1. Spirit Fanfics >
  2. Amour Interdite >
  3. Coroação

História Amour Interdite - Coroação


Escrita por: liavasconcelos

Notas do Autor


I'm back!
Como vocês estão? Espero que bem.
Demorei um pouco de postar esse capitulo, mas aqui estou
Espero que gostem.
Ps: Olhem as notas finais.

Capítulo 6 - Coroação


Fanfic / Fanfiction Amour Interdite - Coroação

As semanas foram passando depressa, o alvoroço em torno da morte do rei havia diminuído, todo o foco estava voltado para os novos rei e rainha. A cidade estava enfeitada com flores e fitas, as ruas estavam limpas, tudo pronto para o cortejo real, as pessoas tinham vestido suas melhores roupas e se aglomeravam na rua principal de Paris.

Por mais que a alegria voltasse a ressurgir no coração de alguns, o de Marinette ainda estava repleto de escuridão e continuaria assim até o momento em que prendessem o culpado pela morte do seu pai, todos haviam insistido para que ela acabasse com o luto, mas era em vão.

A garota olhava, através da janela, os nobres conversando e se divertindo no jardim, entre eles estava o garoto loiro que havia conhecido outro dia, observou que ele estava de braços dados com uma garota loira, tentou mas não conseguiu reconhece-la de nenhum lugar, lembrou-se que ouviu Nathanael dizer que aproveitaria sua estadia para arrumar-lhe um bom casamento.

O som de batidas na porta trouxe Marinette de volta mundo.

- Pode entrar. – Afastou-se da janela.

- Majestade. – Sara fez uma reverencia e entrou no quarto segurando um vaso com água.

- Como estão as coisas lá fora? – Marinette seguiu a criada pelo quarto.

- Está uma verdadeira loucura. – Falou enquanto despejava a água quente na banheira de porcelana. – A senhora precisa sair desse quarto, acabar com o luto e voltar a dormir com seu marido.

- Eu não posso, Sara, eu não consigo olhar para ele depois das coisas que aconteceram. – Um suspiro cansado saiu dos lábios da azulada.

- Eu já te disse, deveria contar o que aconteceu para a rainha mãe.

- E ela faria o que? Você sabe que agora é muito tarde para mudar as coisas. – O corpo da azulada estremeceu ao pensar que passaria o resto da vida com Nathanael sem conhecer o amor verdadeiro, pensou que talvez ele nem existisse. – Nós não temos o direito de sermos felizes, o meu destino já foi selado.

Entrou na banheira e deixou a água aquecer sua alma, trazendo um pouco de paz para si, sabia que aquele seria o único conforto que teria. Sara ajudou-a a se banhar, conversaram sobre coisas aleatórias, em certos momentos até permitiram- se rir, mas a chegada de Daphné e Sabine, acompanhadas de outras criadas, interrompeu o momento das duas.

A azulada saiu do banho e viu uma senhora de cabelos grisalhos, colocar sobre sobre a cama um belo vestido dourado, com bordados em ouro, tinha que admitir, era simplesmente deslumbrante. Sentou-se na penteadeira e uma das criadas correu para fazer um penteado no cabelo da jovem.

- Já estava mais do que na hora de acabar esse luto, não concorda? – Daphné sorriu vitoriosa, a dias tentava fazer a amiga sair do quarto.

- Sim, já era hora. – Marinette suspirou derrotada.

- Após a coroação, você irá retornar ao seu novo aposento, não pode deixar o rei dormindo sozinho. – Sabine olhou com seriedade para a filha.

- Tudo bem, mãe.

~❁ ✽ ✾~

Marinette estava parada em frente à abadia, o vestido havia ficado perfeito no seu corpo, o tom de dourado iluminavam a sua pele, os cabelos estavam presos em um coque elaborado, mas alguns fios caiam pelo pescoço. Nathanael estava ao seu lado, também usando uma roupa dourada, o cabelo penteado para trás e a barba feita, olhou para a esposa e viu o nervosismo estampado em sua delicada face, em um ato impensado deixou que sua mão tocasse a dela, em uma tentativa de conforta-la, mas a garota, prontamente, se afastou.

- Marinette... – O ruivo não sabia muito bem como começar. – Sobre o que aconteceu... eu... eu sinto muito, não queria ter feito aquilo. – Ele olhava para baixo e o rubor tomou conta do seu rosto.

A azulada voltou os olhos azuis para ele e percebeu que estava sento sincero, uma grande incerteza cresceu dentro de si, não gostava de guardar magoas, mas também não conseguiria vê-lo da mesma forma e trata-lo como antes.

- Tudo bem, as pessoas não são perfeitas, não é mesmo? Eu te perdoo, mas espero, sinceramente, que isso não volte a se repetir. – A garota sorriu.

