1. Spirit Fanfics >
  2. Anjo da guarda >
  3. Cap 09

História Anjo da guarda - Cap 09


Escrita por: MenerusHurt

Capítulo 9 - Cap 09



B-E ele é ótimo. É muito bom no que faz. Hoje mesmo eu enviei quatro impressos para o redator, e ele ficou assustado com isso.(Falei brincando com a comida em meu prato. Henrique me olhava escorado à mesa, e só então percebi que estava falando sem parar há mais ou menos quinze minutos.)

H-Uau.(sorriu.) Ele parece ser mesmo um ótimo chefe.(o olhei.)

B-Como?

H-O Armando. Ele parece ser um ótimo chefe. Você não parou de falar dele desde que chegamos.

B-Eu... Não percebi. Desculpe.

H-Tudo bem.(Ele riu.) E editora está mesmo mudada depois dessa mudança de chefes. Já notei isso. E o Senhor Kaleb está muito mais animado.

B-É verdade.(Sorri.) Armando o enfrentou e por pouco eu... (Parei de falar ao notar que eu estava mais uma vez falando do Armando.) Desculpe.

H-Não se preocupe.(sorriu.) Sabe de uma coisa? Por um tempo pensei que vocês dois tinham algo.

B-O que?(olhei confusa.)

H-É... Não sei por quê. Ele parece estar sempre atrás de você. Já notei que todos os dias quando você vai embora ele espera o táxi com você. Cheguei a pensar que ele gostava de te proteger porque vocês dois tinham algo.(Eu nunca tinha parado para pensar que Armando estava fazendo tudo isso para me proteger. Desde a primeira noite em que ele abriu a porta do táxi para mim, eu não percebi que ele fazia

isso para não me deixar sozinha na rua enquanto eu esperava o táxi. Armando fazia tudo isso para me proteger. E se ele estivesse fazendo o mesmo todas as vezes que perdia a paciência comigo no trabalho?) Está tudo bem?

B-Eu... Desculpe, Henrique. Eu preciso voltar.

H-Mas você ainda tem dez minutos de almoço.

B-Eu sei. (Peguei minha bolsa.) Mas eu tenho muita coisa à fazer. Me desculpe.

H-Tudo bem.(disse desanimado.) Tudo bem, eu pago.

B-Não precisa.

H-Eu insisto.(sorriu.) Podemos marcar outras vezes, quem sabe um jantar da próxima?(Era tudo o que eu esperava ouvir dele desde quando me senti encantada por ele. Sempre sonhei com o dia em que ele me convidaria para um jantar, e que diria coisas bonitas para mim. Mas, naquele momento, isso não parecia tão encantador quanto eu imaginava.)

B-Sim, quem sabe.(Sorri e esperei que ele pagasse a conta ao garçom. Depois que saímos do restaurante, voltamos para a editora. Saímos do elevador e eu vi Armando parado em nossa frente, esperando para entrar. Ele olhou para mim e logo depois para Henrique, e eu poderia jurar que seu rosto se avermelhou.)

H-Boa tarde, Sr Armando.

A-Boa tarde.(respondeu indiferente, me olhando.)

B-Estava indo para a sua sala. (Falei parada à porta do elevador.) Estou indo refazer o que você...

A-Coloquei algumas observações para você.(entrou no elevador e apertou o botão de "térreo".) Não vai sair?(Só então percebi que estava impedindo a porta de se fechar. Coloquei os pés para fora do elevador e a porta se fechou, e armando continuou a me encarar até a porta se fechar totalmente.)

H-Ele me dá um pouco de medo.

B-Não se preocupe.(Falei ainda olhando para o elevador.) Você não é o único.

H-Bom... Nos vemos depois.(sorriu.) Me diverti no almoço.

B-Eu também.(Sorri e observei ele se afastar. Logo quando segui em direção à sala do Armando, Marcela apareceu em minha frente e me puxou para um canto afastado dos computadores.)

M-Me conte tudo!

B-Não tem nada para contar. Só almoçamos.

M-E você conseguiu conversar com ele?

B-Sim.

M-Betty, isso é ótimo!

B-Mas só falei do Armando.

M-O que?

B-Só consegui falar do Armando. Foi... Mais forte do que eu. Nem mesmo prestei atenção que estava fazendo isso até ele falar.(ela me olhou.)

