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História Angel Eyes - DARYL DIXON l livro 1 - Vigésimo Primeiro Capítulo


Escrita por: wwwhtpn

Notas do Autor


Olha aí, como prometido

Espero que gostem!

Editado por: Anna Giulya - @AninhaGuedes 💛

Boa leitura!! 💛🥰

Capítulo 22 - Vigésimo Primeiro Capítulo


Fanfic / Fanfiction Angel Eyes - DARYL DIXON l livro 1 - Vigésimo Primeiro Capítulo


ELIZABETH GRIMES:

A maldita mangueira do radiador tinha estourado. Essa droga me perseguia não é possível!

Acabo rindo com o pensamento e, o caipira que estava ao meu lado, mas ainda um pouco afastado de mim me olha curioso.

— Do que está rindo? - ele pergunta.

— Nada demais, só que... A primeira vez que nos vimos foi por causa da minha mangueira que estava uma merda, eu nem podia imaginar que dias depois estaríamos no mesmo acampamento lutando contra mortos-vivos. - falo.

— Nunca tinha visto uma mangueira tão podre quanto a sua, não sei como ainda conseguiu chegar na oficina. - ele comenta.

— O que posso fazer se não entendo nada de mecânica e acreditava na conversa fiada do mecânicos que ia? - ele balança negativamente a cabeça e se afasta rindo.

Já tinha dado uma olhada no trailer e não tinha jeito, precisávamos de outra mangueira, mas onde acharíamos no meio da estrada? E com um engarrafamento entre nós e a cidade mais próxima?

Tento pensar em uma solução quando meu pai manda quem está atoa, tipo eu, ir procurando nos carros qualquer coisa que fosse útil.

Me afasto um pouco da onde estão todos, mas sempre os mantendo em vista não sou tão idiota assim.

Coloco uma das adagas em mãos e vou vasculhando carro por carro. Esbarro em Dylan no caminho e ficamos um tempo tirando sarro da bagagem de um dos carros.

Tinham três malas de sapato no bagageiro. Três! Enquanto de roupas, comida ou qualquer outra coisa que fosse útil não tinha nada. Provavelmente alguma maluca viciada em sapatos, poderia facilmente ser uma filha de papai, mas os sapatos não pareciam ser de grife e nem o carro era da última moda, então o que resta é pensar que era apenas mais uma pessoa consumista. Esse dinheiro poderia ter sido muito bem aproveitado de outra forma.

Me afasto de Dylan e vou em direção contrária a que ele segue. Me mantenho perto de onde Carl e Sophia estão, mas quem é que deixa duas crianças soltas no meio de um apocalipse? Pelo amor de Deus, não nasci para ser mãe não.

O cheiro de podre começa a se tornar mais forte do que antes, e o barulho do andar arrastado das coisas se faz presente também. Olho para trás, onde ouço o barulho e vejo um grupo enorme com vários deles vindo em nossa direção. Procuro meu pai com os olhos e ele silenciosamente me fala para entrar debaixo dos carros.

Empurro Carl para um e Sophia para outro. Procuro Daryl por cima do ombro e não o encontro, maldito! Ele tinha passado por mim agora pouco. Rezo para que ele tenha visto o grupo e se escondido. Não vi Dylan também, e desejo o mesmo para ele.

Sem alternativa, me enfio junto de Sophia em baixo do carro antes que o grupo de aproximasse demais para me ver. Estou em frente a Carl, com vários pés podres entre nós.

— Tá tudo bem, fique quieto e abaixado. - falo sem som. Vejo entre os pés arrastados que ele concorda com a cabeça e respira fundo fechando os olhos várias vezes.

A garota ao meu lado tremia com medo e eu temia que ela fizesse algum som que chamasse a atenção das coisas para nós. Ela é uma criança eu sei, tem o direito de estar assustada, mas ajudaria muito se ela ficasse assustada calada.

Coloco um braço por cima de seu corpo como uma espécie de abraço. Ela estava de bruços e eu de barriga para cima. Não tenho paciência nenhuma para esperar, e aqueles minutos foram os mais agonizantes da minha vida.  Mecanismo de carro nunca pareceu tão interessante pra mim quanto naquele momento. Um céu de metais era minha visão.

— Shii, eles já estão passando. Fica calma, se fizer barulho vão vir atrás de nós. - sussurro tão baixo que acho que ela nem ouviu. Mas balança a cabeça concordando. Respiro fundo devagar, para não fazer barulho e começo a controlar minha respiração, faço um gesto para a menina que me imita.