- Eu prometo que não vai acontecer novamente, minha rainha. – Nathanael depositou um beijo suave na mão de Marinette.

As portas da abadia se abriram e prontamente eles trataram de retomar a postura impecável e manter uma distância considerável um do outro, caminharam em direção ao altar, o local estava repleto de flores, o tapete vermelho era gigantesco, o hino tocava ao som de um coral, famílias reais de outros países, clero, nobres estavam ali presentes, olhando cada movimento do casal.

O arcebispo, um homem de idade bastante avançada, aguardava-os no altar, usando sua batina branca com bordados dourados, ao seu lado havia uma mesa coberta com uma toalha branca de renda aonde estavam as joias reais, logo atrás estavam dois tronos feitos de ouro, com almofadas de seda vermelha. Nathanael ajoelhou-se na frente do clérigo, fez uma breve oração e caminhou até o trono, sentou e pode ter uma visão geral das pessoas que estavam ali, o Arcebispo disse algumas palavras e entregou ao ruivo a orbe do soberano e em seguida o cetro feito de ouro, por fim colocou a coroa na sua cabeça.

- Deus salve o Rei! – Os presente falaram uníssonos.

Em seguida Marinette caminhou até o arcebispo e ajoelhou, repedindo o gesto do marido, após ser consagrada, sentou no altar e sentiu a coroa de ouro, cravejada de pedras preciosas ser colocada em sua cabeça.

- Deus salve a Rainha! – As pessoas falaram juntas.

Nathanael levantou e estendeu a mão para ajudar Marinette a fazer o mesmo, seguiram em direção a saída da abadia, as pessoas aplaudiam e jogavam flores do casal, que sorria em resposta. Entram na carruagem e cruzaram as principais ruas de Paris, para que seus súditos conhecessem os novos regentes.

~❁ ✽ ✾~

Nathanael e Marinette estavam sentados nos tronos do palácio, vendo um grande baile acontecer em homenagem a eles, várias pessoas já haviam ido cumprimenta-los, principalmente os nobres interessados em acordos políticos. Em certos momentos, quando ficavam um pouco sozinhos, tinham até conversado, o assunto entre o ruivo e a mestiça fluiu suavemente, parecia que finalmente as coisas estavam indo para o seu devido lugar.

- Nathanael, irei me retirar por um instante, não me sinto muito bem. – Marinette falou o mais perto do ruivo possível, mão queria causar um alvoroço, desnecessário.

- Quer que a acompanhe? – Ele a olhava com preocupação.

- Não é necessário, só preciso de um pouco de ar fresco. – A azulada sorriu em agradecimento.

- Tudo bem, tome cuidado, por favor.

Marinette saiu apressada do salão, a tontura e a dor de cabeça estava irritando-a, passou o dia todo com aquele mal estar. Várias pessoas tentavam para-la para conversar, mas ela sempre desviava e pedia desculpas, foi um alivio chegar ao jardim e está sozinha, suspirou aliviada e continuou caminhando, o cheiro das flores e a brisa suave fizeram com que ela relaxasse, sentou em um banco e fechou os olhos, permitindo-se sentir o paz que aquele local transmitia.

Um barulho entre as árvores, fez com que ela ficasse alerta, olhou para os lados e não viu nenhum guarda por porto, repreendeu-se mentalmente por ter ido sozinha até ali, viu a grama se mover e uma sombra escura aproximar-se, seu corpo estremeceu.

Viu uma silhueta coberta com uma enorme capa preta, tentou identificar quem era, mas foi impossível, já que o capuz cobria parte do seu rosto, percebeu, pela altura que era um homem, foi a única coisa que consegui perceber com clareza.

- Fique longe! Quem é você? – Esbravejou, levantando-se bruscamente.

- Calma, minha princesa. Eu vim para ajudá-la. – A voz soou grave.

- Eu perguntei quem é você, me responda, é uma ordem.

- Sinto muito, mas gatos de rua não recebem ordens. – Mesmo com o rosto parcialmente coberto, era possível ver seus lábios e o sorriso travesso que havia se formado.

- Disse que veio me ajudar, como? – A voz de Marinette saiu insegura.

- Pensa rápido.

 O garoto jogou um pequeno frasco de vidro na direção da garota, que estendeu a mão em uma tentativa de pega-lo, por um segundo achou que iria deixar cair, mas ficou aliviada ao sentir tocar em suas mãos, virou e viu um papel, colado junto ao recipiente, escrito “acônito”.

- O que é isso? – Indagou a garota.

- O veneno que matou seu pai. - A voz grave tinha um tom sério.

- Como sabe disso? Como você possui isso? Você matou o meu pai?