M-Tudo bem. Você pode tentar de novo amanhã.

B-Você acha que o Armando se preocupa comigo?

M-O que?

B-Você sabe... Ele sempre me espera tomar o táxi para ir embora para casa. Todas as vezes que estamos no Joe ele aparece e também espera eu ir embora. Você acha que... É muita coincidência?(Marce suspirou e olhou para os lados.)

M-Olha... Eu vou dizer uma coisa, mas não quero que você fique iludida, porque pelo que parece é o que está acontecendo.

B-O que?

M-Quando você saiu para o almoço, Armando apareceu aqui umas três vezes, até que eu perguntei se ele precisava de algo. Ele perguntou se você tinha saído para o almoço e eu disse que sim, e que saiu com Henrique. Eu não sabia que ele ficaria bravo com isso.

B-Ele ficou bravo?

M-Não sei exatamente como ele ficou. Eu só sei que depois que eu disse isso, ele saiu furioso e voltou para sua sala, e só saiu agora para o almoço. Ele parecia bravo.(Continuei a olhar para ela, pensativa.) Seja o que estiver acontecendo entre vocês dois, precisam resolver.

B-Não está acontecendo nada! É esse o problema! Eu... Não sei o que ele quer de mim! Hoje ele me mandou refazer um trabalho que demorei a manhã inteira para fazer, mas ele disse para eu sair para o almoço porque tinha um compromisso que não poderia desmarcar. Pensei que ele tivesse duvidando que eu almoçaria com Henrique...

M-Ai meu Deus, Betty!

B-O que foi?

M-Ele está com ciúmes de você!

B-É claro que não, Marcela!

M-Está! Ele não teria insinuado que você tinha um compromisso se não estivesse. E está descontando isso no seu trabalho, já que ele não pode dizer isso à você.

B-Marcela, você está mais iludida do que eu.

M-Betty, vocês precisam conversar.

B-Não. A única coisa que vou fazer é refazer o trabalho, antes que ele fique realmente bravo com isso.(Me afastei dela e segui para a sala do Armando.)

Era impossível que ele estivesse com ciúmes. Por que ele estaria? Não tínhamos nada um com o outro. Ele provavelmente estava com raiva de mim por eu ter insinuado que ele tinha uma relação com Pilar. Então por qual outro motivo ele teria ciúmes de mim? Assim que entrei em sua sala e segui para a mesa, peguei os papéis que deveria refazer e percebi vários postits colados em várias partes, com observações escritas por ele. Era ainda mais do que eu esperava, e naquele momento eu tive raiva. Raiva por Armando estar descontando seja lá o que for no meu trabalho. Eu tinha levado a manhã inteira para fazer aquilo, e ele simplesmente me mandava refazer praticamente todo o trabalho. E por qual motivo? Ninguém sabe!

Com raiva, peguei as folhas e me sentei à sua mesa, tirando os postit. Eu iria refazer o trabalho, mas Armando teria que se explicar para mim. E daquele dia não passaria. Eu merecia saber o que Armando Mendoza queria de mim.

...

A impaciência de estar refazendo todo o meu trabalho apenas por algumas míseras observações ainda me dominava enquanto Armando não voltava. A cada observação anotada no postit que eu lia, era mais um motivo para eu me irritar. Era óbvio que Armando não achava realmente que o trabalho precisava ser refeito, mas por algum motivo ele queria me deixar irritada. Depois de alguns minutos que eu estava em sua mesa refazendo tudo, a porta se abriu e ele olhou diretamente para mim. Parecia irritado com algo, mas quem deveria estar irritada era eu.

A-Como foi o almoço? (perguntou parado à porta.)

B-Ótimo. Henrique é um cavalheiro.(Respondi indiferente, voltando minha atenção para os postits. Ele bateu a porta tão forte que me fez olhar para ele quando ele caminhou em direção à sua cadeira. Ao sentar, ele tirou seu pacote de bala do bolso e jogou uma na boca.) Ele insinuou que poderíamos jantar algum dia desse.(me encarou e deu um longo suspiro, virando várias balas em sua mão e jogando-as em sua boca.) Na verdade eu poderia ter aproveitado mais o almoço. Se eu não tivesse que refazer todo o trabalho que passei a manhã inteira fazendo.(O alfinetei.)

