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História Angels Vs Demons: Nephilim Awakening - "Eu daria tudo isso"


Escrita por: ZaiferExtreme09

Notas do Autor


Desculpem a demora do capítulo.
Se pá ta abaixo do que qualquer coisa que vocês esperavam.
Ou seja, eu tenho quase certeza que o capítulo ta uma merda.
Mas vamo que vamo...
Espero que gostem.
Bora lá.

Capítulo 19 - "Eu daria tudo isso"


Autor Zaifer ON

Zaik estava de pé em um lugar que desconhecia.

Ele olhou pra esquerda.

Um lugar lindo, a grama azul, e árvores com folhas de mesma cor, nuvens lindas cor branca no céu azulado e passivo, um riacho incrível, além de um clima gentil e agradável.

Olhou para a direita.

Um lugar estranho, a grama era vermelha, as rochas e os troncos das arvores eram escuros parecendo carvão, além de ter olhos pretos e vermelhos nos troncos, as folhas das árvores vermelhas, riacho de lava, o céu vermelho sangrento e nuvens negras, e um clima assustador e odioso.

Zaik virou o olhar pra frente novamente e ele viu um simbolo que era um circulo, com uma espada no centro em vertical e asas de anjo brancas e negras.

"Ih, ele chego."

"Sério? Demorou pra porra."

"Qual é chifrudo, da um desconto pra ele."

"Vai se foder frango."

O nephilim estranhou e se virou de costas.

Ele então se surpreendeu ao ver.

Dois dele, cada um em um lado, um estando na área linda e angelical, e o outro na área bizarra e demoníaca.

Um de cabelos brancos e azuis, olhos azuis, as asas de anjo expostas assim como sua aureola, vestindo uma roupa parecida, só mudando as cores da de Zaik, uma camiseta branca, um colete azul e preto com capuz, uma bermuda azul e branca, luvas sem dedos pretas, tênis azul e branco, em seu braço direito era visível um tipo de marca ou tatuagem que era de coloração azul escuro, e do lado dele um tipo de armadura jogada.

Z.Angel: E ai doido.

O outro de cabelos pretos e vermelhos, olhos vermelhos sangrento, uma marca negra em sua testa que passava um pouco seu olho, dois chifres negros que estavam em sua cabeça, suas asas demoníacas abertas e com uma cauda vermelha e preta, usava uma roupa parecida também, só alterando as cores, a camiseta era vermelha, o colete preto e vermelho, a bermuda também era preta, as luvas sem dedos também, o tênis era vermelho e preto, ele também tinha um tipo de armadura jogada, mas no lugar do que deveria ser um elmo ou algo assim, ele tinha uma máscara de caveira preta e vermelha ao seu lado.

Z.Demon: Fala.

Zaik estranhou de primeira mão na hora.

Ele olhou mais a volta.

Zaik: Quem são vocês?

Os dois mais a frente levantaram uma sobrancelha meio surpresos por ele não saber.

Soltaram um suspiro.

Z.Angel: Não sabe?

Riu de leve soltando um suspiro pela dificuldade que iria vir.

Z.Demon: Nós...

Ele falou e logo em seguida Angel.

Porem...

"Eu não consegui ouvi-los."

Foi o que Zaik pensou.

E os dois mais a frente apenas baixaram a cabeça meio decepcionados.

Z.Demon: Entendo...Então nossas vozes ainda não chegam ai...

Zaik estranhou.

Z.Angel: Acho que só passar um cotonete não vai dar certo, quanto mais vamos ter que gritar pra que você possa finalmente nos ouvir?

O nephilim coçou a nuca e ficou olhando sem entender e pensando.

Zaik: Sério, eu não to entendo mais nada...

Os outros dois já esperavam isso.

E então Zaik olhou pra eles de novo e então estranhou uma coisa.

Zaik: Espera...Por que estão voando?

O Anjo e o Demônio idênticos a si simplesmente pensavam uma coisa simples olhando pra ele.

Z.Demon: Eu que me pergunto como consegue ficar sentado calmamente em um lugar assim.

E então todo aquele lugar ficou em vertical.

Como se fosse uma parede, e Zaik começou a cair.

Zaik: AAAAAAAAAAAAAAAAAH!

Em quanto caia ele viu o anjo e o demônio lá de cima e ouviu uma última vez.

"Só espero que dá próxima vez você possa nos ouvir."

____________________________

Zaik: AAAAAAAAH!!!

Ele acordou ofegante.

Cidade Grande.

12:50 da manhã.

Zaik estava sentado no telhado da igreja, olhando em volta, tentando recapitular oque houve.

Seus irmãos já tinham lhe dado o recado e foram embora pra tentar ter mais alguma informação sobre seus pais, ele ficou entediado e pegou no sono.

Ele se levantou e começou a olhar em volta da igreja, ele caminhou até aonde seria a entrada, e deu um salto pra olhar melhor o local.

Foi quando ele reparou em algo que não tinha visto antes, estátuas de pessoas, ao total 11 estátuas, sendo 4 como mulheres e 7 como homens.

O garoto se aproximou havia uma escritura em uma pedra a frente das estátuas ele começou a ler, porem apenas uma das palavras saiu em voz alta sem querer.

Zaik: Deuses.

Ele então se direcionou até as estátuas e todas elas tinham um pilar ao lado, Zaik começou a passar por todas as estátuas da direita pra esquerda.

Zaik: Destruição e Tempo.

Falou passando pela estátua de uma mulher que tinha cabelos longos, repousava duas espadas sobre os ombros uma grande do tamanho do corpo e outra  do tamanho de uma espada comum, em quanto tinha várias outras cravadas no chão a sua volta, ao seu lado um homem com cabelo bagunçado e chifres de demônio em conjunto da cauda, e um dos braços e uma das pernas lembrava um monstro, olhando bem as estátuas, pareciam até um casal. 

Ele seguiu pras próximas.

Zaik: Paraíso e Inferno.

Falou olhando outras estátuas, outra mulher, cabelos compridos também, empunhando uma espada curta, com asas de anjo, uma aureola acima da cabeça, e ela estava voando entre algo que pela escultura deveria ser nuvens, e também ela tinha orelhas e uma cauda de leão, e ao seu lado, um homem, cabelos bagunçados, possuía uma máscara de caveira do lado do rosto para deixar o mesmo visível, uma espada do tamanho do próprio corpo sobre o ombro, tinha chifres de demônio, e julgando pelo o que as esculturas mostravam, almas atormentadas ao seu lado, e novamente, analisando as estátuas, pareciam um casal.

Zaik continuou seguindo pra próxima.

Zaik: Sabedoria e Guerra.

Uma estátua de uma mulher que possuía dois chifres de demônio, cabelos medianos, ela parecia ter uma lança ao seu lado, e suas asas também eram de demônio, ao lado a estátua de um homem, possuía uma armadura de batalha, uma espada curta em sua mão direita, e o capacete da armadura na mão esquerda para deixar o rosto visível, mais uma vez pareciam um casal.

O nephilim seguiu pras próximas estátuas.

Zaik: Perdão e Vingança.

Novamente a estátua de uma mulher porem mais jovem que as outras, cabelos curtos até os ombros, ela possuía um arco e flecha e usava uma armadura com asas, e ao seu lado tinha outro homem, mais jovem que os outros, ele também usava uma armadura que lembrava um dragão, mas seu punho direito possuía um tipo de manopla que se destacava na armadura.

Zaik colocou os braços atrás da cabeça e seguiu pros próximos.

Zaik: Morte, Fogo e Noite.

O primeiro do trio era um homem cujo vestia um tipo de manto negro e por baixo uma armadura, ele também possuía uma foice imensa na mão, ao seu lado tinha um outro homem, possuía dois chifres de demônio feitos de fogo, uma cauda também de demônio, e ele tinha uma katana, e por último, um homem que tinha uma espada sobre os ombros e um tipo de esfera sobre a palma da mão livre parecendo um ataque.

Diferentes dos outros, esses pareciam só serem aliados.

Zaik cruzou os braços e se afastou e inflou uma das bochechas olhando para todas as estátuas, ele também aproveitou e olhou para a igreja novamente, ele logo depois voltou a olhar as estátuas.

Mas principalmente a do tal Inferno e da tal Paraíso, ele pensou em tocar em uma das estátuas, mas foi quando sentiu algo acertar sua nuca de leve o chamando a atenção

Mai: Ei!

Zaik coçou a nuca e reconheceu a voz da garota.

Ele virou o olhar pra ela, a mesma estava quase igual quando saiu de casa no dia anterior, seus cabelos longos e castanhos continuavam soltos, ela usava a mesma regata amarela, só que usava um colete branco e preto com capuz por cima, usava uma calça jeans preta, e os tênis continuavam os mesmos, preto e branco, e ela agora tinha uma mochila meio cheia nas costas.

Zaik: Ah, oi Mai.

Mai: Que história é essa de sumir de casa? Eu fiquei te procurando a manhã inteira.

Falou inflando as bochechas esperando uma resposta do Nephilim que se virou completamente pra ela e coçou a nuca.

