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História Angry Too - (Chensung - Chenji) - 14


Escrita por: yeol_yeol

Notas do Autor


7k?????

Vish kk

Preparem coração que aí vem coisa. Sinceramente, vamos desencalhar aí povo.
🔞🔞🔞🔞


Perdão qualquer erro!!!!!!!!!!!!!!!

Capítulo 14 - 14


Talvez fosse apenas coisa de sua imaginação, talvez Chenle não gostasse de se sentir pressionado, ou talvez ele realmente não seria atração por garotas.

A tensão sexual entre Jisung e Chenle era insuportável para Minjae, que desconfiava dos dois garotos. Qualquer coisa já deixava o clima totalmente sem jeito, e tudo isso porque Jisung não esqueceu o que havia acontecido a dois dias atrás. Park se lembrava de tudo o que havia feito, talvez por conta de ter se acostumado com as doses e efeitos colaterais, já não era mais tão forte em seu organismo. Não provocava a perda de memória como no começo, já era a quinta semana.

E quando foi pedir desculpas para o chinês tudo ficou estranho entre os dois, mesmo tentando, eles não conseguiam ao menos se tocar sem que ficassem envergonhados ou sem saber o que fazer. Principalmente Jisung, que se culpava por ter deixado o menor tão assustado e envergonhado.

Eles não dormiam mais juntos, nas três noites, eles não pediram ou ficaram no quarto um do outro, e de dia não deitaram juntos no sofá ou ficavam se acariciando – praticamente apenas Chenle fazia isso, para acalmar Jisung -, eles estavam muito seletivos com os toques um do outro. Era como uma camada de intimidade, totalmente barrada.

Park não ficou muito tempo dentro de casa, sempre se lembrava da burrada que havia feito, e do quão envergonhado havia deixado seu apoiador. Zhong não tocava tanto o mais velho, porém às vezes tinha que fazer isso, seja segurando sua mão sempre que este ficava esperando uma mensagem do pai – que nem ligava para si -, ou quando estava nervoso e o mais novo segurava suas mãos e braços para evitar que ele tenha tiques nervosos mais intensos.

Quando se trombavam no corredor desviavam o olhar e quase tropeçavam.

Era icônico.

“- Bom dia – disseram em um uníssono, e desviaram o olhar, enquanto Chenle escondia as mãos no bolso do moletom e Jisung colocava a mão na nuca e outra no bolso da calça. Era tão constrangedor.

- Você vai-

- Então eu-

Eles disseram juntos, e quando iriam pedir um para o outro falar, desistiram, caminhando em lados opostos e desviando um do caminho do outro.”

E outra coisa era que Jisung se intensificava todos os dias, sua força era quase sobrenatural, mesmo ele deixando de ser agressivo fisicamente e não ter nenhum surto explosivo em quase sete dias, todavia sua força era elevada ao máximo, sempre tinha uma coisa ou outra que quebrava “sem querer”.

Eles não conversaram bem, foram palavras aqui ou ali, porém nada que realmente durasse mais que dez minutos.

Era angustiante.

- Então...- Chenle começa, tentando iniciar um diálogo completo com seu paciente....

Jisung olha para ele, estavam a quase quinze minutos em um silêncio constrangedor, era tão difícil olharem um no olho do outro. Park se atenta. A sala era repleta de suspiros, encaradas tensas e desviadas. Um eterno constrangimento era feito por ambas as partes.

Tão vergonhoso...

- Podemos por favor, fingir que nada aconteceu? – Chenle pede, cansado de segurar aquelas palavras que lhe sufocavam a mais de trinta horas, enquanto um peso saía de seus ombros, o deixando mais leve mentalmente.

Jisung concorda.

- Eu só queria mesmo me desculpar, não foi minha intenção te desrespeitar moralmente – ele pede com a voz trêmula. Chenle assente, e em menos de dois minutos, o coreano vai até si, lhe abraçando.

Chenle foi apertado, como se não fosse abraçado a anos, em um aperto quentinho e gostoso, o perfume do coreano deixava ele doidinho, era tão bom e viciante. Ele inala a colônia e fecha os olhos, retribuindo o aperto em seu tempo, lentamente, até que fosse para baixo, no sofá, tendo um Jisung deitado por cima de si.

O contato é simples, e o mais velho suspira, movendo seus dedos até a cintura de Chenle, o puxando com força para baixo, mostrando sua força física, até que ficasse com os rostos próximos, e logo se afastasse.

- Eu preciso de um abraço, podemos fazer isso como antes? – pede e Chenle assente, delicadamente colocando as mãos em sua nuca. Jisung treme, pronto para se impulsionar para trás, quando Chenle tira as mãos.

- Desculpa, vou mais devagar...- pede sério, lentamente colocando uma mão na nuca do maior, enquanto este começava a suar frio, sorri docemente, colocando a outra mão no ombro de Park – você pode apenas me ouvir, hum? – o coreano assente, sem dizer um ‘a’ – às vezes o clima ficou estranho, mas está tudo bem, não é?

- S-sim – diz enquanto Chenle lentamente subia sua outra mão para sua nuca, ele estava tão assustado. As respirações se chocaram frontalmente, e eles engolem seco, sem saber como reagir ao que se antes denominava abraço.

Park se arrepia por completo, e toca a mão do chinês, a tirando com um pouco de brutalidade, enquanto ofegava um pouco.

- D-descupa e-eu não consigo! – ele diz com os olhos marejados, Chenle entra em choque, puxando sua mão e logo abraçando o tronco de Jisung.

Zhong o abraça, enquanto Jisung tentava segurar o choro, e o mais novo fica meio abalado com a reação do explosivo. Jisung não segura o bolo em sua garganta, apenas abraça de volta o chinês, afundando seu rosto na curvatura do pescoço alheio. Porque era tão doloroso?

Park se desespera, enquanto tentava miseravelmente encontrar os olhos do coreano. O medo cresce em seu peito em uma velocidade absurda, o sangue circulava mais rápido em consequência de seus batimentos cardíacos acelerados e desgovernados.