A-Se tivesse feito tudo correto não precisaria refazer.(respondeu grosseiro com a boca cheia de bala.)

B-Acontece que eu ainda não entendi o motivo para eu refazer tudo. Os erros não são tão graves.

A-Mas são erros.(o olhei.)

B-O que eu fiz para você?

A-O que?

B-Esta tentando descontar algo em mim?

A-Por que eu faria isso?

B-Por eu ter insinuado que você tinha um caso com a Pilar. Ou por eu ter vomitado em sua frente.

A-Você pensa muito mal de mim.(disse ofendido.) E eu não estou descontando nada. Você precisa entender que algumas vezes você vai precisar refazer alguma coisa para que ela fique perfeita.(Bufei irritada e ele se levantou.)

B-Ou ficou assim por eu sair com Henrique...(Quando percebi, já tinha escapado.)

A-Como é que é?(Também me levantei e olhei para ele.)

B-Eu também não posso ter um namorado? Porque isso vai atrapalhar meu desempenho como sua assistente?

A-Beatriz, que tipo de pessoa você acha que eu sou?(perguntou com as mãos à cintura.)

B-Eu não sei. Não sei, porque como eu disse ontem, não consigo te desvendar.

A-Você não precisa me desvendar. Não fiz isso por nenhum desses motivos, e por mim você namora quem quiser.

B-Ótimo!

A-Quer saber? Você... Me tira do sério as vezes.(colocou a mão à testa.) Tudo o que eu faço é para o seu bem, mas sempre você pensa o pior de mim. Eu te defendo, eu te aconselho para que não perca seu emprego, e eu te ensino a lidar como uma situação que você com certeza irá passar se quiser publicar o seu livro!(o olhei confusa.)

B-O que?

A-Eu peguei o seu envelope com a Pilar, e vi que era um livro. Eu não li porque não seria ético da minha parte fazer isso. Mas se você quer mesmo publicá-lo, precisa entender que até que isso aconteça, passará por vários ajustes, e você não pode ficar irritada todas as vezes que tiver que reescrever ou consertar algo. Se for preciso, você terá que reescrever tudo. E se você estiver realmente disposta à publicar um livro, não pode perder a paciência com isso.(Mais uma vez eu o julguei errado. Não era a primeira vez que eu fazia isso, e eu estava começando a me odiar por fazê-lo. Armando mais uma vez estava tentando me ajudar, mas... por que? Por que ele queria tanto me ajudar e de uma maneira tão indireta que me fazia pensar que ele estava fazendo para me irritar.) Mas se todas as vezes que eu tentar te ajudar você for me julgar, então é melhor eu parar com isso.

B-Por quê?

A-O que?(me olhou confuso.)

B-Por que você me ajuda tanto? E por que simplesmente não diz isso? Por que simplesmente não fala para mim que está me ajudando?(Ele não respondeu.) Você nem sequer fala sobre a noite em que me salvou. Eu não consigo entender se você está arrependido por ter feito isso, ou...?

A-Acha que eu me arrependo por aquela noite?(se aproximou.)

B-Eu... Não. Não acho. Mas você nunca fala sobre isso!

A-Sabe por que eu não falo sobre isso?(se aproximou mais, e o cheiro de menta misturado ao seu perfume amadeirado fez meu coração disparar.) Porque eu não quero que você se lembre disso. Não quero que você passe o resto da vida com essa cena em sua cabeça, porque imagino o quanto foi horrível para você. Mas também, não quero falar sobre isso porque eu não gosto de me lembrar daquela noite. Não gosto de me lembrar do susto que tive quando vi aquele homem te machucando.(o olhei com os olhos marejados, lembrando-me de cada cena.) Eu não sei por quê.(se aproximou mais.) Mas desde aquela noite, e desde que eu tive a surpresa de ver que foi você quem derramou café no meu terno quando cheguei na editora, eu sinto uma necessidade enorme de te proteger. De não deixar que algo ruim aconteça à você. Eu não esperava que algum dia fosse te ver outra vez, mas quando vi você na minha frente, eu soube que não foi por acaso que vim parar aqui.(ele me olhou de uma maneira que nunca olhou antes, e eu me arrepiei.) E se eu estou aqui, é para garantir que nada aconteça com você.(Eu não soube o que responder.) Vou entender se quiser que eu pare com isso. Na verdade, nem mesmo eu entendo porque estou fazendo isso. Parece loucura, mas é mais forte do que eu. Na maioria das vezes faço sem perceber, como esperar até que você vá embora apenas para garantir que você está segura.(Quando percebi, estávamos próximos um do outro de uma maneira que nunca ficamos antes. Nossos olhares se cruzavam, e eu conseguia sentir sua respiração pesada com cheiro de menta.)

