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História Anne with an e- continuação da série - Duas almas em uma


Escrita por: roalves

Notas do Autor


Olá, queridos leitores. Este capítulo ficou bem romântico com os melhores cumprimentos de nossos protagonistas. Por favor, comentem, pois adoro ler todos os comentários. Obrigada também a todos os anônimos que não gostam de comentar , mas que seguem fielmente todas as semana essa história que escrevo com o coração. Beijos, Rosna.

Capítulo 53 - Duas almas em uma


Fanfic / Fanfiction Anne with an e- continuação da série - Duas almas em uma

Capitulo 53

Duas almas em uma

 

ANNE

Paris se mostrara mais uma grata surpresa para Anne, e ela estava feliz por viver mais uma experiência incrível com Gilbert. Talvez se ele não estivesse ali, as coisas não estariam sendo tão maravilhosas como ela pensava, pois a cidade do amor tinha mesmo o poder de transformar os relacionamentos em algo real e mágico, e o efeito sobre ela e Gilbert fora que os deixara ainda mais apaixonados um pelo outro. 

Como isso era possível? Ela se perguntava. Todos diziam que o fogo da paixão que no início de um relacionamento era enorme com o tempo se acalmava e se tornava algo comum entre casais, mas entre ela e Gilbert isso não era verdade, porque depois de tanto tempo juntos, seu coração ainda palpitava por ele, e falhava uma batida sempre que ele lhe lançava aqueles olhares profundos como se quisesse lhe contar todos os segredos do mundo. Estar com ele todos os momentos era descobrir algo novo todos os dias a respeito de si mesma e de seu noivo, como se houvesse sempre uma surpresa escondida por baixo do que sentiam um pelo outro, e fazer amor com Gilbert era a melhor coisa do mundo, por que para ela não era a satisfação física que contava, e sim o que sentiam. Cada vez que se entregava para Gilbert era como se estivesse dando a ele mais um pedaço de seu coração, e revelando a ele mais uma faceta de si mesma.

Era por isso que sua conexão com ele era tão perfeita. Desde a primeira vez fora assim, e ela nunca se arrependera de ter se entregado a Gilbert, pois seu coração sempre lhe dissera que ele era o rapaz certo, e o tempo só lhe provara que ele seria o único.

Às vezes quando ficava perdida em seus próprios pensamentos se perguntava o que teria sido dela se Gilbert não tivesse voltado, ou se tivesse escolhido outra garota para amar. O que teria feito ? Para onde teria indo? Quando vivia no orfanato, seu único objetivo era se tornar livre e viver como quisesse, mas o que teria sido dessa liberdade se ela não tivesse encontrado Gilbert Blythe? O que teria sido de sua vida se os seus destinos nunca tivessem se cruzado? Talvez ainda assim ela tivesse ido para a faculdade e se tornado professora, mas com a diferença de que sua vida não teria a mesma intensidade e nem a mesma luz, porque uma vez que suas mãos se entrelaçara com as de Gilbert , ele se tornara o capitão de sua vida e a levara por mares com os  quais ela pensara que só poderia sonhar e nunca navegar.

Que aventura maravilhosa era essa que ela é Gilbert tinham embarcado juntos. Que alegria imensa era compartilhar com ele cada pequeno prazer, cada pequena vitória.  Se houvesse outra vida além dessa, Anne tinha certeza que  se reencontrariam, por que os laços que tinham eram tão fortes que os manteria unidos até além de outra esfera ou dimensão.

Ela nunca pensara que o amor fosse um sentimento capaz de envolver tanto alguém, que haveria uma troca entre almas. Nos romances que lia quando era tão jovem ainda, e nem conseguia imaginar que aquele sentimento tão imenso a teria em suas mãos, Anne apenas pensava que não havia tanta profundidade. Era apenas uma história romântica escrita para encantar, mas que na vida real nunca poderia existir algo tão grandioso assim. Mas como ela estava errada. Como conhecer Gilbert lhe abrira os olhos para algo que nunca sonhara que aconteceria com ela. Seus sonhos românticos foram superados por um par de olhos castanhos que capturara seu coração completamente. Anne nunca pensara que se tornar mulher nos braços dele lhe daria a liberdade que sonhara dentro ainda dos portões do orfanato, e que revelaria coisas sobre si mesma que ela nunca soubera.