Chenle sabe que Jisung estava tentando, ele sabe que o mais velho quer melhorar, quer poder se sentir bem, mas para isso tinham tantos desafios que eles seguiam passos.

Já havia conseguido a amizade de Jisung, sua confiança. Já havia controlado ele e evitado muitas explosões. Agora, tinham que sair, porém o mais velho se recusava, e não tendo outra opção Zhong teria que tratar das fobias e traumas, incluindo seu trauma corporal.

- Ji, ‘tá tudo bem...- consola o mais velho, passando a mão por suas costas, com cuidado, tinha medo de alarmar o coreano – eu não quis te machucar, hum?

- Eu sei, m-mas eu não consigo – diz sentindo o menor suspirar, ele tinha que encontrar uma solução rápida.

Jisung não priva suas lágrimas, ele chora, e Chenle apenas fica ali, dizendo que tudo ficaria bem, e que não era intenção dele forçar Park a nada. Mesmo que parecesse mais um dia norma de trabalho, Chenle pensava em mil e uma coisas para acalmar Jisung, ele controlava seus movimentos e suas palavras, tinha que ter todo o cuidado do mundo.

- Não vamos tentar, eu te prometo – diz preocupado com a crise de choro que o outro estava tendo – Jisung, respira – pede e o mais alto coloca uma perna entre as suas.

Jisung começa a ficar tenso, enquanto suas mãos tinham espasmos e Chenle o afasta. A respiração de Jisung é irregular, enquanto seus olhos perdidos tentavam miseravelmente pedir por ajuda, Chenle inverte as posições, deixando ambos sentados. As mãos de Park tremem, o rosado sente um forte formigamento em suas mãos e boca. Uma dor nos pulmões, parecia não conseguir respirar.

Hiperventilação. Jisung estava tendo uma crise respiratória.

Chenle não se desespera, o moreno se levanta do sofá e puxa Jisung, que estava tonto, enquanto este puxava muito ar para seus pulmões tão profundamente que seu tórax dói incessantemente, o ato faz com que o nível de dióxido de carbono diminuísse drasticamente em seu sangue, o fazendo sentir dores abdominais e de cabeça.

Quando mais ar puxava, menos parecia respirar, ele estava se sufocando com o próprio fôlego. Chenle vê o outro se sentar, tonto, enquanto seus pés e mãos tinham tiques nervosos, insistentes.

O rosado estreita os olhos, tentando ver os movimentos que sei apoiador fazia. O peito de Jisung dói, e quanto mais ele tenta – miseravelmente – respirar corretamente, mais doloroso ficava. Chenle senta em seu colo, enquanto o indicava para parar de respirar. Jisung prende a respiração por alguns segundos, até que Chenle o indicasse para soltar o ar, lentamente. Ele falha, porém tenta novamente, enquanto Chenle mantinha as mãos longe de seu pescoço ou ombros, o deixando respirar bem.

- Respira devagar! – Chenle pede, tentando sincronizar ambas as respirações de modo certo. Jisung chorava muito, estava tão desesperado, odiava sentir falta de ar.

Suas mãos são seguradas pelo chinês, que leva uma delas até o próprio rosto, limpando as suas lágrimas insistentes.

- Inspira – faz e Jisung copia – expira...- Park faz o mesmo várias vezes, até que se controlasse e sua visão embaçada voltasse aos poucos – eu não vou mais tentar, eu te prometo, não vamos mais sair ou tentar tocar okay? – Jisung assente, inclinando o rapaz até que o abraçasse fortemente.

- Fica, por favor, eu não quero mais morrer, eu te prometo – solta fora do contexto. Chenle apenas assente, com medo de Jisung ter uma crise de pânico, ele apenas fica sentado em seu colo, sendo segurado delicadamente – por mais que sentisse as mãos trêmulas de Jisung.

- Relaxa, eu vou ficar aqui, hum?

Não é respondido, porém consegue saber que o outro concorda.

Jisung finalmente respira corretamente, e já não chora.

- Já está melhor? – indaga tocando as bochechas do mais alto. Ele assente.

- Por favor, me deixe sair.

-... Pode ir – se levantou do colo alheio e o deixou levantar, com as pernas bambas.

[...]

Jisung ficou observando a chuva cair, as gotas batiam com imensa forçar desnecessária, fazendo com que o som irritante do baque desse dor de cabeça em Park. Ele revira os olhos, olhando para o céu nublado, cinzento e sem vida. Um frio percorre sua nuca e quando olha para trás, a porta se abre lentamente, revelando um chinês com roupas diferentes, e o cabelo um pouco úmido para o tempo.

Park se questiona sobre o tempo e logo revira os pensamentos deixando-os escondidos enquanto tentava se concentrar no mais novo.

- Está melhor? Não queria te atrapalhar, mas você deveria comer alguma coisa...- diz parado na porta. Jisung suspira, deixando os ombros caírem para frente, sem postura.

- Estou bem...- resmunga andando até o mais novo, que tensiona por alguns míseros segundos.

Ainda não era a mesma coisa, e Chenle estava deixando claro, mesmo não querendo reparou no corpo alheio. Céus, Chenle mexia consigo, e aquilo não era bom.

Zhong era sua motivação.

- Toma, o roxo – o mais velho estende um comprimido branco, e Jisung pega de sua mão, perguntando para si mesmo se valia a pena tomar o remédio – vamos tomar apenas esse hoje, o que acha? – indaga curioso, queria a opinião do medicado – estou pensando em diminuir algumas doses, se você estiver de acordo, ainda sim, é você quem sofre com as consequências...- diz meio avoado. Chenle infla as bochechas por alguns segundos, logo passando a língua pelos lábios rosados.

- Podemos parar? – Park entrega o remédio para ele – não quero tomar mais nada...

- Hyung, é perigoso, você precisa tomar, eu só queria trocar os dias e horários, ‘pra não te sobrecarregar – diz dando um passo para frente, estendendo novamente o comprimido. Park pensa.

