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História Angels like you... Fillie - Personal assistant


Escrita por: One_loverof_moon

Notas do Autor


Oi gente, eu já falei que amo quando vocês enchem a minha caixa de notificações com comentários? Não? Então eu digo agora, amo acordar e ter muitos comentários para responder, podem encher os capítulos de cometários eu amo respondê-los!

Capítulo 5 - Personal assistant


Millie's point of view

    Me levantei animada naquela manhã de segunda feira. Eu tinha uma entrevista e eu ia conseguir aquele emprego, nada poderia me atrapalhar.

    Fui até no banheiro e tomei meu banho, coloquei um vestido preto e discreto, ele não era justo, mas era bastante adequado para a situação. Coloquei um salto e um sobretudo marrom. 

     Fiz uma maquiagem leve e deixei o meu cabelo — que já alcançava a altura da minha cintura — solto e depois me olhei no espelho, estava adequada. 

      Desci as escadas e depois fui até a cozinha, onde tomei uma xícara de café enquanto conversava com o meu pai. O avisei a respeito da entrevista e ele me desejou sorte, depois que eu já tinha feito tudo o que precisava, peguei a minha bolsa e o celular e depois sai de casa. 

      Minha vida profissional não era muito boa, sempre era contratada por empresas muito boas por conta da minha vida estudantil, no entanto não ficava nelas mais do que três meses, não entendia o porquê, na verdade eu era muito competente, mas segundo meus antigos patronos diziam que eu era muito ingênua para estar ali. 

     Eu já estava na empresa na qual ia fazer a minha entrevista, não tinha muito o que falar sobre ela, tinha apenas três andares mais o hall de entrada. 

      Uma mulher morena me atendeu gentilmente e me ajudou a me localizar pela empresa enquanto o chefe dela — o homem na qual faria a minha entrevista — não poderia me atender e agora eu estou a espera dele. 

— Senhorita Ryder, me perdoe, eu realmente estava muito ocupado... — Wolfhard fala. — Millie? 

— Senhor Wolfhard? — eu pergunto. 

— Venha comigo, por favor. 

     Eu me levanto e o sigo, ele me leva até o elevador, onde ele aperta o terceiro andar. Não trocamos palavras durante o trajeto até uma sala no final do corredor. 

— O que está fazendo aqui? — ele pergunta. — Ainda mais sendo chamada de senhorita Ryder. 

— É o meu nome, Millie Harbour Ryder, eu tenho pai e mãe, Finn! — eu falo. — E eu estou aqui para fazer a entrevista de emprego. 

— Eu me acho um idiota por não ter pensado nisso, me perdoe! — ele fala. — Sente-se, vamos fazer a entrevista. 

     Eu me sento e pela primeira vez reparo na sala em que estava. Não tinha nenhuma decoração ou utensílios pessoais, estava tudo seguindo o mais perfeito profissionalismo. 

— Bem, eu estou precisando de uma assistente pessoal, você é formada em Harvard em administração e gestão de negócios! — ele fala. — Desculpa, mas eu posso olhar o seu diploma? 

— Claro! — eu falo. 

    Eu pego o diploma em uma pasta dentro da bolsa e em seguida entrego a ele. A forma com que ele olhou para o meu diploma era estranho, ele parecia ter inveja, modesta parte. 

— Eu tentei passar para Harvard, mas não consegui... Você passou com dezessete anos... Eu te invejo! — ele fala. — Eu poderia agora mesmo só por você ter passado em uma das, senão a  melhor universidade do mundo. 

— Obrigada! 

    Ele faz algumas perguntas sobre o motivo pela qual eu permanecia tão pouco nos últimos empregos, perguntou sobre meus outros cursos que foram mencionados no currículo e também pediu as minhas recomendações.

— Ok, eu não vejo motivos para não te contratar, você tem mais atributos do que eu realmente preciso! — ele fala. — Quando pode começar? 

— Agora mesmo, se quiser! — eu falo.

— Certo, essa é a nossa sala, ainda estou a adaptando! Acho melhor ficarmos próximos um ao outro, assim eu não preciso alterar a voz para te chamar! — ele fala. — Não vou te pressionar, você pode trabalhar da forma que preferir. 

