-SHAKA. – Milo gritou assim que entrou na casa de Virgem.
-Que gritaria é essa na minha casa? – Shaka apareceu na frente do loiro sem a armadura.
-Ayla... Ela está mal... – Foi a única coisa que o escorpiano conseguiu falar enquanto respirava tentando não morrer sufocado.
-E o que você quer que eu faça? – O virginiano perguntou sem entender.
-Não conseguimos nos aproximar dela... É como se tivesse um campo de força, sei lá... Mas ela está chamando seu nome...
O virginiano ficou alguns segundos em silencio até que respirou fundo e começou a andar para a saída da casa, deixando o escorpiano parado respirando ofegante.
-Vamos antes que eu me arrependa.
Milo deu um leve sorriso respirando fundo e indo atrás do outro um pouco mais tranquilo, ele jurava que ia precisar implorar para que o virginiano fosse até a casa de Aquário.
Camus tentou novamente se aproximar da menina, mas não conseguiu nem dar um passo a mais. Olhou para a menina tentando entender o que ela falava agora, mas parecia uma língua estranha. Não parecia humana. Ouviu passos se aproximando e assim que olhou para a porta viu o Shaka se aproximar com o Milo logo atrás dele.
-E ai? Alguma mudança? – Milo perguntou indo até o Camus.
-Não, mas ela está falando em uma língua estranha. – O ruivo falou olhando para a menina deitada.
-Ayla. – Shaka chamou parando do lado dos dois.
Apenas ouvindo a voz do virginiano a menina abriu os olhos devagar olhando na direção deles devagar com uma expressão de choro. O virginiano tentou se aproximar, mas seu corpo também foi parado.
-Por que você não deixa a gente se aproximar? – Shaka perguntou apoiando a mão na barreira.
-Ninguém gosta de mim... – Ela falou baixo começando a chorar. – Tá doendo...
-O que está doendo? – Camus perguntou.
-Minhas costas...- Ela murmurou soluçando.
-Deixa eu me aproximar, Ayla. – Shaka pediu sério.
-Não... – Ela respondeu mais alto.
-Eu vou cuidar de você Ayla. Deixa eu me aproximar. – O virginiano insistiu e sentiu a pressão que o empurrava para longe passar.
O virginiano respirou fundo e se aproximou do sofá, pegando a menina no colo com cuidado.
-O campo de força sumiu... – Milo falou se aproximando deles devagar.
-Tem uma banheira com água bem fria lá dentro. – Camus falou sem sair do lugar.
-Deixa eu ver por que suas costas estão doendo... – Milo falou levantando o casaco.
Nas costas da menina tinham duas feridas em carne viva, porém não sangravam. Milo arregalou os olhos e abaixou o casaco, dando um passo para trás.
-Um anjo que perdeu suas assas... – Milo murmurou sério.
-Eu vou cuidar dela... – Shaka falou indo na direção do banheiro.
Ayla olhou para o Shaka com um olhar cansado enquanto ele secava seus cabelos. Ela já não conseguia mais manter os olhos abertos e por sorte não sentia mais a dor nas costas nem o frio.
-Shaka... – Ela chamou passando a mão no olho.
-O que?
-Eu quero dormi... Mas não quero ficar aqui... – Ayla murmurou fechando os olhos.
-Mas você escolheu ficar aqui. – Ele falou parando de mexer nos cabelos dela.
-Eu sei... – Ela respondeu se deitando devagar na cama. – Eu não quero... Só hoje... – Ela murmurou dormindo em seguida.
Shaka olhou para a menina e a pegou no colo indo para a porta do quarto. Assim que deu dois passos para fora viu o Milo e o Camus olhar para ele sem entender, mas o virginiano continuou andando segurando a menina da forma mais confortável que conseguia.
-Para onde você vai com ela? – Camus perguntou seguindo o virginiano.
-Vou levar ela para a casa de Virgem. – Shaka falou parando na entrada e se virando para os dois. – Até que resolvam esse problema entre vocês, ela vai ficar comigo.
-O que? Não. – Milo falou alto indo até o virginiano.
-Pare ai mesmo. – O virginiano falou fazendo o loiro parar na hora. – Ela mesma pediu para que eu a levasse e você não vai me impedir.
Milo e Camus viram o virginiano se virar e continuar andando na direção da sua casa com a menina dormindo.
-Isso é sua culpa. – Milo falou chamando a atenção do Camus.
-O que eu tive haver com isso? – Camus perguntou sem o olhar.
-Você está cheio de problemas com ela e por ela estar aqui, agora o Shaka levou ela embora. – Milo falou com raiva.
-Me lembre de agradecer ao Shaka. – Camus falou.
Sem que o ruivo percebesse, o Milo deu um soco no rosto dele com raiva e saiu andando para longe irritado. O Camus colocou a mão por cima do lugar machucado e olhou para onde o loiro tinha ido com um olhar de raiva, mas mesmo assim ignorou e foi para o quarto dormir.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.