- Eu estou cansado de tomar remédios, por favor...- pede sério, era visível seu cansaço. Suas olheiras estavam aparentes, ele estava mais magro, pálido e mesmo que forte, não deixava de estar machucado – eu não sinto fome por causa da fluoxetina, não consigo mais dormir por causa dos antidepressivos, tenho tiques nervosos por conta dos estabilizadores de humor, os calmantes me dão dor de cabeça...- começa, com os olhos cansados, deixando o menor apreensivo – quando tomo aquele remédio idiota para controle fico dias sem conseguir levantar... Eu estou exausto – diz entre um suspiro.

Chenle lhe encara, vendo que era verdade. Zhong pega o comprimido para si.

- Meus músculos doem toda vez que tenho que tomar escitalopram, eu não consigo mais colocar comida na boca, que me dá enjoo – reclama – me dê essa semana de descanso – pede quase implorando e Chenle sente pena.

- Tudo bem, hum? – olha nos olhos do coreano – vamos tentar, mas preciso que se esforce apenas para manter a calma, hum?

- Eu vou...

Chenle abriu os braços, e Jisung o abraçou.

- Vamos tentar tudo, você vai melhorar, Sunggie...

Ele olha para os lados, em busca de uma solução.

- Acho que devemos tentar nos comunicar melhor...- ele diz sentindo as mãos do garoto em suas costas – esqueça o que aconteceu nesses dias sobre o seu remédio, aquilo eram efeitos colaterais, apenas coisa da sua cabeça, hum? Somos amigos e eu gosto de você – se separa levemente – essas coisas não podem nos atrapalhar, vamos voltar desde o começo, eu sou seu apoiador e te apoio no que quiser fazer!

- Eu só quero meu pai...

Zhong estremece. Ele esperava tudo menos aquilo.

- Tudo bem, vamos chamar seu pai...- diz concordando – vamos comer, você está muito fraco...- diz puxando o rapaz pela mão, com tanto cuidado, como se Park fosse quebrar a qualquer momento. Era precaução.

Jisung assente e segue seu apoiador, até que descessem as escadas e seguissem a cozinha, onde Chenle preparou uma comida rápida para ele e o esperou comer.

-

- Acho que devemos tentar levar ele ao psiquiatra – Minjae diz cutucando Chenle, que suspira cruzando os braços. Sua cabeça doía, ele já não suportava ficar o pensando em coisas fora de seu estado de convivência – a casa.

- Yah, ele está tentando, dê mais uma chance... – pede emburrado. Choi revira os olhos, cansado das palavras alheias.

- Jisung não faz mais nada, ontem ao menos foi ao jardim, acha mesmo que ele está bem? – retruca sério e Chenle pensa.

- Eu estou tentando, mas ele não quer ir a cidade, não podemos forçar... Ele é inseguro com a própria raiva, está com medo de se descontrolar perto do pai e depois ser deixado por completo...- Chenle diz o que aparenta e Minjae concorda. Se encaixava perfeitamente no estado de Jisung. Era como se fosse óbvio.

- E os remédios, ele não tomou? Você prometeu mesmo para ele? – indaga incrédulo. Jisung não havia tomado seus remédios naquela tarde – que bom que Kim não está aqui! Ela iria dar um chilique...

- Tem muitos efeitos colaterais, são fortes demais, quero diminuir as doses, vou tentar convencer ele mês que vem a ir ao médico, só assim para receitar uma nova quantidade. Estou com medo dele entrar em depressão...- conta para Minjae que suspira, olhando para os lados.

- Vamos tentar...

- Acha que Jisung sente falta do irmão? – pergunta sem rodeios.

- Ah, com certeza... – ele bufa. Sua voz até muda quando se fala no tal garoto.

- Como ele se chama?

- O nome daquela praga não vai sair da minha boca, se Jisung ouvir vai ficar doido e querer o irmão mais velho...- diz em reprovação. Zhong fica curioso.

- Quais são as probabilidades do irmão vim ver ele? – tenta convencer o mais velho de dizer o nome do garoto e falha.

- Zero, se conseguir ao menos o número daquela porra já vai estar em um por cento – ergueu o dedo indicador, simulando o número.

- Ele é tão horrível assim?

- Ele é um lúcifer incarnado do chão mais podre que existe, aquele homem é um ridículo, Jisung teve muitos problemas com ele, tudo para defender aquele escroto – suas palavras de ódio deixavam o chinês intrigado.

- Onde eu consigo contato?

- No inferno.

Diz e saí de perto do garoto.

[...]

- Porque não vai visitá-lo!? – a mulher esbraveja, tão irritada, enquanto batia a porta do escritório com força. Junghoon olha para esta e revira os olhos.

- Jisung já melhorou?

- Não! Mas está progredindo bastan-

- Então não vou ver aquele garoto – ele a interrompe, Kim sente seu coração apertado, ela odiava quando o chefe tratava o filho daquele jeito cruel e frio.

- Junghoon... Eu apenas vim te dizer que Jisung está desistindo da própria vida, de novo – alerta e o empresário não dá a mínima – aquele garoto é tudo para mim, e se ele fizer alguma coisa contra si mesmo, eu juro – começa – do fundo do meu coração, que eu procuro Jeno – o nome do citado deixa o homem tenso – vou contar a verdade para Jisung, que você é um maluco egoísta, e abrir os olhos do meu filho – diz se referindo a Jisung – contar a verdade sobre o que você fez apenas por dinheiro...

- Você não-

- Sim eu faria, e vou fazer caso não dê atenção para o seu filho! – ela grita com os olhos marejados, Junghoon lhe encara incrédulo – você fez todos odiarem seu filho apenas para se livrar dos dois... Mas Jisung vai melhorar, e quando isso acontecer, ele vai acabar com você. Aquele garoto tem uma força que você nunca teve, agora imagine se ele tocar em você e descobrir sobre o irmão, sobre todas as mentiras que você contou sobre Jeno...- dá de costas e sai da sala. O homem bate com as palmas das mãos na mesa, mesmo que causasse uma ardência, sua raiva não lhe deixava cogitar a possibilidade de sentir dor.

