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História O Som Do Nosso Amor - J I K O O K - 16. Fim da Viagem


Escrita por: HopeLover__

Notas do Autor


Boa noite... demorei a atualizar pois tive dificuldade com esse capítulo.

Aí quando achei que poderia, tive sintomas de covid e agora eu tô preocupada, mas consegui finalizar.

Capítulo 16 - 16. Fim da Viagem


Ainda era cedo, mas já estávamos na cama, porque não tinha muito o que fazer por aqui.

Por alguma razão, Jimin e eu estávamos em silêncio há algum tempo, mas eu sabia que ele também estava acordado.

─ Kookie? Ainda está acordado? ─ sua voz saiu quase inaudível.

─ Estou. ─ respondi, simples.

Ele soltou um suspiro e uma risada baixa.

─ Lembra daquela noite no terraço? Quando eu quase cai? ─ perguntou.

─ Lembro! Foi o maior susto da minha vida. Tive medo de te perder. ─ revelei, logo apertando os olhos e afastando aquele pensamento.

Mais uma vez, ficamos em silêncio por alguns segundos apenas.

─ A gente tinha ido, porque você queria ver a lua. ─ Jimin se lembrou. ─ Você disse que a acha bonita. Eu disse depois, a lua é linda e acho que você nunca entendeu o que eu quis dizer com aquilo.

Me sentei na cama, acendi o abajur e olhei na direção do mais baixo, que fez o mesmo, me encarando e escancarando seu lindo sorriso.

─ O que quis dizer com aquilo? ─ questionei.

─ Pediram a um filósofo japonês, que traduzisse a frase: Eu te amo, para japonês, mas ele traduziu como: a lua está linda. Quando questionaram a razão, ele disse que não era comum dizer eu te amo, então invés de usar isso, deveria se usar: a lua está linda. ─ sorriu.

─ Aaah! ─ respondi. Olhando para qualquer canto do quarto.

De repente, quando me toquei, olhei para seu rosto outra vez e franzi o cenho.

─ Você me ama? ─ perguntei.

Sua risada se fez presente, naquele quarto que antes abrigava o silêncio.

─ Sim, Jungkook. Eu te amo. ─ abaixou a cabeça e sorriu fraco.

Me pus a pensar no que ouvi, meu coração estava batendo tão forte, até mesmo minha respiração estava desregulada.

─ Isso te deixou muito desconfortável? ─ Jimin perguntou, notei que seu rosto ganhou um tom avermelhado, sinal de que estava envergonhado.

Fiz que não, respondendo sua pergunta. Me levantei, indo em direção a cama dele, minhas pernas tremiam também.

Me sentei, suspirando algumas vezes. Levei uma das mãos até seu queixo e o puxei, para que me encarasse. Seus olhos estavam atentos a minha face.

─ Também te amo, Jimin. É estranho ainda, mas sei que te amo.

Ele assentiu, sorrindo sem mostrar dentes.

─ Eu disse pra minha mãe que gosto de você. ─ Contou o mais baixo.

─ O que ela disse?

─ Que deseja que eu seja feliz. Ela disse que te acha espetacular e que seria uma honra te ter como genro.

Sorrimos juntos. Me lembro de uma vez ela dizer que se eu fosse uma garota, podia ser a namorada do Jimin, nunca achei que ela estivesse sendo sincera sobre isso.

Aproximei meu rosto de seu queixo e o beijei naquele local, subindo lento até chegar em seus lábios fartos.

Jimin retribuiu o beijo, dessa vez, nossos toques foram mais intensos. Nos tocávamos com desejo e luxúria.

Mesmo com o desejo evidente entre nós, optamos por não ceder, ainda era cedo e mesmo com nossas declarações, ainda não firmamos nenhum compromisso, por isso achamos melhor não fazer nada.

Apenas nos deitamos na mesma cama e dormimos abraçados. Devo confessar que essa foi a noite mais confortável que já tive na vida?

Na manhã seguinte, descemos para tomar café e teríamos nosso último passeio, pois mais tarde, pegariamos o avião de volta para Seul.

Quando saímos do hotel, caminhamos pelas calçadas movimentadas da pequena ilha, essa vai ser uma viagem da qual sempre irei me lembrar, pois foi esse lugar em que Jimin e eu assumimos o que sentimos um pelo outro.

Lentamente, senti a mão de Jimin tocar a minha, olhei para nossas mãos, em seguida olhei para seu rosto, que já havia ganhado um tom mais avermelhado, sorri.

Tão fofo.

Entrelacei meus dedos aos dele, surpreendendo-o. Ele me olhou nos olhos, com seus lábios em um perfeito "O". Sorri e ele sorriu de volta para mim.

Juntos fomos até uma das praias, por sorte não estava lotada, ainda de mãos dadas nos sentamos na areia, o vento soprando sobre nossa pele, o som do mar e o sol morno da manhã.

