História Angelic Sinner. - Hyunin. - Travel, Film and Shopping.

♡ || 번역: ㅡ Viagem, Filme e Shopping.

Jeongin abriu seus olhos lentamente, resmungou por conta da claridade da luz solar que adentrava pela janela. O menor pegou seu celular para checar o horário. Eram dez e meia da manhã, não se importou tanto com o horário já que era sábado e deveria aproveitar. O garoto olhou para o seu lado vendo aquele corpo tão bem conhecido; sorriu leve levando seus dígitos até o rosto alheio começando uma breve carícia ali. 

Hwang remexeu seu corpo na cama, demorou alguns segundos para abrir seus olhos, um sorriso abobado lhe surgiu nos lábios. 

Jeongin admirava a beleza de seu namorado, desde os lábios inchados levemente avermelhados até os fios oxigenados bagunçados. Hyunjin era perfeito de toda as formas, de todas as maneiras.

Já na visão do demônio, Jeongin encontrava-se belamente radiante. Seus fios azulados rebeldes jogados para todos os lados, seus finos lábios exibindo um sorriso encantador e seus olhinhos ainda sonolentos apenas realçavam sua beleza. É, Hyunjin pensou que não poderia mais se apaixonar pelo humano, mas viu que estava completamente errado. A cada dia que se passava o seu amor pelo menor aumentava.

- Bom dia! - Yang praticamente se jogou em cima de seu namorado.  - Dormiu bem?

- Bom dia, meu amor. - Sorriu abraçando o menor. - Sim e você?

Jeongin assentiu com a cabeça deixando um risinho escapar. Os garotos ficaram naquela posição por alguns poucos minutos, logo tendo que levantar quando a mãe de Jeongin apareceu na porta avisando que o café da manhã já estava servido. 

Os namorados seguiram até a cozinha, a Senhora Yang preparava o almoço calmamente.

- Acha que devemos perguntar a ela? - Sussurrou Hyunjin. 

- Sim. Eu preciso que ela me dê um aval para que eu possa ir. - Sorriu bebericando seu café. 

- Sogrinha? - Chamou o Hwang.

- Sim, meu anjo? - A mulher se virou para encarar os jovens. 

- A senhora deixaria o Jeongin viajar comigo? - Perguntou num tom levemente infantil. 

Yang teve que controlar um riso que insistia em escapar, viu seu namorado corar após fazer a pergunta, confessa que achava tão adorável ver Hyunjin daquela maneira. 

- Viajar? - Perguntou pensativa. 

O oxigenado assentiu já podendo sentir a ansiedade tomar posse de seu corpo, sua mente já estava o enchendo com várias respostas negativas, suas mãos suavam e tremiam, mesmo que pouco. 

Um silêncio desconfortável pairou no ar, Hwang até pensou na possibilidade da mulher está pensando que ele queria afastar Jeongin de si. Hyunjin já estava se preparando para pedir desculpa, mesmo sem ter feito algo de errado.

- Claro, eu deixaria sim. - Sorriu reconfortante. - Mas para onde gostaria de levar o meu bebê? 

Hwang deixou uma respiração pesada lhe escapar, que alívio! O maior sorriu largamente para a mais velha. - Tóquio.

- Tóquio?! Eu sempre quis visitar Tóquio. - Comentou a matriarca. - Parece ser um lugar bom. 

E realmente era bom. Hyunjin gostava muito da cidade, era aconchegante e sempre tinha algo novo lá para te entreter, ou seja, você podia ir quantas vezes for, sempre iria ser surpreendido pelo o que os japoneses são capaz de fazer. 

Uma lâmpada apareceu em cima da cabeça de Jeongin. Era perfeito! Muito mais do que perfeito! O menor havia tido uma brilhante ideia e em sua mente aquela seria uma ótima oportunidade para todos. 

- Por que não vamos todos juntos? - Perguntou o menor devorando seu pão de forma. 

- Oh... - A Yang pareceu espantada com a proposta. - É tentador mas... Iria sair caro. Melhor não, Innie. 

Yang fez um biquinho triste e o coração frágil do demônio amoleceu todo. Dinheiro não era um problema para ele.

