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História Anjo caído - Hiatus - Conhecendo


Escrita por: XParkQueen

Notas do Autor


Olá amores
Primeiramente, OBRIGADO PELOS 17 FAVORITOS EU TO MUITO FELIZ POR VOCÊS ESTAREM GOSTANDO <3
Eu estou muito feliz mesmo, minha primeira fic tem apenas 3 dias e já tem 17 favoritos *u*
Serio muito obrigado mesmo.
Nas notas finais tem dois avisos!

Agora chega de mais enrolações e vamos para a fic!

Boa leitura amores *--*

Capítulo 3 - Conhecendo


Fanfic / Fanfiction Anjo caído - Hiatus - Conhecendo

O garoto ficou imóvel e sem demonstrar nada, enquanto a atendente puxava Jimin – que tinha congelado com a palavra “condicional” – para o final do corredor amarelado.

 - Continuando – prosseguiu ela, como se nada tivesse acontecido. – Cama. – Apontou pela janela oeste para um distante prédio de alvenaria. Jimin podia ver Nam e Wonwoo se aproximando do prédio devagar, com o terceiro garoto andando lentamente, como se alcança-los fosse a última coisa em sua lista de prioridades.

  O dormitório era grande e quadrado, um bloco cinza e sólido cujas grossas portas duplas. Uma grande placa de pedra estava plantada no meio da grama morta, e Jimin lembrou-se de ter visto, no website, as palavras DORMITÓRIO PAULINE gravadas nela. Parecia ainda mais feia no sol nebuloso da manhã do que na sem graça foto em preto e branco.

  Mesmo a distância, Jimin podia ver o limo preto cobrindo a fachada do dormitório. Todas as janelas eram obstruídas por fileiras de barras grossas de aço. Ele apertou os olhos. Aquilo era arame farpado em cima da cerca que dava a volta no prédio?

  A atendente baixou os olhos para uma lista, folheando a ficha de Jimin.

 - Quarto sessenta e três. Deixa a bolsa na minha sala com o resto das malas por enquanto. Poderá se acomodar durante a tarde.

  Jimin arrastou a mochila preta vermelhada até os outros três baús cinzas indistintos. Então, instintivamente, tentou pegar seu celular, onde geralmente anotava coisas que precisava lembrar. Mas, quando sua mão tocou no bolso vazio, Jimin suspirou e tentou memorizar o número do quarto em vez disso.

 Ele ainda não entendia por que não podia ficar na casa dos pais; a casa em Massachusetts ficava a menos de meia hora da Dragon Claws. Era tão bom estar de volta a Savannah, onde como sua mãe sempre dissera, até o vento soprava de forma preguiçosa. O ritmo mais tranquilo e lento da Geórgia tinha muito mais a ver com Jimin do que a Nova Inglaterra jamais tivera.

  Mas a Dragon Claws não parecia ficar em Savannah. Não se parecia com lugar nenhum, na verdade; era somente um lugar sem vida e sem cor para onde o juiz a tinha mandado. Ele ouviu o pai no telefone com o diretor no outro dia, assentindo com seu jeito de professor de biologia confuso e dizendo: “Sim, sim, talvez fosse melhor que fosse supervisionado o tempo todo. Não, não, não gostaríamos de interferir nos seus métodos.”

  Claramente seu pai não sabia das condições de tal supervisão sobre seu único filho. Esse lugar parecia uma penitenciária de segurança máxima.

 - E a outra coisa, como foi que você disse, os vermelhos? – Jimin perguntou à atendente, pronto para ser liberado do tour.

 - Vermelhos – apontou a atendente para um pequeno aparelho pendurado no teto e ligado por fios: uma lente com uma luz vermelha piscando. Jimin não tinha visto antes, mas, assim que a atendente apontou para a primeira, percebeu que estavam por toda parte.

 - Câmeras?

- Muito bem – congratulou a atendente, com a voz escorrendo sarcasmo. – Deixamos todas bem óbvias para vocês não esquecerem. O tempo todo, em qualquer lugar, estamos de olho em vocês. Então não faça besteira, isto é, se conseguir evitar.

   Toda vez que alguém falava com Jimin como se ele fosse um total psicopata, o garoto acreditava mais um pouco que isso era verdade.