Que bom que o destino fora generoso com ela, e lhe dera mais do que achava que merecia, lhe dera alguém que todos os dias que mostrava tudo o que o amor tinha a oferecer, e a quem confiava sua vida de olhos fechados, e a quem nunca deixaria de amar mesmo quando desse seu último suspiro, mesmo quando não estivesse nesse mundo e o seu sentimento tivesse se tornado energia pura, ela faria questão de contagiar outros corações com sua força e autenticidade.

Gilbert Blythe era para ela sua Paris particular, pois ele tinha o mesmo brilho e sabor que a cidade que conquistara seu coração e ele nunca sairia dela, porque vivia em seu sangue e em sua alma.

- O que a deixou tão pensativa essa manhã, Anne? Parece que estava em outro mundo? - tia Josephine perguntou, fazendo Anne desviar o olhar do Jardim que estava admirando enquanto pensava e sorrisse para ela.

- Estava pensando em Gilbert. – Ela respondeu sinceramente.

- Você o ama muito, não é? - tia Josephine perguntou, sentando- se na poltrona perto de Anne.

- Mais do que alguém possa imaginar.

- Dá para perceber da maneira como seus olhos brilham quando fala dele. E devo te dizer algo que já sabe. Gilbert é completamente apaixonado por você.

-  Eu sei.- Anne respondeu como se sorrisse para si mesma.

- É porque o ama tanto?- Tia Josephine quis saber, curiosa por saber um pouco mais sobre aqueles dois jovens que pareciam tão bem juntos e tão apaixonados.

- Eu não sei como explicar. Estar com Gilbert é ter a melhor sensação do mundo. Ele me entende como ninguém e me conhece melhor do que qualquer outra pessoa. Eu nunca fui muito fácil de deixar as pessoas entrarem em minha vida por medo de perdê-las depois, mas com Gilbert foi algo tão inacreditável de acontecer. Por mais que eu quisesse afastá-lo, mais ele parecia se agarrar a mim como uma segunda pele, e quando vi eu estava completamente envolvida por ele. Sei que é algo louco de se dizer, mas acho que esperei por ele desde que nasci, é como se ele estivesse estado sempre lá em uma parte de minha mente e que quando nos encontramos eu o reconheci dos meus sonhos. – Ela olhou para tia Josephine que a observava atentamente e se sentiu feliz por estar se abrindo para ela. Ela nunca conseguiria falar assim com Marilla. Era íntimo demais, e sabia que a velha senhora nunca se sentiria confortável com conversas daquele tipo, por suas próprias crenças e princípios.

- É tão bonito ouvir você falar assim. Eu tenho observado vocês dois durante esse tempo em que estão em minha casa, e percebi que existe uma conexão perfeita entre vocês dois. Eu notei que Gilbert é um rapaz sério e que não se abre facilmente para as pessoas, mas quando você chega, ele se transforma como se acendesse uma luz dentro dele que ilumina tudo ao seu redor. E não estou falando de paixão carnal, pois essa acaba passando com o tempo, é algo mais profundo, como se quando vocês se aproximam as partes que estavam faltando se completam, e nada no mundo vai conseguir mudar isso. Eu nunca vi algo assim, é muito raro e complexo, mas ao mesmo tempo lindo demais para não ser vivido da maneira mais intensa possível. – ao ouvir as palavras de tia Josephine, Anne  se sentiu mais vontade ainda de se abrir e perguntou:

- Tia Josephine.  A senhora não acha errado o relacionamento íntimo que eu e Gilbert temos? - a velha senhora sorriu ante a pergunta e por Anne ter corado  ao fazê-la.

