Mais um dia, espero que nada de estranho ocorra dessa vez, por sorte não tive aqueles pesadelos de novo, mas eu me mantinha inquieto; o que eram aquelas criaturas? Por que corriam atrás de mim? Por que uma dessas criaturas se sacrificou por mim e eu chorei quando a mesma estava prestes a morrer?... muitas perguntas e poucas respostas.
Estou levando aquela coroa de volta para Korekiyo mas, no meio da caminhada, uma pessoa começa a me acompanhar enquanto falava e infelizmente eu conhecia essa pessoa muito bem:
- Kokichi! Quanto tempo heim filhão? Como vai o Ryo e a sua mãe?
- Que você quer pai?- pergunto de maneira seca.
- Vai sair no halloween? Eu e mais uns caras estávamos pensando em caçar na floresta na noite de halloween, não quer tentar sair com seu velho?
- Obrigado mais dispenso, se for para sair com um bando de bêbados para matar animais inocentes eu estou fora.
- Kokichi não seja assim comigo- ele diz e dou passos cada vez mais rápidos tentando me afastar- Kokichi? Kokichi por que esta...? Hey! Kokichi!
Corri o mais rápido possível em direção a escola para me ver livre daquele cara mas eu estava começando a me cansar mas do nada sinto uma lufada de vento vindo atrás de mim e, do nada, sinto ser carregado igual a uma garota por algo, eu me assustei mas ao olhara para a pessoa eu me assustei:
- S-Shuichi?! C-como você...
- Depois te explico, vamos logo e não me solta por nada.
"Espera... ele está extremamente rápido e forte como nunca vi antes ... era para ser assim ou ele andou indo para a academia?", pensei enquanto era carregado por meu amigo até nosso lugar seguro. Assim que atravessamos os muros da escola meu pai parou de nos seguir, deu um grunhido e saiu fora do lugar:
- Ufa, muito obrigado Shuichi, se não fosse você eu acho que meu pai teria me pegado.
- Disponha, também, nunca gostei desse cara- ele faz uma cara burrada
- Hehe mas como você conseguiu me alcançar? Sua casa é do outro lado da rua.
- Eu peguei um atalho
- E como você teve aquela força toda para me carregar?
- Você é bastante leve Kokichi.
- Pode me carregar mais vezes então?- dei uma piscadinha para ele.
- Quando quiser- disse o emo retomando minha piscada e me ponho a ficar vermelho enquanto ele da as costas para mim- Você vem ou não Ouma?
- J-ja vou!
"AI MEU CUUUU! O Shuichi me carregou no colo e piscou pra mim?! Eu tô sonhando?! Se eu tiver sonhando por favor que eu não acorde tão cedo!", surtei internamente enquanto andava para a minha sala de aula acompanhado por ele, quando finalmente entramos vimos Maki já nos esperando em nossos lugares de sempre, caminhamos, sentamos e começamos a conversar sobre algo aleatório até o professor Monodan chegar para dar aula de português.
No primeiro recreio eu sai da sala a procura do professor de religião e quando finalmente o achei eu disse com a caixa que coloquei a coroa em minhas mãos:
- Senhor Korekiyo que bom que esta aqui eu vim te entregar a coroa que o senhor colocou colocou minha cabeça.
- Kehehe, obrigado Kokichi- o professor me abraçou mas logo em seguida ele cochicha em tom sério- Mantenha ela com você.
- O que esta havendo?- perguntou confuso
- É melhor ver para crer o que te aguarda senhor Ouma... confie em mim tá bem?- afirmei positivo com a cabeça e ele desfaz o abraço- Excelente, até algum dia.
Ele se vai e me deixa lá pelos corredores plantado e perdido, resolvi não contesta-lo, mas era uma situação difícil de engolir até que sou acordado por Harukawa:
- Kokichi, já que Shuichi não vai com a gente eu chamei umas amigas minhas tem problema?
- Não não, mas, achoq ue não rola fantasias combinando esse ano né?
- Desculpa...
- Ta tudo bem Maki, relaxa tá bem? Apenas vamos aproveitar o resto do recreio ok?
- Certo- ela me fala de maneira cabisbaixa
Ambos retornamos para a sala de aula junto com Saihara que estava comendo uma coxa de galinha enquanto o recreio passava. No fim do recreio veio a aula de religião com o professor Korekiyo que abordou sobre a história do halloween e de suas criaturas, melhor aula do dia hehe, amo as aulas desse professor embora ele esteja ultimamente meio fora da casinha, quando olhei para meu amigo vi que o mesmo parecia um tanto irritado já que ele estava fazendo aquela típica cara de quem vê uma mosca no seu sapato mas decidi deixar quieto.
