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História Anjos Solitários - Wincest - O amor verdadeiro segundo Ludovico


Escrita por: Takealookmenow

Notas do Autor


Olá amigos,

Segue mais um capítulo,
cheio de emoção no Castelo do clã.

Juro que no próximo, Sam voltará, não me batam, por favor.
Foi preciso, narrar a história completa.

Desculpem os erros.

Ótima Leitura.

Capítulo 4 - O amor verdadeiro segundo Ludovico


Fanfic / Fanfiction Anjos Solitários - Wincest - O amor verdadeiro segundo Ludovico

 

Bobby entrou em contato com quase todos os caçadores que conheciam alguma coisa sobre Dean Fatinelli ou sobre Castiel, e todas as informações não explicavam o porquê de estarem juntos na festa, até se lembrar de sua amiga Helen Harvelle, dona do bar, viúva de um poderoso vampiro, que lhe deixou uma filha mestiça.

Não mais que depressa, Bobby estava entrando no bar de Helen, fazendo um sinal para ela, que se juntou a ele numa mesa ao fundo, deixando outros funcionários cuidando do atendimento.

Bobby: Helen, só você pode me ajudar....quero saber tudo sobre Dean Fatinelli e Castiel Novak.

Helen pensou em como responder, sem comprometer seu amigo Dean, em nenhuma informação, preferindo começar a dizer o que sabia sobre Castiel, pois aquele ser poderoso, com o qual não tinha contato algum, pouco se importaria de ter atrás de si qualquer caçador que fosse louco o suficiente para o perseguir. Tinha que analisar cada palavra a ser dita a Bobby Singer, que tinha ciência ser um dos cabeças dentre os caçadores, mantendo até mesmo uma rede de informações em sua casa, e ajudando diretamente nas caçadas de seu jovem sobrinho, filho do maior caçador já visto, o seu falecido irmão de consideração John  Winchester. E se Bobby estava interessado em Dean, com certeza era problema para ele.

Helen: Bobby, tudo que sei sobre Castiel Novak, é o que quase todos os caçadores sabem, ele agora é o único arcanjo de Deus, e também um general dentre os anjos. Dizem que ele é o mais poderoso anjo que já existiu e todas as criaturas o respeitam, até mesmo os vampiros puros e demônios.

Bobby: E porque ele anda pela Terra? Porque ele se passa por um simples humano?

Helen: Os caídos dizem que ele era um missionário no céu, e assim, com humildade, pregando a palavra de Deus, ele venceu a guerra entre os arcanjos e Lucifer, reunindo os anjos que estavam dispersos em favor de Deus, que agradecido, Lhe deu um poder inimaginável, e a missão de tomar conta da Terra e do céu. Por isso que ele anda sobre a Terra, sem ostentar seu poder, como se fosse um humano, ele é humilde e prega o amor e a paz, não se utiliza de seu poder para isso, e pelo que eu já ouvi falarem dele, ele também gosta de partilhar a vida com os humanos, para poder aprender mais sobre eles, e como o céu está em paz, ele fica na Terra cuidando dos humanos e dos anjos que estão espalhados pelo mundo.

Bobby: E quanto a Dean Fatinelli  ?

Helen: O que sei sobre ele é muito pouco, somente que é um vampiro bem recluso. (Helen sabia que aquela informação vaga era a que todo caçador possuía, mas foi surpreendida por Bobby).

Bobby: Parece que ele lutou com seu marido em outras épocas, num passado distante, não foi ? Eles eram amigos?

Helen: (Assustada com a astúcia de Bobby)...Lutaram sim, mas Willian não nos participava de suas amizades, com medo que fossemos atacadas por outros de sua espécie, e nós não vivemos nessa época.

Bobby: Entendo, e você sabe qual a relação do arcanjo com o vampiro Dean?

Helen: (Sabia que muitos anjos, caídos ou não, poderiam confirmar aquela informação, e ficou com medo de mentir, até porque Dean ficaria mais protegido com ela)......Eles foram amantes durante décadas...e dizem, que até hoje, o arcanjo é apaixonado por ele.

Bobby: (Arregalou os olhos e passou a mão no rosto, espantado)...Meu Deus, Helen. O meu sobrinho, o filho de John, está atrás dele, o garoto cismou em caçá-lo, eu já avisei para ele se afastar por enquanto, mas isso que você me contou, uniu todos os fios soltos. O garoto corre um risco muito grande.

Helen: (Nervosa, com a verdade)...Bobby, escuta, pede para ele esquecer de Dean Fatinelli, ele é intocável, e qualquer um que se meter com ele, vai ser varrido do planeta pelo arcanjo, sem piedade. E Dean é um transformado por um puro, o poder dele é muito grande.