Zaik: Ah, é que eu te segui e te vi entrando na igreja, ai eu fiquei esperando no telhado, mas você não saia então fique por ali, ai depois pra matar tempo vim ver essas estátuas.

Mai soltou um suspiro em quanto balançava a cabeça em negação por conta da saída do nephilim.

Zaik: Mas, por que você tava me procurando?

Era óbvio que ela já tinha um argumento preparado pra ele.

Mai: Você é um furacão de problemas que sabe onde eu moro, quem garante que se você não arranjar um você não vai aparecer na minha porta e ai eu to ferrada? É melhor eu ficar do seu lado e segurar as suas redias.

Zaik riu com a fala dela pelo simples fato que ela estava certo, ele sempre trazia confusão de um modo ou de outro.

Os dois começaram a caminhar pra casa, eles estavam simplesmente quietos, sem falar nada, um gelo que pra eles não estava incomodando só por não terem nada pra falar.

Zaik caminhava com as mãos atrás da cabeça e relaxando a mesma sobre as mãos, em quanto Mai estava com as mãos no bolso do colete assoviando.

 

Nenhum deles tinha o que falar, Zaik embora não gosta-se do clima ele parecia de certo modo acostumado com algo assim, então nem mesmo ligou.

Já Mai tentou se distrair disso apenas colocando uma música em seu celular e depois pôs seus fones de ouvido, isso em quanto torcia pra poder se esquecer.

Eles caminhavam pra casa, e Mai se mantinha olhando pra cima e viu pássaros voarem em conjunto pelo céu azul, tranquilamente aproveitando a brisa em quanto batiam suas asas.

A garota olhou para o lado e viu o garoto também os olhando, sorrindo, ele tinha os olhos brilhando admirando e também até apreciando a vista que tinha deles, e isso fez a garota o encarar torto.

Zaik: O que houve?

Ela tirou os fones de ouvido.

Mai: Você olhando os pássaros, para de viajar na lua pensando como seria voar, você pode voar e ter a mesma sensação.

Zaik sorriu e olhou os animais voadores novamente.

Zaik: É, tem razão...

O sorriso dele aumentou um pouco vendo aquele grupo de pássaros que voavam lado a lado.

A garota olhou os pássaros também, os dois continuavam andando lado a lado apenas em silêncio, mas ainda matinha um clima suave.

Mai iria perguntar alguma coisa, pelo menos pretendia fazer, por que seu celular recebeu uma chamada e ela olhou e atendeu.

Mai: Uvat, o que foi?

Ela conversava tranquilamente em quanto Zaik permanecia apenas olhando para os pássaros que continuavam batendo as asas rápido.

Porem um dos pássaros acabava ficando mais pra trás.

O olimpiano renegado continuava os olhando, ele apontou o dedo indicador na direção do pássaros.

Mas ele não previa que isso faria algo, aquele pássaro parou de voar até seu bando e então foi pra outra direção.

Se aproximando do híbrido de anjo e demônio e pousando em seu braço direito.

Zaik agora podia ver melhor o animal, ele era meio diferente dos outros, em quanto doso os outros eram de cores brancas e marrons, esse que pousou em seu braço era preto, branco e cinza.

O moreno fez um cafuné com um dedo na cabeça do pequeno animal alado que parecia demonstrar gostar do gesto do filho de Hades.

Zaik: É ruim ser muito diferente, não é amigão?

O pássaro piou pra ele, ele havia entendido a voz do garoto de luz e trevas, e aquela "fala" o próprio Zaik havia entendido o que dizia.

"As vezes dói..."

Era o que aquele pássaro queria dizer.

Zaik entendia, mas mesmo assim não havia perdido o sorriso, claro havia diminuído, porem ficou mais calmo e compreensível.

Zaik: Sei bem como é...Mas não fica mau com isso.

Ele olhou para aquele grupo de pássaros que aviam pousado em cima de um poste esperando o passarinho que estava o braço do garoto.

Zaik: Vai lá, sua família ta te esperando.

O pássaro piou novamente e saiu voando, e logo depois o seu bando foi junto.

Zaik os olhava indo embora e ele sentiu uma mão tocar o seu ombro.

Ele olhou e era Mai que simplesmente não havia entendido muito do que o garoto fez, mas ignorava isso, ela queria falar outra coisa.

Mai: O idiota, nós temos que ir no bar do Uvat, tem coisa lá pra fazer.

O garoto soltou um "uhum" como resposta.

Logo então os dois viraram a direita na próxima rua para continuarem o caminho deles.

E em quanto caminhavam, Zaik olhou para a garota de cabelos castanhos mais uma vez, e ele então usou um de seus poderes, os olhos escarlates do garoto brilharam por um segundo, e ele passou a ver uma aura avermelhada cor sangue saindo da garota.

Era claro que ele já sabia o que aquilo queria dizer, e ele logo desativou o poder ocular e desviou o olhar pro lado, e isso claro despertou a curiosidade em Mai.

Mai: Que foi? Tem algo na minha cara?

Perguntou pra ele, e o garoto só levou as mãos pra dentro dos bolsos de seu moletom vermelho.

Zaik: Não, não é nada demais.

Mai permaneceu o encarando, e viu ele só tentando não a encarar e pensativo até demais, era claro que ela percebeu a mentira.

Mai: Fala logo o que houve.

Zaik: Já disse que não é nada demais.

A castanha bufou o irritada e parou na frente dele o fazendo parar de andar, ela fechou o punho direito e o olhou com uma cara como se disse-se: "Vai falar, ou eu vou ter que te esmurrar aqui na rua mesmo?"

Mai colocou as mãos na cintura e ficou o encarando esperando ele falar.

Zaik: Você já pensou em relaxar?

Ela não entendeu.

Zaik: É que eu não lembro se já te falei, mas eu posso ver meio que uma aura nos outros e com isso saber o que estão sentindo...

Em quanto ele falava isso ele via auras saindo de todas as pessoas nas ruas, uma cor diferente pra cada pessoa, e as cores as vezes iam se alterando de acordo com que cada pessoa sentia no momento.

Ele voltou a olhar para a garota.

Zaik: E quando eu vejo a sua você ta sempre sobrecarregada, estressada e irritada, da um incomodo, nunca parou pra se acalmar ou relaxar?

Quando terminou de falar ele viu o olhar sério dela, ela preparava um soco, e ele já se preparava pra receber

Mai: Não fica vendo o que eu to sentindo, não te dei permissão, e eu deveria te socar agora.

Ele se surpreendeu, ela não lhe deu um soco, apenas um pescotapa amigável.

Mai: Mas não vou...Só para com isso, eu to bem.

O garoto ainda estava surpreso pela atitude dela, sem soco, chute, nem nada do tipo?

Mai se virou novamente e voltou a andar, em quanto Zaik ficou parado poucos minutos apenas observando, mas logo depois se deu conta e foi atrás.

Em quanto andavam, Zaik pensava em como ajudar ela com o estresse para acalma-la, então ele teve uma ideia simples.

Zaik: Mai, posso te levar pra um lugar depois? Só pra te acalmar.

Mai soltou um suspiro e olhou com uma cara de "sério?", e a feição dele transmitia seriedade, a garota tinha milhões de formas pra responder.

Mai: Já falei, não precisa, além disso, nem sabemos o que o Uvat vai pedir.

Zaik: Por isso eu disse depois.

Falou rindo em quanto a mortal cruzou os braços, e ficou pensativa encarando o garoto que apenas esperava a resposta sem qualquer problema, e foram alguns minutos se pensando.

Mai: Tá.

O sétimo nephilim deu um soco no ar sorrindo em quanto soltou um "Yes!", foi o bastante para fazer Mai perder a postura séria por poucos segundos, a fazendo por a mão no rosto e rir de leve em quanto mexia a cabeça negativamente.

Mas logo voltaram ao estado normal, Mai meio reservada e com os fones de ouvidos, e Zaik com as mãos atrás da cabeça, relaxado e sorrindo, apenas andando, em silêncio, e o garoto começou a ficar apressado.

Resolveu tentar já começar a animar as coisas, ele acelerou o passo, Mai percebeu e também começou a acelerar.

Aos poucos os dois começavam a correr ainda mais rápido.

E então começou uma "corrida"

Zaik saltou por cima de uma caixa de cartas, depois deu um mortal pra frente pra poder passar por cima de um cachorro e não machuca-lo.

Já Mai praticamente correu sobre a parede para não atropelar um grupo de pessoas, e depois ela deu um salto e se segurou em um poste, girando várias vezes e saltando na próxima rua.

Um raio vermelho e preto passando, e ela percebeu que era o Zaik que aumentou ainda mais a velocidade e ela correu ainda mais também.

Os dois em quanto corriam tiveram que desviar de um carrinho de cachorro quente, Zaik deu um salto passando por cima, e Mai deslizou por baixo.

Quando pararam em pé novamente já teriam que desviar novamente, dessa vez um carrinho de sorvete estava na frente, Zaik passou pela esquerda e Mai pela direita.

Quando os dois já estavam correndo lado a lado novamente, Mai estava comendo um sorvete de chocolate, e Zaik um cachorro quente.

