História Animals - Mudanças são necessárias

Amor segundo o dicionário: Afeição viva por alguém ou por alguma coisa, sentimento apaixonado por outra pessoa, pessoa amada, zelo e dedicação, amor platônico. Segundo os poetas: Amo-te afim, de um calmo amor prestante e te amo além, presente na saudade, amo-te enfim com grande liberdade, dentro da eternidade e a cada instante. A verdade é que ninguém sabe ao certo o que é o amor, ou como é, apenas se iludem achando que seus relacionamentos o possuem, mais não, digo com certeza, porque não há nada mais raro hoje em dia do que amar de verdade, não há. E se um dia eu cogitei a hipótese de o que eu sinto ou já senti por alguém for amor, eu estava louca. Se você acredita, continue sendo tolo, porque eu, eu não acredito, mais.

 Quatro meses depois...

Quatro meses se passaram, foram os mais curtos possíveis, foi tão rápido, tão de repente, que eu nem sei como começar, mas vamos lá. 

~FlashBack on:

2° semana desde que cheguei: Aquela festinha idiota de todos os dias estava rolando, e eu decidi que ia ficar lá, curtindo, mesmo eu sabendo que seria um total tédio, minha barriga estava completamente invisível,  o que era ótimo assim eu não ia me estressar com pessoas perguntando se eu estava grávida e de quem era, Ricardo estava lá, como todos os dias, dessa vez ele não estava vestido formalmente como sempre estava. Hoje estava diferente tinha mais pessoas jovens, elas conversavam radiantes, quando eu decidi que ia beber uma bebida verde e borbulhante, eu tomei e comecei a ficar zonza, senti que botaria tudo pra fora, e assim fiz. 

- Sinto lhe dizer mais a senhora perdeu o bebê - o médico falou, eu poderia ter ficado triste mais não fiquei, foi como um alívio, mais mesmo assim fiquei assustada com a ideia de ter um ser dentro de você, e depois não mais, é estranho, mas me tranquilizou, sabendo da responsabilidade que eu teria obviamente, eu não estava preparada, aquilo era visível. 

~Flashback off

Nesses quatro meses, eu soube que Paulo conseguiu se livrar dos caras com a ajuda dos homens que mandei, mais desde que sai do Brasil não falei com ele nenhuma vez,  Mila disse que havia o ligado e contado que eu perdi a criança, mais ele não sabe que estou na Califórnia, só que eu me mudei, ela não quis me contar a reação dele ao saber, soube também que ela estava namorando e que Max não gostou nada já que ele é como um pai pra ela, ela não me contou quem era. 

-  Beatriz?! - Ricardo me chamou na porta do quarto - 

- Entra - eu estava sentada com um short coladinho cinza de dormir, camiseta preta e meias, jogando vídeo-game -  

- Ah, desculpa, eu não sabia... - disse se referindo a minhas roupas, talvez achando que eu me importasse -

- Hã, não tudo bem, algum  problema? - supus - 

- Não, nada demais, só ia te chamar pra ver as novas pedras preciosas que encontraram na mina... Mais eu venho depois, já que você está ocupada - apontou pro controle - 

- Ah, isso?! - balancei o controle - Bom, eu tô tendo uns probleminhas com esse botão, eu  não sei pra que serve, aliás, nenhum deles - olhei pra baixo e ri de mim mesma - 

- Nossa, é tão simples, deixa eu te mostrar - sentou atrás de mim - Você só tem que apertar o x  na hora que o inimigo aparecer, é um escudo entendeu? - falou olhando pra tela, e apertando os botões, mais não prestei atenção, só fiquei o observando, ele percebeu e riu envergonhado, me olhando de volta em seguida - 

- Que foi, algum problema? - arqueou as sobrancelhas e me encarou - 

- Só seu rosto angelical e sua boca sexy... - olhei pro lado, falei baixo pra mim mesma, mais ele ouviu - 

- Hã? Minha boca... sexy?! - mordeu o lábio inferior - 

- Não era pra você ter ouvido... - falei falei sem mover a boca, levantei e tirei do jogo e coloquei em um filme que passava, e o controle escorregou da minha mão assim que eu o peguei, abaixei pra pegá-lo e me levantei, olhei pra Ricardo, que observava meu short fazendo um biquinho com os lábios muito fofo, envolvi a mão esquerda no cotovelo direito, e encostei os joelhos um no outro. 

- Ricardo? - semi-cerrei os olhos -

- Ah, oi, desculpa, eu já vou indo, quer dizer, já vai dar 17h e eu preciso ir pra Capital - se levantou e eu o impedi segurando seu pulso - 

- Você não veio aqui por causa das pedras preciosas... - neguei com a cabeça - Você mente muito mal - o encostei na porta, e ele olhava diretamente pros meus lábios, no qual eu não exitei em morder, eu tinha uma qualidade visível, eu sabia como seduzir um cara, ainda mais se fosse apenas um garoto da mesma idade - 

- Não vai falar nada? - me encostei nele - 

- Eu, você... Quer dizer, você não namora? - disse pausadamente suspirando a cada pausa, e no final deixou sua boca semi-aberta, um convite pra mim - 

- Não! - falei baixo em seu ouvido - 

- Pode parar de ser tão sexy? - trocou nossas posições me encostando na porta, antes que eu pudesse responder ele me puxou pela cintura e me beijou ferozmente, bem diferente de Paulo, que era doce e calmo, Ricardo era quente, e eu também, o que causa um choque térmico metaforicamente falando, ele acariciava minha cintura, tinha um jeito diferente de excitar uma pessoa, era incomum mais não menos prazeroso, caminhamos até a cama, até que me sentei em seu colo, as preliminares são sempre a melhor parte, mais dai de repente meu celular toca. Suspirei decepcionada, e o peguei. 

Ligação on: 

- Alô? 

- Beatriz, sou eu, Mila! 

- O que aconteceu? Quer dizer eu tava ocupada - falei olhando para Ricardo que estava sentado com cara de tédio - 

- Desculpa é que eu Max e meu namorado... - suspirou - Estamos indo te visitar! Chegamos em algumas horas, não é ótimo?! - disse animada - 

- É sim... Quem é esse seu tal namorado? - perguntei  desconfiada - 

- É, Tris, eu tenho que desligar, tchau - desligou antes que eu pudesse questioná-la - 

Ligação off 

- Algum problema? - perguntou segurando meu braço assim que me levantei -  

- Todos! Visitas... - suspirei e fiz cara de tédio -  

- Ok, vou falar com a governanta pra ela preparar os quartos, e eu já vou indo... Outro dia a gente conversa... - piscou e saiu, suspirei decepcionada - 

PCastagnoli POV's

Depois daquele problema com aqueles caras, consegui viver normalmente, fiquei sabendo que Beatriz havia se mudado e perdido o bebê, a minha reação? Bom, eu fiquei meio mal, mas passou... Passou porquê tem alguém que vem me ajudado a superar, alguém que me deu um sentido pra viver novamente, ela tem sido um anjo, tem me feito bem, se eu a amo? Não, mais eu queria poder responder um eu também, quando ela diz que me ama, agora estamos na casa de uma amiga dela em San Francisco na Califórnia, estávamos de mãos dadas, e andando por um imenso jardim com várias cadeiras, mesas, e cabanas com bebidas dentro, não fiquei olhando muito, pôs estava no twitter. Olhei pra frente e não acreditei, eu devia saber.

Se for um sonho, me acorde, porquê é constrangedor...