As aulas então finalmente acabarão e me despedi de meus amigos, mas Shuichi insistiu um me acompanhar até em casa, ele parecia agitado ou perturbado com algo mas eu deixei mesmo assim, amo a companhia dele. Nos despedimos de Maki e caminhamos pelas ruas da cidade conversando normalmente até que fomos surpreendidos e sercados por um grupo de quatro pessoas e uma delas estava Kaito que segurava um taco de basebol e dizia em tom ironico:
- Olha pessoal o que temos aqui... o estranho e o gaysinho da turma.
- Deixa a gente Kaito!- disse a ele com um pouco de medo e me encostando em Shuichi.
- Own olha ele, é tão fraco que precisa de outro para sobreviver- o restante ri com o comentário do garoto de cabelo em pé- Pena que os mais fracos morrem primeiro.
- Grrrr... grrr...- escuto um grunhido vindo de Shuichi que cochichou para mim- Eu vou pular em cima do Kaito e aí você corre daqui.
- Sem chance! Eles são muitos!
- Faça o que eu disse- sua voz era autoritária e no momento seguinte eu o vejo pular em cima do chefe do grupo, ele se vira para trás o segurando- CORRE! CORRE KOKICHI!
Eu corri o mais rápido que eu pude, mas eu estava sendo seguido por dois dos bullyies, eu não sabia para onde ir então descido ir para a minha casa mesmo me abrigar e depois ir buscar Shuichi. Eu tinha passado por uma série de obstáculos para chegar até a rua principal que dava acesso à minha casa, mas quando fui virar a esquina pqra atravessar a rua um carro veio em alta velocidade para cima de mim, mas eu consegui desviar e eu acabei caindo em um tipo de morro que tinha lá; eu fui rolando e rolando sem conseguir parar morro a baixo, passei por vários arbustos com espinhos e pedras até que eu finalmente parei de rolar. Meu corpo inteiro doia e não conseguia me mecher, sentia meu sangue sair pela minha pele, vi parte da minha roupa rasgada e minha visão começou a escurecer, mas antes de eu perder a consciência escutei alguém me chamando:
- Kokichi!...
Depois de ouvir e ver apenas uma figura chegando até mim, eu acabei desmaiando. Acordei depois de um tempo meio zonzo e então me levanto, sento e escuto a voz reconhecível do meu irmão:
- Mãe! O Kokichi acordou! Venha depressa!- sinto ser abraçado pelo meu irmãozinho que chorava- Kokichi... nunca mais assusta a gente assim...
- Ai meu bebê!- mamãe aparece logo em seguida e me abraça também- Gracas a Deus que você esta vivo meu Deus!... eu fiquei tão preocupada...
- Como... eu vim... parar aqui?- perguntei ainda meio dolorido.
- Shuichi te trouxe até aqui.
"SHUICHI?!", quando ouvi esse nome eu me levantei correndo da cama preocupado, ele havia enfrentado o Kaito e ainda conseguiu me leval lá do quanto dos infernso até aqui, devia estar muito machucado, eu tentei me erguer e dar um passo mas a dor era tanta que fui direto ao chão e minha mãe me ajudou a levantar:
- Kokichi não faz isso! Você está fraco ainda.
- Shuichi... cadê...?
- Ele tá lá na sala querido, eu cuidei das feridas dele, quer ir para lá?
Acenei com a cabeça e ela e Ryo me ajudaram a descer as escadas e andar até a sala onde avistei meu colega com um curativo no olho direito, uma faixa na mão direita e alguns arranhões no rosto e na roupa, enquanto a mim eu estava com várias faixas no braço, peito e perna, curativo na cabeça e na bochecha e vários arranhões, para piorar, eu estava só de roupa intima. Mamãe me colocou sentado no sofá e nos deixou sozinhos lá, Shuichi veio até mim e colocou suas mãos em meu rosto:
- Ainda vem que eu te achei antes que aqueles idiotas te pegassem, que susto você me deu sabia?
- Como você conseguiu me carregar depois de ter enfrentado o Kaito?
- Ah aquele cara só tem tamanho Koki, depois wue eu te achei no parque inconsciente e ferido eu te levei para cá onde ficamos cuidando de você.
Eu dei um sorriso fraco e me desculpei por estar praticamente sem roupa na frente dele, Saihara só da um sorriso de canto para mim e depois o mesmo me puxou de leve até seu peito e lá eu fiquei imóvel e vermelho de vergonha, eu não acreditava que esse contato era tão bom de sentir, principalmente enquanto ele fazia carinho carinho meu cabelo, minha dor no corpo começou a sumir e minha consciência começou a ficar mais tranquila e não consigo resistir, dormi novamente mas no peito de quem eu amava.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.