Quando terminaram de se alimentar, Zaik arrotou e logo depois soltou um peido, já Mai soltou um arroto que toda a cidade acabou por ouvir.

Zaik: UOU.

Mai: Desculpa...OLHA A PLACA!

Zaik olhou pra frente e ele ia dar de cara numa placa que dois homens carregavam, porem, Mai deu um chute nas costas dele o jogando pra cima pra ele não dar de cara na placa.

Porem ele capotou várias outras vezes na outra rua.

Zaik: AI, AI, AI!

Quando parou de capotar ele bateu com tudo num poste, a garota de cabelos castanhos parou do lado dele.

Mai: Ai cacete, você tá bem?

Zaik tinha os olhos girando.

Zaik: Você tem um belo chute...

Ele caiu de costas no chão tonto e vendo passarinhos.

Mai: Idiota...E desculpa pelo chute.

Ela estendeu a mão pra ele, e ele aceitou a ajuda e então ficou em pé.

Mas logo depois de processar tudo, ele arregalou os olhos e olhou pra ela, a mesma não entendeu.

Zaik: Você me pediu desculpas? Por me bater?

Mai levantou uma sobrancelha estranhando ele.

Mai: É...Sim, qual o problema nisso?

Zaik: Você nunca se desculpou por isso antes.

Mai: Por que naqueles momentos eu tinha motivos bons pra te bater, agora não.

Foi quando ele fez um "ooooooooooooooooooooh" e ela fecho os olhos e baixou a cabeça, impedindo de ver seu rosto em quanto balançava a cabeça negativamente.

Zaik: Entendi.

Os dois riram e se viram na entrada de um parque.

Poderiam contornar ele correndo pra ser mais rápido de chegar no Uvat? Sim, poderiam, mas pelo tamanho da burrice do Zaik só pela última corrida, eles foram andando normalmente passando por ele.

Os dois andavam lado a lado, duas crianças com bicicleta passaram por eles, e acenaram, Zaik acenou de volta, e os dois voltaram a andar, estavam simplesmente em uma caminhada tranquila.

Pessoas faziam corrida, conversavam, ou andavam ali, o sétimo nephilim estava totalmente tranquilo e relaxado, bem leve, sentindo a brisa passar por si em quanto sorria, já a garota também parecia estar mais relaxada, andava calmamente ao lado dele, com uma das mãos no bolso.

Não era preciso falar nada naquele momento, o silêncio estava em um clima agradável, eles passaram por mais algumas pessoas durante a caminhada.

Até que Mai viu um vendedor de sorvete.

Mai: Ei, quer um sorvete?

Ele olhou pra ela.

Zaik: Que tipo de pergunta é essa? Claro que quero!

E então os dois foram andando até o vendedor.

Pegaram um de chocolate pra Mai e um de morango pra Zaik.

Os dois continuavam andando lado a lado cada um tomando seu sorvete, Mai aproveitando calmamente e Zaik sendo mais rápido que um flash de câmera.

Zaik: AI, AI, A CABEÇA TA DOENDO!

Mai: Isso se chama "congelar o cérebro", pateta.

O moreno mau ligou e já voltou a comer, até acabar o sorvete dele. e ele ficar com a cara cabisbaixa, ele olhou pro sorvete da castanha que ainda tava na metade.

E ela só mandou um olhar como se disse-se "tente...", e ele recuou na hora, voltaram a só ficar caminhando pelo lugar.

Zaik olhava reto pra frente, pensando em algo, distraído, em quanto a garota voltou a terminar seu sorvete.

Ele se lembrava daquele seu sonho de antes de encontrar Mai, e começou a se questionar, em quanto Mai apenas resolveu perguntar depois de ver ele tão quieto.

Mai: Zaik?

Ela olhou pra ele, o garoto estava de cabeça meio baixa e pensativo, como se estive-se perdido no mundo da lua.

Mai seguiu o olhar dele pra tentar adivinhar o que era, olhou pra mesma direção que ele, não viu nada demais, só mais pessoas, mas por já ter péssimas experiências com Takashi, e já saber pelo próprio como era o Hades, já julgou o que seria.

Ela deu um piso no pé de Zaik.

Zaik: AI! PRA QUE ISSO?!

Ele a olhou sem entender, ela só soltou um suspiro irritada e terminou seu sorvete.

Mai: Para de dar uma de Takashi e ficar olhando a bunda das pessoas.

Zaik: Eu não tava olhando!

Mai só soltou um suspiro, e o garoto colocou as mãos atrás da cabeça em quanto inflava as bochechas, chegando até ser engraçado de primeira vista, mas a garota nem chegou a sorrir direito com isso.

E então quando chegaram na outra saída do parque eles voltaram a caminhar pelas ruas normalmente.

Zaik olhou pro lado e então viu uma coisa simples, uma família, um homem adulto carregando um garoto no cavalinho e a mãe carregando um bebe no colo.

O nephilim riu com aquilo e se lembrou de uma coisa que o deixou curioso, ele encarou Mai e resolveu perguntar.

Zaik: Mai.

Ela o olhou.

Zaik: O que houve com os seus pais?

A garota olhou pra frente novamente, tentando dar um gelo, mas ele ainda a olhava esperando ela responder, mas nada foi dito pra ele.

Zaik: Mai, olha...

Cortado.

Mai: Não fala disso, ta bom?

Falou de cabeça baixa, diferente da maneira valentona de sempre, falou dessa vez de forma baixa e sentida, o bastante pro garoto perceber a seriedade, e ele próprio ficou em duvida do que fazer.

E a intenção dele nem era continuar aquele assunto, Zaik coçou sua nuca em quanto desviou o olhar e ficou pensando.

O nephilim pensou, e pensou, em quanto procurava algum assunto pra puxar, afinal, ele não era muito fã de silêncio, já viveu muito com isso.

Zaik: Quando que você começou a participar daquelas lutas?

A garota de cabelos castanhos fechou os olhos e cruzou os braços pensando, em quanto eles andavam começariam a passar no meio de uma multidão.

Zaik se lembrou que Mai estava de olhos fechados, e quando ia tentar ajuda-la, a garota já desviava de cada uma das pessoas sem atrapalhar ninguém.

Já Zaik que tinha até se impressionado um pouco acabou esbarrando em algumas e dando de cara em uma das pessoas.

"OU, CUIDADO"

"Vai com calma garoto"

"Olha por onde ta andando"

Zaik: Desculpa ai!

Ele foi passando, e quando ia esbarrar em outra pessoa, uma mão segurou o seu pulso e o puxou, Zaik olhou, foi Mai quem tinha o puxado pra isso, e foi guiando a direção pra não esbarrarem em ninguém de novo.

E após passarem pelas pessoas.

Mai: Quando eu tinha por torno de 15 anos, pouco depois de eu conhecer o Uvat.

A castanha se lembrou da época e assoviou percebendo que já fazia dois anos, ela abriu os olhos, encarou Zaik que tinha os seus olhos arregalados e a boca levemente aberta como se solta-se um "Oooooh."

E a garota castanha estranhou isso obviamente.

Mai: O que houve?

O nephilim apontou pra trás e olhou pra lá, depois virou o olhar pra ela e aponto pra ela, fez isso umas duas ou três vezes.

Mai permaneceu sem entender.

Zaik: Como que você desvio de toda aquela gente de olhos fechados e pensando em outra coisa?

A garota entendeu e então apenas deu de ombros, resolveu deixar ele curioso só pra irritar.

Mai: Um dia eu te conto.

Zaik soltou um "Aaaaaaaaaaah, qual é?!", Mai ignorou e resolveu olhar seu celular para ver quanto tempo ele tinha.

Mai: Vamos logo.

Ela foi indo na frente, e o garoto foi a seguindo.

__________________

Longe da cidade.

Fazenda.

13:40

Assoviando e dando minis saltos em sincronia, em quanto sorriam.

Saltitando pelo meio do celeiro e os animais apenas ouvindo, os dois tinha recém terminado de dar banho em alguns dos animais, a garota com orelhas de coelho saltou por cima de um cercado, e terminando de jogar um balde de água em cima de um cavalo pra tirar o sabão.

Em quanto o garoto de orelhas de lobo permaneceu no lugar com os braços levantados, para a garota quando salta-se de volta caísse nos braços dele, e foi o que houve.

E quando repararam, ambos deram uma corada rápida, e a mais nova ficou em pé no chão.

Tay: Feito.

Ivy: É, agradeço a ajuda.

Tay apenas fez uma reverência como se tirasse um chapéu, e Ivy rindo se seguindo os movimentos, ela fez uma reverência como se segurasse as pontas de um vestido e se abaixa-se um pouco.

Os dois riram ainda mais quando ouviram latidos, e se viraram para ver o filhote de lobo vindo até eles e pulando em cima de Tay o derrubando.

O semi deus fez cafuné no canino menor, em quanto Ivy só esperou sentada ao lado dele para também fazer um cafuné no pequeno lobo.

Char lambeu o rosto de Tay.

Tay: EI, EI, CALMA AI TAMBÉM, EU SOU HÉTERO!

