1. Spirit Fanfics >
  2. Anjo da guarda >
  3. Cap 40

História Anjo da guarda - Cap 40


Escrita por: MenerusHurt

Capítulo 40 - Cap 40



1 ano Depois

O celular não parava de tocar. Antes de dormir, eu o coloquei no modo silencioso, mas como ele vibrava sobre a cômoda, foi impossível não acordar impaciente antes de pegá-lo e atende-lo antes mesmo de ver quem ligava.

📞B-Alo?(Atendi com a voz sonolenta.)

📞G-Beatriz Rincón?

📞B-Sim.

📞G-O meu nome é Gabriela. Eu trabalho para o jornal La Mañana e escrevo na coluna sobre cultura. Eu gostaria de agendar uma entrevista com você se possível. Gostaríamos de fazer uma parte em especial para o seu livro, levando em conta o crescimento de vendas nesses últimos meses.(Me mexi à cama tentando acordar para responde-la.)

📞B-Ahm... É claro.

📞G-Ótimo! Na sexta às dez, pode ser?

📞B-Sim. Tudo bem.

📞G-Que bom! Então está marcado. Podemos marcar na cafeteria do...

📞B-Não. (Respondi rapidamente.) É que eu... Tenho um lugar em especial para as entrevistas.

📞G-Ah, é claro. Então eu volto a entrar em contato depois e marcamos o lugar, tudo bem?

📞B-Certo.

📞G-Obrigada! Tenha um bom dia.

📞B-Você também.

Desliguei o celular e o coloquei sobre a cômoda novamente, passando a mão pesadamente em meu rosto. A cama se mexeu ao meu lado e um braço passou pela minha cintura. Me virei para o lado e Marcela estava dormindo com a cara enterrada ao travesseiro.

B-Você sabe que eu não sou o Teddy, não é?

M-Eu sei.(resmungou.) Mas é um costume. Não me culpe.(Lentamente tirei o braço dela em volta da minha cintura.)

B-Você precisa resolver as coisas com ele. (Falei me levantando.) Hoje!(Ela se mexeu à cama e suspirou.) Não vou aguentar mais uma noite sendo agarrada por você na minha própria cama, quando eu poderia estar sendo agarrada pelo meu namorado.(Falei abrindo o guarda roupas.)

M-E eu poderia estar agarrando o meu namorado.

B-Não está fazendo isso porque não quer.

M-Não. Porque ele foi um idiota e eu não quero olhar para a cara dele por um bom tempo.

B-Deveria ter pensado nisso antes de aceitar se mudar para o apartamento dele.

M-Realmente eu deveria. Você e Catalina tinham a obrigação de me impedir de cometer essa loucura.

B-Não tínhamos não. E você já tinha tomado sua decisão. Só quisemos apoiá-la.

M-Não deveriam. Eu não estaria na sua casa a três dias por não querer olhar para a cara dele.(Suspirei e me virei para ela.)

B-Marcela, é sério. Você precisa parar de ser orgulhosa. Sabe que essa briga não teve nada de mais, e não deveria ter ficado brava quando ele te chamou de louca. Você sabe que é.

M-Mas nenhum homem tem o direito de chamar uma mulher de louca durante uma discussão.(Revirei os olhos.) E pra você é fácil dizer! É casada com o homem mais pacífico do que o oceano! Se você começa uma discussão, Armando consegue te acalmar e resolver as coisas. Há quanto tempo vocês dois não discutem?

B-Há muito tempo, e não quero mudar isso. Estamos muito bem assim. Só não estamos melhores porque você me impede de chama-lo para dormir aqui comigo há três dias.

M-Tudo bem! Eu vou tentar resolver as coisas hoje. (sentou-se à cama.) Mas se Teddy não me pedir desculpas, eu vou para o apartamento da Catalina.(ela levantou-se e caminhou em direção ao banheiro, batendo a porta logo depois. Respirei profundamente e me sentei à cama, fechando os olhos. Eu não costumava me importar por ser acordada antes da hora, principalmente quando se tratava de uma entrevista sobre o meu livro, que felizmente acontecia com frequência nos últimos meses desde quando ele foi lançado. Mas, eu estava dormindo mal há três dias. Tinha me acostumado a dormir ou sozinha, ou com Armando. Mas, a briga entre Marcela e Teddy foi tão feia que eu me sentiria mal se não tivesse oferecido o meu apartamento até que ela resolvesse as coisas. Mas, eu não pensei que isso levaria três dias. Enquanto estava quase voltando a dormir, ouvi novamente o meu celular vibrar sobre a cômoda, e praguejei por isso. Mesmo depois de tanto tempo que Armando havia me convencido a usar um, eu ainda não tinha me acostumado com aquele barulho infernal. Mas, dessa vez quando o peguei, sorri ao ler o nome na tela, e atendi imediatamente.)

