– E então.... - coloquei as mãos na cintura
– Precisamos conversar sobre o que aconteceu ontem - A minha mãe começou falando – O conselho se reuniu e nós discutimos a sua situação com o Miguel.
– Por que não me disse isso?... - Me interrompeu
– Eu não podia, tive que ser imparcial e você teria que ser informada formalmente - Ela estava séria
– E... O que foi decidido? - A olhei
– Foi decidido que é perigoso de mais para nós. - Paralisei
– Mas... - Me interrompeu novamente
– Precisamos de uma garantia de que ele não contará a ninguém.
– Mas ele não sabe de nada...
– Será uma questão de tempo até ele desconfiar.... Então... Deve contar a ele - Disse firme – Poderemos transformá-lo se ele desejar - Não, isso não.
– Não... Ele não vai se transformar em um monstro.
– É a forma mais segura de continuar com o casamento de vocês - Respirou fundo – Sexta a noite iremos a Volterra para uma reunião do conselho.
– Um humano em Volterra? - Assentiu – Achei que fosse proibido
– Abrimos essa exceção - Me olhou nos olhos – Você tem poucos dias para contar tudo ao Miguel.
– Ele não vai acreditar.
– Seja franca com ele... Se precisar de ajuda nós daremos - Fechei os olhos e deixei que as lágrimas viessem. Se o Miguel soubesse da verdade com certeza tudo iria mudar – Sinto muito - Se aproximou — Eu sei que não quer ter contato com a nossa espécie mas... Eu não pude fazer nada a respeito... A decisão foi do conselho e o meu voto foi o único negativo - A olhei
– Se o Miguel não aceitar ser um vampiro? - Disse com dificuldade devido às lágrimas.
– O mataremos - Abaixei a cabeça e chorei ainda mais. Ela me abraçou e o meu pai fez o mesmo depois de alguns segundos.
Eu não queria ser a responsável pela morte do Miguel. Ele morreria de todo jeito independente da sua decisão.... Eu não quero matá-lo.... Eu queria ter outra alternativa a não ser contar tudo a ele....
[7:40 pm]
Neste momento eu estava no meu quarto, um turbilhão de pensamentos se contorciam em minha mente.
O meu celular notificou uma mensagem do Miguel perguntando onde eu estava e após um segundo notificou outra só que dessa vez do Connor.
Abri a conversa com o Connor.
"Estou com muita saudade" apenas vizualizei. Eu não estava com cabeça para isso
Saí do whatsapp e na minha proteção de tela tinha uma foto minha e do Miguel (capa).
Apenas bloqueei o celular e respirei fundo.
A minha decisão mudaria as nossas vidas. Eu não sabia o que ele iria pensar, se iria iria ficar bravo por eu ter escondido algo tão grave dele..... Eu definitivamente queria que nada disso fosse real e que eu fosse uma humana com vida normal que pode tomar as suas próprias decisões....
Acabei adormecendo com os meus pensamentos....
[8:53 AM]
Acordei com alguém entrando no meu quarto. Abri os olhos lentamente e vi que era a Cristina.
– Bom dia - Disse abrindo as cortinas das janelas – Dormiu bem?
– Não... - Me sentei – Eu estou péssima - Massageei as têmporas
– Eu imaginei - Se sentou na cama de frente para mim –.... - Me olhou nos olhos – Eu sei que... Você está brava e não quer falar comigo mas... Eu peço que você esqueça isso por hora... - Segurou a minha mão – E me deixe te ajudar - Fitei os seus olhos.
Abaixei a minha cabeça e me rendi ao choro.
– Eu não sei o que fazer - Balancei a cabeça negativamente – O conselho quer que eu conte toda a verdade pro Miguel mas.... Isso não é certo. Não precisa ser assim - Fitei os seus olhos novamente – Não sei o que fazer....
– Você tem medo que o Miguel se machuque... Eu te entendo - Me olhou nos olhos – Isso acontece quando gostamos de alguém. Você quer protegê-lo e poupá-lo de qualquer dor que ele possa sentir... - Respirei fundo – Mas... Neste caso, está protegendo ele da forma errada - Franzi o cenho
– O que? - Não entendia onde ela queria chegar.
– Eu sei o que você está pensando.... Esquecer tudo isso e não ir a Volterra - Assenti minimamente – É o caminho mais seguro?