- Infelizmente não posso responder suas perguntas, mas tome cuidado, não mostre e ninguém esse frasco, não fale sobre nosso encontro e principalmente, não confie em ninguém, as pessoas fingem ser o que não são. Olharei por você das sombras. – O homem afastou-se voltando por onde veio.

- Espere, vou te ver novamente? – As mãos da azulada tremiam.

- Sim, minha princesa.

Antes que Marinette tivesse a chance de responder a silhueta desapareceu, sua cabeça latejava ainda mais, milhares de perguntas rondavam sua mente, olhou para o frasco, precisava guarda-lo antes que alguém o visse, apressou-se e colocou entre os seios. Pousou a mão sobre os olhos, isso tudo era uma loucura, sentia que nunca teria paz em sua vida, mas tinha que admitir que havia sido de grande ajuda saber o veneno utilizado, ajudaria a descobrir o culpado.

- Uma rainha não deveria ficar sozinha no jardim essa hora da noite.

O cheiro de hortelã invadiu o nariz da azulada, e o timbre da voz masculina fez todos os pelos do seu corpo eriçarem, trazendo-a de volta ao presente. Tirou a mão dos olhos e deparou-se com o homem loiro parado na sua frente, trajando uma elegante roupa preta e prata, os cabelos levemente desalinhados e o impecável sorriso branco.

- Senhor Agreste, o que o senhor faz aqui? – Sorriu vitoriosa por não vacilar com as palavras.

- Eu perguntei primeiro, majestade. Não deveria estar na sua festa? – O loiro depositou um beijo sutil na mão da azulada.

- Deveria ter mais respeito ao falar com a rainha, não acha? – A garota encarava-o com a sobrancelha arqueada.

- Sinto muito se soei desrespeitoso, não foi a minha intenção, apenas me preocupo com a sua segurança, já que um dia será rainha do meu país.

- Sente-se. – Afastou-se dando espaço para que ele sentasse.

- E então? Vai me contar o que faz aqui? – Adrien agora estava sentado ao lado da garota.

- Não estava me sentindo bem, precisava tomar um pouco de ar, e você?

- Entendo, sinceramente, vi a senhora saindo apressada do baile e decidi segui-la. – As orbes verdes dele estavam cheias de preocupação. – Tem certeza que é só isso? Algo a mais parece incomoda-la.

- Agradeço a preocupação, mas foi realmente apenas uma tontura. – A azulada sorriu para ele.

- Posso te fazer companhia, se quiser... – O loiro falou incerto.

- Seria um prazer. Quem era a garota loira com você hoje pela manhã?

- Ah, Chloé Bourgeois, uma jovem rica, filha de um comerciante, o pai dela está para ganhar um título de conde. Nathanael quer que eu me case com ela. – O garoto fez uma cara de repulsa e Marinette riu.

- Não gosta dela?

- Nem um pouco, muito...madame para mim.

Marinette riu mais uma vez, em um segundo o mundo todo rodou e a vista escureceu, tentou com todas as forças evitar apagar, mas foi impossível, não sentia e não via mais nada, foi como se ela apenas vagasse em um vazio imenso.

~❁ ✽ ✾~

A cabeça da azulada latejava, pousou a mão na testa em uma tentativa frustrada de acabar com a dor irritante, abriu os olhos e a claridade a incomodou, tentou levar a outra mão aos olhos mas sentiu algo prendendo-a, o desespero tomou conta de si ao se sentir presa, levantou bruscamente e deparou-se com Nathanael dormindo agarrado ao seu braço. Viu a porta entreaberta e Sabine conversando com o médico do lado de fora.

- Nathanael... – A garota sacudiu o ombro do marido. – Nathanael...

O ruivo resmungou e abriu os olhos, sorrindo ao ver que Marinette estava acordada.

- Você está se sentindo bem? Fiquei preocupado. – Passou as mão pelos fios macios do cabelo da esposa e depositou um beijo nos lábios dela.

- Sim, estou me sentindo melhor, mas a minha cabeça dói. O que minha mãe tanto conversa com o médico?  

- Você está gravida, meu amor.


Notas Finais


Por hoje é só, deixe a opinião de vocês aqui nos comentários! Favoritem e compartilhem ❤.
Vou aproveitar para fazer divulgação.
Escrevi duas one de miraculous, alguns de vocês já devem ter lido, outros não, então vou deixar os links aqui em baixo, fique a vontade para ler se quiserem.
https://spiritfanfics.com/historia/you-dont-own-me-9010268 ----> You don't own me
https://spiritfanfics.com/historia/queda-livre-8933903 ----> Queda livre
Era só isso, até a próxima.
Beijos de unicórnio 🦄


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...