Bobby: (Ficou pensativo alguns instantes)...Helen, com certeza o arcanjo já sabe que ele é um caçador, os dois já conversaram....Obrigado Helen, tenho que conversar com Sam agora mesmo. (Se levantou nervoso e saiu apressado).

Helen sorriu, um tanto satisfeita em poder proteger o amigo vampiro.

 

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Dean e Castiel retornaram a limusine, que os aguardava em frente ao cemitério Fatinelli, após um longo abraço e beijo carinhoso do arcanjo para confortar Dean, seguiram direto para o castelo, onde foram recebidos calorosamente pelos pais de Benedict, Noah e Sophie, que, sinceramente, aprenderam a amar e respeitar Dean, como companheiro de Benedict. Que ainda o sentiam vivo nos olhos de Dean.

Noah: (Se antecipou em abraçar Dean)...Meu filho querido, que saudade de você.

Dean: Também senti muita saudade de vocês...(Se esticou e conseguiu abraçar também Sophie por trás de Noah).

Castiel olhava aquela união estranha entre os puros, que sequer foram educados com dogmas religiosos, mas mesmo assim, sabiam o que era sentimento, e sempre que os via, ficava admirado de como eram espontâneos e sinceros em expressá-los, diferentes dos humanos. Castiel observava aquelas figuras quase translúcidas de pele muito clara, ambos com traços de Benedict, ambos vestidos de forma luxuosa e elegante, assim como acontecia com Dean, desconheciam trajes usuais e comuns.

Noah viu Castiel parado ao lado de Dean, aguardando para cumprimentá-los, e assim como todos os puros e os transformados temiam a figura de Castiel, e por isso também não gostavam muito da amizade dele com Dean, ainda mais que sabiam que os dois tinham tido um relacionamento fracassado, na única tentativa de Dean se reerguer, após décadas da morte de Benedict, e também porque viam, claramente, o amor e a paixão ainda nos olhos do arcanjo para com Dean, que não o correspondia.

Noah parou em frente a Castiel, e em sinal de respeito, lhe apertou a mão, sendo seguido por Sophie.

Sophie: Olá, Castiel, seja benvindo a nossa casa.

Castiel: Obrigado pela hospitalidade.

Dean: (Segurou no braço de Castiel)...Venha, vamos entrar logo, quero ver meu bisavó... (o híbrido).

Aquele momento era o pior para Castiel, pois Ludovico Fatinelli era o único, dentre eles, no qual sentia a presença clara do mal original, do mal vindo dos demônios, como em Lúcifer, e qualquer proximidade com aquele ser confundia os sentidos de Castiel, ele era a fusão das três espécies dominantes, e detinha o poder das três espécies, incluindo a parte anjo nele, e era justamente essa parte que incomodava terrivelmente Castiel, pois sempre tinha ouvido falar das atrocidades cometidas pelo híbrido contra anjos, demônios e mesmos vampiros, na busca de suas descobertas cientificas e irracionais. Ludovico era a personificação do mal, além muito poderoso. Castiel não o temia, mas também não o tinha como inimigo qualquer, sabia que numa guerra entre as espécies novamente, Ludovico se levantaria como um verdadeiro gigante.

Dean entrou quase correndo, como uma criança, pelo hall do Castelo, que tinha suas paredes externas de pedra, mas seu interior era refinado e elegante, como uma mansão comum, com paredes pintadas de branco e poucos tons diferentes na decoração elegante, que se via em todos os cômodos, todo o chão era em porcelanato claro, num tom de areia, e em muitos espaços, o mesmo era coberto por tapetes raros.

Todos seguiram para a sala principal, que era muito grande, composta de ambientes diferentes, no centro da mesma, haviam vários sofás dispostos em frente a uma mesa de centro, em tons brancos ou bem bege claro, e em outro lado, se via um piano preto em frente a uma enorme porta de vidro que dava para uma varanda com portas de vidro, e mais ao fundo havia um pequeno bar com quatro banquetas em sua frente, e um balcão em tons pretos em harmonia a cor do piano, com várias taças, copos e garrafas arrumadas em uma estante embutida na parede com pequenos espaços preenchidos por madeira.

Dentro dessa sala saía um enorme escada que levava ao segundo pavimento, e por trás da mesma observava a passagem clara para o átrio com vista frontal para o oceano. Também haviam algumas portas que levavam a outros cômodos, como para um suntuoso e grande escritório, com biblioteca dentro do mesmo, e também uma porta que levava a cozinha moderna e aconchegante, de onde havia um portal feito na parede em arco, que levava a um salão de jantar, com uma mesa para dez lugares, em vidro e com um pé central em mármore bege, com cadeiras acolchoadas em estofado branco, tudo muito clean. Tinha uma bancada ao fundo, tipo buffet, no mesmo tom do mármore do pé da mesa, onde as comidas deveriam ficar expostas para serem servidas, e no meio da mesa, pendurado no teto, tinha um lustre em forma de pingos em cascata  circular  de cristais com pequeninas nuances coloridas em contato com a luz, e ao lado da mesa, na parede branca, como todas as outras, havia uma enorme pintura abstrata em tons suaves e coloridos de verdes, azuis e branco, que lembrava o mar.