- Não se preocupe com essa parte. - Hyunjin interviu. - Eu cuido dela. Só me avise quando poderá viajar conosco. 

A senhora Yang encontrava-se extremamente feliz, seu sonho de adolescência iria ser realizado por um jovem rapaz que se disponibilizou em comprar passagem para si. Era tão belo. Mas a mulher não podia aceitar assim, não, ela era responsável.

- Hyunjin... Eu não posso aceitar com que gaste seu dinheiro assim. - A mulher comentou calma. 

- Mas mãe... - Jeongin murmurou.

Por que adultos amam tumultuar as coisas?

- Eu não irei "gastar" meu dinheiro com vocês. - Hwang fez as aspas com seus dedos, pareceu incomodado com as palavras da maior, poxa, agora ele queria que sua sogra fosse consigo. - Não é um gasto que irei fazer, e sim um investimento! Vocês agora são a minha família. 

- Você é tão angelical, Hyunjin. - A mais velha se aproximou dando um abraço meio desajeitado no garoto, que estava sentado.

Jeongin quis rir com as palavras de sua mãe. - Muito angelical, mamãe...

- Mas me digam... - Afastou-se voltando a ter sua atenção na comida. - Por que querem visitar Tóquio? 

Eu não estou preparado para dizer isso.

- Para que Jeongin  possa conhecer seus sogros. - Hwang disse animado. 

- Sogros? - A mulher fez careta. - Ah! Então estão realmente namorando?! - Apontou para o casal. - Jeongin você não me contou nada! 

Esqueci. 

- Desculpa mãe! 

A manhã seguiu cheia de conversas fiadas durante o almoço; os três estavam mais felizes do que o acostumado. Resolveram também até pesquisar alguns pontos turísticos da cidade que iriam visitar, acharam diversos, um mais bonito que o outro. 

Interessaram-se pela região de Ebisu, que ficava localizada no distrito de Shibuya; lá se concentrava uma variedade de escritórios, lojas, cafés e excelentes restaurantes e também o enorme complexo comercial Yebisu Garden Place, que comportava shoppings e um centro cultural que abrigavá o recém reformado Tokyo Museum of Photography ou TOP Museum.

Claramente iriam visitar todos os pontos turísticos. 

Mais tarde a senhora Yang teve que sair, pois tinha um encontro com suas amigas no Clube De Melhores Mães, ou simplesmente, CDMM. Por alguns anos Jeongin achou aquele clube idiota, mas logo viu que sua mãe se sentia muito bem com as outras mães e parou com esse seu pensamento. Gostava de ver sua mãe feliz, mesmo que essa felicidade fosse fruto daquele clube. 

Agora o menor encontrava-se jogado nos braços de Hyunjin, o garotinho tinha lágrimas escorrendo por suas bochechas e não parava um instante sequer de soluçar. Hwang já estava ficando preocupado com o menor, pois ele não conseguia entender o porquê de seu amado está chorando enquanto assistia A noiva cadáver. Tudo bem que o filme fosse bom e tivesse uma boa e envolvente história, mas não era para se chorar, certo? 

Ele é infantil, idiota! 

Sim, isso era verdade. 

- Amor? Tem certeza que quer continuar assistindo? - Perguntou alisando o rosto molhado do mais novo. 

Jeongin formou um bico manhoso, seu nariz estava vermelho e quentinho, assim como seu rosto. Seus olhinhos brilhavam por conta das lágrimas. A imagem seria tão bela se não fosse pelo menor está chorando. 

- Uhum...

- Certo, mas você precisa se acalmar. - Hyunjin sorriu leve. - Estamos ainda na parte musical, por que não fica feliz? Guarda as lágrimas para depois, sim? 

Jeongin assentiu e com a ajuda de seu namorado ele conseguiu cessar seu choro. Mas por pouco tempo, pois agora estava rodando a parte em que Emily, a personagem do filme, começava a cantar. Realmente uma música triste e tocante.

Essa tarde será longa. 

[...]

- O que acha de irmos ao shopping? 

- Shopping? - Indagou.