   Durante todo o verão as lembranças o assombraram, em seus sonhos e nos raros momentos em que eu pais deixavam-no sozinho.  Alguma coisa tinha acontecido naquela cabana, e todo mundo, inclusive Jimin, queria saber o quê. A polícia, o juiz, a assistente social, todos tinham tentado arrancar a verdade dele, mas Jimin sabia tanto quanto eles. Ele e Wonhoo estavam brincando a noite toda, perseguindo um ao outro até a fileira de cabanas do lago, para longe da festa. Ele tinha tentado explicar que tinha sido uma das melhores noites de sua vida, até virar a pior.

   Tinha passado tanto tempo relembrando aquela noite, escutando a risada de Wonhoo, sentindo as mãos dele apertando sua cintura, e tentando acreditar no que seu coração lhe dizia: que realmente era inocente.

   Mas agora, cada regra e norma da Dragon Claws parecia desmentir essa certeza, e sugerir que realmente era perigoso e precisava ser controlado.

   Jimin sentiu um aperto firme sem seu ombro.

 - Olhe – disse a atendente. – se vai fazer você se sentir melhor, não está nem perto de ser o pior caso daqui.

   Era o primeiro gesto simpático da atendente em relação a Jimin, e ele acreditou na intenção dela para que se sentisse melhor. Mas... ele viera pra cá por ser suspeito da morte do cara por quem era apaixonado, e ainda assim “não estava perto de ser p pior caso daqui”? Jimin se perguntou exatamente com o que estava lidando na Dragon Claws.

 - OK, a orientação acabou – continuou a atendente. – Está por conta própria agora. Aqui está um mapa se precisar encontrar qualquer coisa. – Ela deu a Jimin um mapa feio e feito à mão, e então olhou o relógio. – Você tem uma hora livre antes da primeira aula, mas minha novela começa em cinco minutos, então... – ela acenou as mãos para Jimin – desapareça. E não esqueça – completou, apontando uma última vez para as câmeras -, os vermelhos estão te vendo.

  Antes que Jimin pudesse responder, um garoto magro de cabelos escuros apareceu na sua frente, acenando com os dedos compridos na frente do rosto de Jimin.

 - Uuuuuuuh – provocou o garoto num tom de história de terror, dançando em círculos em volta de Jimin. – Os vermelhos estão te vendoooooo.

 - Saia daqui Jin, antes que eu mando você para a lobotomia – disse a atendente rispidamente, apesar de ter ficado claro, pelo seu primeiro breve porém genuíno sorriso, que tinha algum tipo de afeição pelo garoto. Little Miss Sunshine aqui.

   Ela apontou para Jimin, que parecia a antítese da animação com seu jeans preto, botas pretas e camiseta preta. Sob o item “Uniforme”, o site da Dragon Claws explicava num tom alegre que, desde que os alunos comportassem bem, tinham a liberdade de se vestir como quisessem, seguindo apenas duas pequenas regras: as roupas deveriam ser discretas, e sempre pretas. 

A camiseta grande demais, de gola alta e mangas curtas, que a mãe de Jimin tinha o forçado a colocar naquela manhã não favorecia em nada seu corpo, e até mesmo sua melhor característica não estava mais lá: o cabelo preto e cheio. O fogo da cabana chamuscara seu couro cabeludo e deixara a linha da testa desigual, então, depois do longo e silencioso caminho da Layser até a casa, sua mãe tinha colocado Jimin na banheira, pegando o barbeador elétrico do pai e, cortado mais da metade dele.

  Jin o analisou, batendo com um dedo nos lábios pálidos.

 - Perfeito – exclamou ele, dando um passo à frente e passando o braço pelo de Jimin. – Estamos mesmo precisando de um novo escravo.

  A porta para o saguão se abriu e por ali entrou o garoto de olhos verdes. Ele balançou a cabeça e avisou Jimin:

 - Este lugar não hesita em revistar você completamente. Então, se estiver escondendo algum outro tipo de material perigoso – ele ergueu uma sobrancelha e jogou um monte de objetos não identificáveis na caixa –, não se dê ao trabalho.

  Atrás de Jimin, Jin riu baixinho. A cabeça do garoto se ergueu e, quando seus olhos registraram quem era, ele abriu a boca e depois a fechou, como se não tivesse certeza de como proceder.