Dean foi direto no escritório, enquanto os outros ficaram na sala, em respeito ao chefe da casa e da família, lhe dariam privacidade no reencontro com Dean.

Ludovico: Dean Fatinelli...pode me explicar porque deixou passar tanto tempo para visitar seu bisavó? (Um contraditório naquela fala, pois o homem que se dispunha na frente de Dean não aparentava nem 50 anos).

Ludovico estava elegantemente vestido, como os outros, em um terno preto, com colete cinza chumbo e cachecol nos tons pretos e cinza, lhe trazendo um ar elegante e jovial. Seu rosto era pálido, com olhos azuis bem claros e cabelos castanhos, era quase da mesma altura que Dean, mas seu corpo era bem menos musculoso e definido, sustentava um rosto aristocrático, e, um sorriso em seus finos lábios.

Dean se aproximou, e Ludovico segurou em seus ombros, olhando profundamente em seus olhos, e depois o abraçou apertado.

Ludovico: Você o encontrou, não foi ? Encontrou o rapaz, o seu amor verdadeiro....Por isso vejo medo em seus olhos....(Afastou o abraço, olhou Dean novamente e voltou a abraçá-lo)....Ah...meu pequeno, não fique assim, um dia isso teria que acontecer, mas por ora, me deixa matar essa saudade de você...por onde tem andado ? Se meu neto estivesse vivo ele não deixaria você ficar tanto tempo assim sem me ver. (Dizia em meio ao abraço).

Dean: Desculpe vô, eu estava resolvendo muitas coisas nos nossos negócios. Foram muitos compromissos sociais e intermináveis reuniões com clientes e imprensa para divulgação. (Ficou assustado com a descoberta de Ludovico a respeito de Sam e não quis entrar no assunto, por ora).

Ludovico: Tudo bem, mas depois falamos dos nossos negócios, já se alimentou ? E cadê o arcanjo, seu amigo ?

Ludovico arrastou Dean num abraço para fora do escritório, entraram rindo na outra na sala, para total desagrado de Castiel.

Ludovico: Olá anjo do Senhor, que bom revê-lo....(Disse em tom sarcástico, se aproximando e apertando a mão de Castiel).

Castiel: Como vai Senhor Fatinelli ?

Ludovico: Muito bem, posso dizer que melhor agora, que tenho a honra de receber em minha casa o nobre anjo, tão poderoso.

Castiel sorriu educadamente, sem dizer nada, e diante do clima pesado que pairou no momento, Noah fez sinal aos empregados que levassem a bagagem para os quartos, no segundo andar do castelo. Enquanto todos se sentavam na sala.

Dean: Cadê Margareth ? Não senti sua presença no castelo.

Ludovico: Minha adorada neta está em viagem com seu marido atual e suas crianças, e dessa vez ela escolheu um humano para transformar, acho que não irá mais se relacionar com os vampiros....(Riu de sua piada).

Margareth, irmã de Benedict havia procriado com um de seus tios, irmão de seu pai, chamado Luca, e deu a luz a três vampiros puros, ficou cerca de dez anos de sua existência por conta dessas procriações assistidas e programadas por Ludovico, e assim que os filhos cresceram, o híbrido liberou Luca para o mundo e Margareth ficou sozinha no castelo com seus pais e avós, e acabou se apaixonando por um dos poucos empregados humanos, que tinham para não serem questionados na cidade. Aquele relacionamento resultou em uma batalha familiar, mas ela acabou o mordendo e se casando com ele, e viviam felizes com seus filhos, sem permitirem que Ludovico a obrigasse a mais nenhum ato em favor do clã.

Dean: Então ela deve estar bem feliz agora...que bom.

Ludovico: Meu querido...ela está feliz sim, diferente do que vejo em você.

Dean se calou em seus pensamentos, sabia que viria uma conversa pessoal, pois seu avó leu toda sua mente, e foi o único que percebeu a existência de algo, ou melhor, alguém povoando seus pensamentos. Dean ficou de cabeça baixa, aguardando a continuação da conversa.

Noah e Sophie deram a desculpa de terem que organizar um banquete de boas vindas e saíram da sala, mas Castiel permaneceu, se levantando do sofá e indo a enorme vista do mar ao lado do piano, e a ficou admirando, em silêncio.