Tudo está perfeito, mais perfeito por ter ao meu lado, esse ser incrível que é o Jimin. Nem se eu me tornar o homem mais rico do mundo, vou ser capaz de pagar a esse Deus que nos guia, por ter colocado Park Jimin na minha vida.

─ Você está tão calado. ─ Jimin quebrou o silêncio entre nós.

─ Só estava pensando. ─ respondi, ainda sem afastar nossas mãos.

─ No que está pensando, hum?

─ Que essa viagem só foi tão boa por sua causa, sozinho eu teria morrido de tédio. ─ Ele sorriu. ─ Você fez com que essa viagem se tornasse especial, inesquecível. E apesar de tudo de bom que vivemos aqui, eu estou com medo.

A feição sorridente do menor se desfez aos poucos, me olhando agora com preocupação.

─ Do que tem medo, Jungkook? ─ perguntou.

Olhei então diretamente em seus olhos.

─ Lá em Seul, a gente vai ter os olhos do mundo sobre a gente, vamos ter os meninos e nossas famílias... sei que assim que colocarmos os pés naquela cidade, o que a gente viveu aqui, vai ser guardado dentro de um baú imaginário e provavelmete vai ser esquecido. Eu não quero... Quero poder assumir para todos o que sinto, assim como assumi para você ontem. ─ confessei, com lágrimas finas já descendo por minhas bochechas.

As mãos de Jimin, foram até minha face, seus polegares secando as minhas lágrimas.

─ Seria um passo importante, entendo seu medo, eu também tenho. Mas... mesmo que a gente não possa assumir ainda o que sentimos, os sentimentos não vão morrer! ─ os olhos de Jimin não desviavam dos meus, enquanto ele proferia cada palavra. ─ A princípio, não vamos mesmo falar sobre isso, vamos nos preparar e preparar as pessoas que convivem com a gente, sei que meus pais não serão contra, mas os seus... ─ suspirou. ─ Também sei que o Bangtan vai nos apoiar em nossas escolhas. Eu queria poder chegar lá com um cartaz escrito que sou completamente apaixonado por você, mas não podemos. Não enquanto você e seus pais não se resolverem, se nos assumirmos nessas condições, seus pais vão levar anos e anos pra gostar de mim, eu não quero que seja assim.

Concordei, apenas com um aceno de cabeça. Jimin tinha razão.

Mas mesmo sabendo que ele estava certo, ainda sentia medo de que em Seul nos afastassemos, mas isso era bobagem, já fazia muito tempo que nos tornamos inseparáveis e tantos nossos companheiros, quanto nossos fãs, sabem que nós somos bem íntimos e até então, ninguém reclamou de nada.

─ Será que um dia... a gente vai poder ser livre para ficar juntos? ─ perguntei, ainda um pouco triste.

─ Você quer ficar comigo? ─ Jimin perguntou e eu vi um pequeno sorriso surgir em seus lábios.

─ No momento, é o meu maior desejo.

─ Então... a gente vai ficar juntos. Só seja um pouquinho paciente, tá? ─ Park deitou sua cabeça em meu ombro, senti logo seus braços envolverem meu corpo.

─ Por você, eu serei paciente.

Alcancei seus lábios fartos e nos beijamos de maneira delicada e doce.

Caminhamos mais um pouco por aquela praia e por lugares ali próximo. Logo voltando ao hotel, buscando o que nos pertence e indo de táxi até o aeroporto.

Era o fim da viagem e do meu breve conto de fadas, acho que me sinto igual a Cinderela depois da meia-noite, virei a gata borralheira outra vez.

Durante o caminho até o aeroporto, Jimin me consolava com seus carinhosos, não que eu tivesse feito uma nova cena com direito a choro outra vez, mas eu estava evidentemente triste e meu Jimin já tinha notado.

Logo tomamos nosso vôo.

Enquanto não pediram para desligar os aparelhos celulares, Jimin ligou para sua mãe e lhe contou que saíamos de Jeju em alguns minutos. Ouvi um pouco da conversa dos dois, ela queria saber dos detalhes da viagem, se o filho tinha se divertido, essas coisas.

Eu sorria, achando aquilo lindo. Minha mãe nem me mandou uma mensagem, quem dirá ligar, nem meu pai... por incrível que pareça, apenas Jaehyun me ligou há alguns dias atrás, me contou que nossa mãe estava no pé dele feito uma louca, para ele ir fazer uma audição para entrar no NCT, o grupo da SM, que já tem mais de oitenta membros! Tá! Não tem oitenta, mas é um monte de gente!

Ele dizia com o maior drama do mundo, que iria pular da ponte!

Tentei o tranquilizar como pude, sei como se sente, já estive em seu lugar e não é nada fácil ter tanta expectativa depositada em cima de você, é um fardo, dos mais pesados, saber que alguém quer que você faça algo tão grandioso.

Isso me fez perceber, que minha mãe agora quer realizar o sonho dela através de Jaehyun. Isso significa que ela já não me considera mais um membro da família? Fui deserdado? Mesmo sendo eu quem banca a vida luxuosa que ela insiste em levar?

