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História Anderarde (Rascunho) - Retribuição e Redenção


Escrita por: THE-X

Capítulo 13 - Retribuição e Redenção


Uma semana após o ataque a vila dos pinheiros...

No castelo real de Gohr:

Írmio: Pai...

O rei estava em sua câmara de reuniões, olhando o pôr do sol através de uma grande janela. A sala era formada por uma grande mesa círcular em seu centro, rodeada por cadeiras; haviam também pinturas nas paredes, juntos à retratos da família real, e estandartes com as cores reais por entre eles. O chão abaixo da mesa era coberto por um enorme carpete vermelho, e junto às paredes ficavam vasos com plantas ornamentais.

Após ser chamado, o rei responde:

Uma tarefa simples... eu o dei uma tarefa simples Írmio. E você ainda assim conseguiu fracassar...

Írmio: Pai eu...

Rei: SILÊNCIO!

Írmio: ......

Rei: Eu ordenei que meus espiões ficassem de olho em você, e reportassem tudo que vissem e ouvissem. Quando ouvi por parte deles, que todo o contingente o escoltando foi dizimado por uma mulher, eu francamente achei que estavam me zombando. Quase ordenei que fossem executados por insubordinação, pois me recusava a acreditar que meu sucessor seria tão incopetente a esse ponto.
Mas com três pessoas contando a mesma história, é difícil de considerá-la falsa.

Írmio: Pai, permissão para me defender.

Rei: Nada o que disser me interessa. Mas para que eu não seja reconhecido pela história como o rei injusto e sem consideração, permissão concedida.

Írmio: A mulher que nos atacou, ela era uma feitiçeira de Rendel! Nenhum de meus homens era capacitado para lidar com este nível de habilidade, todos eram cavaleiros e magos recém graduados, sem experiencia real de combate.

Rei: Uma feitiçeira... de Rendel!? E o quê alguém desse calibre estaria fazendo no meio daquele fim de mundo garoto?! Você viu errado!

Írmio: Não Senhor eu tenho certeza! Eu vi o símbolo em sua roupa, ela era uma feitiçeira de Rendel! E ela não estava sozinha; havia também um mago com ela, que eu feri antes de precisar recuar.
Seu nome era...como era mesmo?....Hroth... isso! Esse foi o nome que o chamaram. Ele disse ser o curandeiro da aldeia, mas os aldeões claramente o viam como chefe.

Rei: Hroth?...... AGENTES!

E de dentro das sombras surge três homens, eles eram parte dos agentes especiais do reino. Estes agentes são especializados em espionagem, sabotagem, reconhecimento, e ocasionalmente atuam como assassinos.

Agente: Sim majestade! (Fala enquanto se ajoelha aos pés do rei em reverência)

Rei: Investigue o nome Hroth, quero saber quem é ele, de onde vem, e qual é sua relação com a Academia de Rendel. Quero saber também quem é a mulher que estava junto dele, aquela que massacrou meus soldados.

Agente: Será feito meu lorde!

Rei: Podem ir.

Então os três agentes desaparecem novamente nas sombras.

Rei: E quanto a você Írmio, seu fracasso ainda que justificado, continua sendo fracasso. E você sabe o que acontece quando falham comigo...

Írmio: Pai por favor, me dê uma segunda chance! Tudo de que preciso é de um batalhão da Guarda de Honra. Com apenas 30 homens, aquela aldeia não terá feitiçeiro que a proteja!

Rei: Não te darei sequer UM soldado a mais! Esta será sua punição, enquanto aquela aldeia não for parte de nosso reino, você está banido deste castelo!
Prove me de que você é digno de habitá-lo novamente, e poderá retornar. Apenas conquistadores vivem em um castelo, os conquistados pertencem às ruas.

Írmio: Mas pai....

Rei: SEM MAS! Esta é tua missão, e se não for capaz de cumpri-la, nem se incomode em voltar!
GUARDAS!

Assim que o rei grita chamando os guardas, 2 cavaleiros da guarda de honra aparecem na porta da sala...

Rei: Tirem Írmio do castelo, e ele está proibido de voltar até que tenha cumprido sua missão!