Dean: Escuta vô, eu não sei o que....(Foi interrompido com a mão levantada de Ludovico) .

Ludovico: Dean, esse humano ele é por quem você esperou, por toda sua existência. Ele despertou em você, exatamente o que você despertou em meu saudoso neto Benedict. Sempre foi assim, os puros e seus transformados conseguem detectar o amor verdadeiro e único, quando se aproximam dele. Pode parecer estranho, mas é um sentimento incontrolável, que nasce instantaneamente no coração, basta que esteja perto daquele que está destinado a despertá-lo. Na história do clã existiram muitos amores verdadeiros como esse, que se iniciaram dessa forma, olhe Noah e Sophie, são irmãos que se apaixonaram perdidamente. Assim como Benedict amou você.

Castiel ouvia tudo em silêncio, morrendo de medo de Ludovico influenciar Dean a aceitar aquele sentimento pelo jovem caçador. Dean nada dizia, esperando seu considerado bisavô concluir o pensamento.

Ludovico: (Olhou para Castiel, o estudando como sempre fazia).....Dean, porquê fugiu dele ? Eu nunca soube de um vampiro fugir de um humano.

Dean: Eu não quero isso para mim, eu tenho que me manter o mais distante possível desse sentimento e desse humano.

Ludovico: Não entendo isso, essa sua teimosia em arrastar Benedict e o que vocês viveram para o seu presente e o seu futuro. Eu nunca tive essa chance de identificar o alvorecer do amor, pois não sou um puro original, como sabe, e eu nunca amei ninguém a esse ponto, para mim a ciência é o meu grande amor, mas eu entendo como acontece a loucura da paixão e progride para o amor eterno. Já vivi mais de um milênio para saber apreciar um bom vinho e uma boa comida, mas somente o sangue que sacia a minha fome e a minha sede. E esse jovem, ele é para você o que o sangue é para todos nós. Aceite isso.

Dean: Eu não posso. (Pendeu sua cabeça).

Ludovico: Não pode, porque? Porque tem que passar a eternidade com o fantasma do Benny, que só existe aí, dentro de sua cabeça, quando sequer o amou de verdade.

Dean se levantou de um pulo, indignado pelo que foi dito.

Dean: Nunca mais diga isso, que eu não amei Benny de verdade...(Seus olhos ficaram carmesim imediatamente).

Ludovico: (Riu alto)....Ah, Dean....não deixe a fúria se apossar de você contra mim, somente por que eu disse a verdade....e você sabe disso. O seu amor terno e condescendente para com meu neto, foi maravilhoso e perfeito, como um lindo sonho bom, mas para você,  não foi o amor verdadeiro, não se engane, se já sentiu a verdade.

Dean: (Ficou de costas tentando se acalmar)...Eu já disse eu não quero isso para mim. Eu escolhi e aceitei viver amando Benny eternamente, e assim que vai ser.

Ludovico: Me entristece, que tão poderoso e sábio vampiro, se afunde em ignorância, como está fazendo. Mas a vida é sua. Só gostaria de rever um sorriso em seu rosto, que não fosse somente por cortesia ou educação.

Dean: Desculpe vô, não quero mais falar sobre esse assunto.

Ludovico: Tudo bem, mas temo por você, por isso que desejei lhe falar logo sobre o que vejo.

Dean: Teme por mim? (Não era do feitio de Ludovico dizer esse tipo de coisa).

Ludovico: (Olhou Castiel e sorriu, vendo o anjo estremecer)...Sim, esse rapaz que despertou o amor verdadeiro em você, não é o que pensa, ou melhor não é o que pensaria dele, se não tivesse fugido covardemente, e se permitisse o conhecer melhor.

Castiel se adiantou novamente para sala, e quando estava prestes a se manifestar, a Dean que encarava o avô, que sorria discretamente para Castiel, debochado.

Ludovico: Sam Winchester é um caçador, um maldito humano que caça nossa espécie, e ele esteve na sua festa de aniversário para lhe estudar e preparar uma armadilha para você....e sabe o que o mais interessante, é o que o seu amigo arcanjo sabe disso...não é anjo do Senhor ? (Disse com um sorriso aberto para provocar Castiel).

Castiel olhou para Dean que lhe voltou o olhar perplexo.

Castiel: Dean, eu não lhe contei porque você quis fugir do humano e não saber nada dele, lembra?

Ludovico: (Estalou os dedos para chamar a atenção)....Corrigindo anjo, você não contou nada por que você o quer muito longe do humano...é mais claro que a luz do sol, que você ainda o ama e está com medo de o perder para o humano.