Aos poucos os últimos pés passam por nós, devido esperar um pouco mais, quanto mais afastados eles estiverem daqui melhor. Agora, qualquer barulhinho chamaria a atenção deles para nós.

Volto meu olhar para o Carl que ainda continua na mesma posição, mas agora de olhos aberto e sorria para mim. Esse garoto é um doce, sorrio de volta.

Com a minha distração Sophia se solta de mim e se arrasta para fora de novo. Ela grita e um zumbi cai por cima dela, ajo rápido e enfio a adaga que estava sobre o meu colo em sua cabeça, a garota se levanta e corre.

Giro meu corpo para o lado e saio correndo na mesma direção que ela seguiu me desviando dos poucos mortos que ainda estavam entre o engarrafamento.

Antes de entrar por completo na floresta ouço meu pai me gritando e a voz de Carol sobressaindo a de todos ali, gritando por Sophia.

Mas que droga de garota estúpida!

Mato um, dos três zumbis que vieram atrás dela no caminho e corro mais rápido para alcança-la. Puxo seu ombro e a viro para mim colocando o indicador em frente a boca dela, em forma de pedir silêncio sem ter que falar.

— Ei, calma, sou eu. - falo segurando os braços da menina que se debatia. Ao escutar minha voz ela de acalma.

— Desculpa Lizzie eu não queria correr, mas me assustei. - ela falava entre lágrimas.

— Tá tudo bem Sophia. Tudo bem. - abraço a menina a acolhendo em meus braços.

Um estalar de galho me faz ficar em alerta. Me afasto da garota e a coloco atrás de mim enquanto nós afastamos em passos para trás. Com a outra adaga em mãos olho atentamente para todos os lados.

São muitos deles, muitos gemidos, muitos arrastar de pés. Provavelmente um grupo pequeno deles se desviou dos outros. Não conseguiria lidar com todos eles, quando não sei o número específico e nem de que direção poderiam vir. Então tomo a decisão mais certa no momento, correr.

Agarro o braço de Sophia tão forte que tenho certeza de que vai ficar roxo, e a puxo enquanto corro. Paramos perto de uma árvore com galhos firmes e altos. Coloco a menina em cima de um deles com dificuldade, levo uns três arranhões por isso e imagino que ela também e ouço os gemidos de aproximando.

Não consigo subir, e nem poderia também acabei torcendo meu pé na corrida e tá doendo pra um caramba.

Olho com pesar para Sophia que tenta ao todo custo me puxar para cima junto dela. Dou um leve sorriso triste e balanço a cabeça negativamente.

— Lizzie, por favor! - ela pedia.

— Vou afasta-los daqui, não saia daí entendeu? - pergunto firme. — Eu volto pra te buscar, entendeu Sophia? - mais uma vez. Dessa vez ela concorda com a cabeça. — Repita o que falei.

— Você vai afasta-los daqui e vai voltar para me buscar, e não é pra mim sair daqui. - ela repete duas vezes a frase.

— Caso eu não volte, mantenha o sol sempre em seu ombro esquerdo. É uma linha reta aqui. - aponto para onde viemos. — Siga ela e chegará na estrada.

— Mas Lizzie...

— Entendeu Sophia? - pergunto firme. Não tínhamos tempo para chororô agora, ela poderia ter quanto tempo precisasse para fazer isso quando estivesse junto de sua mãe.

— Sim. - fala quase em sussurro.

— Isso. Eu já volto ok? - ela concorda. — Não faça barulho. - e então eu saio e puxo a pistola do cós da calça dando dois disparos para cima e logo eles aparecem. Atiro em um que se aproximava de Sophia e agora toda a atenção deles estava em cima de mim, ótimo.

Corro como posso, tentando não apoiar meu peso no pé torcido e é inevitável não fazer o que me causa um série de quase tombos e diversos palavrões.

Eles estavam mais rápido que o normal, ou era eu que não seguia com a mesma velocidade. Consigo matar dois deles com um único tiro, a cabeça deles estava tão podre que a bala atravessou as duas, mas antes que pudesse mirar no terceiro sou jogada barranco a baixo.

Rolo o barranco inteiro e mais alguns metros depois de chegar ao fim dele. Mas dá onde saiu aquele morto dos infernos?