Apesar de implorar por uma decisão alternativa, Írmio foi arrastado até pra fora do portão do castelo. O rei Rurke quando toma uma decisão, nada jamais o fará mudar de idéia.
Írmio tenta convencer os soldados a o deixarem entrar, usando todo tipo de argumento. Desde ter esquecido algo importante, à ameaçar se vingar quando retornásse, mas mesmo assim os guardas permaneciam inflexíveis, e o ignoravam completamente.

Ao se distanciar alguns metros do portão, Írmio ouve alguém o chamando. Ele para, e olha para trás procurando quem o chamara. Era o emissário que o acompanhara até a aldeia dos pinheiros a uma semana atrás, seu nome era Gierdel, e era não apenas servo de Írmio, mas um velho amigo.
O mesmo vinha rapidamente ao encontro do Príncipe, que o pergunta:

Írmio: Gierdel, o que você está fazendo? Por que veio atrás de mim?

Eu ouvi os guardas comentando sobre seu exílio. Achei que como seu amigo, deveria vir ajudá-lo a sair dessa!

Írmio: Não era necessário meu amigo! Você com certeza tem coisas mais importantes para fazer. Este problema é um que apenas eu devo resolver.

Não se preocupe comigo! Ajudar um amigo em apuros é a coisa mais importante que tenho para fazer! Além do mais, não ouvi alguém dizer que era proibido você ter ajuda. Sendo assim, com nós dois juntos, estou certo de que rapidamente concluíremos esta missão e você voltará para casa o quanto antes!

Írmio: Tem certeza disso Gierdel?

Gierdel: Sim!

Írmio: Certo. Obrigado amigo!

Gierdel: Não é necessário agradecer! Então, já tem alguma idéia de o que vai fazer?

Írmio: Bom, minha missão é tomar aquela maldita aldeia para o reino, mas por causa daqueles magos, acabou ficando mais difícil que o esperado. E como estou sem acesso aos cavaleiros reais, minha única solução será contratar mercenários, porém eu não tive tempo de pegar dinheiro antes de sair.

Gierdel: Ah, isso não será um problema!

Gierdel tira uma bolsa cheia de moedas de dentro de sua pochete, e apresenta a Írmio.

Gierdel: Eu imaginei que sairia sem dinheiro, então peguei isso!

Írmio: Muito bem Gierdel!!!! (Os ânimos de Írmio melhoram na mesma hora)

Na bolsa havia 450 Coroas de Gohr, que valem 200 Coroas de Rendel. Esta quantidade de dinheiro é considerada um valor considerávelmente grande, e dificilmente um cidadão comum teria acesso a tantas coroas. Normalmente são utilizadas moedas menos valiosas, como as Moedas Bunkin, que são produzidas com um metal equivalente ao cobre, ao contrário das coroas que são de ouro. Porém são bastante comuns para as altas castas da sociedade, como membros do clero e da nobreza.

A partir dali, ambos se direcionaram até o centro da cidade, onde Írmio pretendia iniciar o plano que tinha em mente. Eles andaram por 15 minutos pelas ruas de Gohr, e seu objetivo era localizar uma taverna em específico. A tal taverna em questão era conhecida por frequentemente reunir os melhores mercenários e caçadores de recompensa da região, e era exatamente o quê Írmio porcurava. Ela era localizada próxima à entrada oeste de Gohr, e era uma das tavernas mais antigas do reino, por isso sua popularidade.

Enquanto andavam, ambos passam a reparar em tudo ao seu redor, pois raramente saíam do castelo sem ser a trabalho. Por esse motivo, ambos conheciam a cidade apenas superficialmente, e nunca realmente observaram os detalhes.
O quê viram explicava claramente o porque a cidade fora apelidada de a "A pedra no caminho".
Ela estava em um estado tão ruim, que viajantes geralmente evitavam o lugar como alguém evita uma pedra na estrada. Mendigos por toda parte, órfãos implorando por comida, construções inteiras destruídas e/ou abandonadas. O motivo? Gohr por ser a fronteira entre Anderarde leste, e oeste, se tornou o primeiro alvo dos reinos rebeldes. Em um ano, o reino sofreu 2 ataques em larga escala, e por muito pouco não foi transformado em cinzas.
Após o segundo ataque, a força militar restante do reino, com aproximadamente 7000 soldados (de 15,000), aproveitou do momento de pausa nas hostilidades, para construírem dezenas de fortalezas e postos avançados sobre as bordas do território de Gohr. Sua intenção era proteger a capital de futuros ataques, e ganhar território tornando possível marchar até o reino inimigo.