Castiel: Você é indigno de possuir uma gota do nosso sangue, que possa estar em suas veias ainda, seu demônio desgraçado.

Ludovico: Calma anjo, não quero começar uma outra guerra entre nossas espécies, só pretendo ajudar Dean a se encontrar, mesmo sendo seu amor um caçador, ele tem que viver isso, para ser feliz . Ele não é um garotinho indefeso que precise de sua proteção, e não há outro motivo, senão por amor, que permanece ao lado dele. Até esse ponto tudo bem, mas agora, você levantar uma barreira para que ele não encontre o amor verdadeiro, caçador ou não, é um tanto egoísta, em especial, para o mais amado pelo Senhor. Será que Deus sabe o que você anda fazendo na Terra? Que você vive se rastejando atrás de um transformado por um puro? Nem parece ser um general e um arcanjo de Deus.

Castiel com um só movimento de sua mão, jogou o híbrido do outro lado da sala, afundando uma parede em suas costas. Dean correu até o avô desesperado, depois que viu Ludovico se levantar e continuar sorrindo com sangue escorrendo de sua boca. Dean se virou para Castiel que avançava contra eles.

Dean: Pare Castiel !!! Já chega, por favor.

Castiel: Dean saía do caminho, eu vou matá-lo, vou acabar com esse assassino psicopata.

Dean: Não, por favor, chega Castiel, sou eu que estou te pedindo...por favor. (Dean colocou as duas mãos no peito de Castiel para o parar).

Castiel: Como pode defender esse difamador, vampiro degenerado.

Dean: Eu sou como ele, somos todos vampiros aqui. Pare, por favor, estou te pedindo.

Aquela frase trouxe a realidade à Castiel, que estagnou no mesmo lugar.

Castiel: Espero que tenha entendido porque eu ocultei a verdadeira história sobre o humano. Lembre-se que foi você que não quis saber!!! (Castiel sumiu para controlar sua raiva).

 

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Castiel ficou desaparecido durante seis meses, sem dar notícias e sem encontrar com Dean. Mas estava observando todos os seus passos, sem se fazer notar.

Dean passou quase três meses em companhia dos puros, sem se importar em absoluto com a informação de que Sam Winchester era um caçador, pois já havia determinado que não queria nenhum contato com o mesmo, e isso incluía ignorar completamente se estava sendo caçado ou não, independente de quem o estava caçando. Havia uma fúria latente dentro de si, direcionada a Sam, por ter pretendido lhe enganar, de forma vil, mas não conseguia tirar Sam de sua cabeça, sua imagem estava fixada em seus pensamentos, e com essa revelação, acabava pensando demais nele, mesmo que fosse com raiva. E durante todo esse tempo com os puros, Ludovico estava sempre tentando convencer Dean a dar uma chance a Sam, alegando que mesmo sendo caçador, eles poderiam viver o amor.

Depois seguiu para a Grécia, seu objetivo final.

Dean ficou chateado com a reação de Castiel contra Ludovico, apesar de saber que seu considerado avô o tinha provocado, mas sempre iria ficar a favor de sua família, como assim os considerava, mesmo que ficasse contra seu único amigo.

Dean ficava cego, surdo e mudo quando se tratava do clã, e apesar de saber de suas atrocidades e maldades desmedidas e sem fundamento, sempre os defendia, para quem quer que fosse, e mesmo que tivesse que lutar e matar para isso. Esse era um dos motivos que o clã o tinha em mais alta estima, além de o amar por ter sido companheiro amoroso e fiel de Benedict por décadas.

Dean fazia negócios pelo mundo todo para o clã, negócios que se misturavam com os seus próprios, e assim participava tudo à Noah, que comandava todo patrimônio e riqueza do clã. Ludovico somente se envolvia em grandes transações ou grandes somas de dinheiro, que demandavam, e assim sempre estava por dentro de tudo que acontecia com sua família.

Ludovico e os demais deixavam transparecer como viviam os puros, que dedicavam amor entre si, mas que eram vorazes assassinos com os humanos, e todos os dias havia sangue fresco para o alimento de todos, e Dean não perguntava de onde vinha, mas sabia que as masmorras com celas, que margeavam o mar no subsolo do castelo, estavam sempre com humanos condenados por humanos, criminosos, doentes incuráveis, suicidas que se entregavam. Vinham de toda parte do planeta trazidos por outros puros do clã, que somente visitavam o castelo de passagem, ou eram trazidos por transformados, que se tratavam de verdadeiros mercadores de vidas e escravizadores, comandados por Ludovico.

