1. Spirit Fanfics >
  2. Amour Interdite >
  3. Fim de festa, inicio de uma vida

História Amour Interdite - Fim de festa, inicio de uma vida


Escrita por: liavasconcelos

Notas do Autor


Eu sei que demorei de voltar, mas eu fiquei doente e depois uma nuvem de bloqueio criativo tomou conta da minha mente e por nada no mundo eu conseguia escrever esse capítulo. Mas aí está, finalmente, espero que gostem.
Boa Leitura ♡

Capítulo 3 - Fim de festa, inicio de uma vida


Fanfic / Fanfiction Amour Interdite - Fim de festa, inicio de uma vida

O dia havia amanhecido a algumas horas, a temperatura era extremamente agradável, os pássaros cantavam, as flores estavam abrindo novamente, o aroma da íris perfumava todo o ambiente além de deixa-lo ainda mais bonito, o vento balançava as folhas da copa das árvores e o som de risadas e conversas animadas era a combinação perfeita com aquele jardim. Assim como em todos os outros dias, vários nobres estavam reunidos no palácio, não havia um dia sequer que o local estivesse vazio, era a amanhã seguinte ao baile, os jovens nobres ainda encontravam-se em um prazeroso estado de embriagues, estavam situados em frente a floresta, entre eles estavam Marinette e Nathanael.

- No tempo que permaneci na corte espanhola descobri que eles tem um jogo muito excêntrico e acho que deveríamos fazê-lo. – Falou uma jovem loira, chamando atenção de todos para si, ela aparentava ter a mesma idade de Marinette, seu rosto tinha traços marcantes e delicados ao mesmo tempo, seus lábios carnudos era uma tentação para qualquer homem, assim como os seios fartos.

- E como seria esse tal...jogo, lady Catherine? – Homem de cabelo castanho e barba cheia falou se aproximando da jovem, pelo seu tom de voz ele parecia estar muito interessado em tudo que viesse da loira.  

- É bem simples, Duque Sebastian. Cada homem aqui presente é uma caça e cada mulher uma caçadora, vocês vão correr pela floresta, quando a dama encontrar uma caça, o que vai ser obra do destino, deve marca-lo com o lenço com suas iniciais, então a noite a caçadora e sua caça vão ter uma encontro. – Catharine possuía um sorriso sacana nos lábios.

Todos riam animados e logo começaram a se ajeitar, as mulheres que suspendiam levemente os vestidos, deixando os sapatos e o tornozelo à mostra para que tivesse como correr melhor, e os homens tiravam suas casacas e coletes, todos exceto a princesa, que achava aquilo uma grande besteira, era um jogo para conseguir marido ou simplesmente ir para cama com algum nobre rico e ela não compactuava com tais atitudes.

- Vai ficar aí parada Marinette? Eu não deixaria um partido como o príncipe da Inglaterra ser caça para tantos lobos famintos por um trono, lembre-se que ele ainda pode desistir do casamento caso ache um acordo mais vantajoso. – Uma jovem ruiva a encarava com suas enormes orbes castanhas.

- Não gosto desses jogos, Daphné.

Daphné era uma jovem um tanto quanto altiva, animada, gostava de grandes festas e muito vinho, era filha do marquês Leroy Dubois, um grande amigo do rei e o maior fornecedor de grãos da França, por isso as duas se conheciam desde crianças, haviam brincado muito no palácio enquanto seus pais faziam negócios, tinham a mesma idade, apesar de terem personalidades completamente opostas gostavam uma da outras e estavam felizes por finalmente terem se reencontrado, haviam tido tempo de sobra para colocar a conversa em dia durante o baile.

- Além de ser um excelente partido ainda é bonito. – Uma mulher morena e de olhos verdes falou ao passar pelas duas.

- Viu aí? Eu nunca ficaria aqui parada depois de falaram assim do meu noivo. – A jovem falou em um tom provocativo, tentando estimular a amiga a participar do jogo.