- Você quer saber se acho errado vocês se amarem fisicamente? – Anne concordou, e ela continuou. —Vou te fazer uma outra pergunta então. Como se sente a respeito disso? Você acha errado se amarem assim? - Anne sorriu e respondeu com sinceridade.

- Eu não sinto que seja errado, embora outras pessoas condenariam. Amar Gilbert assim é tão intenso que não sei como explicar o que sinto. Não é somente sexo que rola entra gente, é mais do que isso. É como se nesses momentos estivéssemos nos conhecendo melhor, nos revelando um ao outro, transformando esse amor que sentimos em toques e carícias. É como se palavras não fossem mais necessárias, pois nossos beijos já falam tudo. Gilbert é incrível e é tudo o que desejei para mim. Ele é terno, é carinhoso, um pouco possessivo devo confessar, mas não o condeno, porque também sou assim. Ele é tudo o que preciso, pois se eu não tiver mais nada na vida além dele, já seria o bastante para mim.

- Então, você já tem a resposta para a pergunta que me fez. Por que seria errado amar alguém dessa forma se é certo para você? Por que a opinião das outras pessoas deveria importar se em seu coração é algo que te faz bem?  Não, Anne, eu não acho errado. Como poderia? Nunca vivi algo tão intenso assim. É lindo ver vocês dois juntos, duas almas em uma.- Anne sorriu e fez ainda mais uma pergunta.

- A senhora nunca se apaixonou, Tia Josephine?

- Já, mas não dessa maneira tão profunda.  Você sabe que os relacionamentos para mim são complicados. Estou feliz que Cole tenha tido. mais sorte  do que eu.- ela respondeu pensativa.

- Nunca é tarde para amar.- Anne disse.

- Querida, com a minha idade, as pessoas se tornam mais exigentes e por isso perdem boas oportunidades. Mas, ainda tenho esperanças de encontrar uma companhia especial.

- Eu tenho certeza de que encontrará uma pessoa que amará a pessoa incrível que a senhora é.  – Anne lhe disse dando um beijo em sua bochecha.

- Obrigada, querida. Mas, por falar nisso onde está seu lindo noivo? - ela perguntou se levantando.

- Está no quarto dele lendo. Às vezes, Gilbert sente necessidade de ficar sozinho e fazer coisas apenas para si mesmo. Eu não me importo, pois também gosto de passar algum tempo sozinha, me ajuda a pensar.

- Bom, já que estamos sozinhas. O que acha de tomarmos chá? - tia Josephine sugeriu.

- Ótima ideia, eu adoraria.

Assim, Anne seguiu tia Josephine até a cozinha para tomarem um delicioso chá.  Mais tarde se reuniria a Gilbert para passearem juntos por Paris, e ela mal podia esperar por isso.

 

 

GILBERT

 

Gilbert deixou de lado o livro que estivera lendo e olhou pela janela de seu quarto que lhe deva uma incrível visão da torre Eiffel. Ele e Anne a visitariam aquela tarde, pois estiveram envolvidos em tantas atividades de turismo aqueles dias todos em Paris que não ainda não tinham tido tempo de visitar aquele lugar especial que fazia parte de tanto cartões postais e capa de revista sobre aquela cidade linda.