[...]

Cheguei por trás de si e abracei sua cintura, Jisung se arrepia, porém logo eu cruzo meus dedos frente a sua barriga. Ele parece meio relaxado, toca minhas mãos com as suas, e logo solta-as deixando-me confuso com suas ações.

- O que foi? Está bem...? – indago colando minha cabeça em suas costas, Park suspira, cansado. Vejo em seu corpo a sua indisposição. Ele deixa claro sua falta de atenção, tanto que tenho que lhe cutucar diversas vezes, para que foque em mim.

- Eu apenas quero dormir, mas não consigo...- já era tarde da noite, não duvidava que ele estivesse cansado – faltam algumas horas para poder passar o efeito do remédio...- ele diz e eu concordo.

- Podemos aproveitar... O que quer fazer? Estou sem nada para fazer...

- Eu quero apenas descansar...

Desde a visita do médico, Jisung começou a ficar para baixo, e cansado. Qualquer coisa era motivo de dores e desconfortos físicos e mentais. Eu esperava que fosse algo passageiro, mas já havia quatro dias que ele teve sua convulsão... Eu me preocupo com seu estado físico.

- Vamos deitar? – indago puxando ele para trás, até que deixasse de observar dia janela e caminhasse de costas junto a mim. Ele se solta de mim e vai até a cama.

Novamente aquele clima... Jisung estava tão ‘pra baixo que me deixava frustrado. Suspiro e vou até si, o mais velho estava deitado de bruços, com o travesseiro alto em sua cabeça. Eu ainda não queria lhe tocar tanto, havia uma coisa diferente no ar sempre que nos tocamos, um tipo de tensão desconfortável, daquelas que sua garganta seca e suas mãos soam, o contato visual é constrangedor e totalmente diferente do normal.

- Jisung hyung, por favor...- peço indo até ele, enquanto subia e engatinhava na cama, chegando perto dele e ficando de joelhos ao seu lado – não fica assim...- eu lhe cutuco e o que recebo em resposta é um Jisung brabo.

Este suspira, ficando de barriga para cima e cruzando os braços. Me deito ao seu lado, sobre os lençóis gelados, que lentamente se aqueciam conforme eu me aconchegava.

Ele se vira para mim, e me olha nos olhos. Seu olhar é tão difícil de se decifrar, parece ser um inimigo dos meus estudos. Meus olhos e mente tentava buscar tudo em suas expressões, me confunde e me deixa maluco já que demoro muito para processar seus pequenos detalhes.

Jisung sempre elevava a voz quando estava irritado, ele sempre me segurava pelo pulso ou pelo braço quando estava nervoso. Mas já me acostumo com sua força, às vezes era bem mais forte que o normal, já que não média as vezes.

- Acha que ele ainda gosta de mim? – pergunta tristonho, por mais que desejasse passar uma energia forte, seus olhos e sua voz lhe entregavam drasticamente. Vejo que ele se conforma com minha expressão simples, talvez não quisesse saber minha resposta contrária.

Eu sorri em concordância, então Jisung puxa a coberta, me cobrindo e lhe deixando sem nada. Ele parecia suar frio, quando na verdade estava cheio de calafrios.

- Eu não quero que você fique resfriado, Sung – digo dividido a grande coberta consigo, e ele parece concordar – porque está tão quieto? Geralmente eu te peço para parar de falar – ri e ele sorri triste. Meu coração se despedaça toda vez que ele fica para baixo, é tão torturante.

- Apenas estou pensando... Quero mesmo que ele venha me ver logo, eu odeio as atitudes dele, mas... Ele é meu pai...- resmunga envergonhado, ele ficava pensando demais nisso e se esquecia das coisas que ocorriam ao seu redor. Eu busco palavras.

- Eu posso te distrair...- digo e me aproximo, até que me descobrisse e ficasse de joelhos novamente, dessa vez, tomo liberdade para me sentar em suas coxas, não querendo invadir nosso espaço pessoal. Puxo o edredom para mim novamente, o deixando sobre meus ombros, e este segura as pontas deste, me deixando bem coberto – vamos, diga o que pensa e eu vou te ajudar ou dar conselhos, peço e ele solta os dedos do aperto, deixando com que o cobertor quase caísse de meus ombros e eu o seguro, esperando sua resposta.

- Estou pensando no meu pai.

- Então pense em mim.

Ele estranha, mas não nega.

- O que eu sou para você, Sunggie? – me movo, sentando-me mas afrente, sobre sua intimidade, não era de propósito, mas ele parece não gostar ou se sentir confortável por isso me puxa um pouco mais para frente.

- Você é... Eu gosto de você, garoto – diz simples – você é legal, eu gosto de tudo em você, tirando sua insistência! – reclama e eu sorri minimamente.

- Legal...

Volto a me deitar, deixando seu braço abaixo de minha cabeça e a deitando em seu peito. Ele não faz nada, estava tão sensível. Parece que cansaço seria o ideal para lhe descrever.

Por mais que eu tentasse, Jisung não pegou nenhuma pílula. Eu esperava que ele mudasse de ideia, porque em certo lado, fazia mal, obviamente, porém se olhasse por outro lado, era necessário para deixar tudo funcionando certinho, os remédios eram seus parafusos, e sua mente a engrenagem. Queria mesmo que ele pedisse remédios ou deixasse de fingir que não precisava.

- Sabe em que eu já pensei essa semana...? – Jisung chama minha atenção, enquanto eu negava – eu pensei muito no meu pai, mas também em mim mesmo... E se, eu realmente conseguir?

- Eu vou estar aqui...- respondo sua pergunta retórica. Ele sorri minimamente, aquele sorrisinho educado, que você tenta passar uma boa energia, mas no fundo sabe que é tudo negativo – eu vou te ajudar, não importa quantos meses, anos se passem, eu vou cuidar de você...

- Independente do que eu fizer?

Talvez...

- Sim, independente... – respondo com certeza, e ele dúvida.