–..... - Abaixei a cabeça.
– Você conhece o conselho... Se não contar ao Miguel eles irão matá-lo sem uma chance de diálogo - Levantei a cabeça – Levá-lo a Volterra será mais difícil mas é a única chance que ele terá de ficar vivo - Secou as minhas lágrimas – Você vai conseguir
– Não.... - Chorei mais – Eu não vou.
– Pelo Miguel.... Pense no Miguel. - Funguei – Ele merece uma chance - Acariciou a minha bochecha – Tente por ele - Me afaguei em sua mão
– Obrigada Cris - Falei com dificuldade devido ao choro. Ela apenas sorriu, beijou a minha testa e logo em seguida saiu do quarto em silêncio.
Essa conversa me fez tomar uma decisão. Eu vou contar toda a verdade para o Miguel.
Eu não sabia o que viria depois mas eu iria enfrentar tudo. Eu tentarei salvá-lo.
[12:16 pm]
– Oi - Sorriu – Não respondeu as minhas mensagens - Deu espaço para eu entrar e eu entrei.
– Me desculpe eu... - Senti um cheiro horrível – Connor, que cheiro horrível é esse de cachorro molhado? - Quando cheguei na sala me deparei com uma mulher que eu não sabia quem era mas sabia muito bem o que ela era.
– Amitta, essa é a Cloe Scott - Ela sorriu – Ela é a minha terapeuta - Ela estendeu a mão mas eu não cumprimentei. Ela fechou a cara e abaixou a mão – Cloe essa é a Amitta
– Então, você é a Amitta... - Sorriu – O Connor fala muito sobre você - Olhei para o Connor – Apenas coisas boas, claro - A olhei novamente.
– Connor, eu te espero no quarto - O olhei – Me encontre quando puser o cão pra fora - Fui em direção ao quarto.
Não, eu não a conheço e não sei porque tratei ela dessa forma eu só não conseguia estar no mesmo ambiente que ela.
[12:45 pm]
– Não precisava ter tratado a minha psicóloga assim - Disse entrando no quarto, eu estava sentada na cama o aguardando.
– Eu não sei porque eu fiz isso - Respirei fundo – Não pude evitar - O olhei.
– São os seus instintos vampiricos - Tirou a camisa – Querendo ou não você os tem - Se aproximou e eu levantei.
– Não me orgulho - Cruzei os braços em volta do seu pescoço.
– Eu sei - Abraçou a minha cintura – Não falamos mais sobre isso.
– Você falou de mim pra sua psicóloga? - Sorri e ele respirou fundo assentindo.
– Tive que justificar as minhas mudanças de humor - Mordeu o lábio inferior.
– E... Eu sou o motivo? - me aproximei.
– Sempre... - Me beijou ferozmente, eu apertei a sua nuca para intensificar o beijo
– Estou com saudades de você - Disse entre o beijo – Me fode agora... Sem preliminares - Ele me olhou e sorriu.
Me virou e apoiou as minhas mãos na cama. Ouvi o seu zíper ser aberto e ele se aproximar de mim afastando a minha calcinha e entrando em mim com tudo.
– Ah... - Eu tinha esquecido o quanto aquilo era bom.
Ele segurava a minha cintura com força e me estocava cada vez mais rápido.
– Amitta..... Ah.... - Tombou a cabeça para trás e foi mais fundo.
Puxou o meu cabelo e colocou as minhas costas em seu peito. Segurou o meu pescoço e começou a se mover freneticamente me fazendo gritar.
Ele agarrava a minha cintura e apertava o meu pescoço. Eu não conseguia raciocinar direito e nem falar nenhuma palavra com sentido.
Ele parou de se movimentar e me virou para si atacando os meus lábios. Eu segurei o seu membro e comecei a masturbar, ele gemeu contra a minha boca.
Tirou o meu vestido e minha calcinha e logo depois me jogou com brutalidade na cama. Tirou a sua calça e cueca enquanto eu o olhava com cara de safada.
Se deitou por cima de mim e me beijou.
Segurou o meu pescoço e abriu as minhas pernas entrando em mim sem aviso prévio.
Ele se movimentava rapidamente me fazendo arquear as costas. A sua mão no meu pescoço estava me sufocando mas aquilo não me incomodava eu só queria senti-lo.