Após 20 minutos procurando, finalmente encontram a tal taverna, ela se chamava Olhirde. Ambos Írmio e Gierdel entram pela porta da frente, e vêem que o local estava parcialmente cheio. Haviam alguns clientes comuns, que só estavam lá para afogar suas mágoas no álcool, e mais aos cantos ficavam os caçadores e mercenários de folga. Uns iam para a taverna por estarem de passagem pela cidade, outros simplesmente iam para passar o tempo até o próximo contrato.

O príncipe junto de seu amigo vão até o balcão onde o taverneiro estava, e se sentam nas cadeiras. Ambos estavam bastante  desconfortáveis naquele lugar, pois fedia à ácool e sangue. Eles não viam a hora de acabar logo com aquilo e voltarem para o castelo.

Então Írmio pergunta ao taverneiro:

Írmio: Senhor, poderia me dizer se tem algum mercenário confiável que está aqui hoje? Estou procurando pelo melhor!

O taverneiro olha para Írmio com uma visível expressão de desinteresse e diz:

Taverneiro: E eu tenho cara de garoto propaganda? Procure você mesmo! Meu trabalho é embriagar as pessoas!

Gierdel: Gierdel se levanta na hora extremamente exaltado, pois nunca viu alguém ser tão desrespeitoso com o herdeiro ao trono igual aquele cidadão. Ele já começava a repreender o tarverneiro, mas Írmio rapidamente o impediu...

Írmio: Sente-se Gierdel, por favor!

Gierdel: Me desculpe Írmio! Foi um impulso.

Taverneiro: Írmio? Você é o tal do príncipe que vai assumir o trono ao invés do irmão mais velho?

Írmio: Eu mesmo senhor!

Taverneiro: Huh, e o que você quer com um mercenário? Seus guardas não são mais o suficiente?

Írmio: Acredito que isto não seja da sua conta, não é mesmo? Então, vai me dizer ou não?

Taverneiro: (Suspira) Ali, naquele canto... o homem de armadura preta. Ele é um dos melhores.

Írmio e Gierdel olham na direção em que o taverneiro os apontava. Lá estava o homem, ele estava de costas para ambos tomando sua cerveja em silêncio. Ele se vestia completamente de preto, sua armadura cobria o torso, os ombros, as canelas, os ante-braços e a cabeça. Porém ele estava sem o elmo naquele momento, então era possível ver seus cabelos, eles eram pretos, encaracolados, e iam até a nuca. Írmio ao vê-los, sente que aquele homem se parecia muito familiar, já que o próprio também tinha cabelos pretos encaracolados, a diferença é que eram curtos.
Ambos então se aproximam do homem de armadura preta, e o chamam...
O mercenário apenas move a cabeça para ver quem o chamava, e quando seus olhos se cruzaram com os de Írmio, a familiaridade que o príncipe sentia ao ver o homem de costas era explicada.

O mercenário era ninguém menos que Yacob Van Gohr, o primogênito da família real, que a muitos anos atrás abdicou de sua posição na alta nobreza, e foi viver sua vida como aventureiro. Ele se tornou bastante famoso dentre os mecenários, por ter sido um dos maiores contribuídores à defesa de Gohr contra os 2 cercos que quase tornaram a capital em poeira. Yacob é conhecido pelo reino como o Cavaleiro Negro de Gohr, e quase ninguém sabe de sua ascendência nobre. Ao seu lado estava sua parceira, ela havia longos cabelos ruivos, pele branca, e olhos tão verdes quanto esmeraldas. Ela era conhecida como "Oren", ou espectro no dialeto local. O apelido vinha de sua fama como uma das melhores nos ramos de: espionagem, sabotagem e assassinato. Muitos poderosos usavam de suas habilidades em seus esquemas pessoais, o quê rendeu uma pequena fortuna à Oren, fortuna essa que é depositada dentro do Banco Real de Gohr.

Írmio então inicia a conversa:

Írmio: YACOB?!

Yacob: ......

Írmio: Então agora você é um mercenário? Abandonou o direito de ser rei para se arrastar na lama?

Yacob: ...... (Yacob apenas olha para Írmio em silêncio)

Írmio: Por que não diz nada irmão?! Estou falando em outra língua para você?

Oren: Não há nada a ser dito Írmio.