📞B-Bom dia.

📞A-Bom dia!(disse animado.) Dormiu bem?

📞B-Quer mesmo que eu responda?(Ele riu.) Não vou aguentar dormir sem você mais um dia. (Resmunguei.)

📞A-Ela já disse se vai conversar com ele?

📞B-Ela sempre diz, mas você sabe que eles acabam discutindo quando isso acontece.

📞A-Eles só precisam de um tempo.

📞B-Mas eu já tive tempo demais. Eu não durmo há três dias porque Marcela ronca demais!(ele riu mais uma vez.) Ela é minha amiga, e eu amo ela, mas eu não posso ficar mais uma noite sem dormir.

📞A-Tudo bem. Resolveria se eu conversasse com Teddy e tentasse fazê-lo pensar que a culpa é dele e que ele deve pedir desculpas?

📞B-Ajudaria muito!

📞A-Ótimo! Então... Estou te ligando para dizer que vou chegar um pouco tarde hoje.

📞B-Por quê? Algo importante?

📞A-Não muito. Falo sobre isso com você uma outra hora.

📞B-Está tudo bem, não é?

📞A-Sim, está. Não se preocupe.

📞B-Tudo bem.(Ouvi um barulho vindo do banheiro, como se algo tivesse explodido.)

📞A-O que foi isso?

📞B-Eu não sei. Eu te ligo depois.(Não tive tempo de me despedir direito. Joguei o celular sobre a cama e abri a porta do banheiro, preocupada.)

B-Marcela, o que...?(ela estava enrolada à toalha e uma fumaça preta saia o chuveiro.)

M-Eu acho que queimei o seu chuveiro.(me olhou.)

...

B-Três dias! (Falei deitando minha cabeça sobre a mesa.) Três dias que não durmo direito, e para piorar, preciso comprar um chuveiro novo.(Cata riu enquanto organizava alguns papéis.)

C-E eu preciso urgente de uma assistente.(Ergui minha cabeça para olhá-la.)

B-Catalina, isso é sério. Marcela não pode dormir mais uma noite comigo! Eu vou enlouquecer! Além do mais tenho uma entrevista na sexta e....

C-Outra? (me olhou.) Uau! É a terceira em dois meses.

B-Eu sei. E isso é ótimo! Mas não posso chegar para a entrevista como um zumbi.

C-Ela provavelmente deve conversar com Teddy hoje.

B-É, e mais uma vez eles vão discutir. (Suspirei.) Se eles não se resolverem hoje, ela vai para a sua casa.

C-O que? Não!

B-Sim!

C-Betty, não!

B-E por que não?

C-Porque da ultima vez ela passou uma semana comigo!

B-Não seja egoísta, Catalina!

C-Não estou sendo egoísta! Nós combinamos que dessa vez ela ficaria com você, porque da ultima vez ela quase me fez ser expulsa do meu apartamento porque ligava o som alto dizendo que era uma "terapia".(Respirei fundo.)

B-O que estamos fazendo? Marcela é nossa amiga. Não deveríamos estar disputando quem não deveria ficar com ela. Ela precisa de nossa ajuda.

C-Tem razão. (me olhou com pesar.) O que vamos fazer então?

B-Eu vou conversar com ela.(Me levantei.)

C-Tudo bem.

B-Vou dizer para ela que caso ela não consiga resolver as coisas com Teddy, as portas da sua casa estarão abertas.

C-Tudo bem.(Sorri e abri a porta.)

B-Espera! O que?(se levantou.) BETTY!(Saí de sua sala e caminhei apressada em direção ao elevador. Marcela era uma ótima amiga, e eu estaria sempre pronta para ajudá-la. Mas, enquanto ela não percebesse que Teddy e ela eram adultos e deram um passo importante no relacionamento, eu não poderia fazer mais nada por ela. Já era a segunda vez que os dois brigavam desde que ela decidiu morar com ele, e eu me perguntava todos os dias por que ela aceitou isso, se estavam discutindo mais do que quando moravam separados.)