 Falou em tom risonho por causa da cosquinha que sentiu, e logo depois o pequeno lobo saltou em Ivy e também a lambeu em quanto abanava o rabinho.

Ivy: AI, AI, CALMA CHAR!

Disse rindo e abraçando o canino menor e dando um beijinho na testa do  mesmo, e o canino todo animado ficou latindo e correndo atrás do próprio rabo, arrancando mais risadas da garota.

Em quanto Tay que estava observando aquilo, cruzou os braços e inflou uma das bochechas e resmungando pra si mesmo.

Tay: ~ Sortudo...

Ivy pensou ter escutado algo e se virou pra ele.

Ivy: Disse algo?

Tay: Nada não, só disse que ele é bobalhão.

Disse rindo e disfarçando, em quanto Ivy fez um cafuné nele, e Tay abanou o rabo de lobo também, e a garota riu com isso.

Em quanto isso, na porta do celeiro.

Os dois mais velhos observavam eles de braços cruzados.

Annie: Esses dois ainda vão...

Ela batia o pé no chão só de pensar, em quanto cruzava os braços e inflava uma das bochechas, o loiro elétrico ao seu lado ria de leve disso.

A albina estranhou e o encarou.

Annie: Rindo do que?

Raiden segurou o riso para responder.

Raiden: Tá com ciúmes é?

A garota de olhos amarelos cruzou os braços e virou o olhar para o lado.

Annie: Só não quero que ela perca tão cedo a inocência.

O loiro apenas se mantinha de braços cruzados apenas observando aqueles dois que estavam dentro do celeiro, Tay e Ivy estavam competindo pra ver quem ficava mais tempo pulando sem parar.

Em quanto os dois mais velhas tinham gotas gigantes saindo de trás de suas cabeças.

Raiden: Acho que não precisa se preocupar com isso...

Annie ria de leve vendo aqueles dois, assim como o próprio Raiden, os dois encaravam os menores que não iriam parar tão cedo com aqueles pulos.

O filho do deus do trovão apenas olhou para Annie, e viu ela apenas encarando eles de maneira pensativa e tentando compreender o que se passava na mente deles.

O garoto ao seu lado resolveu apenas provocar.

Raiden: Sabe o que eu acho?

Ela ouvia.

Raiden: Que você está querendo alguém pra fazer com você, o que o Tay futuramente fará com a Ivy.

Ele disse rindo, em quanto Annie resolveu aproveitar, ela o encarou com uma cara curiosa e fofa que fez o garoto travar e estranhar o  que ela faria.

Annie: Se isso que você disse for o caso...

Ela se aproximou e colocou a mão no queixo dele, e puxou pra perto em quanto juntava ainda mais seu corpo com o dele.

Annie: Você tem certeza que eu sou a única que estaria pensando assim?

Disse com um sorriso e olhar provocativo em quanto com o dedo indicador da mão esquerda ela fez um leve circulo no peito do garoto, que ainda estava travado e em choque...De várias maneiras possíveis ele estava em choque.

Annie percebeu que o garoto estremeceu um pouco e quando ele iria falar algo, ela tampou a boca dele com o dedo indicador.

Annie: Shhhh...

Ela se afastou em quanto deu dois tapinhas no ombro dele, quebrando o clima e o provocando mais.

Raiden: Eh...É...Ei...

E o próprio Raiden de novo havia travado, ele bugou tanto que não sabia o que falar, e quando ia reclamar que ela se afastou. 

Annie: Aaaaaaaaa, então é você que está pensando assim e empurrando pra mim?

Ele corou, em quanto Annie ria.

E dentro do celeiro, observando os dois pombinhos.

Ivy sacudia Tay várias vezes, o deixando tonto e com os olhos girando de tanto sacudir.

Ivy: A irmãzona vai ter namorado! A irmãzona vai ter namorado!

Ainda estava com os olhos brilhando e tentando acreditar, em quanto Tay estava ficando tonto por conta da garota de orelhas de coelho.

__________________

Olimpo.

14:00

Ela estava na beira do monte.

Apenas vendo as ações do garoto.

A deusa da caça e da lua soltou um suspiro apenas observando, ela ajeitou seu arco e flecha nas costas.

Zeus: O que está fazendo?

Ártemis olhou pra trás e encarou o pai.

Logo depois ela encarou o mundo humano mais uma vez.

Ela apenas apontou para o mundo humano.

O rei do olimpo se aproximou com as mãos nas costas e ficou do lado dela.

Ambos os dois permaneciam olhando pra Zaik e Mai no mundo humano.

E a deusa apertou um pouco os punhos.

Zeus: Patético...

Ela estranhou.

Ártemis: O que especificamente?

O mais velho cruzou os braços.

Zeus: Ele tentando ter uma vida normal.

Ártemis apenas observava de cabeça baixa em quanto escutava o pai.

Zeus: Mas é vantajoso para nós, também quer dizer que ele não vai estar esperando o ataque.

A deusa apenas ouvia ele.

Zeus percebeu o incomodo da deusa, mas simplesmente deu de ombros.

Zeus: Percebo que não concorda muito, mas não precisa fazer parte caso não queria, mas se for o caso, melhor que saia da frente.

Ártemis nada respondeu.

E o deus do trovão se retirou do local.

Em quanto a deusa permanecia olhando para o mundo humano, encarando aqueles dois.

A deusa da lua e da caça encarou o chão dessa vez e ficou parada pensativa e soltando um suspiro.

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Terra - Bar do Uvat.

15:00.

Zaik e Mai chegaram no lugar, e então foram até o balcão e se sentaram nos bancos.

Mai: Uvat?

Sem nenhuma resposta de primeira.

Mai: Uvat, ta ai?

Nada de novo.

Os dois sentiam algo estranho nisso.

E Zaik sentia outra presença comum ali, e ele de primeira engoliu o seco, e suou levemente frio, ficando incomodado com a presença pois quando se lembrava dela, apenas se lembrava de uma luta.

Mai percebeu o quão estranho estava o deus ao seu lado, ficou curiosa sobre isso e, quando iria perguntar, uma porta que ficava mais escondida em uma parede por dentro do espaço do balcão foi aberta.

E Uvat saiu dali.

Uvat: Aleluia, chegaram.

Mai: É, desculpa a demora, e então, o que foi?

O dono do bar apenas fez um sinal para eles virem, os dois se entre olharam estranhando, Zaik deu de ombros já afirmando que não sabia de nada, Mai então já descartou da lista que ele teria feito merda.

Os dois em fim saltaram por cima do balcão e então se encaminharam adentro, passando pela porta eles chegaram em um tipo de quarto de hóspedes.

Tento uma cama do lado da porta, e outra que ficava do outro lado do quarto, ao lado de uma janela, havia alguém deitado naquela cama ao lado da janela, estava desmaiado aparentemente, mas ainda era difícil ver o rosto pela distância.

Observando melhor o quarto, não tinha nada demais, paredes pintadas da cor branca, o teto era um verde alga meio saturado, no quarto também tinha, barris que obviamente continham bebidas alcóolicas, além de uma mesa grande, algumas cadeiras, e dois armários, sendo que um estava aberto e em cima da mesa tinha um kit médico.

Além de algumas roupas superiores, sendo uma camisa regata cinza escura, um casaco grande e sem mangas com capuz, também tinha luvas com garras, e uma espécie de armadura preta e vermelha, além de uma pequena espada.

O nephilim reconhecia aquelas vestes.

Uvat: Eu encontrei esse jovem caído em cima do telhado do meu bar, ele estava ferido, e eu pensei que ia ter que cuidar dele, mas ele tem fator de cura, e esse garoto é um demônio.

O filho de Hades e Ártemis estranhou logo de primeira.

Zaik: Como você sabe?

O adulto se lembrou que não tinha explicado pro garoto, e então resolveu ser direto ao ponto na explicação, afinal, além de pressa que Uvat tinha, Zaik era burro o bastante pra quase nunca entender.

Uvat: Eu tenho uma magia de reconhecimento geral, quando eu vejo o rosto de alguém, eu posso saber praticamente tudo sobre a pessoa, se é mortal, deus, se é algum humano ou ser místico, nome, gênero, e por ai vai.

 O garoto de cabelos pretos teve os olhos brilhando em quanto soltava um "Ooooooooooooooooooooh", como uma criança impressionada.

Já Mai olhava pro nephilim, e coçou a nuca soltando um suspiro em alivio, afinal, o garoto parecia estar normal, então voltou a atenção ao amigo.

Mai: E oque a gente tem haver com isso?

Uvat: É que eu tenho que sair daqui quando for umas sete horas e meia ir ajudar um amigo, e vocês só precisam vigiar ele por torno de uma hora ou menos, afinal, minha filha vem pra cá e ai vocês tão liberados.

Disse em quanto guardava o kit médico já que nem tinha chegado a usar.

Zaik se aproximou mais da cama para olhar quem estava deitado, e ele segurou um grito ao ver quem era, ele reconheceu de primeira.

Calças pretas e dois sapatos de mesma cor, a pele era pálida, os olhos estavam fechados, mas por o conhecer sabia que os dois tinham cores diferentes, se ele se lembrava bem, um era vermelho, e o outro era branco, e nesse mesmo que era branco passava uma cicatriz, os cabelos dele eram pretos como as trevas.