Ele nunca imaginar que se divertiria tanto em Paris. Era lógico que sempre tivera curiosidade de conhecê-la, e era um dos poucos lugares que não visitara quando viajara pelo mundo. Mas, ele sabia que somente estava sendo tão bom, porque Anne estava com ele. Paris não era uma cidade para se visitar sozinho, e sim com a pessoa amada, pois em cada esquina podia se sentir o romantismo que emanava pelo ar como se fosse um perfume antigo que entrava na alma de quem o inalava como o coração aberto e apaixonado. E ele estava completamente apaixonado por Anne, ou melhor, ele estava aos pés dela literalmente. Não havia uma única fibra de seu ser que não a amasse e que não precisasse dela, ela o conquistara no primeiro olhar que lhe lançara, e Deus! Que olhos ela tinha. Já os tinha comparado a tanta coisa, mas, nunca sentira que fora justo, porque nunca encontrara nada que tivesse a cor daquele azul profundo que tomava conta da alma de quem quer que se deixasse envolver por eles. Anne era simplesmente fantástica, quantos mais adjetivos poderia usar para descrevê-la? Ele sabia que às vezes parecia piegas, e esperava não aborrecê-la com tantos elogios que lhe fazia sem mesmo perceber. Mas, o problema era que Anne Shirley Cuthbert era uma inspiração, e quando ela estava por perto a única coisa que conseguia fazer era admirá-la e desejar mais que tudo que pudesse fazê-la sempre feliz.

Esse era um de seus medos, não fazê-la feliz o suficiente, pois se alguém na vida merecia o mundo era Anne. Ela já tinha sofrido demais e Gilbert não suportava pensar que algo ainda podia feri-la, pois se tinha uma coisa que deixava Gilbert arrasado era ver Anne chorar, principalmente por alguma coisa que ele fizera. Ele pensou no passado, e se lembrou de todas as vezes em que ela fora infeliz por sua causa, e não se orgulhava disso. Se pudesse voltar no tempo e apagar todas as palavras ríspidas que tinha dito a ela  ou todas às vezes que a decepcionara ele o faria, mas, infelizmente Gilbert não tinha esse poder, e tudo o que podia fazer era se dedicar totalmente à ela, cercando-a de amor, e torcer para que nunca mais fizesse nada que a magoasse.

Ele não era perfeito, estava longe disso, mas, todas às vezes que Anne o dizia que o amava e dizia que Gilbert era tudo para ela, seu coração se regozijava de alegria, pois ele sabia que naquele momento ele a estava fazendo feliz, e diminuía um pouco a culpa das vezes que não fora assim, e quando ela dizia que ele era tudo para ela, Gilbert queria mesmo acreditar que o que dava à ela era o bastante.

Ele nunca fora muito bom com palavras, mas aprendera com Anne deixar seu coração falar e não mais esconder o que estava sentindo quando estavam juntos, isso fora mais uma coisa que Anne o ensinara, a ser ele mesmo e não ter medo de demonstrar suas emoções da maneira como elas o afetavam. Agora quando ele dizia que ela era incrível não se sentia mais constrangido por ela saber exatamente o que ele pensava, ou na hora do amor quando sussurrava coisas no ouvido dela e a via vibrar de prazer, ele simplesmente saboreava o momento e não mais deixava seus pensamentos trancados dentro de si.

Quando ele pensava sobre o Gilbert que fora no passado, não conseguia mais enxergá-lo em seu reflexo no espelho. O garoto tímido e inseguro não existia mais, ele sabia exatamente aonde estava indo e até onde queria chegar, e isso ele também devia a Anne. As pessoas costumavam dizer que atrás de um grande homem sempre existia uma grande mulher, e essa frase se aplicava perfeitamente a ele. Amar Anne o fizera crescer como pessoa e amadurecer como homem, forçando-o a deixar suas antigas vestes de garoto sério e incerto de tudo para emergir de dentro dele essa pessoa que ele era hoje, e que podia dizer de quem sentia orgulho, e ele precisara daquela linda garota ruiva para lhe mostrar exatamente tudo o que ele podia ser se se despisse de sua velha carcaça de arrogância, sim, porque ele fora arrogante, e no passado, Anne não cansara de lhe jogar isso na cara em suas intermináveis discussões, quando eles ainda não eram namorados, antes de ele fugir para o meio do oceano em busca de algo que nem mesmo sabia o que era.