H-Oi Betty!(parou à minha frente assim que voltei para o terceiro andar.)

B-Olá!(Sorri.) Como está a Yasmin?

H-Bem. Muito bem. E é sobre ela que eu queria falar com você... (sorriu parecendo tenso.) Sabe... Minha família não é muito religiosa, mas a de Érica é. E ela também.

B-Jura?

H-Sim.(Tentei não parecer tão surpresa.) Enfim... Ontem estávamos conversando, e daqui à dois meses Yasmin vai completar 1 ano. E ela me convenceu de que deveríamos batizá-la.

B-É mesmo? Bom... Isso é ótimo!(Sorri.) Imagino que a família dela tenha ficado satisfeita.

H-Sim, muito. (sorriu.) Mas... É que... Estávamos discutindo sobre quem deveria ser o padrinho e a madrinha. E bem... Nós pensamos em você e no Armando.(Franzi o cenho surpresa.) Então... Você aceitaria?

B-Eu... Uau! (Sorri.) Eu nem sei o que dizer.

H-Bom... Estávamos pensando que foi graças ao seu conselho que Érica e eu estamos juntos hoje, e já que vocês dois são o casal mais exemplar que conhecemos...

B-Mesmo?

H-É claro! Nunca discutem, estão sempre de bom humor, trocando carinhos. Qualquer um percebe o quanto vocês gostam um do outro.(Estufei o peito orgulhosa.) Gostaríamos que Yasmin tivesse pessoas assim como seus padrinhos.

B-Henrique, eu nem sei o que dizer...

H-Só diga que aceita. Por favor.(Abri ainda mais o sorriso.)

B-Tudo bem! Eu aceito!(Ele suspirou aliviado.)

H-Que bom!

B-Eu só preciso falar com o Armando e...

H-Ah eu já falei com ele.

B-É? E o que ele disse?

H-Ele ficou muito animado, e disse que seria uma honra.

B-Oh! Então... Sendo assim... Acho que já tem o padrinho e a madrinha.

H-Sim!(exclamou animado.) Eu vou contar para Érica. Ela vai adorar.

B-Tudo bem.(ele afastou-se empolgado e continuei parada no mesmo lugar. Nunca troquei nem sequer três frases em um mesmo dia com Érica, mas pensar que ela cogitou a ideia de que eu seria uma boa madrinha pelo simples fato de Armando e eu formarmos um bonito casal me deixou contente. Eu me sentia bem ao saber que as outras pessoas notavam o quanto éramos unidos. Suspirei orgulhosa meio à um sorriso e caminhei em direção à sala do Armando Mas, notei que Marcela estava escorada em sua mesa, pensativa e desanimada. Antes de seguir para a sala dele, parei à sua frente e cruzei os braços.)

B-O que foi dessa vez?

M-O que? (me olhou.)

B-Brigaram de novo?

M-Não. (suspirou triste.)

B-Então o que foi?

M-Nada.

B-Marcela, não precisa fingir e...

M-Não, realmente não aconteceu nada. Teddy chegou e nem mesmo me deu um oi.

B-Bom... Você também faz isso com ele.

M-Mas não era para ele retribuir. Sabe o que ele é? Um egoísta!

B-Marcela...

M-Eu sempre faço tudo por ele. Ele tem um ridículo complexo de inferioridade, e sou eu quem coloca ele pra cima. E ele simplesmente me trata assim! Quer saber?(olhou para o computador.) Não vou mais me importar. Hoje mesmo eunvou voltar para o apartamento e vou pegar minhas coisas.

B-E para onde vai? Você vendeu o seu!

M-Vou para a casa dos meus pais! Ao menos até eu ter o meu apartamento de volta.

B-Mas...

M-Já tomei a minha decisão.(me calei. Ela voltou a se concentrar no seu computador e eu continuei em direção à sala do Armando. Quando me aproximei da porta, Teddy tinha acabado de sair da sala dele e nós nos esbarramos no corredor.)

T-Ah! Desculpe, Betty.

B-Tudo bem! Estava conversando com o Armando?

T-Sim.

B-Ótimo.

T-E então... É... Como... A Marcela está?(Eu deveria ser sincera e dizer que ela reclamava todas as noites que não queria ser tão orgulhosa para se desculpar e voltar ao normal com ele. E também que todas as noites ela me abraçava como se fosse ele, e que eu tinha que tirar o seu braço da minha cintura porque não gostava que ninguém fizesse isso à não ser Armando. Mas, ela não gostaria que eu dissesse isso, então tive que parecer convincente ao mentir.)

