História An evil girl Vol.1 - Damn time I created this deal

Sunday, June 29; Toronto, Canada (7:32 pm – 18 °C)

Havia ficado no quarto o dia inteiro. Não queria ver ninguém e muito menos conversar sobre o que me abalava, ninguém me entenderia. Nem o Connor e nem a minha família haviam passado pelo que eu estou passando.

O Connor me ligava e mandava mensagem mas eu não respondia nenhuma das suas tentativas de falar comigo. 

Ele sabe que tem alguma coisa errada, sei que ele vai fazer de tudo para descobrir o que me deixa triste mas eu não conseguia conversar com ele sobre isso. Talvez eu só esteja piorando as coisas mas nesse momento eu só queria ficar sozinha e pensar quais seriam as minhas alternativas.

Desde que deitei na minha cama e fitei o teto, consegui pensar em algumas alternativas: denuncia-lo por pedofilia e pornografia infantil, contratar alguém para faze-lo sangrar, me vingar dele com as minhas próprias mãos e até mata-lo foi uma das possibilidades. Qualquer pessoa no meu lugar acharia essas alternativas completamente plausíveis e justificáveis para esse caso. Mas dentre todas as minhas alternativas, somente uma fazia parte da minha realidade: aceitar a sua chantagem e ir pra cama com ele. Seria contra a minha vontade mas era a alternativa mais acessível para mim, eu não teria coragem de matar alguém.

Monday, June 30th; Toronto, Canada (7:29 pm – 22 °C)

– Amitta? - A Cristina entrou no quarto.

– Oi Cris - Eu estava me trocando

– O seu namorado está lá em baixo.

– Pode mandar ele subir - Continuei me vestindo e ela arqueoou a sobrancelha.

– Mas você está se trocando, não é melhor que eu o mande esperar? - A olhei.

– Pode deixar Cris, não tem nada que ele não tenha visto - Arregalei os olhos e saiu. Eu sorri.

O meu humor estava melhor. Decidi que iria levar essa situação com calma e agir naturalmente para que ninguém descobrisse. Mas vai ser difícil convencer o Connor de que nada aconteceu.

– Oi amor - Me beijou.

– Oi - Virei de costas e pedi que ele amarrase a minha blusa – O que quer fazer hoje? - Me virei para si

– Quer mesmo saber? - Sorriu maliciosamente.

– Eu 'tô falando sério - Sentei na minha cama e coloquei um travesseiro entre as minhas pernas – Se a gente for continuar assim, nosso relacionamento não vai durar nem um mês - Se aproximou

– E o que você sugere?

– Nós podemos ver um bom filme, comer um lanche delicioso... E depois você pode dormir comigo agarradinho.

– Me parece ótimo - Me beijou – Mas só durmo com você se prometer que não vai me provocar.

– Eu nunca te provoco - Fingi indignação.

– Para de ser sonsa. Você me provoca desde a primeira vez que conversamos.

– Não lembro disso - Dei de ombros – E se eu não lembro não aconteceu – Semicerrou os olhos – Mas se você quiser, eu posso dormir de calcinha.

– Nem pense nisso

– Você prefere sem? - Fiz uma expressão falsa de inocência

– Por que você simplismente não facilita o nosso acordo? - Ele estava impaciente – Se quer ficar dois meses sem sexo pare de me provocar - Ficou bem próximo ao meu rosto e eu não consegui não lembrar de todas as nossas transas nesse momento. Eu queria pular no colo dele agora e implorar para que ele me fodesse mas eu não podia, eu tinha que ser forte.

– Não vou te provocar - Ri de nervoso – Prometo - Fiz uma cruz em meus dedos e beijei.

– Essa promessa não me pareceu muito segura.

– Os humanos fazer isso quando vão prometer algo não é? Por que eu não posso fazer também? - sorriu

Ele não havia tocado no assunto do sábado. Ele estava agindo e me tratando naturalmente, como se nada tivesse acontecido. Isso deveria me deixar aliviada mas não era isso que eu sentia, muito pelo contrário, eu não sabia o que se passava na sua mente.

Connor

A Amitta estava agindo normalmente, não parecia a mesma pessoa de sábado a noite.

Eu sei o que ela está fazendo, está agindo com naturalidade para que eu esqueça o que aconteceu a duas noites atrás. Mas eu não desisti, eu vou descobrir qual era o motivo das suas lágrimas e nervosismo. Eu vou descobrir o que ela está escondendo de mim.

Tuesday, July 9th; Toronto, Canada (11:57 am – 23 °C)

Estava em sua cama, mechendo em coisas aleatórias do meu celular quando ela apareceu de calcinha e sutiã e ficou de frente a um espelho, de costas pra mim - Só pode ser brincadeira.

– Você me acha gostosa? - Disse analisando o seu corpo através do reflexo

– Eu não acho... - Me olhou – Eu tenho certeza - Voltou a sua atenção ao espelho.

– É... Você tem razão - Virou de costas e analisou a suas nádegas – Eu sou muito gostosa - Voltou a ficar de frente.

– Qual o motivo desse surto de autoestima? - Deixei o celular de lado e a olhei

– Só estava pensando na sorte que você tem de me ter só pra você - Me olhou com cara de safada e sorriu - Ela sabe que eu não resisto a isso.

– Tem razão - Levantei e aproximei do seu corpo – Eu sou o único homem que tem o prazer de te ter - Agarrei os seus cabelos com posse e ela gemeu baixinho – Só eu posso marcar essa bundinha - Dei um tapa na sua bunda e ela gemeu mais alto.

– Isso é um baita privilégio não é?... - Suspirou pesado.

– Com certeza é - Olhei os seus olhos através do espelho – Mal posso esperar pra te foder gostoso - Soltei os seus cabelos e me afastei do seu corpo voltando a me deitar.

–... - Peguei o meu celular novamente e ela permanecia imóvel. Ri soprado – E o que você vai fazer? - A olhei – O que vai fazer quando me foder? - Se aproximou e ficou por cima do meu corpo, de quatro.

– Quer mesmo saber? - Assentiu repetidas vezes.

– Com detalhes - Tirou o celular das minhas mãos e colocou na mesinha de cabeceira – Me conta o que você vai fazer comigo.

– Eu vou te foder com tanta força que todos que estiverem em um raio de cinco quilômetros poderão te ouvir - Mordeu o lábio inferior – Vou te foder mais e mais até você pedir pra parar, mas eu não vou parar, só quando eu estiver satisfeito - Passava o polegar em seus lábios enquanto falava - Eu estava muito excitado. Provavelmente ela não iria querer continuar a partir daqui, tudo não passava de uma provocação. Mas o que eu mais queria era deita-la nessa cama e fode-la com força, demostrando o quanto ela é minha

–.... - Ela não conseguia esconder a sua excitação, as suas expressões deixavam transparecer.

–... Você vai gemer tanto que vai ficar sem voz, mas você vai continuar gemendo mesmo assim sabe por quê?

– Por quê? - Sussurrou

– Porque você é a minha vadia e gosta quando eu te fodo como uma. - Gemeu baixinho.

Saiu de cima de mim rapidamente e correu em direção ao banheiro - Sorri ladino e voltei a minha atenção ao celular. Eu precisava me distrair e tirar a vontade que eu tava de ir atrás dela e fode-la dentro daquele banheiro.

Amitta

Eu precisava de um banho frio. Definitivamente a ideia de provocar o Connor não saiu como o esperado. Ele ficou excitado mas não está pior do que eu precisava me satisfazer agora. Maldita hora em que eu criei esse acordo.