 - Jin – disse sem demonstrar emoção

 - Tae – devolveu ele.

 - Você o conhece? – Jimin sussurrou, imaginando se nos reformatórios existiam os mesmos tipos de grupinhos de escolas como a Layser.

 - Não me lembre disso – respondeu Jin, arrastando Jimin pela porta até saírem para a manhã cinzenta e úmida.

   Os fundos do prédio principal davam numa calçada lascada que confortava um campo desalinhado. A grama tinha crescido tanto que parecia mais um terreno abandonado do que parte da escola, mas um velho placar e uma pequena montanha de arquibancadas de madeira empilhadas confirmavam o passado do lugar.

   Além da área comum havia quatro prédios austeros: o dormitório na extrema esquerda, uma igreja velha, imensa e feia à direita, e duas outras grandes estruturas entre essas, que Jimin imaginou serem onde eram ministradas as aulas.

   E era só isso, Seu mundo todo tinha sido reduzido ao triste cenário que contemplava.

   Jin imediatamente saiu da caçada e levou Jimin para o gramado, fazendo-a se sentar sobre um dos bancos de madeira ensopados.

   A paisagem correspondente na Layser deixava claro que ali estavam os atletas em treinamento e aspirantes a Ivy League, então Jimin sempre evitara passar muito tempo lá. Mas esse campo vazio, com suas traves enferrujadas e empenadas, contava uma história bem diferente. Uma história que Jimin não conseguia entender facilmente. Três abutres voaram por cima deles, e um vento sombrio chicoteou os galhos nus dos carvalhos. Jimin abaixou o queixo até enfiá-lo dentro da gola alta da blusa.

 - Entãããooo – começou Jin. – Já conheceu Randy.

 - Achei que o nome dele era Tae.

 - Não estamos falando dele – interrompeu Jin rapidamente. – Estou falando do ser não identificado lá dentro. – Jin indicou com a cabeça a sala onde deixaram a atendente assistindo TV. – O que você acha, homem ou mulher?

 - Hum, mulher? – respondeu Jimin hesitantemente. – Isso é um teste?

 Jin abriu um sorriso.

 - O primeiro de muitos. E você passou, pelo menos eu acho. O sexo da maioria dos funcionários daqui é um debate infinito que atravessa a escola. Não se preocupe, vai acabar gostando da brincadeira.

  Jimin achou que Jin estava brincando – se fosse mesmo o caso, legal. Mas isso tudo era tão diferente de Layser. Na antiga escola, os futuros senadores, engomadinhos com suas gravatas verdes, praticamente deslizavam pelos corredores numa calma de boas maneiras típica de gente rica, que parecia cobrir tudo e todos.

   Muitas vezes, os outros alunos da Layser lançavam a Jimin um olhar superior que dizia não-suje-as-paredes-brancas-com-seus-dedos. Ele tentou imaginar Jin lá: descansando nas arquibancadas, cantando uma piada suja com sua voz alta e sarcástica. Jimin tentou imaginar Chaerin acharia de Jin. Não havia ninguém como ele em Layser.

 - OK, desabafa – exigiu Jin. Sentando-se na parte mais alta da arquibancada e acenando para que Jimin se juntasse a ele, continuou. – O que você fez para vir parar aqui?

  O tom de voz de Jin era brincalhão, mas subitamente Jimin precisou se sentar. Era ridículo, mas meio que esperava passar pelo primeiro dia de aulas aparente tranquilidade. É claro que as pessoas ali iam querer saber.

   Ele podia sentir o sangue pulsando em suas têmporas. Isso acontecia sempre que tentava se lembrar – realmente se lembrar – daquela noite.


Notas Finais


Acabamos por aqui hoje <3
Espero que tenham gostado

Primeiro aviso, eu to pensando em postar um capitulo por dia antes de ir pro colégio (Estudo no noturno infelizmente)
E "todos os dias" espero postar
Segundo aviso, fins de semana eu não vou postar porque NUNCA estou em casa para postar para vocês!
Só mais um avisinho! Se amanhã eu não postar é porque não estarei em casa (Já que é feriado)

Até amanhã amores! Beijos ~<3~


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