Até Anne Chegar, Gilbert pensava que sabia tudo, pois seu nariz vivia metido em livros, e ele gostava de enfeitar as aulas de seus professores com suas respostas corretas e espirituosas  a respeito de variados assuntos. Não que fizesse isso para se sentir superior aos seus colegas, ele jamais esnobara alguém só porque tinha mais inteligência ou mais informação sobre determinados assuntos, mas, fazia-lhe bem ao ego quando seus colegas o olhavam com admiração e respeito enquanto ele explicava a teoria de algum filósofo grego ou gênio da matemática. Mas, bastou que uma garotinha voluntariosa, a quem ele chamara de cenoura uma vez, o olhasse com aqueles olhos enormes para bagunçar totalmente seu mundo de sabedoria, e  o jogasse em um redemoinho de dúvidas. Anne desfiara sua inteligência, fizera-o enxergar que enquanto ele pensava que era alguém tão sábio, na verdade não sabia nada da vida, e foi aí que se apaixonara.

E fora um tolo por negar isso por tanto tempo, fora teimoso demais por não querer admitir que pela primeira vez na vida estava caído por uma garota, totalmente rendido por alguém que fora tão desprezada pela sociedade, mas que tinha uma alma tão maravilhosa que resplandecia por onde ela passasse, e que ele nunca em sua enorme ignorância conseguiria alcançar.

Ma,. ela estava lá quando ele voltara, e esperara por ele por muito tempo, e quando Gilbert quase tinha perdido as esperanças de tê-la, Anne confessara que o amava, e foi o momento mais incrível de sua vida. Ele tivera vontade de voar, de correr, gritar para  o mundo que a garota mais inesquecível que ele tivera o prazer de conhecer lhe estava dando seu coração, e se sentia assim até aquele momento.

Ele ainda se perguntava todos os dias como a conquistara? Como conseguira fazê-la olhar para dentro dele e enxergar que o que havia ali valia a pena para ela? Como ela pudera sorrir para  ele entre as brumas de sua confusão existencial, e perceber que Gilbert precisava dela tão desesperadamente que não conseguiria respirar mais nem um dia  se não pudesse nunca mais ver aquele sorriso?

Talvez fosse dramático pensar assim. Talvez fosse exagero achar que sem Anne ele teria perecido nas sombras de um ser humano sem perspectivas, mas, aquilo tudo para ele era real e que se danasse quem achava que um amor assim não existia. Pois, ele podia afirmar com todas as letras que existia sim e estava tatuado em seu coração para sempre.

Por esta razão, estar em Paris com Anne era algo tão único, e ele não estava apenas pensando no aspecto romântico da coisa toda, ele estava pensando apenas na mulher que lhe proporcionava os melhores momentos de sua vida e com quem passaria o resto dela de bom grado sem permitir que nada e nem ninguém mudasse isso.

O mordomo de Tia Josephine na porta de seu quarto o fez voltar ao presente e afastar seus pensamentos. Ainda estranhava um pouco esse tipo de comodidade. Em sua casa nunca tivera mais do que alguém para cuidar da casa e de suas vestimentas, mas ali na casa de tia Josephine que ostentava o luxo em cada parede da mansão, ter alguém para servi-lo todo o tempo o fazia se sentir estranho, e não sabia se  se acostumaria a ser tratado com tanto esmero e dedicação por alguém que não fosse seu pai e sua mãe.

Então, Gilbert olhou para o homem que esperava por uma palavra sua e disse:

- Pois não.

- Sr. Gilbert, desculpe- me por incomodá-lo, mas a Sra. Josephine me mandou perguntar-lhe se o Sr.  Gostaria de se juntar a ela e a Srta. Anne para o chá da tarde.- ele disse em uma voz formal.

- Claro, diga à ela que descerei em seguida.- Gilbert respondeu educadamente.

- Sim senhor.- e assim como tinha surgido o homem desapareceu de sua vista em um segundo.