Írmio: Eu por acaso me dirigi a você, sua insolente? (Írmio olha para a mulher com um semblante de irritação)

Yacob se levanta, e fica de pé na frente de Írmio, e diferença de estatura se torna clara naquele momento. O mecenário era pelo menos uns 20cm mais alto que o irmão, e muito mais robusto, isso criava uma verdadeira aura intimidadora em volta de Yacob.
Mas mesmo de pé, ele continuava sem dizer nada para Írmio.

Oren: Caso ainda não tenha percebido, ele não pode falar.

Írmio: O que? E por que não?

Oren: Um...ehh..."acidente", fez com que ele perdesse a voz.
Eu falo por ele agora, e ele quer saber o quê você quer.

Írmio: Perdeu a voz? Mas como isso... quer saber, não importa. Já é o bastante que não seja surdo.
Eu tenho um trabalho caso esteja interessado.

Oren: Que é?

Írmio: Me escolte até o acampamento dos "Lobos".

Na mesma hora alguns homens próximos cuspiram a cerveja que estavam em suas bocas, e começaram a engasgar. Os "Lobos", se refere a uma gangue de bandidos acampados em uma floresta próxima da cidade. São formados em grande parte por desertores, e pessoas que tiveram suas comunidades destruídas pela guerra. A gangue causa problemas em Gohr por pelo menos 10 meses, e por ser uma das maiores, é também extremamente perigosa. Pequenos grupos de caçadores de recompensa já tentaram várias vezes destruírem a gangue, mas sem sucesso. Pelo menos 3 aldeias do reino já foram tomadas pelos "Lobos", e gradativamente eles formam seu próprio território independente, o quê os tornou a gangue com a maior recompensa por sua destruição.

Oren: Está maluco? O que você quer com aqueles maníacos?

Gierdel: ÍRMIO VOCÊ ENLOUQUECEU?!? QUE RAIOS DE IDÉIA VOCÊ TEM NA CABEÇA?!

Írmio: Isso é entre eu e eles, tudo que vocês tem que fazer é me proteger. Se aceitarem, receberão 50 coroas agora, e 50 após a missão for concluída.

Os mesmos homens que estavam ainda se limpando do último incidente com suas cervejas, mais uma vez se engasgam após ouvir o valor que Írmio propôs a Yacob. 100 coroas é um valor gigante para essas pessoas.

Oren: 100 coroas? Uau! O que você acha Yacob?

Yacob pensa por um tempo, e apesar de realmente não precisar do dinheiro, decide aceitar o trabalho. A verdade é que, apesar de não serem mais próximos como irmãos, ambos tiveram bons momentos juntos no passado. E Yacob sabe que se recusar, Írmio iria continuar com qualquer idéia maluca que tinha em mente, e com certeza morreria se pagasse pela proteção de um mercenário qualquer.

Então o grupo formado por Yacob, Oren, Gierdel e Írmio, vão até os cavalos, porém havia apenas dois, e ambos pertenciam aos novos guarda-costas do príncipe. Por isso seria necessário que montassem duas pessoas em cada cavalo. Írmio foi no cavalo de seu irmão, e Gierdel foi no cavalo de Oren (Para sua infelicidade, já que Oren era muito bonita, e ele tímido).

Após duas horas de viagem o grupo finalmente chega no território dos Lobos. A região se extendia por vários quilômetros, desde as áreas rurais que rodeavam Gohr, passando pela taiga que cobria praticamente toda a região, até as montanhas ao norte. Eles passaram a ficar bem mais atentos naquele ponto da viagem, pois sabiam que a qualquer momento poderiam ser emboscados por bandidos.

De repente, Oren faz sinal com as mãos para que Yacob parásse. Então ela diz:

Oren: Estão nos cercando Yacob! (Fala com a voz baixa)

Írmio: O quê? Como você sabe?

Yacob na mesma hora desce do cavalo e se prepara para o combate. Írmio continua sem entender o que estava acontecendo. "Não estou vendo nada!", pensava Írmio enquanto movia a cabeça para todas as direções procurando algo que ainda não sabia.
De repente, Oren grita:

Oren: Eu sei que vocês estão aí! Podem aparecer agora, ou eu posso degolar cada um de vocês sem nem perceberem!