- Eu tenho que te contar uma coisa...- começa engolindo seco, e com a cabeça em seu peito, posso ouvir seus batimentos se intensificarem – você sabe que eu não tenho controle em certos momentos... Mas eu tenho muito medo de te tocar, e se eu te machucar? E se eu for pesado demais com você? Se por algum acaso eu não medir forças ou palavras? Eu não quero nunca ter que ver algum machucado em você... Toda vez que eu reparo nas marcas que deixo no seu corpo eu me culpo...- ele leva seus dedos até meu pulso, que repousava sobre seu peitoral, ele acaricia uma das marquinhas roxas que havia deixado dias atrás – me desculpe por isso...

- Tudo bem...- sussurro quase incompreensível.

- Eu não quero que você fique triste comigo, se um dia eu te dizer coisas ruins, foi na hora da raiva, e você não tem que levar isso para o coração, hum? Me prometa.

- Eu prometo...

- Caso eu fique muito agressivo, não tente me controlar, Chenle...- pede como restrição – eu faço muitas besteiras quando surto, às vezes não é só verbalmente... Por favor, fique longe quando eu perder a paciência, eu não aguentaria te ver machucado...

Suas palavras carregam um peso incompreensível, porém eu não posso negar, eu sabia que esses pedidos um dia começariam, só que estava sendo tudo muito rápido.

- Eu só quero que se controle, vamos parar com os medicamentos, se você quiser, vamos tentar...- ele concorda – vamos tentar contato com o seu pai, e vamos conseguir! Eu só preciso que você confie em mim...- peço sorrindo – eu sou a pessoa que vai sempre estar ao seu lado, independente de tudo..

Ele sorri, com um pouco mais de vontade.

- Jisung, quer uma consulta? Podemos marcar mês que vem...

- Não, eu vou ter que colocar agulhas e muitos monitores, não gosto, ainda mais quando tem aquela coisa no meu pescoço...- ele diz ao se lembrar, parece ser horrível em suas palavras – dói, quero dizer... Doía, hoje não é muita coisa, eu acostumei... sabe?

- Não vai doer, mas se não quer, tentamos outra vez...- ele concorda. Jisung estava meio desatento.

-

Não queria, porém algo dentro de mim ainda não está resolvido. Por que eu ficava daquele jeito quando tomava meus remédios? Por que eu fazia aquilo apenas quando estava sobre efeitos medicinais?

- Ei, não pensa muito...- Chenle me chama a atenção, eu suspiro cansado. Aquilo está deixando minha cabeça girar. Zhong leva sua mão até meu peito, e ergue a cabeça, lentamente, enquanto sua mão subia até um pouco antes de chegar ao meu pescoço.

Ele para e volta até minha barriga. Zhong suspira e eu o tiro de meus braços, enquanto pensava em si, eu me viro, e em seguida lhe encaro. Chenle parece não querer conversar, por mais interessado que estivesse em mim, o mesmo não tinha a menor vontade de falar, e era visível. Levo minha mão até sua cintura, e ele não reclama ou expressa negação.

- Vamos, eu quero que fale alguma coisa...hum? – incentivo ele e este nega, se aproximando até que se colasse em mim e enterrasse seu rosto em meu peito, abraçando fortemente meu torso – não vai falar nada? – pergunto baixinho e simples. Era fofo.

- Hum, hum – nega.

- Quer dormir? – ele parece pensar, e logo concorda, em um possível talvez.

Eu apenas concordo, o deixando mais confortável, e fechando os olhos. Chenle estava estranho. Eu queria muito começar a conversar com ele, pela primeira vez eu não quis seu silêncio. Chenle sempre costumava conversar muito, às vezes até mesmo rouco ele conseguia rir, e isso me deixava desconfortável, porque ele não falava nada? Isso me estressa, anseio por sua voz, ele não conversa....

- Que tal um filme? – tento tirar apenas uma palavra dele, porém este nega com a cabeça, e eu suspiro – quer comer o que?

Dessa ele não escapa...

Chenle pega seu celular, que estava jogado pela cama, e digita. Ele não faria isso...

“Nada.”

- Pode ao menos falar alguma coisa? – ele nega, jogando seu celular na cama, sem se importar caso houvesse uma queda. Ele estava tão diferente. Eu me separo dele, o deixando confuso.

Zhong me encara sem entender, enquanto eu saía da cama, ficando de pé e indo até a porta. Ele se senta, e eu toco a maçaneta, fazendo-o falar.

- Espera, onde vai? – sua voz é baixa, porém audível. Eu sorri minimamente, me virando para si.

- Lugar nenhum, apenas vim trancar a porta, tudo bem por você? – indago.

- Você não tem a chave.

- Mas você tem – retruco indo até si, eu sabia que ele andava com a chave no bolso, o mesmo se revira entre os lençóis. Sorri arteiro enquanto subia na cama e engatinhava até si. Chenle congela, até que eu fique em cima de si.

Nosso olhos não quebram o contato. Quanto mais perto eu vou, mas tenso ele fica, porém não me impede. Eu vou ficando cada vez mais próximo até que tenha que cuidar para não machucá-lo.

Coloco minhas mãos apoiadas atrás de seu corpo, e ele estremece. Sinto suas mãos tremerem quando as toco, atrás do próprio corpo, eu me aproximo de seu rosto. Ele umedece os lábios, eu vejo sua língua passear os mesmos, rapidamente, até que eu realmente ficasse com vontade de senti-la.

- Me dê a chave...- peço e ele tenta, tirando uma das mãos de baixo da minha e a levando até o bolso traseiro, se levantando minimamente.

Em um lapso de tempo me imagino lhe puxando e tomando seus lábios. Seriam tão doces e macios quanto pareciam? Será que ele era calmo ou bruto? Eu poderia tocá-lo? Como ele gostava?

