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História Aniquila-me - Covarde


Escrita por: Gessikk

Notas do Autor


Eu sei que demorei, amores.. mas sinceramente, acho que nem vou mais pedir desculpas kkkk
Vocês devem estar cansados de ver eu tentando justificar minhas demoras para postar. Então, apenas espero que aproveitem!
Eu estava bem travada... maaas o gif Stydia com "KISS ME", me deu inspiração o suficiente para finalmente acabar o capítulo!
STYDIA VEM COM TUDO ESSE MÊS!
6 TEMPORADA ESTÁ CHEGANDOOOOO!
Leiam esse clima de ansiedade para ver o endgame!

Capítulo 44 - Covarde


Por favor, por favor! Aquilo não podia estar acontecendo!

Por favor! Ele não podia... Stiles não podia se machucar. Isso não pode ser real. Eu só precisava acordar! Assim que eu abrisse os olhos iria poder me reconfortar nos braços amorosos do meu namorado.

Eu o amo. Céus! Amo ao ponto do meu peito doer. Não consigo respirar, não consigo conter as cambalhotas que surgem no estomago toda vez que ele se aproxima de mim. Sou apaixonada por ele!

Amo seus lábios, sua voz, seu sorriso, seus olhos, seu corpo. Sou apaixonada por cada pintinha espalhada por sua pele. Eu amo por inteiro, por dentro e por fora.

Naquele momento eu só queria acreditar que alguém ou algo, era capaz de escutar os clamores em minha mente. Eu nem mexia os lábios, porém gritava internamente, implorando por misericórdia.

Eu não ia suportar ver Stiles apanhando. Não ia aguentar olhar seu lindo rosto ser deformado. Ele já estava tão machucado, tão frágil... Ele não podia sentir mais dor, não podia sofrer mais! Uma pessoa como ele, que foi capaz de me ajudar de formas inimagináveis, não merecia sofrer.

— Ela não vai mais conseguir olhar para seu rosto! — A voz nojenta mais uma vez se tornou presente, surgindo junto com uma risada ácida, tóxica. Desejei morrer. — Vocês transaram bastante, não é? Você deve ter comido muito a minha vadia, mas agora vai aprender a não mexer com o que é meu!

Escutei o som do primeiro soco desferido em Stiles. Não tive coragem de olhar, fui covarde e fechei os olhos. Mordia a boca com força, as lágrimas despencavam no meu rosto. Aquilo não podia ser real!

 — Ela nunca mais vai abrir as pernas para você! Escutou? Espero que tenha aproveitado muito, porque agora só eu vou poder foder com ela! — As palavras de Kevin eram chicotes que açoitavam meu corpo. Toda minha pele doía ao ouvir aquilo. — E vou fazer isso na sua frente. Quero que você veja todas as vezes que eu estiver comendo a princesa!

Grunhidos de dor vieram da voz de Stiles. Porém nenhum grito. O som seco de socos e pontapés preenchiam o ambiente, perfuravam meus ouvidos. Kevin falava uma imensidão de palavrões e a cada vez que eu percebia que ele atingia Stiles, surgia um novo som de estalo.

Deus! Eram os ossos de Stiles. Kevin estava espancando meu namorado. O garoto que eu me amava, que me ajudou. E o pior de tudo era que eu não fazia nada, simplesmente não conseguia.

Aquele monstro, aquele demônio, sempre seria um ponto fraco para mim. Eu sabia que era capaz de gritar, que eu podia acabar com aqueles sons agoniantes se eu estourasse a cabeça do estuprador. Podia impedir que Stiles continuasse sofrendo. No entanto, Kevin me deixava paralisada de pavor.

Temia que no momento em que eu abrisse a boca para berrar, Kevin enterrasse a parte mais asquerosa do corpo em minha garganta. Meus músculos estavam travados com a possibilidade de sentir as mãos nojentas apertando minha pele.

— Não. Não. Não. Não. Não. — Em algum instante, comecei a repetir a mesma palavra em um sussurro frágil.

Eu sabia que não podia paralisar, não podia ser covarde. Mas meu corpo não obedecia aos meus pensamentos. Eu estava apavorada, horrorizada, petrificada.

Kevin já tinha abusado do meu corpo de todas as formas possíveis. Tinha me usado, me violentado. E por mais que Stiles tivesse sido capaz de preencher cada pedaço do meu ser, as lembranças dos estupros ainda marcavam meu corpo.