B-Ótima.(Sorri.)

T-Mesmo?

B-Sim! Você sabe como ela é...

T-É... Eu sei. (disse desanimado.) Bom... Vou voltar para o trabalho.

B-Ok.

T-Até logo.(ele se afastou e eu entrei na sala. Armando estava de costas para a porta, em pé no meio de sua sala enquanto lia um impresso. Me aproximei lentamente sem fazer barulho, e o abracei por trás.)

B-Não aguento mais dormir sem você.(Resmunguei enquanto o abraçava. Ele riu e virou-se para mim, segurando em minha cintura.)

A-Bom dia.

B-Bom dia.(se inclinou e me deu um beijo carinhoso.) Então... Quer dizer que seremos padrinhos? (Sorri.)

A-Ah! Henrique já falou com você?

B-Sim! E fiquei surpresa por saber que você já tinha aceitado.

A-Fiquei comovido com o convite.

B-Posso imaginar.

A-Além do mais, não posso trata-lo mal só porque ele é um ex namorado seu.

B-Ele não é meu ex.(ele riu.) Ele disse que somos um exemplo de casal.

A-Mesmo?

B-Sim.

A-Então que bom que os outros percebem.(sorriu me beijando outra vez.)

B-Ah! Tenho outra entrevista sexta. Para um jornal.

A-Isso é ótimo! (disse animado.)

B-Sim! Me ligaram essa manhã. Ainda estou pensando no caso.

A-Viu só como é bom ter um celular?(Ele riu, seguindo em direção à sua mesa.)

B-Ah... E você resolveu o que tinha que resolver mais cedo?(me olhou.)

A-Acho que sim.

B-E sobre o que era?

A-Podemos falar sobre isso durante o almoço?

B-Tudo bem.(Me aproximei, pegando alguns papeis sobre sua mesa.) Você conversou com Teddy?

A-Sim.

B-E então?

A-Eu acho que consegui fazer ele perceber que se ele não pedir desculpas, ela também não vai. Dei algumas dicas de como ele poderia fazer isso.

B-Espero que eles se entendam logo.

A-Eu também.

B-Bom... Vamos trabalhar!

...

Mal vi a hora passar enquanto trabalhava com Armando. Aquele mês em especial estávamos com vários impressos para aprovar, e eu aceitei ajudá-lo com as revisões. Mas, chegou um momento que eu fui obrigada a interromper o trabalho quando o meu estômago roncou tão alto que me fez assustar. Nós saímos de sua sala, mas percebi que Marcela estava batendo sobre o teclado, furiosa.

B-Ahm... Pode ir na frente e pegar um lugar? Prometo que não demoro.(Ele olhou para Marcela no momento em que ela bateu na lateral do computador.)

A-Tudo bem.(beijou meu rosto e saiu em direção ao elevador. Me aproximei da mesa dela e ela nem ao menos me

olhou.)

B-Está descontando os seus problemas no computador?

M-Não!(disse irritada.) Essa carroça fica travando toda hora! Não sei por que Kaleb não usa todo esse dinheiro que ele deve estar ganhando às custas do seu livro para comprar computadores novos.(Olhei em volta me certificando de que ele não estivesse por ali.)

B-Marcela, o que foi?(Ela suspirou e me olhou.)

M-Teddy e eu discutimos de novo.

B-De novo? Por quê?

M-Porque ele está agindo como se nada tivesse acontecido!

B-O que?

M-Ele veio me perguntar o que eu achava sobre colocarmos um sofá preto na sala de estar.

B-E qual é o problema nisso?

M-O problema é que ele não me pediu desculpas ainda! Ele não pode simplesmente chegar depois de uma discussão tão grave e perguntar sobre sofás! Ele deveria perguntar se eu estava bem primeiro!

B-Mas ele perguntou! Para mim!

M-E o que você disse?

B-Eu disse que... Você estava ótima!

M-E deveria ter dito isso mesmo! Porque não quero que ele pense que eu estou sofrendo por ele, porque não estou!

B-Não, é claro que não. (Ironizei.)

M-Sabe de uma coisa? As coisas apenas pioraram depois que eu aceitei morar com ele. Eu deveria ter recusado e deixado as coisas como estavam! Ele no apartamento dele, e eu no meu.(Suspirei.)