As perguntas me deixam surpreso. Mas eu repenso, e logo engoli minha saliva, não querendo mais lhe imaginar em outras situações. Chenle se aproxima, até que eu possa sentir sua respiração falha, e este segura um maço de chaves, onde haviam três, provavelmente da casa e de nossos quartos. Ergue ao lado da cabeça, e eu a capturo. Zhong cora quando eu me afasto, finalmente mais acordado.

O apoiador relaxa, e quando eu estou quase me afastando por completo, ele segura minha camisa.

- Acho melhor não trancar...

- Porque?

- Não quero que fique claustrofóbico...- ele gaguejando diz e eu nego, saindo de perto de si e indo até a porta.

Chenle suspira, e eu volto para a cama, dessa vez, apago a luz antes, deixando tudo escuro, enquanto eu já me preparava para descansar.

- Porquê? – ele me para, com suas palavras. Eu fico estático, tentando entender.

- O que?

- Porque faz isso? – eu o olho com dificuldade por conta do escuro, porém não é impossível – eu não sei! Você simplesmente...- ouço um bater, provavelmente ele bateu na própria coxa – eu, não te compreendo.

- Eu não fiz nada...

- Você, Jisung...- ele se embaralha – fica muito próximo, não que seja um problema, ou é? – se confunde.

- Você está com muito sono, rapaz – eu digo desviando. Isso me deixava ansioso. Ouço mais um suspiro, dessa vez carregado de palavras em mandarim.

Avanço mais um passo.

- Você sempre fica próximo...- ele diz novamente – muito próximo, e isso me deixa nervoso...- confessa.

- Eu não fico não, deve ser coisa da sua cabeça – digo tentando ignorar aquilo.

- Faz isso com as pessoas que se relaciona no geral? – se referiu a amigos, parentes e tals. Eu suspiro.

- Vamos dormir. Apenas isso, pare de pensar coisas fúteis, isso é apenas por causa do que aconteceu aquele dia, talvez se esquecer vai parar de pensar nesse clima.

- Pode responder a minha pergunta, por favor? – insiste. Eu reviro os olhos. Estávamos indo mais fundo, eu não queria ter que desviar da tensão que causava estranheza sempre que estávamos juntos. Era terrivelmente silencioso e muito estranho. Ele espera e eu suspiro.

- Não tenho tempo, muito menos piedade para tratar todo mundo bem – digo e ele se cala por alguns segundos.

- Piedade em tratar bem...- diz em mandariam e eu não entendo... Franzi o cenho e em seguida subo na cama.

 O mais novo me puxa assim que sente meu corpo na cama, e isso faz com que eu fique sobre si, me coloco entre suas pernas, ele parece saber o que faz, por mais desajeitado que parecesse.

Ele já sente o clima tenso ente nós, já não é desviado por nós, agora é quase palpável nossa relação estranha, eu não conseguiria olhar em seus olhos caso visse o mesmo mais de perto. Me deixo pensar, liberando pensamentos simples, eu me lembro do dia em que tive aquele sonho, com ele. Me atormentou durante todo o mês, é horrível olhar para ele e lembrar das atrocidades que eu pensava consigo.

Qualquer um via que nossa convivência era boa, porém ao mesmo tempo estranha, forçando algo que mesmo querendo fazer, estávamos evitando.

Penso que talvez ele quisesse amenizar a tensão anteriormente formada, porém quando me inteiro da situação em que estamos meu pensamento muda. Foco si, mesmo achando estranho e muito mais tenso, ele parece focado em acabar com aquilo. Dia determinação é percebida, mas o que ele estava fazendo apenas piorava nossa situação atual.

Acho que lembro de alguma coisa, agora eu consigo manter a calma, peço com as minhas mãos por um segundo, as pondo ao lado de sua cabeça. Chenle muda completamente, antes o que parecia ser totalmente descontraído e fofo agora era um garoto que não se importava com nossa posição ou proximidade.

Eu me canso de manter tudo calmo e totalmente dentro dos padrões, eu desejaria nunca ter pensado no que aquela boquinha poderia fazer. Chenle separa seus lábios, em um fôlego simples, pronto para proferir alguma coisa que eu torcia para que estragasse o clima sexual entre nós.

- Eu não quero que você tenha piedade de mim, Park Jisung – sussurrando, ele passeou sua mão de meu braço até meu ombro.

Demoro para lhe entender, o que estava acontecendo?

-

Finalmente.

Finalmente, eu me rendo aquele clima tenso, meu sangue ferve, borbulha e corre mais rápido, de acordo com meus batimentos cardíacos acelerados e desgovernados. Era tão difícil me controlar perto daquela tentação. Parece que eu piorava, mas no fundo sabia que se saciasse toda aquela minha curiosidade e confusão sobre minhas preferências, talvez esqueceríamos tudo e voltaríamos ao normal – na minha cabeça essa mentira era melhor.

Meus pensamentos se embaralham, metade pede para parar, a outra me implora para continuar e ver até onde iríamos, não controlo minhas palavras, são liberais e totalmente fora do meu normal.

Jisung me olha, como se fosse uma brincadeira.

Eu passo confiança, depois de tanto pedir, dessa vez, parece ser impossível raciocinar direito sobre o certo e o errado.

- Você está brincando? Eu já disse que não te provoco okay? Desculpa se deixei isso transparecer – diz meio atrapalhado. Vejo que é mentira, sua voz muda completamente e as pausas entre uma palavra e outra são grandes, deixando com que ele processasse antes de dizer algo que o deixasse com confortável, uma mentira para enganar a si mesmo.

Eu nego.

Jisung me encara sério, e eu aperto seus ombros, o puxando mais para frente. Ele novamente fica com o rosto quase colado ao meu. Parece que quanto mais perto eu ficava de si, mais meu coração batia, eu estava ansioso.

Park não parece convencido, e uma coisa estranha cresce dentro de mim, me faz arrepiar e em seguida começar a falar, como se fosse uma personalidade, eu não entendo, mas continuo falando.

- Não quero que cuide de mim, Jisung hyung – peço e ele me olha curioso, meio perdido – deixe-me te ver como é...

Ele se inclina, para baixo, enquanto uma de suas mãos iam até minha coxa, a puxando para cima, o deixando mais confortável.

