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História Angel Blood - Night in Paris


Escrita por: prndsht

Notas do Autor


Olá~
Como vão vocês? Espero que bem.
Tem uma ou outra frase em francês ao decorrer do capítulo e vou deixar o significado nas notas finais.

Eu quero agradecer a todos os favoritos e comentários, nunca imaginei que algum dia chegaria a isso, e ver que tem pessoas lendo, e ler os comentários, me incentivam muito a continuar escrevendo, sério, amo vocês <3

Perdoem-me por qualquer erro
Espero que gostem

Boa leitura~

Capítulo 16 - Night in Paris


Fanfic / Fanfiction Angel Blood - Night in Paris

Simon não conseguia expressar com palavras a felicidade que sentia. Eles caminhavam pelas ruas de Paris, sentindo a leve brisa fria, e ele não conseguia conter aquele enorme sorriso. O Nephilim saltitava, corria até alguns pontos específicos para observar algo e geralmente comentar sobre isso com Raphael. Da primeira vez que fizera isso, fora repreendido, mas então Raphael apenas aceitou a empolgação do rapaz, dizendo que estava tudo bem, contanto que não saísse de seu campo de visão. Agora o Santiago o observava a distância, com um pequeno sorriso nos lábios, ouvindo atentamente todos os comentários do Lovelace.

— As casas aqui são tão lindas... — comentou Simon, voltando para o lado do vampiro. — Tudo aqui é tão lindo.

Raphael concordou com a cabeça.

— Para onde vamos?

— Eu estava pensando nisso... Vamos seguir por aí sem rumo, nos perder, conhecer lugares pouco visitados... Depois podemos parar em um bar e, por fim, terminar a noite em um bom hotel.

— Parece um ótimo plano. — disse o Nephilim, empolgado.

Pelas ruas de Paris, eles continuaram a vagar. De mãos dadas, dedos entrelaçados, mais pareciam um casal em lua de mel, trocando olhares cheios de paixão, sorrisos tão verdadeiros. Compartilhando aquele sentimento tão puro e sincero. Palavras não eram necessárias.

Algumas ruas eram mais vazias que outras, vez ou outra acabavam parando em algum ponto turístico, mas nenhum deles de importou em tirar alguma foto. Aquele era um momento único, daqueles que não se para tirar fotos, mas sim para aprecia-lo e mantê-lo vivo apenas nas memórias. Um momento que pertencia somente a eles.

O coração de Simon se acalmou. Acalmou-se, pois, agora, tinha certeza de seus sentimentos. Porque conseguira deixar de lado aquelas memórias ruins. E porque estava ao lado de seu amor, sabendo que era amado de volta e que na manhã seguinte ele ainda estaria ao seu lado. Seu coração se acalmara pois sabia finalmente que tudo aquilo era real e encontrara alguém que o mostrou que estava vivo.

Em algum momento daquela noite eles encontraram um bar e entraram no estabelecimento, não estava muito cheio, conseguiram uma boa mesa afastada e ali Simon se sentou enquanto o Santiago pedia uma bebida para o rapaz. O ambiente ali era agradável, festivo, mas nada escandaloso. O tipo de ambiente que Raphael apreciava.

Mais tarde, quando Raphael já havia voltado para a mesa e já tinham iniciado uma conversa, um jovem rapaz se aproximou trazendo o vinho quente que fora pedido. Seus traços faciais eram bem definidos e tinha olhos e cabelos castanhos.

Quelque chose d'autre, monsieur? [1] — perguntou ele.

Non, merci beaucoup. [2] — respondeu Raphael, dando ao rapaz um sorriso gentil, antes de voltar toda a sua atenção para o Nephilim a sua frente.

Simon o olhou curioso.

— Você fala francês?

Peut-être, mon amour. [3] — respondeu Raphael, sorrindo com divertimento ao ver a expressão do Nephilim mudar para um semblante confuso. — Talvez, meu amor.

E então o Lovelace balançou a cabeça negativamente, rindo timidamente, sabendo que estava corado. Pegou o copo a sua frente e bebericou um pouco da bebida, sentindo aos poucos seu corpo se aquecer. Eles continuaram a conversar, assuntos bobos e aleatórios. Vez ou outra, o Santiago contava algum fato sobre Paris, ou elogiava a cultura e educação do povo francês.

— Você parece gostar daqui. — comentou Simon, e o mais vampiro sabia bem o que ele queria dizer com aquilo.

— Eu gosto de muitos lugares. Mas sinceramente, eu não me importo muito, contanto que eu esteja perto de Magnus... Só não diga isso a ele. — comentou o mais velho, rindo baixo ao imaginar o que Magnus faria ao ouvir aquela confissão.

— Ele parece ser importante para você.

— E é. Ele é como um pai, ou um irmão mais velho, para mim. Ele me salvou quando eu fui transformada. Teve paciência para aguentar a minha rebeldia e arrogância e independente do que acontecesse, ele sempre esteve ao meu lado.

— Entendo.