Minha pele berrava lembranças nojentas. Meu ventre relembrava a dor insuportável que eu sentia ao ser invadida sem minha permissão. Meus lábios ainda conheciam o sabor amargo do líquido que ele expelia ao se aliviar dentro de mim. Dentro da minha boca, entre minhas pernas. A humilhação daqueles momentos rasgava minha coragem, me impedia de me mover.

Eu não podia passar por aquilo de novo. Se Kevin tocasse mais uma vez no meu corpo, eu não ia suportar. Ia morrer ainda em vida. Ia morrer dentro de mim mesma e daquela vez, ninguém conseguiria juntar meus pedaços e me consertar.

Depois de ter experimentado o carinho, o cuidado e o prazer que Stiles me proporcionava, eu não ia aguentar novas doses de humilhação. Depois de aprender o que era amor e descobrir depois de tantos anos, o que era sexo com paixão, com verdadeiro amor, eu não podia ter meu corpo violado mais uma vez. Ninguém além de Stiles podia tocar em mim daquela maneira.

— O que você está dizendo, princesa? — A voz melosa falou me causando nojo. Abri os olhos e encarei o rosto deformado que me causava horror. O agressor ainda estava ao lado de Stiles. — Você quer que eu pare de bater nele?

Meus olhos inúteis correram pela cela. Stiles estava jogado no chão de forma doentia, os braços e pernas contorcidos. Uma poça de sangue se formava abaixo dele, toda a pele exposta estava coberta por hematomas vermelhos, roxos e pretos. Mal conseguia enxergar seu rosto.

— Por favor.... — Implorei, me humilhando completamente. O choro atrapalhou minha voz. Não tinha forças para nada.

— Se você usar essa boquinha para começar a me chupar, eu paro agora de espancar seu namoradinho.

— Não! Não! — Novamente, só implorei em meio ao choro que aumentava. — Por favor, e-eu não quero...

— Você escutou isso, Stiles? — Kevin riu ao falar. O som de sua risada era repugnante. — Ela prefere que eu continue espancando você!

Stiles me olhava. Seus lindos olhos perfuravam minha alma, perfuravam meu corpo. Ele estava completamente consciente apesar da surra que tinha levado e para minha surpresa, ele se moveu.

Ele arrastou os braços pelo chão imundo, tentando se ajeitar. Mesmo com a expressão doloridas, seus lábios se moveram em silêncio. Stiles falou comigo. Sem que nenhum som saísse de si, sua boca formou a frase “está tudo bem, eu estou deixando ele me bater”.

Então, aquela cena grotesca fez sentido em minha cabeça. Stiles já tinha espancando uma vez Kevin, ele tinha capacidade de no mínimo, tentar se defender. Mas ele não queria isso, ele queria apanhar. Stiles estava fazendo aquilo por mim, enquanto eu agia como uma perfeita covarde.

Stiles podia parar aquela situação, ou pelo menos, podia lutar para tentar. No entanto, no momento que ele moveu a boca naquela frase muda, eu entendi o motivo dele estar fazendo aquilo. Enquanto Kevin estivesse o espancando, ele não ia abusar de mim.

Eu conhecia Stiles o suficiente para saber que ele morreria se fosse preciso para impedir que Kevin tocasse no meu corpo. Ele estava disposto a qualquer coisa. Já eu, só conseguia sentir medo, só conseguia me sentir fraca, frágil. Eu me odiei por isso.

— Não adianta tentar adiar, Lydia. Eu vou deformar o rosto dele e depois vou foder você!

— Não. — Mais uma vez, só pude pronunciar uma palavra desgostosa, temerosa.

Forcei os braços contra as correntes, sentindo as algemas apertadas cortando minha pele. Impulsionei o corpo para frente em um instinto estupido e gemi de dor. Daquela vez, meus olhos permaneceram abertos para ver um soco ser desferido no maxilar de Stiles.

Ele não desviou os olhos dos meus. Todo seu corpo, todo seu rosto estava ferido e ainda assim, eu via a coragem e o amor sendo transmitido da íris castanha. Eu queria berrar que o amava, queria implorar para que ele me perdoasse por ser tão covarde.

— Por favor! — A coragem veio de forma impensada por puro egoísmo meu. Não abri a boca para falar por ser altruísta, mas sim porque percebi que a dor de ver Stiles sendo ferido era muito maior do que do que qualquer outra dor. — Pare, por favor! E-eu faço qualquer coisa.