O filho do inferno e da lua engoliu o seco e gelou por completo ao ter total noção de quem era, Zaik só não sabia o nome e a idade, mas já tinha noção de quem era.

Kyrios.

O Sétimo Nephilim se lembrou novamente da conversa e que ele e Mai teriam que vigiar ele, então o garoto se preocupou.

Zaik: Aqui...Sem querer ser arrogante ou ofender, e se eu fizer um dos dois, me perdoem, mas...Se ele acordar querendo socar algo...A Mai não é do tipo...Sem poderes?

Uvat se lembrou de uma coisa e estalou os dedos, assim como a garota de cabelos castanhos que se lembro que nunca tinha falado nada a respeito.

Uvat: Na verdade, ela tem sim poderes, porem nunca usa, mas como ela tá me devendo uma, não teria problemas ela usar só mais essa vez quando chegasse a hora dela e de você cuidarem desse cara.

Zaik entendeu, mas mesmo assim sua preocupação não diminuiu muito mesmo por conta disso, Mai percebeu isso e olhou para Uvat mais uma vez tendo uma ideia.

Mai: Uvat, vê uma garrafa de cerveja pra mim e outra pro Zaik.

O barmen ouviu, ele foi pegar as bebidas pra eles, em quanto Zaik e Mai ficaram sozinhos naquele lugar.

Mai se sentou em cima da mesa do lado dos equipamentos do filho do deus da guerra, em quanto permanecia encarando o nephilim.

Mai: Vai me dizer o motivo da sua preocupação?

Ela perguntou e o garoto virou o olhar pra ela, o príncipe do inferno coçou a nuca e se aproximou, e então olhou pro lado dela, a garota abriu espaço, e Zaik se sentou ao lado dela.

Zaik: Eu já lutei contra ele.

Mai permaneceu encarando e escutando o híbrido de luz e trevas que procurava as palavras certas.

Zaik: E eu não acho que seja uma boa você aqui, se ele se levantar na voadora como o Uvat disse...

Ele pensava em como falar as próximas palavras, mas antes de falar, ele tomou um soco na cara que o fez cuspir sangue e perder um dente, e esse mesmo dente se regenerou em seguida, o garoto se sentiu tonto e nem tinha visto de onde tinha vindo o golpe, e só notou que levou um soco quando caiu no chão.

Se virou para olhar pra frente e viu Mai com o punho estendido, foi ela quem tinha dado o soco, e Zaik não tinha entendido a necessidade do soco, a garota de cabelos castanhos estendeu a mão para ajuda-lo a levantar.

E ele aceitou a ajuda para ficar de pé, mesmo ainda estando tonto e recuperando os sentidos.

Mai: Posso ser uma mortal, mas eu estou bem longe de ser comum, lembre-se do que eu te disse, confiança é boa se usada na medida certa, se se for usada de forma exagerada vira arrogância e orgulho, e então isso se torna sua fraqueza, então aceite, não é só por que você é um deus que não existe alguém que bate de frente com você ou te supera.

O soco provou isso, mas quando Zaik se curou por completo, mesmo com aquilo, ainda se mantinha preocupado, mesmo que bem menos agora, ainda estava visivelmente preocupado.

A garota percebeu e soltou um suspiro.

Mai: Você só vai se dar conta disso quando der com a cara no chão, da pra ver isso fácil, fácil...

Disse em quanto se espreguiçava, e Zaik só ficou curioso por pouco instante, mas mesmo assim resolveu deixar quieto isso, ele se sentou ao lado dela mais uma vez.

Por uns segundos se fez um gelo, até que o deus se lembrou de algo e ficou curioso e a olhou.

Zaik: E então, qual o seu poder?

Perguntou já curioso, a garota de cabelos castanhos pareceu pensar um pouco, mas resolveu contar, afinal, não era algo como um trauma.

Mai: Eu basicamente posso usar água, ar, fogo e terra da forma que quiser, porem quando eu faço isso minha aparência muda e fica mais similar ao de um dragão.

O moreno assoviou e teve os olhos brilhando só de imaginar ele parecia ficar mais empolgado, cada vez mais estando próximo ao seu estado de sempre.

O que chegava a ser reconfortante. 

 Zaik: Mostra, mostra!

Pediu manhoso.

Mai: Não.

E eles começaram uma mini guerra de pedidos e negação, isso até a porta do quarto se abrir e então o dono do bar veio com as bebidas em mãos.

Uvat: Tá aqui.

Ele deixou as cervejas na mesa, Zaik e Mai agradeceram, e então abriram as garrafas e começaram a beber.

Mai e Zaik ficaram encarando o chão, motivo? Era um de a pouco tempo atrás.

Zaik: Eu já vou indo nessa, depois eu volto e te ajudo a vigiar ele como você pediu Uvat.

Ele foi se retirando segurando sua garrafa de cerveja recém aberta, em quanto o adulto apenas concordou, mas foi só se lembrar de que era o Zaik falando aquilo que ele se preocupou de imediato.

Quando Uvat iria perguntar, outra pessoa foi mais rápida.

Mai: Eu e ele combinamos de ir a um lugar, depois nós voltamos, 19:30 não é? São 15:10, já que temos algo entorno de umas quatro horas ainda por ai, não tem problema, até depois.

Ela foi correndo, e Uvat ficou em entender nada.

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Vulcões.

16:25.

Hefesto estava dentro de uma sala simples de seu templo, e encarando uma parede que era mais uma porta.

A mesma porta que levava ao quarto da V.F.D, o deus simplesmente engoliu o seco se lembrando do estado que ela ficou após sua luta contra o Kyrios.

O deus se mantinha cada vez mais estressado, e ele se sentou no chão em quanto abraçou suas próprias pernas temendo o pior em quanto via a porta do quarto da V.F.D.

Minis faíscas de energia roxa e outra azul ciano saindo dali.

Ele não sabia por quanto tempo mais poderia conter aquilo.

Pandora: Papai...

A criança entrou no lugar e viu o pai sentado no chão, abraçando as próprias pernas, isso só podia dizer três coisas, pensativo, medo, ou cansado.

A menor se aproximou do pai e o encarou curiosa.

Pandora: Papai, V está bem?

Perguntou preocupada, e isso estava estampado em sua face, o deus se perguntava no que dizer pra ela.

E então resolveu dizer.

Hefesto: Vai ficar bem princesa...Apenas, espere ela se recuperar e eu te aviso, tudo bem?

Sorriu falsamente, mas a criança não percebeu e só aceitou, em quanto ela tirava algo de dentro de um de seus bolsos, o mais velho ficou curioso.

Até que ela tirou e revelou, duas pulseiras, uma rosa e outra roxa.

Pandora: Eu mesma que fiz, pode entregar a roxa pra V por mim?

O deus arregalou os olhos, mas ao ver o sorriso e esperança no rosto da própria filha, ele não tinha como negar, o coração era mole demais.

E então ele pegou a pulseira roxa.

Hefesto: Prometo que entrego...

Disse sorrindo, e a garota sorriu mais ainda em quanto saiu correndo dali saltitante, animada e feliz.

Em quanto isso dentro do quarto da V.F.D, ela estava deitada em um tipo de maca, com o corpo bem destruído e espedaçado, e exalando um brilho azul ciano, dourado e roxo.

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Cidade.

17:30

Zaik estava só caminhando pela cidade, ele então pensou em ir pra outro lugar, então, abriu as asas de anjo e se preparou, deu um salto e abriu voou, quando ficou a cerca de 10 metros acima do chão, em menos de um segundo ele teve seu corpo puxado pra baixo e quase foi mandado pro chão, mas não era exatamente um golpe.

Alguém o segurava pelo pé, e o impediu de sair dali.

Mai: Aonde pensa que está indo?

Zaik estranhava a cena inteira por alguns motivos simples.

Zaik: Só tava pegando, ar, saindo por ai, refrescar a cabeça.

Tentou mentir, mas ele era péssimo nisso, fora que Mai o conhecia muito bem.

Mai: Aham, claro, te conheço, você tava saíndo por outro motivo.

Zaik: E dai? Você não queria se livrar de mim?

Essa resposta a pegou em surpresa, afinal, era verdade, ela tentou se livrar dele de várias maneiras possíveis, a mortal de cabelos castanhos respirou fundo.

Mai: Mudei de ideia, não quero mais.

Zaik estranhou isso por vários e vários motivos.

E ela percebeu isso e sabia que ele iria perguntar, as vezes ele era previsível demais, ou ela que o conhecia bem, mas ela não queria responder por isso só fez um sinal com a mão e uma face de quem não queria ouvir.

O nephilim apenas relutou um pouco, mais aceitou.

Mai: Anda, vem.

Ela o puxou pelo pulso para fazer ele segui-la, e o próprio garoto estranhou isso, tanto que ele mesmo parou e puxou a mão de voltar, a forçando a larga-lo.

Zaik: Estamos indo aonde?

Mai: Não faço ideia, só vamos caminhar.

