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História Anchor - I Feel Beautiful In This Sea Of Darkness


Escrita por: autora_santiis

Capítulo 5 - I Feel Beautiful In This Sea Of Darkness


Fanfic / Fanfiction Anchor - I Feel Beautiful In This Sea Of Darkness

Nash Grier

 

Desci para jantar e encontrei os meninos já na mesa, havia mais uma garota além da Nadyne, ela tinha cabelos pretos, olhos castanhos claros e um belo corpo, mas naquele momento só a Nadyne me chamava atenção, não por ser bonita, mas havia algo em seu olhar, algo que me fazia querer encara-los por horas até descobrir o que era.

Sentei ao lado do Cameron e tentei não olhar muito para ela.

– Ela é linda – Cameron falou e só quando o olhei é que percebi que ele falara comigo.

– De quem está falando? – Perguntei imaginando se ele estava se referindo a garota desconhecida ou a Nadyne.

– Ambas – ele deu de ombros – mas estou falando da Nadyne.

Assenti com a cabeça. Isso não era mentira, Nadyne realmente era muito bonita, tinha cabelos não muito grande e castanhos, seus olhos eram castanhos, seu rosto era pequeno e delicado assim como ela própria, mas sabia que não podia subestima-la, Nadyne era o Hades quando se tinha motivos.

– Apesar dela ser sua prima, não creio que a conheça muito – Cameron comentou quase em um sussurro.

– E não conheço – dei de ombros e me calei.

O jantar foi servido e naquela noite todos conversamos alegres e descontraídos, como se fossemos realmente uma família, apesar de que em partes a Magcon ser a minha família, uma família de loucos, mas era o melhor que eu poderia pedir.

Quando terminamos a janta, ficamos eu, Taylor, Nadyne e a amiga da Nadyne, que descobri se chamar Madison, ficamos responsáveis pela limpeza da cozinha.

Madison e Taylor tiraram a mesa, Nadyne lavou a louça, eu sequei, Madison colocou no lugar e Taylor apenas ficou secando a Nadyne com os olhos.

– Acho que daqui a pouco não vai ter mais nada para olhar Taylor – falei passando o prato que eu acabara de secar para Madison.

Madison riu já imaginando do se tratava e Nadyne fechou a torneira só para olhar para cara do mesmo.

– Sem querer te constranger nem nada, mas você é realmente muito gata – Taylor falou a olhando com desejo.

Ela olhou para Madison e logo se dirigiu ao Taylor, caminhou até o mesmo sentado no banco próximo ao balcão e puxou a gola da camisa dele para perto dela.

Por um momento achei que ela fosse beija-lo, mas então pronunciou.

– Se me der mais uma cantada lindinho, vai acordar no canteiro de cacto no jardim – ela sorriu sombria e largou a camisa dele – ah, e melhor nem cantar a Beer, ou eu faço pior do que te jogar no canteiro.

Piscou e voltou a pia. Eu e Madison rimos, Taylor tinha uma cara de assustado e logo deixou a cozinha.

Terminamos com os pratos e Madison disse que precisava de um banho, ela dormiria lá, a convite da Tia Kath e a pedido da Nadyne.

– Não está com sono? Se quiser pode ir, eu termino aqui – ouvi Nadyne falar.

Neguei com a cabeça.

– Estou bem – murmurei e fui arrumar as cadeiras ao redor da mesa, enquanto Nadyne varia a cozinha.

Terminamos e ao invés dela subir para o quarto ela foi para o jardim, fiquei pensando se aquela ameaça ao Taylor era séria e ela estava indo buscar cactos para colocar no colchão do mesmo.

Ela apenas deitou na grama bem cuidada e passou a fitar o céu, era interessante vê-la tão distraída, eu ainda queria entender porque seus olhos brilhavam tanto e porque eu me sentia atraído a desvendar esse mistério.

Sem perceber já estava sentando ao seu lado e deitando na grama fofa.

– Não são lindas? – Ouvi a mesma perguntar serena e talvez até admirada.

– O que exatamente? – Perguntei tentando ver o que ela via no céu limpo.

Não havia estrelas ali, somente a Lua, do que ela poderia estar falando?

– Das estrelas Nash, você não as vê? – Perguntou divertida.

– Nadyne, eu só vejo a Lua, é uma noite sem estrelas.

Ela riu como se aquilo fosse engraçado, parecia tão inocente que por um segundo me perguntei se aquela era a mesma Nadyne que quase me jogou de um penhasco por ter roubado o urso dela.

– Você tem olhos, mas sua mente é tão cega quanto o seu espirito – falou séria.

Ela ficou de pé e eu me sentei para observa-la.