Quando eu disse aquelas palavras, percebi que eu preferia ser abusada. Preferia ser humilhada e morrer dentro de mim mesma, morrer em vida. Preferia que meu corpo fosse usado de um jeito que me destruísse por inteiro, do que ver Stiles apanhar até a morte.

Mesmo se eu morresse, precisava saber que Stiles continuaria vivo. Eu não ia sobreviver a outro estupro, mas eu podia aceitar se encontrasse a morte logo depois e tivesse a certeza de que Stiles ficaria bem.

O mundo seria um lugar sombrio sem o garoto que eu aprendi a amar.

Ninguém sentiria minha falta. Eu já não tinha família e todas as pessoas que já amei foram repetidas vezes condenadas a desgraça e até mesmo a morte, por minha causa.  

Eu podia morrer, por mais que eu desejasse ardentemente viver. Afinal, a vida não faria sentido se Stiles morresse. Só valia a pena permanecer viva se pudesse compartilhar todos os meus dias com ele, na presença dele.

— Mudou de ideia, princesa?

Um novo sorriso nojento dominou Kevin. Ele parou de açoitar Stiles para me encarar e naquele instante, vi meu namorado se desesperar. O rosto repleto de hematomas e inchaços se contorceu de pavor.

— Não! — O grito veio de Stiles quando Kevin virou na minha direção.

Fechei os olhos tentando me preparar para o que estava prestes a acontecer. Senti pontas de repulsa, enjoo, surgindo no alto do estomago. Meu corpo doía por antecedência, esperando os toques abusivos e violentos.

Então, o som de metal se arrastando chamou a minha atenção. Trêmula de pavor, com as lágrimas me cegando, abri os olhos e vi com dificuldade a porta da cela sendo aberta. Um homem desconhecido estava ali parado.

Houve uma conversa sussurrada entre Kevin e o homem que eu não conhecia. Não pude entender nenhuma palavra, porém, meu coração se encheu de alívio quando Kevin andou até a porta em vez de continuar indo em minha direção com seus olhos maldosos.

— Quando eu voltar, vou finalmente foder sua bunda! — Essa foi a breve despedida do agressor antes de abandonar a cela.

Kevin saiu batendo a porta com brutalidade. Eu fiquei sozinha com Stiles. Todo meu corpo tremia e suava. Não conseguia parar de chorar, sentia a garganta seca e os olhos ardiam muito.

— D-desculpa. — Pedi baixo, antes que fosse tarde demais. — E-eu devia...

— Lydia, olhe para mim. — A voz dele estava fraca, rouca, dolorida. Ainda assim, percebi como ele lutava para manter a calma.

Fixei os olhos em seu rosto ferido e isso fez meu coração se despedaçar. Eu precisava dizer que o amava, ele precisava saber disso antes de ter que me ver sendo estuprada.

— Eu não vou deixar ele tocar em você.

Eu sabia que aquela afirmação era insana. Ele nem conseguia sair do chão, o corpo estava estirado e os inchaços e feridas eram incontáveis. No entanto, ainda assim, acreditei nele. Confiava o suficiente em Stiles para depositar toda minha esperança nele.

— Eu amo você. — Finalmente pronunciei a única certeza que eu tinha naquele momento.

— Então confie em mim. Eu tenho plano, mas você vai precisar ser corajosa.

Como ele conseguia dizer tantas palavras naquela situação? Acho que nunca vou ter uma resposta para essa pergunta, porém tudo que importou foi que logo em seguida ele disse: “eu amo você”. E isso era tudo que eu precisava ouvir.


Notas Finais


Na verdade, era para nesse mesmo capítulo ter mostrado a ideia do Stiles..maas preferi deixar o capítulo menor e postar logo.
O que vocês acharam??
Cada vez mais, estamos chegando perto do desfecho final e eu estou bem nervosa e ansiosa para a reação de vocês. Posso dizer que ainda vai ter muito sangue antes de terminar a fic e que em breve, vão ter todas as explicações sobre o que está acontecendo e sobre os planos da Eichen!
Qual final vocês acham que o Kevin merece...? Heheheh
Imaginam como estão com raiva dele..então se preparem para também sentir muita raiva do doutor que logo, logo vai aparecer!
Espero que não tenham esquecido do Scott no meio disso tudo. Confesso que também vários possíveis desfechos para ele e ainda não decidi qual vou usar... Mas logo eu (e vocês) vou saber qual final vou escolher haha
Beijinhos


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