– Ah... - Gemi segurando o seu pulso afim de diminuir a sua pressão contra o meu pescoço – Awn Connor - Eu estava sem forças para fazer qualquer coisa então deixei que tudo aquilo continuasse.
Ele me beijou calorosamente e depois deitou a sua cabeça na curvatura do meu pescoço.
– Estava com saudade disso? - Sussurrou – Estava com saudades de ser fodida? - Mordi o lábio para impedir um grito que estava próximo.
– Si-Sim.... Ahhh... Assim... Ah - Agarrei as suas costas para descontar o meu prazer pois os lençóis da cama já não eram suficientes.
– É assim que você gosta? - Foi mais fundo me fazendo soltar o grito que tanto segurei – Me diz como você gosta... - A sua voz rouca me deixava a beira de um abismo. Era quase impossível não ficar completamente excitada quando ele falava assim comigo.
Ainda apertando o meu pescoço, ele ergueu o tronco e apoiou a mão na cama indo ainda mais rápido e forte.
– Ah... Connor.... Com força..... Ahh.... - Arqueei as costa quando ele tocou no meu ponto de prazer – Isso... - Sorri – Bem aí... Ah.... - Meu corpo inteiro se contorcia e eu senti que o meu limite estava próximo – Awn... Connor.... Eu vou... Ah.... - Com a sua mão que estava sobre a cama ele a colocou entre nois dois acariciando o meu clitóris me fazendo rolar os olhos e arquear as costas ao chegar no meu ápice.
Não conseguia me mexer devido o efeito do orgasmo. Ele tirou a mão do meu pescoço e a apoiou na cama. Retirou o seu membro e ficou apenas pincelando em minha entrada ate o meu clitóris me fazendo os meus músculos tremerem.
– Eu não ainda não terminei.
Rapidamente me virou de bruços e entrou em mim sem aviso. Eu me apoiei nos cotovelos para olhá-lo por cima dos ombos.
Ele segurou a minha cintura indo ainda mais fundo me fazendo gritar.
Apoiou as duas mãos no colchão e deitou a cabeça no meu ombro me penetrando ainda mais rápido.
Ouvi-lo gemer próximo ao meu ouvido era a melhor coisa do mundo.
– Ah..... - Eu já estava preparada para o segundo orgasmo – Connor... Eu vou...
– De novo? - Sussurrou e eu assenti – então vamos juntos - Colocou a mão debaixo de mim alcançando o meu clitóris e o massageando.
– Awn.... - Rolei os olhos sentindo o meu limite se aproximar.
Aumentou a velocidade das suas mãos e das estocadas e segundos depois chegamos no nosso limite juntos.
Destribuiu vários beijos no meu ombro e me virou para si beijando os meus lábios.
– Eu estava com muita saudade disso - Sorriu e acariciou o meu rosto.
– Nem me fale - Lhe dei um selar – Já não aguentava mais ficar longe de você - Sorri – Essa sua viagem prolongada me deixou louca e as nossas brincadeirinhas serviram para diminuir o meu tesão mas... Não foi o suficiente...
– Então podemos recuperar o tempo perdido - Ficou por cima de mim e beijou o meu pescoço.
– Você é insaciável - Gargalhei.
– Sou viciado em você... O que posso fazer? - Me olhou nos olhos e me beijou.
[5:21 pm]
– Own.... - Sorri ao ver um gatinho passeando pela cozinha – Que gracinha - Me agachei e peguei o gatinho no colo – Você deve ser o Harry. - Disse o acariciando.
– Sim... Mas como você sabe? - Connor se aproximou.
– Você me disse no nosso primeiro encontro - Assentiu com a cabeça ao lembrar.
– Tem razão - Sorriu
– Mas por que eu não o vi antes?
– Ele estava morando com a Rachel - Explicou – Eu estava muito ocupado então deixei que ela cuidasse dele
– Muito bem... - Coloquei ele no meu chão – Ele é muito lindo - Sorri.
– Se continuar mimando ele eu vou ficar com ciúmes - Me puxou e colou os nossos corpos.
– Terá que se acostumar.... Pretendo continuar mimando - Sorri e lhe dei um selar.
Ele beijou o meu pescoço e eu já pude sentir a sua ereção contra a minha coxa.