– Como assim? – Perguntei ainda mais confuso.

– Assim como você vê o enigma nos meus olhos e não consegue desvenda-lo, você também ignora o fato de que a imaginação é maior do que qualquer limite que tenhamos, não seja pobre de espirito Nash – ela sorriu meiga.

– Como sabe que vejo algo em seus olhos?

– Todos vêm, todos perguntam o que é esse brilho, todos se interessam, mas nenhum nunca quer saber de verdade, as vezes se sentem tentados e fardados a perguntar para que tudo pare de o incomodar.

– Quando foi que se tornou tão sabia assim?

– Depois que eu percebi que eu mesma podia me oferecer mais do que uma vida agitada, depois que percebi que muitas pessoas são mais podres do que fruta ruim, eu realmente sinto-me bela nesse mar de escuridão e se quer saber? Ninguém realmente me conhece além de mim mesma.

Com essa frase ela se foi, minha cabeça girava em torno de cada palavra proferida de sua boca, mas isso não fazia sentido para mim e talvez nunca faça, por isso, eu preferi ignorar a tudo e deixar que minha mente vagasse.

Entrei em casa, tranquei a porta dos fundos e fui para o meu quarto, me joguei na cama e respirei fundo, Nadyne estava me enlouquecendo, quando foi que minha prima se tornou alguém completamente inexistente no mundo? Apesar de ter certeza que isso não seria respondido, eu me contive com apenas aquela frase “sinto-me bela nesse mar de escuridão”.

Acabei dormindo minutos depois.

 

Shawn Mendes

 

Acordei e olhei para o relógio desnorteado, ele indicava cinco da manhã e eu odeio acordar cedo sem motivo, ainda mais hoje sendo uma sexta, o dia ao qual começa os reggaes, levantei da cama, fui até o banheiro, fiz minha higiene e voltei ao quarto, sabia que não conseguiria dormir de novo, então simplesmente sai do meu quarto, a casa estava silenciosa, claro, provavelmente todo mundo estava dormindo.

Desci as escadas e fui até a cozinha, tomei um susto e tanto ao ver a Nadyne cantando Taylor Swift enquanto enfiava uma faca na torta.

– O que a pobre da torta te fez? – Perguntei quando ela me olhou e sorriu com um brilho triste nos olhos.

– Foi o Patrick que mandou, pensei que esfaquear a torta que ele me mandou faria eu me sentir melhor, mas agora estou com vontade de come-la – falou intercalando o olhar entre mim e a torta que tinha vários furos no meio onde estava o recheio de chocolate – quer um pedaço?

– Colocou veneno?

– Não Mendes – ela riu e partiu um pedaço me dando logo em seguida.

Sentei no balcão, ela colocou um pedaço para ela e veio sentar ao meu lado.

– Ele mandou a torta como um pedido de desculpa? – Perguntei.

– Sim, mandou uma carta também, falando em como a casa dele é linda e que tem uma irmã chamada Liane, um cachorro chamado Ralf e o quarto dele estava todo decorado como quando era criança – ela deu de ombros não se importando muito com o que leu.

– Já se passaram dois dias Nah, deveria superar.

– Não estou brava por ele ter me deixado, só estou chateada, ele era meu melhor amigo e agora pode arranjar uma nova melhor amiga, e eu tenho que enfrentar o ensino médio sem ele.

– Você tem a Madison não? Ela é sua amiga... – falei incerto.

– Nos tornamos amigas por agora, não é como se ela me conhecesse tão bem quanto ele.

– Você é uma garota forte, consegue se defender e se quer saber, acho que está lidando perfeitamente com 12 garotos, ao qual três deles querem você.

– Só querem, ontem até dei um soco no nariz do Matthew, ele tentou passar a mão na minha bunda, vê se pode? – Falou fingindo estar indignada e eu ri.

– Viu? Você consegue – dei de ombros e voltei a torta.

Comemos em silencio e quando acabamos ela levantou e foi lavar os pratos.

Fui para a sala e deitei no sofá, liguei a TV e fiquei assistindo, Nadyne logo chegou e deitou ao meu lado, o sofá era generosamente grande e cabia duas pessoas tranquilo.

– Fiquei sabendo que sua prima vem para cá – falei deitando a cabeça na barriga dela e prestando atenção na TV.

– Vem sim, chega em alguns dias – falou enquanto mexia no meu cabelo, logo começou um cafuné.

– Assim eu vou voltar a dormir Nadyne – ri.

– Tem algum compromisso?

– Não.

– Então dormir não vai fazer mal – ela riu.

Ficamos por um longo tempo calados só com o barulho da TV, até que finalmente o sono chegou e eu fui dormindo lentamente.



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