Falou em quanto foi andando, o nephilim estranhou, mas só fez o que lhe foi pedido e a seguiu.

Em quando eles andavam calmamente pelas ruas, sem falar nada um com o outro, afinal, os assuntos já praticamente tinham acabado, e ambos os dois não queriam citar o por que ela não se livrou dele.

Durante essa caminhada que faziam, eles viraram uma esquina, e nessa esquina acabaram por dar de cara com uma coisa simples e bem comum.

Um pequeno grupo de crianças meio entristecidos, e é óbvio que um da dupla iria perguntar, e era óbvio que seria o mais idiota que faria isso.

Zaik: Ei criançada, o que houve?

Eram cerca de seis garotos, e só pelas roupas que eram de time de futebol entregava o por que estavam daquele jeito, mas mesmo assim...

Garoto(1): Nossa bola de futebol ficou presa ali.

Apontou pra uma árvore que estava do lado deles, e era óbvio que nenhum deles conseguia pegar, algo clichê? Com toda certeza, é algo bem clichê, mas as ideias tão em falta.

Zaik encarou a bola de futebol em cima da árvore, quando ele virou o rosto pras crianças e iria dizer que ia pegar pra eles, ele ouviu o som de algo batendo na bola, e alguém segurando.

Os garoto olhavam meio impressionados, Zaik se virou de novo e viu algo que ele com toda certeza não esperava ver, uma cauda balançando e a garota com escamas nos braços, mas ele não foi capaz de ver o resto das mudanças, e mesmo essas mudanças que ele tinha visto naquele instante já estavam sumindo pelo desativo dos poderes.

Mai se aproximou e então entregou a bola pras crianças.

Mai: Escutem crianças, não joguem bola na rua assim, ela pode ficar presa nas árvores, fora a chance de vocês serem atropelados.

"SIM, SENHORA DRAGÃO"

Disseram em sincronia e saíram correndo com a bola rindo, as crianças deviam ter por volta dos 6 a 7 anos, e Zaik ao lado de Mai se mantinha de braços cruzados.

Ele ria de leve, e Mai o encarou.

Zaik: Escamas bonitas.

Elogiou, e Mai só deu de ombros e colocou as mãos nos bolsos de sua calça, e os dois foram andando, mas isso até sentirem um pressentimento ruim.

Os dois olharam pra trás e ouviram a gritaria.

"SAI DAI!"

Era um daqueles garotos que foi atrás da bola que havia caído na rua, e ele iria ser atropelado por um caminhão.

Mai já se preparou pra pegar impulso, porem algo de estranho aconteceu, o caminhão parou de imediato em quanto uma aura vermelha o encobria.

Todos ali estranhava o que estava acontecendo, Mai virou o olhar para Zaik, e viu os olhos dele brilhando em mesma cor que a aura que cobria o caminhão.

Ainda usando a telecinese, o sétimo nephilim moveu a criança e a bola da rua pra calçada e depois soltou o caminhão, as pessoas ficaram se perguntando o que houve.

Já Zaik só saiu andando, e Mai foi logo atrás dele, e após andarem um pouco pra longe da multidãoo e comprarem uma garrafa de refrigerante.

Os dois caminhavam lado a lado novamente, já um pouco mais distante, em outra rua, parecia mais uma praça na verdade, em frente a uma fonte, estava silencioso e com poucas pessoas no lugar, e Mai resolveu aproveitar isso.

Mai: Desde quando você faz aquilo?

O moreno coçou a nuca em quanto bebia um pouco do refrigerante, pensando e tentando se lembrar se fez alguma outra vez.

Zaik: Não faço a mínima ideia.

Respondeu sincero e Mai apenas esperou alguma complementação.

Zaik: Meus poderes se despertam com o tempo, esse é novo.

Disse despreocupado, e a garota ao seu lado só soltou um "uhm."

Mai: Hum, você tem sorte.

O garoto estranhou e a olhou, e ele deu mais um gole no refrigerante pra finalmente terminar a bebida.

Zaik: Como assim?

Mai também terminou sua cerveja no próximo gole e jogou a garrafa longe.

Mai: De ter tanto poder assim, pode fazer o que bem entender sem limitações.

Zaik abaixou a cabeça, parou de andar e ficou parado no mesmo lugar, ela não o olhava, caminhava apenas olhando reto.

Mai: Com tanto poder assim, você deveria ser o menino de ouro que todos gostam, tenho até inveja de você.

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"Eles temem e sentem inveja desse poder..."

"Entenda eles não vão descansar até terem certeza que são os mais poderosos como sempre foram."

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Ela seguia em frente sem frente sem olhar pra trás, e ainda nem tinha percebido que ele havia parado de andar.

Zaik: Você acha mesmo que isso é verdade?

Ela parou e virou o olhar pra ele.

Zaik estava de cabeça baixa, e soltou um suspiro.

Zaik: Acredita mesmo que nascer tendo infinitos poderes e sendo tremendamente forte é uma benção?

Finalmente levantou o olhar e ambos se encaravam agora, cerca de 3 metros de distância um do outro.

Zaik: Tá errada...Isso é uma maldição.

Mai estranhou, mas só parou pra ouvir

Zaik: Mai, eu fui atirado do olimpo, exilado pro Limbo apenas por existir e ter uma imensa chance de eu ser altamente poderoso no futuro.

A garota continuou escutando ele.

Zaik: Porem tem mais...Eu me lembro de cada momento mesmo antes de nascido.

Ele soltou um suspiro e apertou um pouco mais forte sua garrafa de refrigerante, e quase a incendiou na mesma hora.

Zaik: Eles tentaram me matar, junto dos meus irmãos antes mesmos de nascermos, quando ainda estávamos em primeiro dia, tentaram me envenenar, afogar, queimar, eletrocutar, perfurar, entre outros...Mas eu prevaleci, fiquei vivo.

Ela baixou a cabeça ouvindo isso.

A própria família tentando matar um que chegava para aumenta-la, e fazendo isso antes mesmo dele nascer.

Não era nada humano e nem divino como as histórias diziam.

Zaik: Eu tenho vários poderes, sou forte, sou filho do inferno e da lua.

Ele sorriu falsamente, e a próxima era com pura sinceridade.

Zaik: Mas eu daria tudo isso só pra ser um humano mortal sem poderes.

Disse em quanto olhava pra cima e encarava o por do sol, até aos poucos vir a lua, e naquele momento ele se lembrou de sua mãe.

Bom, a única lembrança que ele tinha com ela no caso, a qual era a qual ela e Hades o exilaram.

Ele estava perdido em pensamentos, isso por pouco tempo, até ouvir uma pergunta vindo de Mai que ficou ao seu lado.

Mai: Como?

Não entendeu de primeira.

Mai: Como consegue ser sorridente e relaxado mesmo com tudo isso? Normalmente, pessoas que cresceriam seu estado ou seriam revoltados.

Zaik cruzou os braços e pensou em como dar uma resposta sem parecer tão complicado de entender.

O garoto fechou os olhos e pensou, e pensou, em quanto Mai permanecia do seu lado.

Sentindo-se mais leve após alguns minutos pensando, ele abriu os olhos e permaneceu encarando o horizonte.

Zaik: Não sei dizer ao certo...Mas eu só fecho os olhos e relaxo.

A garota não entendeu, ela querendo entender e ele procurando explicar, até que ele teve uma ideia simples, ele segurou as mãos dela e se virou de frente pra ela.

Zaik: Fecha os olhos.

Mai: Que?

Zaik: Vai, deixa eu te instruir e você tenta sentir também.

Mai riu com a ideia, e óbvio que aproveitou pra zombar em brincadeira.

Mai: Você instruir? Não vou abrir os olhos e estar com a cara no chão não né? Além disso, como você sabe se isso não é coisa só sua por ser um híbrido de luz e trevas?

Zaik: Ah, vai, vamos tentar, o que temos a perder?

Ela sabia que ele ia insistir, e se deixou, e então fechou os olhos, e o próprio Zaik fez o mesmo, iria fazer junto apenas pra ter certeza que não ia esquecer de citar nada.

Zaik: Só respira e relaxa os músculos...

Assim o fizeram.

Zaik: Sinta a brisa batendo em si...

Sentiu um arrepio pela mesma.

Zaik: Somente deixe seu coração bater e escute seu ritmo, deixe a adrenalina de lado, esqueça os sentimentos negativos, afie todos os seus sentidos...

Em quanto ia fazendo, os sentidos se aguçaram em conjunto da calmaria que ela sentia passando pelo corpo, ela era capaz de ouvir tudo a sua volta, talvez até mais longe, pois escutava o som dos carros, de passos, conversas.

O cenário escuro que seus olhos fechados lhe forneciam, mudou, o que antes era totalmente escuro e sem visão, ganhou linhas, traços de cada cores, o chão e construções sendo de cor cinza, a água da fonte era azul como a própria, animais mesmo que pequenos eram esverdeados, em quanto as próprias pessoas eram de diferentes cores alternativas.

Mas a que mais chamava a atenção de Mai, era a que estava em sua frente, ela ainda estava de olhos fechados, mas ainda era capaz de vê-lo sendo formado por essas linhas, sendo vermelhas e azuis.