B-Eu não... Percebi que você estava tentando me proteger o tempo inteiro.(Falei confusa) Então... Todas essas coisas... Você estava fazendo para o meu bem?

A-Mesmo que não pareça, sim.

B-E hoje quando sai com Henrique. Estava tentando me proteger dele?(Ele desviou o olhar.)

A-Não. Isso não foi para te proteger.(Respondeu em tom baixo.)

B-Então por quê? Você ficou bravo só porque sai com ele.(Armando não me respondeu, e o que passou em minha cabeça naquele momento parecia loucura.) Você... Ficou com ciúmes?(Ele olhou para mim novamente sem responder, e eu imaginei que aquilo significava um sim.) Você ficou com ciúmes do Henrique? (Perguntei para enfatizar que era realmente verdade. Mas, dessa vez, apesar do silencio, ele me respondeu de outra maneira. Ele me beijou.)

...

Não esperava por isso. Eu jamais imaginei que estaria beijando o meu próprio chefe e o homem que me salvou. Mas, para a minha maior surpresa, eu não o afastei. Embora espantada com o beijo, o meu maior espanto era por eu estar retribuindo. As mãos de Armando estavam em minha nuca, e cada vez mais eu retribuía o beijo. Eu estava me sentindo bem daquela maneira. Eu me sentia protegida. O gosto de menta se misturava em minha boca, e o meu coração estava prestes a sair do meu corpo. Eu não queria que aquele momento acabasse. Eu não queria que ele se afastasse de mim. Eu queria continuar me sentindo protegida daquela maneira, enquanto sentia o gosto dos seus lábios.

Mas, nosso momento foi interrompido quando a porta se abriu. Nos afastamos rapidamente e senti meu rosto corar, antes mesmo de ver quem era. Depois de Pilar dizer que eu estava me aproveitando dele, a última coisa que eu queria era que alguém nos pegasse aos beijos em sua sala.

F-Oi. Desculpa.(sorriu.) Posso voltar depois.

B-Não.(Falei rapidamente, ainda com o rosto corado.) Eu já... Estava de saída.(Me apressei em seguir até a porta e passei por Felipe de cabeça baixa. Não tive coragem de ver sua feição, e nem gostaria de pensar na possibilidade disso chegar até o chefe. A única coisa que dominava meus pensamentos no momento era que eu tinha beijado o Armando. E eu tinha gostado.)

P-Beatriz!(surgiu em minha frente, e por um segundo eu imaginei que ela tivesse presenciado a cena.)

B-Sim?(Perguntei tensa. Ela me olhou desconfiada e cruzou os braços.)

P-Armando está na sala dele?

B-Sim, está.

P-Ele está ocupado?

B-Não. Quero dizer... Felipe acabou de entrar e...

P-Felipe?(franziu o cenho.) Ele acabou de entrar na editora e você já está tratando ele pelo primeiro nome?

B-É que eu pensei que...

P-Você não tem que pensar.(respondeu com frieza.) Pensei que nossa conversa tivesse sido clara.(Eu queria responde-la, e eu iria. No momento em que eu soube que Armando não tinha absolutamente nenhuma relação amorosa com ela, eu quis dizer que ela não me colocava medo. Eu não era uma "forte concorrente" para ela, porque Armando já havia deixado claro que não tinha nada com ela. Mas, assim que abri a boca para ao menos pedir para que ela me respeitasse um pouco mais, a porta da sala se abriu e Felipe saiu ao corredor.)

F-Ah, oi.(sorriu olhando para nós duas.)

P-Oi, Felipe.(sorriu.) Armando está lá dentro?

F-Sim.

P-Ótimo.(se preparou para entrar em sua sala, mas Felipe continuou parado à porta, sem dar espaço para que ela passasse.)

F-Betty, ele quer falar com você.(Olhei assustada para os dois, sem saber o que responder.)

B-Comigo?

F-Sim.

P-Ela pode esperar. Preciso falar com ele agora mesmo.