- Você parece estar drogado? Tomou alguma coisa?

- Não...

Ele suspira.

- Jisung...?

- Podemos ser honestos? – ele começa, irritado – eu estou cansado desse clima horrível que vem começando nesse mês, durante esse um mês e pouco – ele começa – nada aconteceu e porque agora!? – diz mais alto, eu não faço ou expresso nada – porque você fica me provocando? Isso só vai piorar as coisas ente nós! – briga se referindo a nossa posição.

- Porque você faz o mesmo, não é intensão! – eu lhe retruco alto, me arrependo assim que falo, ele se irrita, odiava quando a palavra dos outros era mais alta que a sua. Jisung leva sua mão até meu pescoço, eu de primeira me assusto, porém ele não aperta, apenas segura, como se me colocasse medo, ele consegue, mas não me assusta por muito tempo, eu sei que ele é capaz de tudo, mas não me machucaria, era um desafio para si, por isso eu confiava nele, por mais que vez ou outra me marcasse, ele não me machuca.

Park sorri. Enquanto ia até minha orelha, mordendo o meu lóbulo com força, me fazendo arrepiar por completo. Pela primeira vez eu consigo manter um contato dele sem romper. Jisung não mede esforços para morder meu lóbulo, eu não suporto, e sem querer solto um arfar surpreso, enquanto ele deixava de segurar meu pescoço e desce.

- Você nunca mais vai levantar a voz para mim, ouviu? – sussurra entre os dentes. Eu assinto, e logo o mesmo sorri ameaçador, parece que ele brigava, mas não era esse o caso, ele me avisava o que aconteceria– você vai me pagar por falar mais alto – diz sério, e em sinto o mesmo levar suas mãos até minha cintura, a apertando, marcando-a, incrivelmente sua força é de me deixar de pernas bambas. Um gemido arrastado é solto por mim e ele ergue o olhar, vitorioso ou culpado? Era impossível ler suas expressões faciais – o que foi coelhinho? Dói? – indaga entre sorrisos vitoriosos.

- D-dói – digo e ele aplica mais força. Céus... Ele dedilha minha barriga, e sobe até meu queixo, o obrigando a lhe encarar nos olhos, profundos e distantes.

- Você está proibido de falar sobre dor, hum? – pergunta mesmo que fosse uma ordem e eu apenas concordo – quanto mais doer, mais recompensado você vai ser.

-

- Você está proibido de falar sobre dor, hum? – ordena em uma pergunta e Zhong apenas concorda – quanto mais doer, mais recompensado você vai ser.

Pela primeira vez na vida, Chenle sentiu tesão em palavras. Aquilo era tão satisfatório, e quanto mais Jisung brigava com ele, mais mágico parecia ser.

Chenle se perde em pensamento e sensações. Ainda não acreditava no que estava acontecendo. Era Jisung, e ele.

“Foda-se a ética” – pensa quando sente as mãos do mais alto em suas bandas, as apertando, enquanto já havia levantado a parte de trás de seu short, para poder tocá-lo sem pudor.

Zhong estremece quando encara Jisung, o contato visual era tão excitante. O último citado fecha os olhos quando sente Jisung se mover, lentamente, provocando uma simulação de uma estocada, tão lenta e dolorosa, provavelmente o deixou louco. Chenle nunca teve nenhuma vontade de poder ter uma experiência sexual como estava tendo agora, aquilo era tão único.

Ele geme, recebendo em resposta uma mordida, tão forte que o fez se arrepiar por completo, era tão prazeroso cada coisa que vinha de Jisung. Este sorri, mordendo seu ombro, enquanto novamente movia seu corpo, levando ambos para trás e frente. Park não se importa em machucar o menor, podia ver em seus olhos o quanto estava gostando.

Mas aquilo não era o suficiente, não era e nunca seria.

Chenle queria mais.

- O que quer, coelhinho? – não recebeu resposta, por isso, se ajoelhou, tendo a brilhante visão de Chenle todo entregue para si, com as pernas abertas, suas bandas meio descobertas pelo short levantado e suas mãos segurando os lençóis ao lado do corpo. Seus cabelos caíam sobre sua testa, seria fofo, mas seu olhar é tão necessitado e luxuoso. Deixa Park doidinho pelo outro.

Como punição, Chenle sente Jisung segurar seus braços, o virando, ele não entende até que ficasse de trás, e sentisse as mãos do mais velho em sua cintura, a puxando para cima. Zhong fica empinando para Jisung, enquanto seu rosto tocava o colchão, e suas mãos seguram os lençóis, até a ponta dos dedos ficarem brancas.

O apoiador sente as mãos de Jisung em sua bunda, e logo um tapa estalado, ele geme, surpreso, totalmente sem noção do que estava acontecendo, mesmo gostando, enquanto novamente sua voz era ouvida.

- Me responda, o que quer?

- E-eu não sei! – diz, era verdade, ele não sabia, ainda era confuso e inexperiente. Jisung se deita, em poucos segundos, Chenle já estava em seu colo, Park não demora para lhe fazer mover o quadril. Chenle timidamente o faz, enquanto Jisung jogava a cabeça para trás.

Aquela experiência era única, parecia que depois de tanto esperar, finalmente Chenle podia respeitar suas preferências. Era daquilo que ele gostava, Chenle gostava de garotos, meninos, homens. E um alívio tão grande foi sentido, até que ele pudesse tomar prova disso, as mãos do garoto em suas coxas, o levemente mexendo, fazendo-o morder os lábios.

- Não sabe o que quer? – ele pergunta debochado, enquanto parava Chenle, todavia não era a hora – você parece estar morrendo de vontade de sentar em mim, sabia? – Chenle até ficaria envergonhado, mas não consegue, ele não sente um pingo de vergonha ou timidez. Jisung amou aquilo, ele não via mais Chenle ali, ele via uma pessoa totalmente diferente. Aquilo lhe deixa louco, era aquilo que ele gostava, outro comportamento diante de situações assim.