Oren falava sério, não era de forma alguma um blefe. Seu apelido, "espectro" não é coincidência. Ela passou a vida toda treinando a arte da furtividade, ao ponto de ser capaz de se esconder em plena vista. Não só isso, como seu olhos não eram apenas bonitos, mas funcionais. Oren nasceu com uma característica bastante peculiar e raríssima (1 em 100,000,000), conhecido pelos estudiosos como os "Olhos de Farzott". Apenas duas pessoas na história de Íniru foram documentadas com essa habilidade, incluíndo Oren. Ela ao acumular sua energia espiritual nos olhos, e se concentrar, é capaz de ver absolutamente tudo que quiser. Exergar claramente rastros, ver no escuro, ver através de paredes, tudo isso é possível com o devido controle sobre sua habilidade inata.

Ao ouvirem a ameaça, um grupo de bandidos do clã dos Lobos apareceu do meio dos arbustos. Alguns usavam armaduras da infantaria de Gohr, provávelmente por serem desertores. Ou seja, aqueles homens não eram um grupo de vagabundos qualquer que se juntaram para cometer crimes, aqueles eram veteranos caleijados. Por isso sua rápida expansão de território.

E dentre os bandidos, um se apresentou e diz sorrindo:

Bandido: Olá senhora e senhores! Acredito que estejam bem longe de casa, não é mesmo? É bem perigoso aqui fora!

Os homens começam a rir entre si enquanto o líder dizia estas palavras.

Bandido: Mas... eu tenho uma sugestão para vocês! Pela modesta quantia de 500 Bunkin, vocês poderão passar com nossa proteção! O quê acham?

Írmio: Vocês são da gangue dos Lobos?

Bandido: Parece que nossa reputação já nos precede!

Írmio: Eu quero falar com o chefe de vocês.

Todos da gangue começam a se olhar e coçar a cabeça, antes de caírem na gargalhada.

Bandido: Ele quer falar com o chefe!!!! Hahahhahaha!!!!

Írmio: Eu tenho uma proposta para ele.

Bandido: He he he he, e quem é você pra ter uma proposta para o chefe dos Lobos moleque?!

Írmio: Írmio Van Gohr.

Os bandidos na mesma hora ficam em silêncio. E o líder estampa uma expressão séria em seu rosto.

Bandido: Tu é o príncipe?

Írmio: Eu mesmo.

Bandido: Você tem culhões de vir aqui moleque. Qual é a tal proposta de que você estava falando?

Írmio: Eu preciso de soldados. Se vocês concordarem em marchar sob meu comando, pagarei muito bem, e anularei a recompensa sobre suas cabeças.

Bandido: E sua guarda de honra? Você já tem homens sob seu comando.

Írmio: Por motivos que não discutirei aqui, eu não possuo controle sobre a guarda de honra temporáriamente. Por isso preciso de mercenários.

Bandido: Certo... ou nós podemos colocar você em uma jaula, e lucrar cinco vezes mais o quê você nos pagaria! Essa idéia me parece muito mais promissora!

Os bandidos sacam suas armas, e com um sorriso malicioso no rosto, lentamente avançam em direção ao grupo. Eles estavam bem confiantes com a possibilidade de conseguirem um resgate generoso pela vida do príncipe.

Írmio: Eu não faria isso.

Eles ignoram o aviso e continuam avançando...

Írmio: Certo. Vocês dois, deixem só o representante deles vivo.

Na mesma hora, Oren desapareceu nas sombras como um fantasma. Eles estavam em meio a uma floresta em que as altas árvores bloqueavam uma grande parcela de luz. Isso dava vantagem suprema para a assassina. Já Yacob simplesmente assume a posição de combate e lentamente avança na direção dos bandidos.
O quê ocorreu a seguir, muitas pessoas chamariam de luta, mas na verdade o termo mais apropriado era massacre. Yacob mostrou para todos presentes, que sua fama não era lenda urbana. Ele nãu recebeu um golpe sequer durante o combate, a única coisa que o tocava era o sangue dos bandidos que jorravam de seus membros decepados. Seus golpes eram rápidos e precisos, sempre com grande perícia.

Logo atrás dos bandidos, enquanto permaneciam distraídos com Yacob, Oren aparece. Ela degola um total de 8 bandidos antes de sequer ser notada. Quando os bandidos percebiam sua presença, ela desaparecia novamente nas sombras, só para em seguida serem mortos por trás.

De 27 bandidos, apenas 1 restou. Yacob matou 13, e Oren matou outros 13.