F-Tenho certeza que Betty pode passar o recado para ele. Ela é assistente dele, não é?(Fiquei em silencio e ambos me olharam.)

B-Eu... Posso sim, Senhor Felipe.

F-Senhor?(Ele riu.) Senhor Felipe é o meu pai, que por um acaso tenho o mesmo nome que ele. Não preciso de toda essa formalidade.(Pilar ficava mais vermelha à cada segundo.)

B-Tudo bem.(Sorri tensa.) Quer que eu deixe algum recado para ele?(Olhei para Pilar. Por um segundo pensei que ela fosse me humilhar mais uma vez, ou pior: Pensei que à qualquer momento ela voaria em meu pescoço, pela maneira que ela me olhava. Mas, educadamente, ela afastou-se da porta da sala do Armando e ajeitou seu cabelo.)

P-Não.(Respondeu com frieza.) Volto depois.(ela não esperou que eu respondesse. Imediatamente ela virou-se de costas e saiu, com seu salto ecoando por todo o corredor.)

F-Me alertaram sobre ela, mas eu não sabia que ela era realmente assim.(suspirou.) Na verdade, Armando não quer falar com você. Eu disse isso apenas para ela ir embora.(Ao mesmo tempo em que eu me sentia enganada, me senti aliviada por isso. Felipe havia afastado Pilar com uma simples mentira, e isso não era algo que acontecia sempre.) Desculpe.(Ele riu.)

B-Tudo bem.(Falei ainda envergonhada pela cena que ele quase presenciou minutos antes.) É melhor eu... Continuar o meu trabalho. Preciso pegar algumas coisas e...

F-Ah sim, é claro! Fique a vontade.(Olhei para ele me certificando de que ele não faria algo para me prejudicar, mas Felipe estava sorrindo. Sorrindo como uma criança que ouvia seus pais dizendo que fariam uma festa surpresa para ele. Ainda desconfiada, eu lhe dei as costas e caminhei pelo corredor. Eu não poderia simplesmente perguntar o que ele tinha visto até o momento. A única maneira de me certificar de que Felipe não viu o beijo inesperado que Armando e eu trocamos, era esperar e torcer para que o chefe não soubesse disso. Ou torcer ainda mais para que Pilar jamais soubesse, ou ela tornaria a minha vida um inferno dentro daquela editora. A minha e a do Armando.)

...

Depois de alguns minutos me recuperando daquele beijo longe do Armando, eu voltei para sua sala minutos antes de ir embora, para me certificar de que ele não precisava de mais nada.

Quando entrei em sua sala, ele estava escorando à mesa, com os braços cruzados e encarando o chão. Ao me ver, ele imediatamente mudou sua postura e pareceu um pouco tenso.

B-Eu... Já estava indo embora.(Falei me aproximando.) Precisa de mais alguma coisa?(Armando abriu a boca para me responder, mas por ironia do destino, mais uma vez fomos interrompidos. Mas, dessa vez não era Felipe ou Pilar. Era Catalina.)

C-Com licença!(parou à porta.) Desculpe atrapalhar, eu vim saber se você já está indo embora, Betty.(Olhei para Armando esperando que ele pedisse para que eu ficasse, inventando algum trabalho para que pudéssemos terminar nossa conversa. Mas, ele olhou para Catalina e logo depois para mim, seguindo para sua cadeira.)

A-Não preciso de mais nada. Pode ir.(Não pude evitar o desanimo ao ouvi-lo dizer aquilo. Tive a esperança de que ele se importasse em terminar nossa conversa, e principalmente, que falássemos sobre aquele beijo. Cata me olhou esperando por mim, e eu não tive outra alternativa a não ser acompanha-la.)

C-Boa noite!(disse à ele.)

A-Boa noite.(Ele escorou à sua mesa e me olhou. Eu quis ser educada e lhe desejar boa noite assim como Cata. Mas, temi que se tentasse dizer algo, acabasse falando o que não deveria. Então, apenas fechei a porta da sua sala e acompanhei ela pelo corredor.)

C-Seria loucura se eu dissesse que ele fica ainda mais bonito quando está sério daquele jeito?(ela riu. Forcei um sorriso, mas não a respondi. Não, não seria loucura, porque ele realmente conseguia ficar ainda mais bonito daquele jeito.)


Notas Finais


❤️😘


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...