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História Angelos - Capítulo XX - A Grande Batalha (Segunda Temporada)


Escrita por: Emeraude

Notas do Autor


Oi!
Desculpem a demora, mas este mês de Outubro foi bem movimentado. Formação de Italiano, os desenhos dos prémios do concurso...como vêem, estive bem ocupada.
Enfim...sendo assim espero que gostem do capítulo.
Beijos e boa leitura!

Capítulo 21 - Capítulo XX - A Grande Batalha (Segunda Temporada)


- Sakura!

Os quatro guerreiros alados estavam atónitos por a verem ali, mesmo à sua frente.

Sakura sorriu.

- O que fazes aqui, Sakura? – perguntou, Eriol, aproximando-se dela – Pensava que tinhas ficado de…

- Resgatar a minha mãe e depois levá-la para um lugar seguro? Sim. Já o fiz. Neste momento ela está em casa da Sr.ª Mali, a mãe do Toya. – Toya ficou surpreso por ela conhecer a sua mãe. Nunca que teria pensado nessa possibilidade. – Com ela, eu sei que a minha mãe está a salvo. E é por isso que voltei, porque o meu dever agora é lutar ao vosso lado.

Toya cruzou os braços ao mesmo tempo que dava um sorriso de lado.

- Desculpa, Xanda. – ela passou a encará-lo – Confesso que me enganei a teu respeito. – desviou o olhar para o corpo morto de Yue no chão – Até que não é mau ter-te como aliada.

Sakura não pôde fazer outra coisa senão rir-se de tal comentário.

[…]

A porta da sala do trono abriu-se de rompante. Toya havia aplicado nela um grande pontapé para assim, ele e os seus companheiros, entrarem no dito espaço.

- Clow! Chegou a hora! – declarou, Eriol.

- Olha, olha. Se não são os quatro guerreiros alados de Angelos da lenda. – disse o mago num tom de ironia. Depois o seu olhar pousou sobre a bela donzela que os acompanhava. – Bom trabalho, minha querida. De uma forma ou de outra, sempre acabaste por os trazeres até mim, tal como o previa.

Sakura sorriu divertida.

- Lamento informar, Mestre Clow, mas não sei do que o senhor está a falar. – Clow a encarou com ar confuso – Se estou aqui é por eles. Para lutar ao lado deles contra ti!

O mago arregalou os olhos nesse momento. Então aquelas estranhas sensações que tivera quanto ao poder dela não haviam sido meros enganos da sua imaginação.

- Então…isso quer dizer que…foi mesmo o teu poder que eu senti quando o Yue morreu. M-Mas como…?

Eriol sorriu de lado. Aproximou-se dela e pousou uma mão sobre o ombro esquerdo dela.

- Clow. Nunca subestimes o poder do amor. Nenhum feitiço, por muito forte que seja, lhe é imune. E agora – todos se puseram em posição – prepara-te para teres o mesmo destino que o teu querido filho.

Clow sorriu.

- Posso até aceitar o facto de ter perdido a Xanda, mas nunca – o seu tom de voz tornou-se mais sombrio – nunca os irei perdoar pela morte de Yue! – levantou-se, pegou no bastão e posicionou-o de pé diante dele – Preparem-se. Esta vai ser a vossa tumba!

[…]

- Já se deu início à derradeira batalha.

Meilin e a Sr.ª Nadeshiko estavam na cozinha na companhia de Wizard e, quando o ouviram a murmurar tais palavras, ficaram alerta.

- Só espero que tudo dê certo. – murmurou, Sr.ª Nadeshiko, unindo as mãos.

- Uhum. Vou rezar. – afirmou, Meilin – Acho que toda a ajuda, por muito pequena que seja, será necessária para enfrentarmos um momento tão delicado como este.

- Tens razão. Vai minha filha. «Tenho a certeza que as tuas preces os irão ajudar mais do que imaginas.», falou, Wizard, para com os seus botões, enquanto Meilin se dirigia para o seu quarto.

[…]

Cada guerreiro alado atacava-o à vez. Eriol com o seu poder da água, Ruby Moon com o da Terra, Toya com o do fogo e Syaoran com o do vento.

Clow, com o seu bastão, bloqueou cada um destes seus ataques e contra-atacou. Bateu com o bastão no chão e deste surgiu um campo magnético, o que fez com que os seus adversários fossem expelidos para bem longe. Depois, com a mão livre, lançou-lhes um raio de energia negra.