B-Marcela, eu acho que ele só está tentando consertar as coisas entre vocês...

M-Então comece pedindo desculpas!

B-Acontece que você também não é a melhor pessoa do mundo para isso! Tenho certeza que se ele tivesse pedido desculpas, você também estaria brava!

M-Está dizendo que eu sou a culpada disso?

B-Você se tornou a culpada a partir do momento que passou a ver problemas onde não tem!

M-Quer saber? Não preciso que você também me dê uma lição de moral.

B-Ótimo! Não falo mais nada!

M-Ótimo!(deu outro tapa no computador.)

K-Marcela! (se aproximou.) Se você bater nesse computador mais uma vez, o conserto vai do seu bolso.(Ela bufou irritada e eu balancei a cabeça, seguindo em direção ao elevador.)

Me admirava que Teddy e Marcela tivessem chegado há tanto tempo de relacionamento, já que ela era a pessoa mais difícil do mundo para se lidar. Não me espantava que eles tivessem problemas no relacionamento, já que ela era a pessoa menos flexível que eu conhecia. E isso piorou depois que ela aceitou que morassem juntos. Um passo importante que deveria ter sido pensado com cautela. Armando e eu tínhamos pouco mais de um ano de relacionamento, e estávamos muito bem dormindo no apartamento um do outro nos fins de semana e algumas vezes no meio da semana. Um passo como aquele deveria ser tomado com calma, e era algo que eu só gostaria de pensar futuramente.

Assim que saí da editora, segui em direção ao restaurante em que Armando estava me esperando. O restaurante ficava logo na esquina, e não demorou muito tempo para que eu chegasse. Quando entrei, eu o vi sentado em uma das mesas mexendo em seu celular. Caminhei em sua direção tentando esfriar minha cabeça depois da pequena discussão com Marcela. Armando não merecia ouvir o meu desabafo sobre isso quando tinha algo importante para me falar.

B-Oi. (Falei me sentando rapidamente. Ele me olhou e eu bufei, passando a mão em meu rosto.)

A-Está tudo bem?

B-Está. Eu só... Tive uma discussão com Marcela.

A-Você também?

B-Pois é! Para você ver que Teddy não está tão errado assim.(Suspirei.) Eu posso...?(Apontei para o copo de água que estava em sua frente.)

A-É claro.(Peguei o copo e o virei rapidamente na minha boca, suspirando logo depois.)

B-Ótimo... Estou mais calma.

A-Tem certeza?

B-Sim.

A-E por qual motivo vocês discutiram?

B-Tudo bem, falamos sobre isso depois. Pode dizer o que precisa.

A-Betty... O que aconteceu?(Respirei fundo.)

B-Ela estava furiosa só porque Teddy perguntou a opinião dela sobre colocar um sofá preto na sala.

A-Ela ficou brava por isso?

B-Sim! Pode acreditar? Ela disse que ele não poderia fingir que nada aconteceu, e que deveria se desculpar antes. Sinceramente, eu não sei o que ela quer dele. O pobrezinho está tentando de todas as maneiras, mas ela está sempre criando motivos para ficar brava com ele! Eu disse isso para ela, e ela ficou furiosa! Marcela é tão difícil as vezes! Na verdade, eu não sei por que ela foi aceitar essa besteira de

morar com Teddy! Quero dizer... Eles têm apenas um ano de relacionamento.

A-Nós também temos...

B-Eu sei, mas eles estão morando juntos! Tomaram uma decisão precipitada! Se ainda estivessem morando cada um em seu apartamento, isso não teria acontecido. É por isso que eu não consigo entender essas pessoas que resolvem morar juntos com tão pouco tempo de relação! Ainda bem que não corremos esse risco.(ele ficou em silencio me olhando.) Então... (Suspirei.) Agora estou mais calma. Obrigada. (Sorri segurando sua mão.) O que tem para me dizer?(Ele abaixou a cabeça e olhou para o seu celular,

arrastando-o sobre a mesa em minha direção. Olhei para a tela dele onde havia a foto de um apartamento, e olhei confusa para ele.) O que é isso?

A-O que eu fui fazer hoje de manhã. Fui olhar um apartamento.

B-O que?(Perguntei confusa.) Você quer mudar de apartamento? Mas o seu é ótimo!

A-Na verdade... (suspirou.) Eu ia propor para que morássemos juntos.


Notas Finais


❤️😘


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...