Nesses negócios, o híbrido gostava de comandar pessoalmente, tinha o sadismo de observar o medo nos olhos dos humanos e também de seus subordinados. Gostava de qualquer sensação que exaltasse seu poder, e por tal razão, além de alimentar o castelo desses humanos, também promovia caçadas em áreas de guerra e conflitos armados junto com outros vampiros puros ou transformados de grande poder na Terra, como forma de diversão, e quando isso acontecia, não escolhia nenhum lado, todos e qualquer um poderia ser vítima dele e de seus parentes e amigos. Pois não haviam caçadores humanos nessas zonas livres, onde todos que tombavam eram meramente enterrados sem qualquer registro de suas passagens pela Terra e morte.

Ludovico ainda resistia a matar somente dessas formas, e às vezes, em suas viagens à terras longínquas ou quando se descontrolava, escapava dos ditames atuais, e matava alguns humanos para se alimentar e se divertir ao mesmo tempo.

Assim como alguns transformados também se atreviam a fazê-lo, longe dos olhos do clã e desafiando os caçadores, que assim que tinham ciência dos atos, passavam a ter esses transformados como alvos. Diferente de como era com Ludovico, que ninguém o desafiava, por medo ao seu enorme poder na mistura de sangues nas veias do híbrido, poder desconhecido dos humanos e dos caçadores.

Tais manobras para se alimentarem e se divertirem foram adotadas, a duras penas, para evitar que os caçadores humanos matassem os vampiros transformados, com menos poderes que os puros. Tudo isso firmado em um acordo mudo entre Noah e Ludovico, que aceitou os termos usados pelo neto, para o convencer, pois antes desse advento, todos matavam e caçavam os humanos indiscriminadamente, qualquer um poderia ser morto por eles, até a morte de Benedict, que possuía pensamentos diferentes de seu clã, e sempre optou por matar somente os condenados e doentes. E quando ele morreu, seu pai, em respeito a memória e opinião do filho, resolveu pôr um fim na matança, vindo de encontro a necessidade de controlarem os caçadores que matavam os vampiros transformados.

Dean se lembrava perfeitamente de toda a história, e por isso se mantinha neutro. Apesar de conhecer cada um dentro daquele mundo de sua considerada família, incluindo Ludovico e o mal que o habitava.

 

***Lembranças de Dean***

Os vampiros se organizaram em um único clã, que lutava pela sobrevivência enquanto ainda eram poucos, sendo os mais antigos, descendentes diretos do humano transmutado em híbrido de anjo e demônio, que resultara no nascimento da espécie de vampiro, e assim, os primeiros eram considerados puros, pois haviam nascidos vampiros e não transformados em um.

A explicação era bem simples, o híbrido, vendo o sucesso de sua criação em si mesmo, e na essência do poder que possuía, transformou com a mesma experiência que fez em si mesmo, uma mulher, chamada Liah, a qual tomou por sua companheira, assim essa se tornou uma igual. Dessa união nasceram três filhos, todos nascidos puros, e já vampiros de natureza, sem qualquer resquício de humanidade nos mesmos, para felicidade plena do híbrido.

Os filhos, dois homens e uma mulher, os primeiros puros, procriaram entre eles mesmos, ambos os irmãos homens copularam com a irmã. A vampira deu à luz a outros quatro vampiros, numa procriação planejada e programada por seu pai, o híbrido, onde cada dois netos nascidos pertenciam a paternidade a um dos seus filhos. Suas proles não haviam sido educadas com dogmas da sociedade ou com preceitos do que era o amor, e assim se entregaram facilmente a lascívia do pai, dando sequência a seus planos.

A família composta de pai, mãe, três filhos e quatro netos deu andamento na segunda parte do plano do híbrido, transformar humanos em vampiros, para que aumentassem a espécie. Eram as portas da liberdade para todos os membros daquela família seguir seu próprio caminho pelo mundo e construir suas próprias famílias como bem entendesse, e assim o fizeram.

Porém antes dos membros da família partirem, ficou decidido, pelo chefe  da mesma e criador da espécie, o híbrido, que formariam um único clã, de vampiros puros, os nascidos vampiros, e independente do número de transformados, todos deveriam ser subordinados a esse clã.

Com exceção do pai (o híbrido), de sua mulher e de dois dos seus netos, Noah e Sophie, todos partiram para seus destinos pessoais. Esses poucos ficaram juntos, como uma família, composta dos quatro somente, e todos moravam em um castelo imenso na costa do sul da Itália, num lugar exótico e lindo chamado Amalfitana.

Com a convivência, os dois netos do híbrido, se apaixonaram verdadeiramente, dando origem ao primeiro amor vivido dentre os vampiros, que chegaram a ser alvo dos estudos do híbrido diante de várias reações desconhecidas até então, que somente foram despertadas com o amor dos dois.