Ia na direcção dos guerreiros alados, no entanto Sakura foi mais rápida. Se pôs no meio e criou uma barreira com o seu poder, protegendo-os a todos, e depois atacou o Mestre Clow com uma bola de energia branca.

Esta acertou-lhe no ombro direito. Clow não estava à espera daquilo, pois esta tinha vindo muito rápida na sua direcção.

- Vais ver… - encarou-a com um brilho de ódio no olhar – Agora é que vais ver como elas te mordem! Nem penses que vais voltar a brincar comigo, Xanda!

- Só se for por cima do meu cadáver! – declarou, Eriol,  colocando-se à frente dela.

- Eriol…

- E também pelo nosso. – disse, Syaoran, que, juntamente com os outros dois companheiros, juntaram-se ao chefe.

- Pessoal…não era preciso…

- Sakura. Nós somos uma equipa. E uma equipa ajuda-se mutuamente.

Sakura, entendendo o que o Eriol queria dizer como aquilo, sorriu. Ficara deveras emocionada com tais palavras.

- Oh! Que bonito! – gozou, Clow – Que linda prova de amizade. Todos unidos! Pena que esse foi o maior erro do Rei Fujitaka e da Rainha Akizuki.

- Os meus pais? – questionou, Syaoran.

- Ah! Então tu é que és o príncipe herdeiro. Interessante.

- Interessante porquê?

- Porque, tal como eles, esta vai ser a tua tumba. Quero dizer, a vossa tumba, malditos guerreiros alados de Angelos!

Syaoran com raiva partiu para cima dele sem pensar.

- Syaoran! Espera!

Eriol bem que o tentou parar, mas não foi a tempo.

Clow sorriu. Assim que ele estava bem próximo dele, activou o seu bastão e fez com que o guerreiro alado ficasse paralisado.

- Syaoran! – gritaram os amigos preocupados.

Bem que ele se tentou libertar, mas tudo foi inútil.

De repente, ele gritou. Viu-se a ser atacado por pequenos golpes por todo o corpo, como se estivesse a ser alfinetado.

Os outros guerreiros alados bem que queriam ajudá-lo, mas Sakura impediu-os de fazer tal coisa. Se fossem seria pior. Eles acabariam por ter o mesmo destino, uma vez que o Mestre Clow conseguia ser muito matreiro. E isso deixava-os profundamente frustrados.

Quando o ataque cessou, Syaoran estava esgotado e cheio de ferimentos, sangrando por tudo o quanto era lado.

- E agora…o ataque final!

O guerreiro alado, fraco e impotente, estava prestes a levar com o último golpe, até que a dada altura uma estranha luz branca surgiu do nada, cegando o mago e, por conseguinte, fazendo com que este cessasse o ataque.

Abrindo os olhos, Syaoran pôde constatar que a estranha luz provinha da bracelete que a Meilin lhe tinha dado. «Meilin…», pensou feliz..

Pelos vistos, o Wizard tinha razão quanto às rezas dela. Estas e o seu amor acabaram por salvá-lo da morte.

Entretanto, Eriol vendo que o amigo estava a salvo, virou-se para Sakura.

- Sakura. Faz-me um favor. Evacua o castelo e lá fora reúne todo o mundo e protege-os com o teu poder.

- M-Mas…

- Faz o que eu te digo, Sakura! Por favor.

Sem alternativa, Sakura obedeceu.

- Não penses que vais escapar…! – gritou, Clow, com os olhos semicerrados. A visão estava-lhe a voltar ao normal.

- Nem penses!

Eriol pôs-se logo no meio, entre ele e Sakura, e, com apenas um olhar, fez com que os companheiros estivessem preparados para voltar ao ataque. Tinham de o distrair enquanto o Syaoran estivesse a recuperar e a Sakura, por sua vez, a fazer o que o chefe dos guerreiros alados lhe ordenara.

E assim foi. Os três guerreiros alados voltaram a atacá-lo de novo e com tudo o que tinham.

[…]

Sakura estava no exterior do castelo juntamente com os habitantes de Angelos, aqueles que trabalhavam como escravos naquele lugar, protegendo-os com o seu poder: uma barreira transparente que conseguia cobri-los a todos.