Os olhos azuis percorreram pelo local, viu que os homens já corriam para dentro da densa floresta, sumindo em meio as inúmeras árvores e as moças aguardavam o sinal para irem atrás, sua mente gritava para não entrar naquela brincadeira estupida, mas seu coração implorava por emoção, para que o ar lhe faltasse e borboletas revirassem o seu estomago, não podia ser tão ruim assim, pensou, deu um sorrido levado para a ruiva parada na sua frente que rapidamente entendeu que era um sim e a arrastou para onde todas as outras garotas estavam. A loira que havia proposto a brincadeira levantou seu lenço bordado com suas iniciais e gritou “já”, em questão de minutos todas as garotas já haviam corrido pela floresta a dentro. Os vestidos de seda movimentavam majestosamente com a corrida da jovens causando um colorido maravilhoso em meio a tanto marrom de galhos secos e árvores, os sapatos antes alvos e polidos estavam repletos de lama, mas nenhuma delas estavam realmente ligando para isso e a confirmação eram as altas risadas.

Não demorou para que elas se dispersassem e cada uma seguisse um caminho diferente floresta a dento, quanto mais o tempo passava menos dava para ouvir as vozes. A azulada andava se segurando pelas árvores para evitar uma queda, havia se desencontrado das outras garotas e já não ouvia mais tanto barulho, provavelmente quase todas já haviam caçado suas presas, mas ela ainda estava ali, se repreendia mentalmente por ter tomado uma decisão tão insensata, já havia quase torcido o pé diversas vezes e não fazia ideia de onde estava, a única referência que tinha era um riacho que atravessara.

- Ah – Um gemido saiu dos rosados lábios. – Como vou achar o caminho de volta agora?

- Precisando de ajuda, princesa? – A voz grossa fez com que a azulada ficar assustada e os pássaros voarem assustados para longe.

- Ah, que susto senhor Nathanael. – Posou a mão no peito tentando acalmar as batidas descompassadas do seu coração. - Não costumo ir a caçadas, mas até onde sei a caça foge do caçador e não vem até ele. – Sorriu brincalhona.

- Não há ser nesse mundo que seria capaz de resistir a morte se vinda de mãos tão delicadas e lábios tão doce.

- S...se...senhor...Na... Na...Nathanael... Não diga tais coisas. -  O rubor tomou conta das bochechas da azulada, o que fez o rapaz rir.

- Vamos! – O jovem a pegou nos braços e tomou o lenço das mãos da princesa. – Acho que temos um encontro hoje à noite, Marinette.

O ruivo seguiu rumo ao jardim do palácio com Marinette em seus braços, ela segurava-o firmemente, por mais que quisesse protestar sabia que sozinha levaria o dobro de tempo para achar o caminho de volta e que provavelmente estaria com o pé quebrado em pouco tempo, de certa forma estava aliviada por ter encontrado Nathanael, seria estranho caso tivesse um encontro com outro nobre que não o seu noivo. Aninhou-se em seu peito e permitiu-se dormir no calor daqueles braços aconchegantes e firmes, o cansaço da noite anterior caiu de um só vez sobre o seu corpo delicado.

~❁ ✽ ✾~

Os dedos finos da azulada percorreram os amarrotados fios de cabelo, passou a mão nos olhos incomodada com o brilho que vinha de algum lugar, revirou-se e percebeu que estava deitada em uma cama muito confortável, com a cabeça repousada em travesseiros de pena de ganso, com muita relutância permitiu que as orbes azuis se abrissem e automaticamente uma fina dor de cabeça atingiu-a, repreendeu-se mentalmente por ter tomado tanto vinho sem ser acostumada.

- Está tudo bem, majestade? – A voz suave estava carregada de preocupação.

- Lisa? – Marinette sobressaltou-se ao escutar a voz da jovem e prontamente sentou na cama ignorando a chata dor de cabeça. – Minha cabeça doí um pouco, mas estou bem, como vim parar em meu quarto?

- Nathanael a trouxe até o castelo, estava tão cansada que dormiu em seus braços, achei que não acordaria hoje, a noite já está quase chegando.

- Não acredito que dormi tanto tempo, parece que tomei uma surra.

- A rainha mandou avisar que se estivesse indisposta não precisava descer para o jantar.

- Lisa, por favor, peça para uma criada avisar que descerei em breve e na volta prepare um banho para mim, por favor.

A princesa se espreguiçou mais uma vez, travava uma verdadeira batalha consigo mesma pois seu corpo pesava e tudo o que ela mais queria no momento era simplesmente dormir o resto da noite, entretanto não podia se dar a esse luxo de voltar para o conforto dos seus lençóis de seda. Caminhou até o grande baú de madeira marrom e o abriu, encarou os vários vestidos que estavam ali dobrados de forma impecável, escolheu usar um vestido azul celeste, com alguns babados brancos na manga e na saia, colocou-o em cima da cama e foi buscar a sua caixa de joias, como seu vestido era simples decidiu que usaria uma gargantinha de três voltas de perolas e um par de brincos que fazia conjunto com o colar.

