Agora não. Eu preciso falar com o Josh, urgente.
Clarice desligou e discou para Josh.
*Sua chamada está sendo encaminhada para caixa de mensagem e estará sujeito a cobrança após o final. PAM*
- JOSH ATENDE A MERDA DO TELEFONE, EU PRECISO FALAR COM VOCÊ. ACONTECEU UMA COISA MUITO SÉRIA
Depois de alguns minutos o telefone de Clarice tocou.
- Oi, você me acordou, é bom ser importante mesmo. - Josh diz com voz mole
- Josh, eu não sou mais virgem.
- E dai? Nada que eu já não esperasse?
- JOSH, VOCÊ TA BÊBADO? COMO PODE DIZER "E DAI" ? E O FEITIÇO?
- Como é?
Depois dessa resposta, Clarice teve a certeza de que ele estava bêbado.
- O FEITIÇO JOSH! O FEITIÇO DA VIRGINDADE! UNICÓRNIOS, SANGUE DE UNICÓRNIOS NA VEIA, MUDOU DE APARÊNCIA, TRANSOU JA ERA! SE LEMBRA DISSO OU A BEBIDA TAMBÉM TE DÁ AMNÉSIA?
- Foi mal Clarice, é que eu to meio enrolado aqui em casa...
- MEIO ENROLADO? OLHA SÓ, NÃO PRECISA DE MAIS NADA EU TO INDO PRA AÍ.
Clarice se vestiu e foi para casa. Quando abriu a porta, a cena q viu foi desprezível. Mulheres seminuas bêbadas espalhadas por toda a sala.
- O que é isso Josh? Prostitutas?
- Falou a que não podia transar e transou.
Uma das garotas se levantou e disse, confusa:
- Por que não disse que tinha namorada? Seu cachorro....
- Ela não é minha namorada, é minha prima. Agora caiam fora.
Todas se levantaram e foram embora.
- Olha, Josh não enche. Eu saí com o Peter e aconteceu... E agora? O que eu faço?
- Bom, agora você tem apenas 24 horas assim...
- Então significa que hoje, quando for 19:30 eu volto a ser eu?
- Vocês transaram essa hora? Que brega! Essas coisas tem que ser de madrugada, só assim tem graça.
- Josh, para de debochar da minha cara e me diz o que fazer....
- Não tem o que fazer.
- Você ta brincando comigo....
De repente Gina chega.
- O que está vendo?
- Ah, apareceu a margarida. Aposto que tava no motel....
- Me respeita Josh.
- Vou direto ao ponto, Clarice perdeu o lacre
- Cala a boca Josh. não quer que eu conte pra ela das prostitutas que achei aqui, quer?
- Não são prostitutas. São minhas ficantes.
- Eu não posso sumir por um dia que vocês já fazem isso?
- Cala a boca tia, você tava no motel com um cara que mal conhece
- CALA A BOCA TODO MUNDO. Eu preciso saber como eu faço o feitiço em mim de novo. Sera que alguem pode me ajudar? - Clarice grita impaciente
- Só há um jeito: arrumando outra virgem para domar o unicórnio. Alguém que você possa confiar para saber do nosso mundo.
- A única virgem que eu conheço é uma vaca que só sabia roubar os garotos que eu gostava, não posso confiar nela....
- Qual é? A Caroline não é tao ruim assim.
- Agora voce defende ela Josh?
- É ué, pelo menos ela é virgem.  Diferente de certas pessoas. - Josh riu ironicamente.
- Chega de picuinhas! Vocês trarão a tal da Caroline e pronto! Prioridades são prioridades. - Gina disse irritada.
Agora eles tinham uma nova missão: convencer Caroline a ajuda-los