Mai abriu os olhos finalmente, e pode ver Zaik em estado profundo também, em quanto uma aura vermelha e azulada cobria ele e balançava os cabelos.

Ele abriu os olhos e viu Mai, que embora estivesse com os olhos abertos, não tinha perdido a concentração, e ela exalava uma aura alaranjada, as auras que os dois vinham estavam em contato uma com a outras, e os olhos vermelhos do nephilim se encontraram com os olhos castanhos da garota.

Mai: Acho que a cerveja fez efeito...

Riram de leve.

Ficaram em um silêncio até difícil de dizer se era amigável ou desconfortante, mas ficaram daquele jeito por poucos segundos, até que olhando o céu e vendo só dois pássaros passarem, Mai se lembrou.

Mai: Ei, você não disse que tinha um lugar que você adorava?

Zaika se lembrou e se levantou em quanto estendia a mão para ela, a mesma aceitou, segurando a mão dele, ele abriu as asas de anjo e foi quando se lembrou.

Zaik: Você tem asas, ou...

Ao olhas pra ela, ele viu duas asas de dragão saindo das costas dela, e foi quando ele pode ver a mudança no rosto dela, uma escama branca em cada bochecha abaixo dos olhos, descia até abaixo de seu queixo, em quanto havia dois chifres que mais pareciam orelhas perto das próprias, o cabelo escureceu quase ficando preto e os olhos ficaram um pouco mais avermelhados.

Zaik estava impressionado, e Mai precisou dar um toque no ombro dele para acordar, e ele percebeu, e então ambos os dois só se preparam e bateram as asas começando a voar.

Foram subindo e subindo, sentindo um pouco do frio aumentar pela altura a qual aos poucos eles chegavam tão alto que alcançaram as nuvens.

Mas tinha algo os dois pareciam começar a querer ultrapassar o outro, como se fosse uma competição, e os dois percebendo o desafio feito mesmo que sem querer, seguiram.

Mai era quem estava na frente no momento, ela praticamente saltava de nuvem em nuvem igual a um golfinho, em quanto Zaik atravessava as nuvens abrindo buracos como uma flecha.

Em quanto a lutadora espadachim passava uma das mãos nas nuvens apenas pra abrir um mini rastro do tamanho de sua mão nelas, e o híbrido passava com suas asas num razante a passando, o garoto dessa vez foi quem resolveu brincar, subindo em forma espiral em uma nuvem alta, a fazendo tomar forma de um sorvete.

Mai riu disso e passou subindo por cima do sorvete, e os dois começaram a aumentar mais a velocidade, tanto que lá de baixo era só visível um vulto branco(Zaik), e um laranja(Mai).

O vulto branco passou pelas nuvens de forma rápida que chegava a parecer que ele saltava entre elas, em quanto o vulto laranja apenas contornava.

Os dois permaneceram nesse "pique-pega" por alguns minutos, um tentando alcançar o outro, até que em um momento, Zaik parou no ar.

Mai estranhou e parou também.

Mai: O que houve?

Zaik sorriu pra ela em quanto apontava pra frente, Mai seguiu o olhar e assoviou vendo.

Zaik: Chegamos...

Uma linda vista, dava pra se ver toda a cidade, o céu já escurecendo e ficando estrelado, a lua no centro, e as nuvens entre abertas no céu.

Mai tinha seus olhos brilhando vendo, em quanto Zaik sorria ao lado dela.

Novamente minutos em silêncio, até Zaik resolver abrir a boca.

Zaik: Mai...

Ela o encarou.

Zaik: Por que você não quis se livrar de mim?

A garota arregalou os olhos e baixou a cabeça e então pensou no que dizer, em quanto Zaik complementava o que dizia.

Zaik: Eu sempre trouxe problemas pra você, imaginei que ia ficar feliz comigo indo embora.

Disse já se arrependendo, afinal, embora ele mesmo não estivesse nem um pouco afim de ir embora, ele se questionava o que a fez mudar de ideia.

E a resposta, veio logo após ela se virar pra ele.

Mai: Por que embora você seja idiota, faça besteira e seja um tornado de problemas...Você ainda é a segunda pessoa em todo o mundo além do Uvat que eu realmente poderia confiar...

Ela tinha mais pra falar, e Zaik a ouvir.

Mai: Você mudou minha vida sem graça e estressante pra algo que mesmo que ainda mais estressante, agora com mais vida, era como se fosse uma peça que faltava pra tudo ficar como eu mais gostei.

Respondeu, e Zaik até se sentiu mais estranho com isso, se ele soubesse o que ela queria dizer realmente...

Mai: E você? Eu sempre te bati, xinguei, e tentei me livrar de você várias vezes antes, por que nunca foi embora?

Para responder isso ele engoliu o seco, mas foi sincero.

Zaik: Eu não sei explicar, mas...Eu gosto da sua presença, de ficar do seu lado, me faz me sentir confortável, e embora você me batesse, algo me dizia que tinha algo em você que só te fazia ser assim por outra coisa.

Não era mentira, e Mai se surpreendia ao ouvir o resto.

Zaik: Você foi a primeira com quem eu realmente conversei nesse mundo, e a primeira com quem pude formar uma amizade, além disso, também foi a primeira que não me julgou por eu ser o que sou...Então eu no inicio pensei que queria apenas retribuir, mas...

Ele tentou achar um jeito melhor de explicar a próxima parte.

Zaik: Comecei a me sentir tão bem perto de você que eu só não queria sair mais, algo me falava que era melhor ficar com você.

Disse coçando a nuca sem conseguir explicar direito, e então o silêncio se instalou por cerca de cinco minutos.

Ela se aproximou um pouco mais de Zaik, e o garoto não entendeu, ela levou uma das mãos ao queixo dele e levantou de pouco em pouco.

Até que ela pode ver por completo o semblante dele, os dois permaneciam encarando os olhos um do outro, como se vessem através, aos poucos sem nem perceber já estavam se aproximando.

Tanto que Zaik já a segurava na cintura com as duas mãos, e Mai segurava os ombros dele, eles se encararam e se aproximaram até que nos poucos milimetros de distância.

O nephilim apenas sentia seu coração acelerado e batendo como nunca, e Mai a mesma coisa, mas ela estava em mais controle, e ao ver a pouca distância que sobrava entre seus lábios, Mai avançou.

Iniciando um beijo entre eles, Zaik tinha arregalado os olhos e por cerca de alguns segundos não entendeu, mas se deixou levar pela sensação apertando um pouco a cintura da garota, ambos os dois fecharam os olhos e só se deixaram levar.

O beijo permanecia, Mai "pediu passagem" com a língua dela , e Zaik cedeu, e ela assim como Zaik apenas exploravam cada canto da boca um do outro praticamente, sentindo um arrepio e o desejo de mais aumentar de pouco em pouco, era uma sensação viciosa e agradável, além de...Amorosa.

Mas a falta de experiência de um, e a falta de ar fez a separação do beijo, mas ambos os dois pombinhos encostaram suas testas após o beijo, seus rostos vermelhos, e os olhos fechados, respirações sincronizadas, os dois abriram os olhos.

E então se encararam sorrindo, e riram de leve, por alguns minutos foi assim, até pararem de rir, e só se encararem, e só vir uma coisa na cabeça de ambos.

"Mais.."

E correspondendo ao desejo em pleno ar, mais uma vez se beijaram, ficando aos poucos mais intenso e selvagem, mas Mai parou o beijo dessa vez, só para dizer.

Mai: Quer mesmo continuar?

A resposta foi com aceno com a cabeça, a mortal sorriu maliciosamente e segurou a mão dele e o puxou em voou, e ambos dois apenas saíram dali.

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Apartamento.

18:00

Mai e Zaik já haviam entrado e ido pro quarto da garota, estavam se beijando em cima da cama, estavam deitados, sendo que Mai estava por cima de Zaik. 

Em quanto o filho do inferno estava sem seu colete, camisa e luvas, ambas as três peças de roupas estavam jogadas no chão, seu peitoral totalmente visível, definido e forte, mas nada muito exagerado.

Já a garota dragão estava com a aparência humana normal de novo, ela estava sem o casaco e a regata, ficando só com a calça e o sutiã, curvas visíveis, e sua cintura fina, totalmente harmonizado e proporcional, sendo o tão chamado corpo ampulheta.

Zaik mantinha as mãos na cintura da garota, em quanto Mai mantinha as mãos nos ombros dele, até que o garoto levou as mãos aos peitos dela, e então ele os apertou, arrancou um gemido dela, os dois pararam de se beijar, apenas para recuperar o ar, e o nephilim dar um beijo e um chupão na curva do pescoço da garota de cabelos castanhos.

Mai gemeu arrastado e mordeu o lábio inferior, e sentia ele apertando mais seus peitos, e apenas foi deixando, já ela, foi passando sua mão direita sobre o peito de Zaik, e foi descendo até chegar na bermuda, e ela por a mão por dentro e segurar o membro do garoto que já estava ereto.