Simon já havia terminado a bebida, Raphael lhe perguntara se queria mais e então o Nephilim negou. A conta fora pedida e então o vampiro pagou. Saíram do bar e mais uma vez seguiram sem rumo pelas ruas daquela belíssima cidade.

— Já quer ir para o hotel?

— Sim, parece ter esfriado um pouco mais. — comentou o Lovelace.

Quando percebeu, Raphael já havia retirado o paletó e colocando-o por sobre os ombros do rapaz. Simon agradeceu com um pequeno sorriso, sentindo o perfume do mais velho invadir suas narinas. Um cheiro agora tão familiar e tão amado. De mãos dadas novamente eles seguiram pelas ruas, Raphael guiava pelo caminho, provavelmente até o hotel.

Após algum tempo, Simon viu, ao longe, um imponente edifício, bem iluminado, ele possuía uma beleza única. Aproximavam cada vez mais e assim Simon soube que era ali que eles ficariam. Quando entraram no hotel, Simon também teve certeza de que o lugar era bastante caro. Claramente luxuoso.

O vampiro conversou com a recepcionista do lugar enquanto o Lovelace observava, alguns segundos depois o mais velho o chamou. Fora preciso um tempo para que chegassem ao topo do edifício.

Quando finalmente chegaram ao quarto, Raphael retirou seu paletó dos ombros do rapaz e em seguida o blazer do mesmo, deixando-o então apenas com uma camisa de manga longa. Após deixar as peças sobre a poltrona próxima a porta, acendeu apenas um abajur, deixando assim uma iluminação baixa e agradável ali. De frente para a grande cama de casal, uma porta de vidro que levava a sacada, Simon se aproximou, mas não a abriu, para que o vento frio não invadisse o cômodo, dali se tinha a bela vista de Paris e de uma Torre Eiffel que brilhava ao longe. Enquanto se perdia na beleza daquela cidade, sentiu braços descansarem em torno de sua cintura e um queixo sobre seu ombro.

— Gostou? — perguntou Raphael, a voz baixa como um sussurro.

— Eu amei... Obrigado

O Santiago gentilmente o virou, fazendo-o ficar de frente para si.

— Por? — perguntou ele.

— Por tudo. —respondeu o Nephilim. — Por estar fazendo isso por mim. Por, apesar do meu passado, continuar ao meu lado... Por me amar, acima de tudo...

Com um pequeno sorriso, Raphael acabou com a distância que existia entre eles, selando seus lábios aos do Nephilim. Um beijo calmo, sem segundas intenções, que fora encerrado após alguns segundos, apenas para que o Santiago pudesse dizer:

— Você merece tudo isso e muito mais, mi amor. — disse Raphael. Segurou a mão do Nephilim, então o puxou até a cama e sentaram-se à beira da mesma, de frente um para o outro.

O vampiro segurou as mãos do Lovelace e ergueu-as até a altura de seu rosto, beijando gentilmente cada uma delas. Após isso, soltou-as deixando-as sobre as coxas do próprio rapaz, e assim se aproximou um pouco mais, segurando novamente o rosto de Simon.

Koishiteru. — depositou um beijo em seu queixo e então se afastou para observar o rosto do rapaz, que o olhou confuso. — Uma das formas de dizer eu te amo em japonês. Koishiteru é dito para a pessoa com que você quer passar o resto da sua vida. — Simon então corou, seus olhos brilhavam, maravilhado. — Em chinês, wo ai ni. — disse Raphael, beijando agora a ponta do nariz do Nephilim. — Em italiano, ti amo. — outro beijo, em uma de suas bochechas. — Te amo, na minha língua materna, o espanhol. — outra bochecha. — Aqui na França, je t'aime. — um beijo fora depositado na testa do mais moço antes de Raphael se afastar novamente. — E eu poderia te dizer em outros 50 idiomas, mas todos teriam o mesmo significado. Eu te amo. — e então selou mais uma vez os lábios do garoto. Um beijo lento se iniciou, mas fora breve. — E no fim, não importa, quantas vezes eu diga, independentemente do idioma, nunca será o suficiente...

— Eu também te amo. — sussurrou Simon e então beijou o mais velho.

Ao ouvir aquilo, Raphael teve certeza de que, se ainda estivesse vivo, seu coração estaria disparado, como se tentasse sair de seu peito. O beijo se tornara intenso e logo se encontravam deitados. Beijos e carícias foram trocados.

Já passava da meia-noite quando Simon começou a sentir-se cansado. Ele ajeitou-se na cama, virando-se de costas para o vampiro, sentindo os braços do mesmo em torno de sua cintura. Eles se encaixavam perfeitamente. O Nephilim se aconchegou nos braços do outro e então adormeceu.

 

Raphael permaneceu toda a madrugada ali. Viu o céu noturno clarear e o Sol se erguer dando início àquela manhã. Cuidadosamente saiu da cama para não acordar seu amado. Pediu um café da manhã e então fora até o banheiro. Assim como todo o quarto e o restante do hotel, era luxuoso. Fora até a banheira e então abriu a torneira, checou a temperatura da água e saiu do cômodo.