Dessa união nasceram, Benedict e sua irmã, Margareth. Mais dois vampiros puros nascidos para o clã, que na época dos seus nascimentos, todo o clã já era respeitado por todas as espécies e passaram a angariar riquezas inimagináveis com comércio de obras de artes, de ouro, diamantes e outras pedras preciosas. Todos na família trabalhavam com o mesmo objetivo de administrar os negócios e manter a ordem entre os vampiros.

Benedict e Margareth foram criados com toda a riqueza que o clã possuía, e acompanhando a educação que seus pais também receberam, foram letrados pelos melhores filósofos, matemáticos e cientistas da época, sempre cercados de luxo, mordomia e conforto, tão grandiosos, que chegavam a ultrapassar os da realeza humana.

Benedict recebeu treinamento militar, ensinado na arte das armas e em lutas trazidas pelos mestres do oriente, que foram importados somente com essa finalidade, vindos diretamente das distantes terras da Ásia. Margareth recebeu aulas de etiqueta e tudo inerente a criação de filhos. Diferentes de seus pais, que eram irmãos, não se envolveram, e nem de longe tinham intenções amorosas um com o outro, eram simplesmente irmãos.

O que rendeu, a Margareth, décadas depois, um relacionamento forçado com um tio para procriação de novos puros. Até mesmo porque Benedict teve a escolha de suas preferências sexuais, pouco se relacionando com mulheres, e se firmando num longo relacionamento com Dean.

Ambos aprenderam ao longo da vida a caçarem humanos para se alimentarem, e, a desenvolverem seus poderes.

A raça pura dos vampiros se desenvolvia normalmente até chegarem a idade adulta, quando paravam de envelhecer, e havia uma variação de um puro para o outro, o que Ludovico nunca soube precisar o motivo, uns chegavam a marca de 30 anos e outros não passavam dos 25 anos na aparência, mas em todos a juventude era vívida.

O segredo dos vampiros, não era a imortalidade, era em não envelhecer, nunca ficar doente ou se ferirem, de forma incurável. E para descobrirem tudo isso, muitos transformados tinham sido sacrificados por Ludovico em seus mais obscuros e profundos estudos.

Restou claro, que não eram imortais, porque podiam morrer, assim só ficavam vivos por uma infinidade de tempo, mas não para todo o sempre, como supunha o chefe do clã, ao criar a espécie.

Os estudos dele descobriram que os vampiros transformados morriam ao receberem um golpe certeiro no coração, por qualquer que fosse o meio de arma usada, bastava perfurar o órgão que morriam, assim como se separassem a cabeça do tronco, também morriam, mas de todos os demais ferimentos conseguiam se regenerar rapidamente, até mesmo os mais profundos, em minutos não haviam rastros de sua existência na pele. Pressupôs que os vampiros puros também poderiam morrer da mesma forma.

Todos os vampiros sentiam as dores dos ferimentos, mesmo que não lhe causassem danos prolongados, as dores eram sentidas do mesmo modo que os humanos sentiam, e para certa infelicidade do criador, todos os sentimentos dos vampiros eram iguais aos dos humanos, sentiam amor, ódio, alegria, tristeza, e todos os outros sentimentos que nasciam desses.

Os sentidos que eram bem diferentes, e todos os cinco sentidos eram extremamente apurados, nos vampiros, mais do que nos humanos, a visão era perfeita além de possuírem visão noturna, o olfato era elevado a níveis de mais de dez vezes do que o olfato humano, a audição era absurdamente sensível ao menor ruído, mesmo que fosse a uma distância considerável, a fala poderia se tornar tão alta, tanto quanto em um alto falante, se desejassem ou se descontrolassem, e o tato era esmerado em qualquer parte do corpo de um vampiro, a sensibilidade de cada parte na pele de um vampiro era tamanha, que até o sopro do vento causava arrepios, e por fim o paladar, que era bem exigente, porém restrito ao sabor do sangue, poderiam perfeitamente se alimentar de alimentos comuns, e sentirem todo o sabor da comida e bebida a níveis bem refinados, porém nesse sentido, a nutrição exigida pelo corpo do vampiro e sua saciedade, até mesmo da fome, só era obtida através da ingestão de sangue, que de humano para humano possuía diferença de sabor, sentido pelos vampiros.

 Com o passar das décadas, aprenderam a controlar todos os sentidos, para adaptá-los a sobrevivência sem incômodos da espécie, assim a audição e o tato foram controlados pelos próprios impulsos do corpo do vampiro, que somente os deixava apurados se ficassem concentrados para isso. A fala e o paladar já eram facilmente controlados, pela própria natureza.

