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História Angelus Tenebris - Snape - 8 - Xadrez


Escrita por: KatiaDorneles

Notas do Autor


Bon apetit.

Capítulo 8 - 8 - Xadrez


Fanfic / Fanfiction Angelus Tenebris - Snape - 8 - Xadrez

O pior de uma perda, sendo ela qual for, um parente, um amigo, um animal de estimação. É o depois. O depois que realmente machuca. Por que é aí que você sente a falta. 
Encontrar pessoas significa que cada uma que você encontrar, você vai ter que ouvir palavras de conforto, que nem sempre são capazes de realmente confortar, às vezes apenas te fazem rolar os olhos. Mas não enfrentar esse momento é pior. Então por isso eu arrumei forças do além para levantar da cama no dia seguinte e descer para tomar o café da manhã.
Assim que passo as portas do Salão Principal sinto todas as cabeças ali presentes se virarem para mim. Minerva está parada ao lado da mesa dos leões e Fred está na sua frente gesticulando agitado.
- Hey - digo ao me juntar a eles.
Fred me agarra em um abraço apertado. Quase posso ouvir uma costela ou duas trincando.
- Ficamos sabendo - ele diz contra o meu cabelo. Apesar da idade, ele e o irmão são bem altos - Sinto muito por Sky. Ainda bem que aquela criatura já foi embora, se não eu acabava com ela. 
- Obrigada - solto dele e sento ao lado de Rony - Não me levem a mal, mas não estou em clima de ficar recebendo pêsames. Então, vamos apenas levar esse dia, tudo bem? 
Eles acenam e começamos a comer. Apenas como uma maçã já que estou sem apetite. 
Penso em ir até a sala de Alvo, mas decido ficar com meus amigos durante o dia. Noto que Harry e Rony ficam cochichando todo o tempo. Porém tudo que escuto são palavras perdidas como sala, espelho e armadura.
- O que está fazendo? - Fred passou o dia inteiro em cima de mim para garantir que eu estivesse bem.
- Planos - mostro o pergaminho que estava escrevendo.
- Incrível. A segunda quero fazer com o Quirrell.
- Esquece o Quirrell, pelo amor de Deus - jogo os braços para cima em frustração.
- Juro que vai ser a última vez - ele faz cara de cachorro abandonado.
- Fred Wesley, não me venha com essa carinha. Não vou cair na sua.
Cinco minutos depois eu estava ajudando ele a esconder umas pedras na sala de DCAT. Essas pedras quando caem fazem a maior fumaça e não se pode ver nada. Enfeitiçamos elas para cair quando Quirrell dizer o primeiro nome da chamada.
- Talvez devêssemos colocar uns diabretes em seu armário - digo.
- Onde vou conseguir?
- Sala Precisa. - Termino o trabalho e saímos dali - Você nunca larga do seu irmão. Por que agora?
- Por você. Achei que fosse óbvio.
- Eu estou bem. Ou vou ficar de qualquer maneira.
- Estou apaixonado por você.
Paro no meio do corredor. Ter suspeitas disso é uma coisa, mas ter certeza é apavorante.
- Fred
- Eu sei, você vai me dizer que somos apenas amigos e que sou muito novo para você - ele passa o braço pelos meus ombros e me faz andar de novo - Eu só queria que você soubesse. Assim se resolver mudar de ideia já sabe que sou o primeiro da fila.
- Você não existe - digo rindo - Vá até a Sala Precisa e pegue os diabretes. Vou até Dumbledore, acho que não posso evitar essa conversa mais.
- Tudo bem, nos vemos no jantar - ele beija meu rosto e sai correndo.
...
- Estou atrapalhando? - paro na porta da sala dos professores - Fui até sua sala e ela estava vazia.
- Jamais minha querida, venha e se junte a nós.
Alvo e Severo estão sentados um de frente para o outro com um tabuleiro de xadrez de bruxo flutuando na frente deles. Poucas peças foram mexidas no tabuleiro, provavelmente acabaram de começar o jogo.
- Se quiserem posso voltar depois.
- Sente, já vamos terminar.
- Terminar? - Severo parece entediado - Estamos nesse jogo a duas horas e você fez cinco jogadas.
- Tem razão - Alvo se levanta - Acho que preciso esticar um pouco as pernas. A idade parece estar finalmente chegando. Minha filha, por favor, poderia fazer as honras de terminar esse jogo para mim? 
- Na verdade...
- Por favor, jamais deve se deixar um jogo de xadrez pela metade.
- Tudo bem - sem chance de discutir com ele. Sento em frente a Severo - Saiba que sou péssima.
- Pelo menos não tem perigo de explodir a sala.
Olho espantada para ele.
- Severo Snape fazendo uma piada? - se eu tivesse prestado atenção, teria visto Alvo saindo com um sorriso no rosto - Céus, não achei que viveria para ver isso.
- Vai fazer sua jogada ou não? Não me diga que aprendeu a jogar com Alvo.
- Para sua sorte não. Peão na c5.
Quinze minutos depois eu fiz algo que não imaginava que fosse possível.
- Cheque mate .
Derrubo o rei dele. Levanto fazendo uma dancinha da vitória.
- Eu ganhei de Severo Snape, eu ganhei de Severo Snape.
- Impossível. Acabei com suas peças.
- Não com minha rainha - toco o tabuleiro com a varinha e ele levita até a mesa mais próxima e pousa - Já parou para pensar que precisa de tantas peças para proteger apenas uma? E que apesar do rei ser o "mais importante" ele não presta para quase nada? Ao contrário da rainha. Em resumo, até no jogo a mulher é melhor do que o homem.
- Não pode ter aprendido a jogar com Alvo - ele pega uma garrafa e serve um pouco de vinho para ele - Suas técnicas são mais precisas.
- Não. Tenho observado Rony Weasley jogando. Ele é um jogador muito bom.
Seu bufar demonstra incredulidade.
- Claro, Severo. Eu aceito um pouco de vinho - digo irônica. 
- Não vou dar bebida para uma criança.
Minha vez de bufar. Pego uma taça e me sirvo.
- Não sou uma criança mais, Severo. Já sou legalmente de maior. Se surpreenderia com as coisas que sou capaz de fazer. 
Seus olhos negros me analisam profundamente enquanto ele toma um longo gole.
Céus. Percebo na situação que estou. Sozinha com Severo na sala dos professores bebendo vinho. Sem falar que nunca vi ele tão relaxado e tagarela.
- Poderia te mostrar - minha voz sai rouca - Mas acredito que o senhor não entenderia.
Seu silêncio me desarma. Não sei o que fazer ou falar. Por fim tomo o resto do vinho na minha taça e me levanto.
Por um segundo não sinto o chão sob meus pés e no segundo seguinte estou caindo em cima de Severo. Ele me ampara com os braços, que são mais fortes do que parecem. Sua respiração toca meu rosto. Sinto o cheiro de vinho de seu hálito e seu cheiro característico de ervas e pergaminhos.
- Sinto muito - meus olhos caem para sua boca.
Céus. Seus lábios sempre foram tão chamativos assim? Ou será que sou fraca demais para bebida, embora tenha tomado não mais do que dois dedos.
- Parece ter uma certa inclinação em trombar , esbarrar e cair em cima de mim, Dhelila.
Dhelila. Estou ouvindo bem? Meu nome não deveria soar tão bem na boca de alguém. Ainda mais de um professor. Isso me traz a realidade e me apresso em levantar.
- Droga. Sinto muito. Acho melhor - me afasto de costas e esbarro em uma mesa - Acho melhor eu ir, ir ver, ir embora. Até mais.
- Fugindo de mim, senhorita? 
Paro em meu caminho e me viro. A diversão dele é evidente em sua voz. Um sorriso curto puxa seus lábios para o lado.
- Não estou fugindo. Estou me distanciando. É diferente.
- Te deixo nervosa? - ele se inclina para a frente apoiando a mão no queixo.
- Ao contrário. Me deixa extremamente irritada.
Saio batendo a porta atrás de mim. Por Merlin, o que foi isso? Devo estar em avançado estado de alucinação.
....