- É! Você precisa de umas roupas clarinhas... 

Ah, era só o que faltava. Agora Jeongin queria modificar o estilo tradicional das vestes de Hyunjin. O maior apenas riu com as palavras de seu menino, que ficou confuso, oras, ele estava contado alguma piada? 

- Innie... Eu gosto das minhas roupas. Não preciso de mais. Ainda mais coloridas.

- Mas Jinnie... - Fez um bico.

- Shhr. - O maior se ajeitou no sofá. - O que acha de irmos lá para passear e comprarmos sorvete? 

Yang pensou um pouco.

- Sim! - Exclamou. - Vou me arrumar. 

- Ok. 

Por mais que estivesse frio, Jeongin não iria recusar comprar um sorvete.

O menor vestiu uma roupa boa finalizando com a colocada de um casaco grande e quentinho. Desceu a escada com pressa fitando seu namorado já em pé perto da porta. 

- Sua mãe volta que horas? - Perguntou segurando a mão do mais baixo e saindo da residência com o mesmo. 

- Acho que as sete. - Deu de ombros enquanto afundava propositadamente suas botas na neve. - Por quê?

- Só para saber. 

Eles pegaram o ônibus que levava diretamente para o shopping, não estavam com a mínima vontade de bater perna uma hora dessas, então optaram pelo transporte. Foi a primeira experiência de Hyunjin. 

Os garotos admiravam a paisagem do outro lado da janela, tudo encontrava-se branquinho por conta da neve, fascinando os rapazes. Pareciam duas crianças. 

Contavam piadas em sussurro, até que Hwang deu uma gargalhada tão alta que chamou a atenção de todos presentes no veículo, inclusive do motorista. Após se desculpar o mais velho deitou sua cabeça no ombro do menor. 

- Sua gargalhada é fofa, Jinnie. - Jeongin fazia um cafuné nos fios alheios. 

Hwang nada disse, apenas corou. Ninguém nunca havia lhe elogiado a gargalhada, ou o riso, ou o que raio fosse. Sentia-se envergonhado mas de um modo bom. Ergueu sua cabeça, segurou o queixo de Jeongin e o puxou para perto.

Suas respirações quentinhas e agitadas já se misturavam, Hyunjin inclinou sua cabeça para o lado e juntou seus lábios aos do menor, iniciou um beijo calmo, sem envolver língua. Finalizou deixando um selinho no mais novo. 

- Eu te amo. - Declarou fitando as orbes acastanhadas. 

- Eu te amo tanto... - Jeongin deu um beijo de esquimó no maior. 

O ônibus parou, os meninos desceram e deram de cara com o enorme prédio iluminado cheio de janelas e portas de vidro. Era belo. Logo na entrada puderam ver a fila de pessoas que deveriam passar pela segurança; não tardaram em se enfiar lá no meio. Não demorou nem dez minutos e o casal já se encontrava dentro do local, admirando as diversas lojas e sub-lojas ali presentes. Mas seu foco não era esse e sim a loja de sorvetes. 

Jeongin sentia-se desconfortável, seria delírio seu ou não mas o mais jovem jurava está sendo observado. Era uma sensação que lhe perseguia desde que adentrou o prédio, nada comentou com Hyunjin mas o mais velho podia sentir praticamente tudo o que se passava com o Yang, afinal, alma do menor estava quase sendo sua, então era normal que pudesse sentir. 

Hwang mordia fortemente seu inferior,  aquela porra de sensação não passava e o garoto se amaldiçoou por não ter perguntado o que Jeongin estava sentindo. Não, Hyunjin tinha que dar uma de "namorado certinho que respeita o lado do namorado" justo agora, quando precisava ser um pouco mais "rude". Respirou fundo e pegou seu celular, clicou no contato presente ali; demorou alguns segundos até que o outro demônio atendesse a ligação.

- Sim, filho?

- Pai, estou com uma sensação ruim.

Um fodido e desconfortável silêncio se fez presente na ligação, o demônio do outro lado parecia pensar, um suspiro pesado lhe escapou e Hwang parecia está muito mais pior do que antes. 

- Corre atrás dele.