     Eu sorrio e quanto ele falava, eu não poderia estar mais feliz, ele estava falando sobre seus métodos de trabalho, mas eu não prestei muita atenção, porque eu estava pensando em mil e uma coisas diferentes, mas todas muito felizes, como por exemplo, como meu pai ficaria feliz quando eu falasse que teria conseguido. 

— Bem, é isso! — Finn fala. — Eu fui rápido demais? 

— Não, eu entendi! — eu falo. 

    Ele sorri e em seguida me olha como se esperasse que eu fizesse algo, mas o que será que ele queria que eu fizesse? 

— Eu posso ajudar? — eu pergunto. 

— Sim, me ajude com a mudança, por favor, senhorita Ryder? — ele fala. 

— Ahh sim, as caixas, claro! — eu falo. 

    Nos levantamos e depois começamos a pegar as caixas para ver o que tinha dentro de casa uma, já que nenhuma delas estava identificada, mas o problema estava sendo o silêncio, ele estava calado parecia centrado em algo, mas eu não conseguia trabalhar sem algum barulho para me fazer ficar atenta. 

     Peguei o meu celular e coloquei uma música que me lembrava Winona, eu tinha feito um playlist especialmente para ela, para toda vez que ficasse triste, me lembrasse das coisas que fizemos juntas e sorrisse com as lembranças. 

— Wannabe das Spice Girls? Mesmo? — Finn pergunta. 

— If you wanna be my lover, you gotta get with my friends! — eu canto para ele que solta uma gargalhada. 

— Você não sabe o que é música! — ele fala. — Essa coisa, não é música! 

— E o que é, então? — eu pergunto cruzando os braços. 

— Com sua licença! — ele diz pegando o próprio celular. 

    O som de "Maniac" de Conan Gray estava a tocar no ambiente, eu sabia a música e ela, embora fosse um pouco estranha por conta de sua letra, mas eu gostava, era impossível ficar parada com aquela música. 

— Tell all of your friends that I'm crazy and drive you mad — ele cantava. 

— That I'm such a stalker, a watcher, a psychopath — eu completei. 

     Eu nunca tinha encontrado alguém que entendia o meu gosto musical eclético e excêntrico, mas ele parecia me compreender.

— Não sabia que gostava desse tipo de música! — ele fala. 

— Eu gosto de muitos tipos de música, sou eclética! — eu falo. 

    Ele tocou mais algumas músicas, algumas conhecidas por mim, mas outras eu nunca tinha ouvido, mas iria adicionar desesperadamente a minha playlist. 

— Sua família é bonita! — eu falo olhando um porta retratos. 

    Finn estava entre uma mulher com mais de meia idade e de cabelos ruivos e um senhor, ele estava feliz e ao seu lado direito estava um homem, parecido com o Finn, mas com cabelos mais longos e mais velho. Finn estava sorrindo como eu nunca o vira fazer, ele parecia alegre, feliz de verdade. 

— Nunca te vi sorrir assim! — eu falo olhando para ele. 

— A muito tempo não sorrio assim! — ele fala ficando ao meu lado para ver a foto. — A vida me tirou tudo o que eu julgava importante, me deixou apenas com a Natália e os meus dois amigos. 

— Pelo menos você ainda tem algo, tem gente que não tem nada... 

— Não acha isso ridículo? — ele pergunta se afastando. — Nós compararmos a dor das pessoas? Por exemplo, agora, não é minha culpa que pessoas tem menos do que eu tenho! 

— Não é isso que eu quero dizer, só acho que você está vendo o copo meio vazio, ao invés de o ver meio cheio! — eu falo.

— Mas o copo ainda sim está na metade, falta muito para que ele possa ser cheio! — ele fala. 

— Falta muito, porque você quer ver que falta muito! — faço uma pausa. — Você tem um emprego, uma boa amiga, dois bons companheiros de aventura, dinheiro, saúde perfeita, todo o seu corpo funciona, tem um teto, comida e roupa, já é meio caminho andado, o que você quer mais? 

— Uma esposa, filhos, um casamento, quero poder ser amado! — ele fala. — Parece egoísta para quem olha de longe, mas para mim é a única coisa que realmente importa, de nada vale o dinheiro, a casa, o emprego se a única coisa que todos podem ter, eu não tenho. 