20 minutos depois, no acampamento principal dos Lobos, ouve-se gritos vindos da floresta. Isso atrai a atenção de todos os bandidos, que vão até o portão da fortaleza, que era construída inteiramente com toras de madeira. Eles vão para checar de onde vinham aqueles barulhos. Até que, do meio da floresta eram avistados 2 cavalos, e em um dos cavalos havia a fonte dos gritos, era o bandido sobrevivente que foi amarrado pelas pernas, e arrastado até o acampamento. O chefe, curioso com a situação, então decide avançar para se encontrar com os estranhos que se aproximavam.

Quando os cavalos param, o chefe pergunta:

Quem são vocês? Como chegaram até aqui? E onde está o resto da minha patrulha?

Bandido: (Grunhindo de dor e com muito esforço fala) Oi... chefe...

Chefe: Olá Hermig.

Hermig: Esses... sujeitos... querem falar...com você...(Continua gemendo de dor)

Írmio: Meu nome é Írmio Van Gohr, herdeiro ao trono real. devido à (limpa a garganta),  um mal entendido, acredito que sua patrulha fôra destruída, restou apenas este infeliz.

Chefe: Aham, e o que o príncipe está fazendo no meu território, matando os meus homens? Existe alguma razão pela qual eu não deva ordenar meus arqueiros para furarem as suas testas com uma flecha?

Írmio: Eu posso torná-los livres.

O chefe olha para os homens atrás dele com um olhar que dizia algo como, "isso é sério?". Então pergunta:

Chefe: Como?

Írmio: Realizem um trabalho para mim. Se forem bem sucedidos, eu removerei a recompensa pelas suas cabeças, e pagarei 300 coroas. Mas quando forem livres, quero que parem de atacar o reino. Esse é o acordo.

Chefe: Hmmm... 300 coroas é bastante coisa realmente. E podermos voltar a ser livres soa bem. Mas que tipo de trabalho é esse que te fez vir até nós, ao invés de usar os soldados que já tem?

Írmio: Tem uma aldeia, isolada bem ao sul de Gohr, na floresta de Menninger. O reino quer anexá-la ao seu território, mas o lugar é protegido por dois magos poderosos. Eu quero que acabem com os magos e tomem a aldeia.

Chefe: Só isso?

Írmio: Sim, mas não subestimem aqueles magos. Apenas um deles foi capaz de acabar com 15 soldados sozinho e sem esforço. Acredito que sejam da Academia de Rendel.

Chefe: O que 2 magos de Rendel estariam fazendo lá, tão longe de casa?!

Írmio: Não sei, e isso não importa. Só quero que acabem com eles. Na verdade...é, pensando bem tem outra condição...

Chefe: Qual?

Írmio: Eu quero a feitiçeira viva! Não matem ela. Incapacitem, quebrem os braços, mas não matem. Então, essa é a missão. Aceitam?

Chefe: O que acontece se recusarmos?

Írmio: Vocês continuarão foragidos, tendo que viver fugindo de caçadores de recompensa, e saqueando camponeses que mal tem o quê comer.

Chefe: Uhum... Me dê alguns minutos para conversar com meus homens. Ah, e libertem o Hermig por favor.

Yacob desce do cavalo, e corta a corda que prendia o bandido Hermig pelas pernas. Dois outros bandidos vão até o homem ainda caído e inconciente, o agarram pelos ombros e pernas, e o levam para dentro do acampamento. O grupo de Írmio ficara do lado de fora do acampamento, enquanto esperavam uma resposta do chefe, que discutia com seus associados qual decisão tomar.

Após 10 minutos esperando, Írmio finalmente tem sua resposta:

Chefe: Aceitamos o trabalho. Porém temos outra condição...

Írmio: Que seria?

Chefe: Queremos que o território dos Lobos seja separado, e independente do reino de Gohr.

Írmio: Infelizmente eu não tenho poder para lhes ceder o território. Porém convencerei ao rei que os receba em uma audiência particular, onde poderão negociar um tratado.

Chefe: Pode garantir isso?

Írmio: Posso.

Chefe: Então estamos sob seu comando vossa majestade!

O plano de Írmio seguiu muito bem. Isso o deixou bastante confiante de que cumpriria a missão e orgulharia seu pai. Tudo que precisava fazer agora, era tomar a aldeia.



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