Eles pararam de falar comigo, mas seus boletos, nada baratos, continuam chegando lá em casa, eu deveria cortar os cartões de créditos deles, para aprenderem uma lição sobre a vida.

Quer saber? É isso que vou fazer.

Liguei rapidamente para meu gerente do banco e lhe pedi para bloquear os cartões que pertenciam a meus pais, deixando utilizável somente o de Jaehyun, atualmente ele está merecendo.

Mandei uma mensagem avisando para ele dizer que o dele também estava indisponível, caso os nossos pais perguntassem.

Quando decolamos, Jimin estava sério demais.

─ Por quê está irritado? ─ resolvi perguntar.

─ Vi o que fez. ─ respondeu, me lançando um olhar frio. ─ Por quê bloqueou os cartões dos seus pais? E se eles precisarem? E se eles passarem por dificuldades?

─ Jimin, eu não vou deixar eles passarem por necessidades! Eu só estou dando um castigo temporário.

─ Eles que são os pais! São eles quem deve te castigar e não o contrário. ─ Jimin estava mesmo irritado.

Suspirei.

─ Amor, eles me ignoram, você quer ver o total de mensagens que eles visualizam e não respondem? Eu só quero que eles venham falar comigo, pelo menos para brigar pelo bloqueio, eu só queria... Eu queria que eles voltassem a me amar, Jimin... ─ falei essa última frase mais baixo.

Jimin então desfez a carranca e suspirou alto, logo em seguida me puxando para um abraço.

Seus dedos acariciavam meus fios, a sensação é tão boa, sentia seu perfume amadeirado entrar por minhas narinas.

─ Sei que te amam. Do jeito torto deles, mas amam. Você é Jeon Jungkook, membro do BTS. Quem não amaria você? ─ Jimin perguntou.

Um tempo depois ele me soltou e foi utilizar o banheiro, não demorou a voltar. Pegou uma revista e a folheava, enquanto eu apenas observava as nuvens pela janela.

Um solavanco no avião pôde ser sentido, olhei com os olhos arregalados para Jimin, que também carregava uma expressão assustada.

As pessoas em volta já falavam sem parar e também tinham medo, era visível.

Outra vez e agora eram contínuos.

Jimin pôs o cinto e me ajudou a por o meu, me abraçou forte e fechou os olhos, podia sentir o disparo dos nossos corações.

A voz da aeromoça se fez presente, dizendo que era apenas uma turbulência e não havia razão para se preocupar, máscaras de oxigênio caíram sobre nós, apertei mais Jimin em meus braços, pois sentia seu corpo tremer.

Um tempo depois, a turbulência passou. Mesmo assim, Jimin ainda se mantinha abraçado a mim e com seu rosto colado em meu peito, notei que ele estava chorando.

─ Ei. Já passou. ─ acariciei seus cabelos.

─ Eu sei. ─ Ele assentiu. ─ Eu disse pra minha mãe que logo chegaria... Eu fiquei pensando em como ela se sentiria se eu não voltasse nunca mais! Eu não quero que ela sofra... ─ Jimin começou a soluçar, seu choro saia audível e sofrido agora.

O apertei ainda mais, é tão pequeno e doce.

─ Mas ela não vai sofrer, já vamos chegar em casa, você vai poder correr para os braços dela. Não fique assim, já passou. ─ minha mão subia e descia sobre o tecido de seu moletom, tentando acalmar seus nervos.

Uma aeromoça se aproximou, perguntando se precisávamos de algo, prontamente ela trouxe uma água para Jimin, que com as mãos trêmulas tomou o líquido, um tempo longo depois, ele se acalmou, lentamente.

Já estávamos perto do aeroporto de Seul. Pelo menos é o que eu acho.

Não demorou até o avião pousar, descemos com Jimin agarrado a meu braço, ele ainda estava muito assustado.

Pegamos outro táxi e fomos para casa, assim que abrimos a porta de nossa casa, demos de cara com os pais de Jimin, que foram correndo o abraçar.

Assim que abraçou os mais velhos, Jimin voltou a chorar, então eu fui fuzilado com os olhares de fúria dos Park. Eles certamente devem estar achando que eu magoei o Jimin.

Não consegui diferir uma palavra, entei em estado de choque, a única coisa que eu consegui dizer foi:

─ D-d-d-desculpa.

O pai de Jimin fechou a cara para mim e abraçou a esposa e o filho, abaixei a cabeça e me senti o ser mais pequeno do mundo, fui diminuído pelo olhar de condenação do pai do Jimin e eu nem sabia como explicar o que de fato havia acontecido.

Jimin precisava se acalmar outra vez para me ajudar a resolver esse mal entendido.

Continua... 


Notas Finais


Pronto, os pais do Jimin já não gostam do Jungkook mais.

Eu sinto a dor do JK, de querer se sentir amado pelos pais... como eles podem ser tão cruéis assim? Ele é só um bebê.

Obrigada por ler. 💜

Volto o mais rápido possível... se der tudo certo... amanhã.

Não tá muito revisadinho


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