— Todos tem seu momento, não adianta querer apressar o processo! — eu falo. — As coisas são como deveriam ser... 

— Eu acho fácil para você falar... Você tem um pai e uma mãe que te amam, pode ter qualquer cara que quiser, tem uma amiga que daria tudo por você! 

— E é nesse momento que se engana, não tenho tudo, mas é o que parece! Vamos terminar isso? 

— Vamos... 

     Terminamos de arrumar as coisas em alguma horas, agora a sala tinha quadros decorativos que pareciam ser pintados a mão. 

— Quem pintou os quadros? São incríveis! — eu falo. 

— Eu! — ele fala. 

     Naquele momento eu olhei o rosto de Finn a procura de algum indício que falasse que aquilo era uma brincadeira, mas não tinha nada além da mais pura sinceridade em seu rosto. 

— Já esteve em todos esses lugares? — eu pergunto.

— Em alguns, mas não em todos! — ele fala. 

     Parecia que quanto mais falássemos, mais ele se fechava para mostrar quem realmente era, então eu resolvi não tocar mais no assunto, se ele não queria falar sobre, não precisávamos. 

— O que vamos fazer agora? — eu pergunto.

— Bom, eu estou esperando a sua mesa chegar... O que vai demorar algum tempo, mas por que não senta e me fala o seu jeito de trabalhar? 

— Certo... — eu falo. — Eu tenho certos "toques" como toque de cor e ordem cronológica, eu sou muito organizada, consigo trabalhar bem sobre pressão, gosto de planejamento e também gosto de trabalhar ouvindo música.

— Consigo lidar com isso, minhas antigas assistentes não tinham metade da sua eficiência! — ele fala. 

     O telefone da sala toca e o Finn atende, eu prestava atenção em como ele era gentil com as pessoas e não entendia o seu desejo de ser amado. Como alguém não conseguiria amar ele?! Ele era gentil, inteligente e bonito, talvez ele não saiba que é amado. 

— Olha, eu tenho uma reunião com um membro importante da empresa, você poderia, por favor, usar seus toques para arrumar essas papeladas para mim? — ele pergunta.

— Claro que sim, senhor Wolfhard! — eu falo. 

— Obrigado, senhorita! 

    Ele saí da sala me deixando completamente sozinha. Eu pego uma caixa vazia e olho para a papelada, isso seria divertido. Peguei na minha bolsa o meu "suprimento de toque" nele eu tinha fitas coloridas, marca textos e coisas para poder separar o que quer que fosse por cor. 


     


     As horas se passaram rápido, Finn não voltou até a hora do almoço, mas até então eu já tinha terminado com as papeladas e também aproveitei para organizar alguns livros que ele tinha em uma prateleira, estavam muito melhores quando separados por coloração da capa. 

— Você realmente tem um toque! — ele fala olhando a nova organização. — Não consigo imaginar como deve ser a sua casa. 

— Organizada! — eu falo.

— Quer almoçar comigo? — ele pergunta. — Tem um refeitório, mas eu não gosto muito de ficar aqui o dia todo, pode escolher o lugar... 

— Então vamos, tem um restaurante perto daqui! 

     Saímos do escritório e fomos andando até o restaurante a duas quadras do escritório. Ele estava razoavelmente cheio, mas tinha uma mesa para mim e Finn perto de uma janela. 

— A comida aqui é maravilhosa! — eu digo. 

  Nos sentamos na mesa e vejo que ele observa tido atentamente, parecia encantado com o estilo rústico do lugar, eu gostava muito de como ele parecia admirado com tudo o que via. 

   Logo um garçom muito gentil veio nos atender e então fizemos os nossos pedidos, levando em consideração que os pedidos demorariam um pouco, Finn resolveu tentar conversar comigo. 

— Por que não me fala um pouco mais sobre você? — ele pergunta. — Tudo o que sei sobre você, é que nem tudo é o que parece e que seu nome completo e Millie Harbour Ryder. 

— Bom, não tem muito o que falar sobre mim, eu cresci em uma família pequena, sempre fui filha única — eu falo. — Conheci Sadie quando tinha cinco anos de idade, desde então nunca mais nos separamos, também tem o Noah, mas ele está em intercâmbio, sou mais velha que ele dois anos, então ele tem dezoito.