Praguejo alto ao tentar me levantar, estada toda ferrada. Meu pé torcido agora estava mais pesado que o normal, sentia um líquido viscoso escorrendo em meu rosto e constatei ser sangue, bati a cabeça em diversos lugares, mesmo usando meus braços de proteção, o que me causou ainda mais machucados nos braços que ardem para um caralho. Maldita hora que tirei as jaquetas de couro.

Me arrasto para onde minha adaga e arma estavam caída, acabei soltando elas no final da queda. Com muita dificuldade chego até minhas preciosas e com elas em mãos observo ao redor. Porra de barranco enorme.

Pra mim subir aquilo demorariam dias com esse meu pé ferrado e se ainda conseguisse andar. Ouço um gemido solitário e procuro o dono dele com o olhar. Filho da puta! Esse desgraçado me paga. Vejo o desgramento rastejando até mim, deixo ele chegar um pouco mais perto e atiro a adaga em sua cabeça, fazendo seu corpo podre cair duro de vez.

Não sei se foi uma boa ideia já que agora minha única fonte de defesa é a arma que devem ter de quatro a cinco balas apenas no pente. As bala extras estão na mochila e outras na merda da jaqueta. Minha outra adaga ainda está na cabeça do morto perto do carro.

Porra! A Sophia!

Forço meu corpo a levantar da posição torta que acabei ficando e tive a incrível visão do inferno quando fiz. Tudo parecia que estava quebrado dentro de mim, mas mesmo assim me forcei a levantar. Fui cambaleando e mancando até o morto, tiro minha adaga de sua cabeça e limpo o sangue podre em sua roupa mesmo.

Ando em direção ao barranco e sinto meu peito doer ao inflar. Será uma costela quebrada? Me apoio em uma árvore e levanto um pouco minha camiseta, minha barriga está toda roxa e vermelha, com arranhões e hematomas recentes. Coloco a mão sobre minhas costelas e sinto doer muito quando aperto uma em específico.

A respiração fica lenta conforme a dificuldade para respirar. Mas não posso parar, prometi para a menina que voltaria para buscá-la, e eu nunca quebro uma promessa.

Acho uma trilha em volta do barranco que me parece mais acessível do que subi-lo. Por que é assim? Você desce o negócio tão rápido, mas quando é pra subir demora uma eternidade.

Pego um galho alto que acho e uso ele de bengala para me ajudar a caminhar, no ritmo que estou talvez chegue lá no inverno.

No meio do caminho fica muito mais difícil de continuar. Já está escurecendo e meu pé lateja. Sem conseguir mais me rendo ao cansaço e exaustão. Me sento aos pés de uma árvore e presto atenção nos barulhos ao redor. Tudo está quieto, até demais para um apocalipse, mas curto o silêncio.

Acabo me deixando levar e nem percebo com meus olhos se fecham e meu corpo desliga se entregando ao sono.

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DARYL DIXON:

Não sei em que momento senti meu coração começar a palpitar mais forte. Se foi na hora que o grande grupo se aproximando e não vi Liz em lugar nenhum, ou se foi na hora que ela correu atrás da garotinha assustada para a floresta.

Sinto vontade de gritar do mesmo jeito que Rick gritou seu nome, mas não o faço. Carrego T-Dog que tinha machucado feio o braço para onde os outros estão perto do trailer, Carol está inconsolável, Rick atônito. E o garoto, pobre Carl, está desesperado pela irmã.

Nunca vi uma relação de irmãos como a que eles têm, é uma diferença até que grande de idade entre eles, e talvez por isso se dão tão bem. Ele estava preocupadíssimo com ela depois do CDC, se estava me achando exagerado é porque ele não havia parado para pensar ainda sobre si. E agora a mesma expressão de medo tomou conta dele, quanto no carro, quando Liz demorou a acordar.

Mas essa menina não tem sossego mesmo viu.

Vou até o xerife e me ofereço para ir atrás das duas, ele diz que também vai e quero recusar, mas não tenho tempo para isso, já que ele sai rapidamente e volta com uma arma em mãos.

Começamos a nos aproximar da entrada onde elas vieram e ouço dois disparos seguidos um do outro. Meu coração acelera e vejo os olhos azuis de Rick se arregalarem também.



Notas Finais


Espero que tenham gostado!!

Um beijo e se cuidem meu povo! 💛

Até a próxima! 🥰


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