Alguns minutos mais tarde, o café da manhã finalmente chegara. Arrumou a mesa e voltou para a cama, agora deitando-se sobre o mais moço, distribuindo diversos beijos pelo rosto do mesmo. Com uma risada fraca, sonolenta, Simon acordou, abrindo os olhos lentamente, acostumando-se com a claridade.

Bonjour mon ange. [4] — sussurrou Raphael.

— Bom dia. — respondeu com a voz rouca.

— Eu já pedi o café da manhã e a banheira já deve estar quase cheia. — comentou o vampiro, se levantando.

Fora até o banheiro e fechou a torneira, a banheira já estava cheia, colocou então sais de banho e voltou para o quarto. Simon já estava sentado, mais uma vez espreguiçando-se para afastar o sono.

— Vamos? — perguntou Raphael.

O Lovelace entendeu o que aquilo queria dizer e de repente sentiu-se nervoso, com medo de gaguejar, apenas balançou a cabeça afirmativamente, mas antes de ir ao banheiro, caminhou tranquilamente até a porta de vidro, olhou para o vampiro, quase como se pedisse permissão, e o mais velho assentiu. A porta fora aberta, diferente do frio noturno, a manhã tinha uma brisa confortavelmente fresca.

Raphael desabotoou a camisa social que usava enquanto o observava o Nephilim maravilhado com a visão da cidade coberta pela luz da manhã. Estava tirando-a quando o mais moço voltou o olhar para si. Simon sentiu o rosto queimar quando percebeu que olhava fixamente para o peito bronzeado do vampiro, mas não conseguia desviar seu olhar da cicatriz que havia ali, mas apenas o fez, seguindo para o banheiro.

Ambos nus, o primeiro a entrar na banheira fora Raphael e em seguida, Simon, cada um de um lado, de frente um para o outro.

— O que é essa cicatriz? — perguntou o rapaz, sem saber se devia ou não ter perguntado.

— Era onde o crucifixo de minha mãe costumava ficar pendurado. — contou o Santiago, tocando a cicatriz com a ponta dos dedos. — Quando tinha 15 anos, meus amigos e eu ouvimos falar de um vampiro e decidimos caçá-lo, minha mãe deu-me uma cruz para proteger-me, mas eu fui transformado. Eu queria me matar, mas como sabe, Magnus acabou me salvando e me ajudou. Desde então eu usei a cruz e andei por solos sagrados para poder voltar a ver minha família. Por isso ganhei essa cicatriz, aquela cruz queimava.

— Eu nunca vi você usando-a. O que houve?

Os olhos do vampiro ganharam um brilho de dor.

— Eu perdi o controle. Me tornei viciado em sangue... Eu me recuperei, mas desde então não me acho digno de usá-la.

— Isso não é verdade. Você é forte, deveria usá-la como um simbolo de sua força. Você fez de tudo para voltar a sua família, conseguiu superar esse vício. É uma memória de sua mãe... Deveria usá-la.

— Pensarei nisso. — disse Raphael, encerrando o assunto.

Alguns minutos mais tarde terminaram o banho, vestiram-se e se sentaram para tomar o café da manhã e mais uma vez, como em todas as refeições que já tiveram juntos, o vampiro apenas observou o outro comer. Após a refeição, eles se prepararam para sair.

Estavam de volta às ruas de Paris, agora bem iluminadas pela luz do Sol, quando repentinamente o celular de Simon começara a tocar, pegou-o em seu bolso e, antes que pudesse atender, Raphael perguntou:

— Você não vai atender, né?

— E se for importante?

— É Jordan, certo? — o Nephilim assentiu. — Apenas desligue, vamos aproveitar esses últimos momentos longe de tudo aquilo, de toda a rotina... Por favor.

Bloqueando a tela, o Lovelace só tinha um pensamento, eles realmente estavam em Paris, mas faltava poucas horas para irem embora, e ele não queria ir. Deram as mãos e voltaram a caminhar calmamente. De filmes, séries e até mesmo Google Maps, Simon reconhecia aquele caminho. Estavam indo até a tão famosa Torre Eiffel. Raphael pôde ver quando os olhos de seu amado brilharam, maravilhados com a visão daquele imponente monumento. Aproveitaram também o pouco tempo que lhes restava para comprar lembranças, coisas pequenas, mas significativas para eles, e claro que o Lovelace não deixaria de comprar os doces franceses para levar para casa.

Antes do meio-dia já estava entrando no metrô e mais uma vez se sentaram lado a lado. Lembrando da memória que acabavam de construir juntos. De como aquela simples viagem servira para os aproximar ainda mais. E agora, renovados, voltariam para suas vidas normais, para toda aquela monotonia...


Notas Finais


[1] Mais alguma coisa, senhor?
[2] Não, muito obrigada.
[3] Talvez meu amor.
[4] Bom dia, meu anjo.

E aí, o que acharam? Digam aí, não sejam fantasminhas
Ajudem na divulgação, se possível

Por hoje é só pessoal
Bye bye~


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