    Ele me ouvia atentamente, eu confiava nele, assim como eu confio que o ar que respiro é oxigênio. Sempre fui assim, sempre confio nas pessoas independente de quem seja. 

— Minha mãe, Winona Ryder, morreu quanto eu tinha dez anos, foi um acidente de carro, nunca acharam o corpo, eu não pude me despedir... — eu falo. — Durante um tempo eu acreditei que ela estava viva, mas conforme os anos passaram eu me conformei que ela não estava viva e que nunca mais a veria de novo... 

     Ele tocou a minha mão que estava em cima da mesa e seu olhar me transmitia o que todos falavam, quando eu contava essa história: "eu sinto muito" mas ele parecia sentir de verdade, parecia sentir muito. 

— Eu estou bem, não se preocupe! — eu falo. 

— Como passou em Havard? — ele pergunta mudando o assunto. — É a coisa mais difícil do mundo, deveria julgar ser impossível, mas com dezessete anos, você passou! 

— Depois que a minha mãe morreu, eu passei a ter aulas particulares com a senhora Sink, ela me ensinou muita coisa, então quando eu fui fazer uma prova para voltar e terminar o ensino médio eu passei direto para o terceiro ano e antes do ano terminar eu fiz algumas provas para faculdades e universidades como Harvard, Oxford e etc... Mas eu só passei em Havard. 

— Só passou em Harvard... Fala como se isso não fosse nada demais! — ele fala. 

— Passou em que faculdades ou universidades? — eu pergunto. 

— Passei em Oxford, depois que eu terminei o ensino médio, foi a melhor coisa que já fiz na vida! 

    Nossos pedidos chegam e o garçom deixa um papel em cima da mesa próximo ao meu prato antes de se retirar, eu pensava ser a conta ou coisa do gênero, então peguei o papel e tinha um número de telefone. 

— Me liga! — ele fala. 

    Eu só consegui rir com o Finn da situação, quem sabe eu ligaria para ele, era bonito, parecia ter a minha idade, não via desvantagens. 

— Vai ligar? — Finn pergunta.

— Não sei, talvez... — eu falo. 

    Estávamos comendo enquanto conversávamos sobre qualeur assunto banal. Eu contava algumas histórias sobre Sadie, eu e Noah quando éramos crianças e ambos só conseguíamos rir. 

     Ele não era uma companhia ruim, na verdade eu gostava de estar com ele e ele parecia gostar de estar comigo. Depois que terminamos o almoço, voltamos para o escritório onde eu expliquei como as coisas estavam organizadas e para ver a minha mesa.

— Gostou? — Finn pergunta. 

— Sim, é linda! — eu falo enquanto olhava a mesa. 

— Millie, é apenas uma mesa! Você parece tão surpreendida, parece até que essa é a cura de uma doença incurável! — ele fala. 

— Ninguém nunca confiou em mim o bastante para me dar uma mesa, um lugar para trabalhar... Eu... Sou grata a você! 

    Sem me importar eu abraço e sussurro um simples "obrigada", mas eu já esperava qualquer reação dele de me afastar, porém ele fez o contrário e me abraçou. 

— Bem, estou te dando o mínimo, não deve me agradecer! — ele fala e eu me afasto. — Está dispensada de seus serviços hoje, amanhã chegue um pouco antes das oito para que possa se organizar na sua mesa. 

— Sim senhor, obrigada novamente, senhor Wolfhard! — eu falo. 

— De nada! 

    Eu pego a minha bolsa e o meu celular, estava quase saindo quando me virei para ele, que ainda olhava a mesa. 

— Não sei como o senhor não é amado... — eu falo. — Sua gentileza é a coisa mais bonita que já vi na vida e é um virtude que poucos homens tem e poucas mulheres apreciam, mas a sua princesa encantada logo chegará! 

— Eu espero... 

— Aguarde e verá! 

— Até amanhã, senhorita Harbour! 

— Até amanhã, senhor Wolfhard! 


Notas Finais


Quero muito saber o que vocês estão pensando da história? As estão gostando, se querem alguma mudança, ou algo do gênero... Me avisem, aliás, vocês gostaram da playlist?


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