“Perfeito” – Pensou Marinette.

Após o retorno de Lisa, a azulada banhou-se e se arrumou, decidiu deixar as madeixas soltas e colocar sua coroa prateada, respirou fundo e caminhou até a sala de jantar, seria uma longa noite, não tinha dúvidas disso. Todos se levantaram e os olhares voltaram-se para ela assim que as grandes portas da sala foram abertas, sentou-se do lado esquerdo da mesa, próximo a ponta da mesa aonde o rei Tom estava. Tudo correu perfeitamente bem, as conversas eram animadas e de tempos em tempos um nobre ousava fazer um discurso para exaltar a grandeza do reino, ao fim todos se dirigiram até o salão de jogos, para beber mais vinho e jogar cartas.

- Acho que temos um encontro. – As mãos frias tocavam os dedos delicados da azulada, que sobressaltou-se com o toque.

- Não estava esquecida, senhor. – Marinette afastou, constrangida, sua mão da do ruivo.

- Não me chame assim, me sinto um velho, sou apenas 3 verões mais velho do que você, sem falar que somos noivos, não é necessário tanta formalidade, me chame de Nathanael.

- Tudo bem, Nathanael, aonde gostaria de ir?

- Vamos a lagoa, ainda não tive a oportunidade de vê-la e me disseram que é muito bonita a noite.

- Vamos então.

O jovem casal caminhava pelos corredores do castelo, a conversa entre eles fluía naturalmente, contaram sobre suas infâncias e as coisas que gostavam de fazer, em certos momentos as mãos se tocavam o que fazia com que Marinette corasse violentamente e Nathanael risse da timidez da garota a fazendo ficar inda mais envergonhada, olhando de longe pareciam amigos de longa data. A conversa foi interrompida quando viram jovens correndo pelos corredores e entrando em um dos salões, a curiosidade logo tomou conta da azulada.

- Não está curioso para ver o que estão fazendo? – Um sorriso maroto surgiu em seus lábios.

Sem mesmo esperar por uma resposta puxou o ruivo para o caminho que os jovens haviam seguido, andava o mais rápido que aquele vestido permitia, empurrou a porta e deparou-se com uma grande quantidade de jovens que dançavam, mas não era como as danças que estava acostumada, era diferente, muito mais animado, a maioria das garotas estavam descalças, os olhos da azulada brilhavam de tamanha excitação.

- É dança escocesa. – Nathanael sussurrou em seu ouvido, fazendo com que a jovem se arrepiasse. – Quer experimentar?

Marinette apressou-se em tirar seus sapatos e segurar a mão do príncipe, dirigiram-se até o centro, e ficaram ali dançando por muito tempo, sem se importar com mais nada, os corpos suados tocavam um no outro, os risos alegres eram música para os ouvidos de qualquer um, em certos momentos paravam para beber vinho, não havia ali ninguém para julga-los, repreende-los, nem os pais e nem a sociedade moralista, eram apenas jovens se divertindo ao som de um pequeno grupo que tocava músicas da sua terra natal.

Os olhos azul royal da princesa encontraram com os olhos azuis como o mar do príncipe, era incrível o efeito que eles produziam, parecia que ela estava mergulhada em um mar em tempos de ressaca, eram cheios de fúria e vida, selvagem, indomável, indecifrável e aquilo intrigava a jovem, ela era boa em decifrar pessoas, mas com ele era simplesmente impossível, por mais que ele passasse uma imagem doce e confiante havia algo que incomodava a jovem azulada, algo não estava certo, tentou de todas as formas afastar os pensamentos que tomavam a sua mente. Os dedos de Nathanael percorreram os fino pescoço de Marinette, eles haviam parado de dançar, e ela simplesmente não sabia dizer a quanto tempo estava ali parada encarando o jovem, ele puxou-a mais para perto, as respirações ficaram descompassadas, muito próximas, e então o inevitável aconteceu, os lábios de Nathanael foram de encontro ao da azulada.


Notas Finais


E aí? O que acharam? Não esqueçam de comentar e favoritar.
Até o próximo capítulo.
Beijos de unicórnio.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...