A garota começou a masturba-lo calmamente em quanto o sentia dar uma mordida de leve em seu pescoço, o que puxou um gemido um pouco maior, em quanto o próprio também respirava mais pesado e soltou um gemido baixo, ou seja, estaria quase soltando, ela não o culparia se fosse rápido, provável ser a primeira vez dele em tudo isso.

Mas antes dele soltar, Mai puxou a cueca e a bermuda dele, e então o membro saltou pra fora, e ela se afastou de Zaik, e ele não entendeu, mas ela afastou ele para ela poder descer o rosto até o membro dele, ela deu uma lambida na ponta da cabeça e arrancou um gemido do parceiro, ela riu, e então continuou, por entorno de três minutos, até ela finalmente abocanhar e subir e descer chupando o membro, fazendo o garoto híbrido de luz e trevas gemer mais arrastado e tentando segurar, ela particularmente achava até meio fofo.

E com isso perdeu o foco em quanto o chupava, pois no momento de distração o garoto segurou a cabeça dela com suas mãos e empurrou, a levando até a base assim com o membro acertando a garganta da garota, e então, ele gozou.

Mai se engasgou com isso, e se levantou tossindo, Zaik soltou um suspiro mais aliviado e encarou a garota, a mortal ainda com um pouco de gozo na boca, engoliu e lambeu os lábios, mesmo depois de ter engasgado, mas ela logo voltou ao foco, retirou sua calça e calcinha, e depois o sutiã, agora ambos os dois estavam totalmente nus.

Mai se deitou e abriu as pernas, mostrando sua intimidade rosada e molhada, Zaik por um momento se perdeu, mas foi preciso que fosse feito um sinal indicando que ele fosse lamber, e assim o fez sem perder tempo, ele deu a primeira lambida e fez a garota estremecer e gemer arrastada.

O Deus percebeu isso e apenas continuou a lambendo, de inicio lambidas fracas e leves, mas aos poucos ia aumentando a velocidade e com isso os gemidos da garota foram ficando mais altos, Mai levou as mãos até a cabeça do garoto e pressionou o rosto do garoto contra sua intimidade, e o garoto podia ter jurado ouvir um "mais...", bem baixo, mas ouviu e ele seguiu, acelerando as lambidas e fazendo sua parceira quase soltar um grito.

Até que ela atingiu o limite e então gozou no rosto do garoto, ela estava ofegante e avermelhada, em quanto o garoto apenas bebeu o que a garota soltou, e ele riu de leve e mostrou a língua, arrancando um riso da garota.

E então só faltava uma coisa, ela fez um movimento com o dedo para ele se aproximar, e então ela olhou pra baixo e segurou o membro dele e apenas endireito o membro dele na entrada de sua intimidade, Zaik já entendeu o que era pra se fazer.

Ele ia fazer, mas ouviu a garota chamar sua atenção, Mai somente sorria pra ele, e o garoto praticamente ficou admirando por pouco tempo, pois logo em seguida ele a beijou mais uma vez, e ela retribuiu, apenas sentindo os lábios macios dela, foram poucos segundos de beijo, para que quando separassem, o nephilim se ajeita-se pela segunda vez, e então, ele penetrou.

Ouvindo um gritinho saindo da garota, e ela o abraçar e arranhar suas costas com as unhas que também o fez gemer arrastado, Zaik ia enfiando de pouco em pouco, até finalmente colocar tudo, afastaram os rostos para se olharem.

Mai passou a mão no rosto de Zaik, fazendo um carinho em sua bochecha, e então Z sorriu e ele começou a fazer movimentos de vai e vem, que começou lento e calmo, arrancando gemidos lentos, era só até se acostumar, e não levou tanto tempo, em pouco, começou a acelerar.

Zaik começou a dar estocadas mais rápidas arrancando gemidos de Mai que aproveitava, o garoto acelerava cada vez mais e dava estocadas forte, o que fazia Mai praticamente gritar em prazer, o calor se aumentava e o suor vinha, eles ficaram longos minutos nesses vai e vem, até que em um momento, a garota achou que era hora dela dar prazer a ele.

Mai então inverteu as posições, deixando Zaik deitado embaixo dela, e ela sentada em cima de seu colo, ele estranhou, e ela sorriu e então ajeitou o membro dele novamente e sentou em cima o enfiando e alcançando um pouco mais longe em seu interior, acertando seu ponto g o que a fazia vibrar e gemer mais alto ainda, ela começou a cavalgar, ela apertava o membro dentro de si arrancando mais gemidos dele, e a cada cavalgada era mais sensação de prazer, e mais gemidos, e cada vez mais próximos, e a garota se sentia cada vez mais cansada, mas nem por isso parava, continuou cavalgando.

Zaik apertou forte os seios dela, arrancando gemidos ainda mais altos dela, e então o garoto virou as posições de novo e deitou por cima da garota, a garota de cabelos castanhos "abraçou" a cintura dele com suas pernas para ele não se separar, e então Zaik voltou com as estocadas, ainda mais fortes que antes, além de mais longe, acertando mais uma vez o ponto g da parceira, e com isso os gemidos da garota ficaram ainda maiores, assim como a sensação de prazer, tanto que a língua dela estava pra fora da boca, o deus então apenas beijou a mortal mais uma vez para abafar os gemidos em quanto apertava o seio direito dela.

E então, após longos minutos desse jeito...

Zaik: Eu...To quase...

Disse sussurrando no ouvido dela.

Mai: Vai...Solta...Eu também...To quando

Disse também entre seus gemidos incontroláveis, sussurrando no ouvido do garoto, mas ela fez algo a mais, ela mordeu o lóbulo da orelha dele, o que arrancou outro gemido.

E então o garoto já provocado ainda mais, e em poucos minutos, o gozo vindo, mas não sem antes acertar a parte mais sensível dela uma última vez, o que a fez gritar em prazer, e então ambos os dois gozaram ao mesmo tempo.

Zaik tirou o membro de dentro dela, e o líquido branco desceu até a cama, o garoto não se aguentou e caiu de cara na cama, ficando lado a lado com ela novamente.

Os dois estavam ofegante, suando, praticamente esgotados, quase não tinham energia pra mais nada, só estavam deitados um do lado do outro.

A garota dragão virou o olhar pra ele, o nephilim aos poucos recuperava o folego, ela sorriu com isso e então ela resolveu falar o que não tinha dito até agora...

Mai: Ei...

Chamou a atenção, e ele a olhou apenas ouvindo, ele também sorria.

Mai: Eu...te amo...

Disse e isso fez o garoto rir, e isso fez a garota estranhou, e quando achou que ia se decepcionar, ela teve a mão e braço dele passando por baixo de sua cintura e lhe puxando pra perto.

Zaik: Eu também te amo...

Respondeu rindo, e Mai sorriu com isso, ela o abraçou também e então o beijou e ele retribuiu, em minutos longos o qual aproveitaram bem.

Até separarem e ela deitar a cabeça no peito dele, e ele deitou a dele sobre a dela, e então aos poucos fecharam os olhos e foram pegando no sono.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

_____________________

Inferno.

??:??

O Deus do Submundo se levantou de seu trono, ele finalmente terminou seus afazeres, e poderia ir direto ao seu evento principal, ele começou a andar.

Mas logo começou a ouvir.

Thanatos: Senhor Hades.

O Deus da morte o chamou, Hades soltou um suspiro e o encarou já imaginando alguma imensa quantidade de alma vindo pra si tomar conta novamente.

Hades: O que houve Thanatos? Perdeu um osso aqui de novo da última vez que brincou com o Cérberos?

Thanatos: Na verdade, tem alguém querendo falar com você?

Hades: E quem seria?

E quando teve sua resposta, ele se surpreendeu, afinal, nunca imaginaria vê-la em seu castelo, os dois deuses se aproximaram um do outro.

Hades: Nunca achei que viria aqui deusa da caça, e então, o que deseja? 

Ártemis o encarava séria.

Ártemis: Você está indo atrás do nephilim agora não é?

Perguntou, e ele respondeu com um gesto com a cabeça, ele sorria pois já havia entendido, mas ainda queria ouvir dela, e ela sabia disso.

Ártemis: Quero que me leve junto.

O deus do inferno aumentou um pouco mais o sorriso, ficando cada vez mais animado.

Ele levantou sua mão e então a imensa espada do deus veio voando até sua mão, e ele pôs a arma sobre seu ombro direito.

Hades: Certo, chegou a hora dos pais conversarem com o filho.

Ártemis apenas concordou com a cabeça.

E então os dois foram andando.

Hades: Thanatos, cuide de tudo em quanto estou fora.

Disse sem dar tempo de resposta, por que logo em seguida, Hades abriu as asas de demônio e Ártemis as de anjo, e então os dois abriram voou.

E então eles saíram do inferno.

Em quanto ainda no castelo o ruivo com chifres de demônio observava tudo com uma garrafa de cerveja na mão.

Takashi: Puta merda...

 

 

 

 


Notas Finais


De novo, me desculpem se o capítulo ficou uma merda sendo que alguns esperaram tanto por ele.
Se odiaram, mais uma vez, peço perdão.
Agora se gostaram, agradeço.
Bom é isso, até o próximo capítulo.


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