De repente, o vidro de uma das janelas do castelo partiu-se, o que deixou todos eles em alerta.

- Olhem! Ali! – gritou um senhor do povo.

Os outros dirigiram de seguida o olhar na direcção que este mesmo apontara. O Mestre Clow sobrevoava sobre suas cabeças, enquanto lutava contra três seres alados.

- São os guerreiros alados! – exclamou todo o mundo surpreso, à excepção de Sakura.

Para eles a lenda começava a fazer sentido.

[…]

Os três guerreiros confrontavam o Mestre Clow com empenho e esforço. No entanto, ele dava-lhes luta. Conseguia travar todos os seus ataques.

- Não sei porque lutam, se à partida esta batalha está mais que ganha.

Eriol sorriu e ripostou:

- Se um dos teus feitiços foi quebrado, não vejo porque não havemos de te derrotar.

Clow riu-se dele.

- Duvido.

- Há lugar para mais um?

- Syaoran! – exclamou, Ruby Moon, feliz por vê-lo recuperado.

- Agora que estamos os quatro de novo juntos, prepara-te, Mestre Clow, porque este vai ser o teu fim!

[…]

Em solo, Sakura continuava a fazer o seu papel, contudo estava angustiada. Queria muito estar lá em cima a ajudá-los, porque algo dentro dela lhe dizia que, sem a sua ajuda, eles não iam ser capazes de o vencer.

Então, incapaz de aguentar mais a situação, resolveu abrir o jogo para todo o povo de Angelos que estava ali reunido. Contou-lhes que era a Xanda e que, como tal, iria ajudar os guerreiros alados na sua guerrilha, mas eles continuariam a estar devidamente protegidos.

A população compreendeu-a e apoiou-a, o que fez com que ela ficasse feliz, saindo de seguida da própria barreira que criara, indo ao encontro dos guerreiros alados.

[…]

A fadiga começava a se notar nos corpos dos quatro guerreiros.

- Isso é tudo o que têm? – gozou o vilão – Pensava que eram melhores. O Wizard não vos treinou como deve ser. Acreditem em mim. Esse erro dele… - abriu os braços – vai-vos sair muito caro!

Ergueu o bastão bem alto e começou, a partir dele, a reunir toda a sua energia maligna.

A população, apesar de protegida, tremia de medo e receio. As árvores abanavam muito e as nuvens eram como sugadas, avançando sobre o mau da fita. Parecia o fim do mundo.

Depois, uma grande bola de energia, proveniente do poder dele e do poder da natureza, passou a se formar por cima do bastão.

- Agora vocês vão ver do que eu sou capaz! Farei o que o meu filho não foi capaz de fazer. Acabarei com vocês e destruirei este maldito planeta! Ah, ah, ah!

- Temos…de fazer qualquer coisa…!

- Mas o quê, Eriol?

Toya não se conformava com aquela situação.

«Syaoran.»

- Wizard?

Os companheiros olharam-no com ar duvidoso.

«Sou eu meu filho. Mas ouve-me. Quero que vocês os quatro unem os vossos poderes num só. Só assim poderão eliminar esse terrível poder do Mestre Clow, bem como a ele próprio.»

- Mas…e se falharmos?

«Não vão falhar. Confio em vocês.»

- Amigos. – virou-se para os companheiros – Já sei o que iremos fazer. Qual vai ser o nosso próximo passo.

Depois de o ouvirem e aproveitando que o adversário estava concentrado no seu ataque, os quatro se posicionaram ao redor dele, cada um numa ponta. Fecharam os olhos, estenderam para a frente o braço direito e abriram a mão, concentrando nela toda a sua energia.

Clow reparou nisso. Devido ao que vivenciara com os antigos guerreiros alados, sabia muito bem o que eles estavam a planear contra ele.

- Ah, ah, ah! Perdem o vosso tempo guerreiros alados. Este vai ser mesmo o vosso fim!

- Pena. Mas eu não acho o mesmo!

Sem que ele estivesse a contar, Sakura apareceu do nada diante dele, olhando-o directamente nos olhos.

- Não…!

Clow fechou os olhos, mas era tarde demais. Ela já o havia paralisado com o seu olhar hipnotizante. Bem que ele tentava a todo o custo livrar-se dele, mas não conseguiu. Invocar aquela bola de energia, fizera com que ele desperdiçasse muito do seu poder e esforço.