Gilbert passou as mãos pelos cabelos, ajeitou suas roupas e desceu as escadas, indo de encontro a Anne e tia Josephine na cozinha. E quando ele entrou e Anne o brindou com aquele sorriso que ele amava, Gilbert disse a si mesmo que aquele momento era o melhor do seu dia.

 

 

GILBERT E ANNE

 

Anne e Gilbert deixaram a casa de tia Josephine logo após o chá delicioso da tarde e se misturam a multidão nas ruas de Paris. Eles visitaram vários pontos turísticos e um deles foi o museu do Louvre.

Anne adorava qualquer tipo de arte, mas os quadros pintados por Leonardo Da Vinci eram os seus preferidos. Ela se encantou pelo quadro a Mona Lisa, e seus olhos brilharam ao se ver frente a frente com algo tão belo que ainda conservava sua magnitude pintada décadas atrás.

- Gilbert, isso não é incrível? Como alguém conseguiu criar algo tão grandioso assim, e mesmo depois de tanto tempo ser admirado por tanta gente? - ela perguntou ao noivo.

- Bem, eu não entendo muito de arte, mas acho que quando algo é feito com o coração pode sim perdurar por anos, e sempre que alguém olhar para isso vai compreender a sinceridade que foi colocado nela.

- Quem você acha que ela foi? Será que foi alguém real ou apenas a imaginação de um pintor imensamente talentoso? - Gilbert a abraçou por trás e disse:

- Como eu te falei, eu nunca me interessei muito por arte, mas o que sei sobre essa pintura é que existem muitos boatos e histórias envolvendo a mulher misteriosa do quadro, e nunca se chegou realmente a uma conclusão sobre isso.

- Acha que ela foi alguém que ele amou? – Anne perguntou ainda encantada pelo quadro e sua imaginação dando mil voltas sobre o assunto que conversava com Gilbert.

- Talvez. – ele respondeu.

- Às vezes me pergunto que tipo de amor é tão grandioso que faz alguém querer imortalizá-lo em uma tela.

- Bem, se eu fosse um pintor tão talentoso quanto Leonardo Da Vinci, com certeza eu te retrataria em um quadro assim para que todos mundo pudesse admirar a mulher incrível que eu amo.- Anne olhou para Gilbert espantada. Como ele conseguia ainda emocioná-la assim? Mas, o que viu brilhando nos olhos dele era tão intenso que ela não pôde fazer nada além de beijá-lo e guardar em seu coração aquelas palavras tão lindas.

A próxima parada foi a Catedral de Notre Dame, um dos pontos turísticos de Paris mais visitados do mundo, localizado perto do Rio Sena , e mais uma vez Anne  se encheu de encantamento ao estar em frente a algo que ela somente pudera ver em livros, mas, não se demorou muito ali por  medo de deixar Gilbert entediado, pois ela sabia que lugares assim não eram os favoritos de seu noivo, mas quando olhou para ele, percebeu que Gilbert parecia estar se divertindo, então, suspirou aliviado e assim continuaram o passeio.

Em seguida, passaram pelo Castelo de Versalhes, outra preciosidade de Paris, que deixou tanto Anne quanto Gilbert impressionados com sua grandiosidade e beleza, e por último foram até a Torre Eiffel, onde eles se espantaram com a quantidade de visitantes.

- Você já viu algo tão perfeito assim? – Anne perguntou a Gilbert enquanto seus olhos não desviavam da arquitetura imponente da torre.

- Já sim. – ele disse olhando para ela.

- Gilbert Blythe, o que deu em você? Nunca te vi tão romântico assim.  É a cidade ou você apenas está dizendo isso para me impressionar? – Anne perguntou fingindo indignação.

- Achei que já tínhamos passado dessa fase. Eu ainda tenho que fazer algo para te impressionar? Se a resposta for afirmativa. Me diga logo, pois faço qualquer coisa para ver minha noiva feliz.- ele disse divertido, puxando Anne para seus braços.

-É claro que não precisa fazer nada para me impressionar. A única coisa que quero é que me ame. – Anne respondeu tocando com o dedo indicador na ponta do nariz de Gilbert.