BÔNUS

Severo observava enquanto a garota a sua frente pensava antes de fazer suas jogadas. Ele não estava realmente se dedicando ao jogo e sim as caras que ela faz. A forma como seu semblante enruga ou como ela mastiga uma mecha de cabelo.
Talvez fosse as duas garrafas de vinho que ele já tinha bebido, mas ele tinha que admitir que a garota não é tão estressante assim e diria até que um pouco bonita. Ele até estava se divertindo vendo ela.
- Cheque mate.
Severo voltou sua atenção para o tabuleiro. Era oficial, fim de jogo. A dancinha que ela fez não era nada sexy, ainda mais com tanta blusa que ela usava, mas o manteve com os olhos colados nela.
Se servindo de mais vinho ele faz um comentário que resulta em uma resposta da parte dela onde ele só ouve mesmo um nome: Rony Weasley. O amigo do Potter. Ele não evita em bufar ao lembrar do garoto que tanto lembra seu antigo colega de escola.
- Claro, Severo. Eu aceito um pouco de vinho.
- Não vou dar bebida para uma criança.
Severo Snape teve apenas uma amor na vida. Mas ainda sim ele era um homem e como tal tinha suas necessidades e vontades. E era por isso que ele vinha se repetindo constantemente essa palavra em sua cabeça. Criança.
- Não sou uma criança mais, Severo. Já sou legalmente de maior. Se surpreenderia com as coisas que sou capaz de fazer.
Aquilo o deixou sem palavras. Era como se ela fosse seu inferno pessoal. Levando a taça aos lábios para outro gole ele se permite olhar a garota na sua frente como a mulher que era.
- Poderia te mostrar. Mas acredito que o senhor não entenderia - a voz rouca causa arrepios. 
Sim. Por algum motivo Deus deve ter resolvido testar Severo hoje.
Ela se levanta e vacila nos próprios pés. E um segundo depois ele a tem nos braços. Ela fala algo mas ele só tem atenção para os olhos castanhos delineados por longos cílios que tocam suas bochechas quando ela pisca.
- Parece ter uma certa inclinação em trombar , esbarrar e cair em cima de mim, Dhelila.
Ele deixa sua língua acariciar seu nome. Ela se levanta.
- Droga. Sinto muito. Acho melhor - ela se afasta de costas e esbarra na mesa - Acho melhor eu ir, ir ver, ir embora. Até mais.
- Fugindo de mim, senhorita? - Severo está se divertindo.
- Não estou fugindo. Estou me distanciando. É diferente.
- Te deixo nervosa? - ele se inclina para frente. 
- Ao contrário. Me deixa extremamente irritada.
O som da porta batendo acorda Severo.
- Por Deus. O que estou fazendo? Ela é uma aluna.
Se xingando mentalmente. Severo espera o tempo dela ir embora e sai. Indo direto para seus aposentos e decide não ir ao jantar.
Quem está fugindo agora, Severo?


Notas Finais


Eu juro solenemente não fazer nada de bom.
Bem, o que foi isso Severo? kkkkkk
Se fosse eu já teria me jogado em cima dele de propósito.
Próximo capítulo: Storm.
Malfeito, feito.


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