A visão era um caso à parte, era o único sentido que não conseguiram controlar em seu potencial, e com isso eram fotossensíveis a luz, em especial a luz do dia, por ser muito agressiva, e com isso décadas depois, criaram uma lenda de que os vampiros morriam na luz do dia, porém os mesmos somente não suportavam a luz do sol, e assim em sua grande maioria, preferiam andar e caçar durante a noite, para não terem suas retinas queimadas, o tempo todo pela luz do sol, bem como sua pele extremamente sensível, que se queimava somente com o mormaço.

Os vampiros transformados, assim como os puros, apesar de estarem tecnicamente mortos, não deixavam de sentir calor ou frio, eram sensíveis as intemperes do clima.

Os poderes experimentados, estudados e posteriormente desenvolvidos pelos vampiros eram diferentes entre os transformados e os puros. Os poderes dos transformados eram bem mais fracos do que um puro, mas ambos possuíam força descomunal, bem acima da força de um ser humano.

Todos os vampiros possuíam asas, não tão grandes como a dos anjos. E as asas dos vampiros eram negras, se ocultavam em seus corpos quando desejavam, pois eram feitas de puro poder, e assim, podiam voar ou levitar em pequenas altitudes, com ou sem o uso delas, não se elevam acima dos voos das aves, nada além do que cerca de uns vinte metros do chão.

Os vampiros podiam se transformar em alguns animais, aqueles que possuíam ligação direta com o lado místico dos anjos e dos demônios, como muitas vezes lhes rendiam figuras como a de grandes felinos ou lobos. E também possuíam o dom de se comunicarem com esses seres físicos, de forma clara, lendo os pensamentos e instintos deles.

No todo mais, eram exatamente iguais aos humanos e viviam iguais a eles, em quase todos os aspectos que rodeiam uma vida comum, morando em casas limpas e confortáveis.

Os vampiros experimentavam os mesmos sentimentos humanos, o que diferenciava, eram a experiência de vida de um vampiro para um humano, e muitas vezes eram considerados frios e até mesmo desprovidos de sentimentos, porém era muito difícil viver mais de 200 anos, e assistirem a todos que amavam morrerem ao seu redor, e não se abalarem com isso. Assim, na verdade, evitavam grandes paixões ou amores, e se apegavam a sentimentos que teriam que ter um fim obrigatoriamente.

Devido as diferenças de poderes entre os vampiros puros e transformados, o Hibrido e sua mulher Liah eram mais poderosos, pois eram a origem do poder de anjos e demônios misturados, depois vinham os puros, os transformados pelos puros e por fim, os transformados.

Diante dessa diminuição de poderes, alguns transformados eram facilmente caçados e mortos, na maioria das vezes por demônios ou anjos, mas também haviam relatos de humanos que mataram vampiros em grandes rebeliões da população contra os mesmos, que se mostravam livremente e não temiam os humanos, que eram mortos por eles em plena luz do dia, causando revolta. Sendo um do pontos de surgimento dos caçadores.

A Igreja dominante na Terra, sabia da existência física e real das espécies, havendo demônios e anjos no meio dessa, e esses fomentavam a discórdia das populações, ricos e pobres, contra as espécies, sob o julgo de se tratarem de humanos com pactos com demônios, praticantes do mal, adoradores de Lúcifer, bruxas e bruxos que dominavam a arte da magia negra, somente com o objetivo de matarem vampiros, anjos ou mesmo demônios que saísse da escuridão de se mostrassem. A própria Igreja não permitia que nenhuma prova real e física da existência das espécies fosse apresentada à humanidade, que somente acreditavam na existência das espécies que liam em livros antigos, para poderem continuar pregando sobre a obediência a Igreja em troca da alma não se perder no inferno ou se tornarem uma dessas criaturas.

Na atualidade, com a perda do poder e da força, progressivamente, da Santa Igreja junto a humanidade, ninguém acreditava mais na existência das espécies, e assim permaneciam no obscuro. E a religião antes centralizada se pulverizou em muitos seguimentos independentes, de tal forma, que era facilmente encontrada religião que determinava somente estilos de vida alternativos para os humanos, assim como verdadeiras seitas de grandes e falsos pregadores, e cada surgimento de nova religião, as espécies eram mais esquecidas, e como não acreditavam, os humanos simples não os caçavam mais, deixando o serviço somente com os caçadores, que também ninguém acreditava mais na existência.

 

***Fim lembranças de Dean***

 

CONTINUA...


Notas Finais


MUITO OBRIGADA PELO CARINHO DE QUEM
FAVORITOU, DE QUEM ESTÁ ACOMPANHANDO E COMENTANDO !!!!

Estou adorando escrever essa FIC, e espero que gostem do resultado.

Muito obrigada, vocês são os grandes incentivadores sempre.

BJSSSSS !!!!!!!


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