Chenle tem sua resposta na ponta da língua, mas não a diz.

- Me diga, o que quer, senão não consigo te entender...

Chenle não responde, ele estava doido para ser punido, Zhong queria irritar Jisung. Era uma péssima ideia? Obviamente, mas ambos se entendiam. O mais novo apenas para. Jisung se irrita, desferindo um tapa em sua coxa, o fazendo levar a mão até a boca, evitando qualquer som alto. O tapa é ardente, mas quem disse que ele ligava? Jisung fazia tudo se tornar bom, era loucura.

Jisung se sente excitado, a tanto tempo não se relacionava, e agora ficava animado com um simples tapa? Não, ele não poderia. Vendo que o rapaz não iria responder, ele decide amenizar, o chinês ainda não havia dado conta do que estava acontecendo ali.

- Vou pegar mais leve e-

- Não, eu quero que seja você mesmo...- ele interrompeu o explosivo, enquanto o outro passeava suas coxas com as mãos, as apertando e tirando suspiros do chinês. O coreano parece não estar muito confiante.

- Eu vou te machucar, chega, eu acho que é muito para uma noite, você está confuso e-

- Então me machuque – pede e Jisung suspira. Muito rápido, aquilo estava acontecendo muito rápido. Jisung tinha certeza que seria sua primeira vez, e ele não tinha calma ou paciência para que fosse calmo ou carinhoso, Jisung era bruto, gostava de coisas intensas e jamais colocaria o chinês no meio disso, era arriscado.

- Acho melhor você parar, tomou algum remédio? – indaga e Chenle se estressa. Pela primeira vez, Chenle sentiu desejo de algo, ele pode se sentir bem, confortável e desejado, então porque Jisung não queria? O maior dizia sentir falta de sexo, não fazia sentido na cabeça do menor. Ele o tira de cima de si, e se levanta. Jisung quase se excitou, e por sorte, Chenle ao menos excitado estava.

Zhong suspirou, confuso com o que estava acontecendo.

- Eu não quero te machucar, entenda...- diz olhando para o rapaz.

- Mas, eu...- suas palavras morrem.

Ele queria poder se sentir desejado por Jisung.

- Não vai me machucar se eu não sentir dor...- continua, Jisung vê a determinação de Chenle ao realmente querer aquilo. Mas ele não iria continuar, não iria submeter Chenle a coisas que ele provavelmente não gostaria. Aquilo era o momento, depois de tanto tempo, finalmente eles estavam indo para um caminho novo.

- Chenle, eu não quero fazer você de bobo, isso é o momento – ele o tira de seu colo. Chenle suspirando pesadamente nega, não, ele queria tanto poder ao menos ter uma pequena experiência, não precisava passar de toques.

- Eu posso estar um pouco confuso – confessa – mas eu estou sóbrio, e estou totalmente dentro de mim, não quero apenas fingir que nada disso aconteceu – diz sério – você não percebe? Nós não conseguimos olhar um para o outro sem ter que desviar o olhar ou gaguejar, isso é horrível!

Era verdade, porém todavia não o suficiente para convencer Jisung. Ele não iria fazer o menor se arrepender.

- Chenle, as pessoas não transam por transar – ele explica, sério – isso é uma vontade, e no nosso caso, errado – explica e Chenle vai na realidade. O que ele estava fazendo? – imagina o quão embaraçoso vai ser quando me olhar amanhã, pensa no quão idiota eu vou me sentir, agora desista, isso dói, machuca, eu não sou bonzinho, eu sou uma pessoa má, surtada, forte que em qualquer ocasião pode te machucar muito mais que verbalmente, eu te machuco fisicamente, e se bobiar estou fazendo isso agora – explica – eu não gosto de coisas simples no sexo, e não vou te submeter a nada, agora por favor, acorda – manda estalando os dedos. Chenle se levanta, e Park sente o peso de suas palavras, sendo que ele mesmo queria poder experimentar o menor.

Chenle apenas pega suas chaves, e sai. Deixando Jisung para trás. O mesmo não suporta o que diz, por isso vai atrás, vendo Chenle caminhar pelo corredor, ele corra até o mesmo e lhe alcança.

Zhong sente seu braço ser segurado, e logo Jisung entra em sua frente.

- Porque fez aquilo?

- Eu não sei...- responde sério, ele estava confuso – mas apenas esqueça, você é bom em fazer isso – diz se soltando e seguindo até seu quarto.

- Me desculpe...- Jisung pede, porém não alto o suficiente para que Chenle ouvisse.

[...]

Ambos dormiram com um peso na consciência. E quando se viram pela manhã, nenhum expressou nenhuma reação ou falou diretamente um como o outro.

- O que aconteceu?

- Nada – responderam em um uníssono deixando Minjae confuso.

- Ontem eu ouvi um barulho, algum de vocês caiu? – o jovem indagou e eles negaram.

- Não. Estou bem – Chenle diz tomando seu suco – nunca estive melhor.

- Estou bem...- Jisung diz também.

- Sei, é bom que vocês prestem mais atenção, sabia que metade da população cai enquanto dorme? E acorda na cama? - tenta amenizar o clima e falha.

- Jisung deve ser experiente em cair, viu? 

- E você em levantar, não é? 

- Sim, eu amo levantar, você melhor que ninguém descobriu isso - solta o verde e deixa Jisung irritado e Minjae confuso. O ruivo dá de ombros, cansado de tentar entender os dois.

- Seria bom se usasse essa força para outras coisas, ao invés de retrucar. Eu sou mais velho.

- E eu a auditoridade.

- Fudeu - Minjae diz rindo, e Jisung se enoja, irritado com o menor - aí, aí, viado...



Notas Finais


Kxkskdkxksk?????

Perceberam que não rolou nenhum beijinho, nem marquinha no pescoço hehehehehe então aguardem.

Se não tiver comentários não vai ter hot por agora hehehehehe

Pesquisem sobre os remédios antes de falar besteira viu???? Eu pesquiso absolutamente tudo antes de citar.


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