– Connor - O repreendi – nos já transamos cinco vezes - O afastei
– Não vejo problema em transar uma sexta vez - Tentou se aproximar mas eu me afastei e sentei no balcão
– Eu vejo.... - Encostei os braços no balcão
– Eu fiquei duas semanas fora - Se aproximou – Precisamos recuperar o tempo perdido - Arqueei uma sobrancelha – Você mesma disse que as nossas brincadeiras não foram suficientes - Mordi o lábio inferior – Eu sonhei com você todos os dias - Colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha
– Eu já sonhei com você várias vezes, de todas as formas possíveis - Sorriu – Uma vez eu sonhei com algo que me deixou muito excitada. - Franziu o cenho
– Como assim?
– Sonhei com um menage - O olhei
– Sério? - Ele parecia chocado – Você sonhou com quem além de mim? - Me olhou nos olhos
– Com o Miguel - Riu soprado.
– E foi bom? - Deu de ombros.
– Foi excelente - Sorri – Descobri que esse é o meu novo fetiche - Cruzei os braços em volta do seu pescoço.
– Você tem o fetiche de ser fodida por dois homens? - Arqueei uma sobrancelha
– Sim... - Afirmei com a cabeça – Com direito a DP - Mordi o lábio inferior.
– Esquece isso. - Apertou a minha cintura e se aproximou ainda mais colando os nossos corpos – Não vou dividir você com ninguém - Rolei os olhos
– Aff, que chato... - Fiz cara de decepção e ele sorriu voltando a beijar o meu pescoço. Respirei fundo. Eu não conseguia resistir a ele.
Sinto meu celular vibrar, era o Miguel mandando mais uma mensagem.
– Merda, eu tenho que ir. - Respirei fundo. – Os meus problemas somem quando eu estou com você mas infelizmente isso não dura muito tempo.
– O que aconteceu? - Se aproximou. Eu não pretendia contar nada mas eu precisava dividir com ele esse problema
– Estou com problemas com o conselho - Fitei o chão – Eles querem que o Miguel se torne vampiro - O olhei nos olhos
– Mas ele não sabe de nada...
– Eles acham que ele vai desconfiar de algo depois do casamento - Me olhava atento – Então me deram até a sexta para contar tudo a ele, nós iremos a Volterra e se o Miguel quiser, ele se tornará um vampiro
– Isso vai contra o que você acredita - Me olhou nos olhos – Tudo não está perfeito? Ele não precisa saber e...
– Se relacionar com um humano é crime... Transformá-lo pode ser a única maneira dele ficar vivo - Balancei a cabeça negativamente – Se isso não acontecer, irão matá-lo e isso sim vai contra tudo o que eu acredito...
– E você não cogita nem por um segundo acabar com esse relacionamento? - Riu soprado – Se tornou perigoso para ele
– Eu não vou terminar com o Miguel - Apoiei as mãos na cintura – Ele não suportaria - Neguei com a cabeça
– Você acha que ele suportaria saber que você é uma vampira? - Disse em um tom elevado – Suportaria saber que mentiu pra ele durante todos esses anos?
–... - Fechei os olhos e respirei fundo
–....
–....
–.... Quando pretende contar pra ele? - O olhei
– Hoje... - Assentiu.
– Você sabe que muita coisa vai mudar não é?
– Nada vai mudar entre a gente - Me aproximei e cruzei os braços em volta do seu pescoço.
– Não é disso que eu estou falando - Colou nas nossas testas
– É só isso que me importa.... - O beijei calmamente.
[6:14 pm]
– Oi amor... - Me deu um selar e me deu espaço para entrar – Onde esteve? Eu mandei várias mensagens...- O interrompi
– Eu sei... Eu li todas - Eu estava aflita – Preciso conversar com você.
– Aconteceu alguma coisa? - Se sentou no sofá e eu fiz o mesmo.
– Eu preciso te contar uma coisa e espero que tenha a mente aberta para me ouvir - O olhei
– Tudo bem. - Se ajeitou no sofá – Pode dizer. - Me olhou nos olhos
– O mundo... Não é só isso que você pôde ver. - Ele me olhava atento – Existem várias coisas que o ser humano não pode explicar... A minha família é uma dessas coisas - Franziu o cenho.
– Como assim? Do que você está falando? Que coisas são essas?
– Coisas que até então são apenas mitos e histórias de terror - Mordi o lábio inferior
– O que quer dizer?
– Que eu não sou o que digo ser - Respirei fundo – Eu sou uma vampira.
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