- Agora amigos! – ordenou, Sakura – Atirem com tudo o que têm para aquela bola de energia!

Os guerreiros não pensaram duas vezes.

- Água!

- Terra!

- Fogo!

- Vento!

- Poder alado! – gritaram todos em uníssono, disparando as suas energias ao mesmo tempo contra a grande bola de energia do Mestre Clow.

- Não! – gritou, Clow, desesperado – Não!

Os poderes embateram na bola de energia. Uma forte luz iluminou toda a área, criando uma grande explosão, a qual fez com que os nossos heróis fossem arrastados para bem longe.

[…]

Clow abriu os olhos. Via-se envolvido por uma grande aura branca. Sentia-se mais leve.

«Onde estou? Porque sinto-me tão leve?»

Ao longe avistou uma silhueta masculina, que, aos poucos, se ia aproximando cada vez mais dele. Quando estava bem perto é que pôde ver de quem se tratava.

«Yue?!»

Yue estava diante dele tal e qual como se lembrava. Um guerreiro magnifico de armadura reluzente.

«Vamos, pai. De agora em diante estaremos sempre juntos. Por toda a eternidade.»

Yue sorriu. Clow ficou feliz. Aquele era um sorriso que não via no seu belo rosto desde que era criança.

E assim, percebendo que o seu papel finalmente tinha chegado ao seu fim, deu a mão ao filho e juntos dirigiram-se para o infinito.

[…]

- Clow… - murmurou, Wizard, com ar cabisbaixo e sentido – Apesar de tudo foste um bom amigo.

- O que se passa, Wizard? – perguntou preocupada a Sr.ª Nadeshiko – O que aconteceu agora? Meilin! Meilin! Anda cá! – chamou bem alto – Parece que aconteceu algo!

- O que foi? O que aconteceu?

Meilin viera ter com eles do quarto o mais rápido que pôde.

Enquanto se virava para as duas, Wizard respirou fundo e sorriu.

- O Mestre Clow morreu. Os nossos guerreiros alados com a ajuda da Xanda conseguiram finalmente vencê-lo.

- Eles venceram? – Meilin abraçou a Sr.ª Nadeshiko eufórica – Yupi! Eles venceram, Sr.ª Nadeshiko! Eles venceram!

- Que bom…! – respondeu a sorrir. As primeiras batidas do coração já se faziam sentir. – Mas…eles estão bem?

- Sim. Uns mais feridos que outros…mas sim. Eles estão bem.

- Que bom…

As batidas começavam a ser mais fortes. Incapaz de aguentar por mais tempo aquela dor agoniante, a Sr.ª Nadeshiko caiu de joelhos no chão, levando desesperadamente um mão ao coração.

- Sr.ª Nadeshiko! – gritou, Meilin, ajoelhando-se de seguida ao pé dela – O que se passa, Sr.ª Nadeshiko? Fale comigo!

A tia de Eriol, a cada minuto que passava, a sua respiração ia-se agravando. Esta tornava-se cada vez mais pesada, impedindo-lhe de respirar com normalidade. Parecia que o seu coração lhe ia saltar do peito pela boca.

- Não te…preocupes…Meilin. Isto…é o preço…da minha traição…

- Traição? Do que está a…

Nem terminou a pergunta. Ao olhar para ela, pôde perceber logo de que traição se tratava.

- Sim…Fui eu quem… - uma forte dor atingiu-a – denunciou…a…Xanda…E…com isso…fiquei ligada…a ele…

- Por favor, Sr.ª Nadeshiko. Não fale mais. Pode piorar. – pediu a jovem celestial com os olhos já húmidos.

- É necessário…porque…falhei como vossa…tutora…tua…e…do…Eriol… - os olhos, devido ao cansaço, já se começavam a fechar, bem devagarinho – No entanto…quero que saibam…que…apesar de tudo…vos amei muito… - deu um sorriso débil – Muito…

Inspirando violentamente o ar com a boca, ao mesmo tempo que fechava os olhos, a Sr.ª Nadeshiko dizia adeus à sua vida como celestial, deixando os presentes profundamente tristes. 


Notas Finais


E após tantos capítulos finalmente o bem triunfa sobre o mal. O próximo capítulo será o penúltimo, porque o último será um pequeno epílogo.
Então...até ao próximo capítulo!
Bjs


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