- Ah, mas isso eu já faço todos os dias, você não precisa nem me pedir. – ele disse rindo.

- Eu também te amo todos os dias, mais agora que está assim tão romântico.- Anne disse aproximando seus lábios dos dele.

- Espere até mais tarde e eu vou e mostrar como eu posso ser ainda mais romântico. – Gilbert disse próximo ao seu ouvido o que a fez tremer por antecipação, e depois colou seus lábios nos dele em mais um beijo quente.

- Está com fome? - ele perguntou.

- Sim. – Anne respondeu ainda sobre o efeito do beijo que trocaram ainda a pouco.

- Então, vamos sair daqui e encontrar um lugar onde possamos comer algo antes de voltar para casa.

Encontraram um pequeno restaurante charmoso e acolhedor perto da torre, e se sentaram em uma das mesas que se localizava em um canto onde o ambiente tornava tudo mais aconchegante e misterioso. Anne olhou para o lado e viu que havia muitos casais e famílias inteiras que pareciam descontraídas e alegres enquanto saboreavam uma comida típica e conversavam entre si, e mais uma vez se sentiu grata por tia Josephine ter lhe proporcionado esta viagem maravilhosa ao lado da única pessoa com quem gostaria de partilhar aquele momento.

- No que está pensando? – Gilbert perguntou ao ver o sorriso estampado no rosto de Anne.

- Estava pensando na sorte que tenho por estar aqui com você. – ela respondeu pegando na mão de Gilbert em cima da mesa, e sentindo automaticamente ele apertá-la com carinho.

- Nós dois temos sorte, eu principalmente, porque tenho você. Jamais pensei que seria tão feliz estando em uma cidade como essa.

- Quer dizer que meu noivo tem uma alma poética? - Anne disse brincando.

-Não, eu deixo isso para você que é bem melhor que eu quando se trata de usar as palavras. É somente meu coração falando como me sinto quando estou com você, não importa o lugar. – eles se olharam e Anne apertou a mão dele mais ainda, sentindo seu calor sobre a sua.

- Quem disse que você não sabe usar as palavras? Já me emocionou diversas vezes hoje, e confesso que não esperava tudo isso. Você normalmente demonstra o que sente por gestos, o que acho lindo também. – a mão livre de Gilbert foi até o rosto de Anne e o acariciou, e depois disse;

- É que nunca foi fácil para mim dizer o que sinto, mas, hoje fiz questão que soubesse dos meus sentimentos, talvez seja o efeito da cidade sobre mim, não sei. – ele deu de ombro e Anne sorriu.

- Fico contente que o tenha feito, mesmo que eu não precise de palavra nenhum para saber o que sente por mim quando estamos juntos, mas, obrigada, significou muito para mim.

- Para mim também. – ele lhe sorriu de volta.

Eles terminaram de comer e voltaram para casa. Já tinha escurecido há horas, e era bem tarde quando chegaram na casa de tia Josephine. A boa senhora tinha saído com amigos, portanto, além de Gilbert e Anne somente havia os empregados da casa que foram dispensados por eles, pois não precisariam jantar naquela noite já que tinham comido na rua. Assim, cada um foi para o seu quarto tomar um banho e descansar do longo dia que tiveram pela frente.

Logo que saiu do banheiro, Anne começou a pensar em Gilbert, se lembrando que tinham combinado de se encontrarem mais tarde no quarto dela, mas, Anne resolveu que queria surpreender o namorado por isso, abriu a porta de comunicação e se viu no meio de um quarto tipicamente masculino.

Organizado por natureza, o quarto de Gilbert estava todo arrumado, suas roupas dobradas com capricho e sua cama sem uma ruga nas cobertas, e Anne pensou divertida que seu noivo dava de dez a zero nela no quisto arrumação. De repente, a porta do banheiro se abriu e Gilbert saiu do chuveiro enrolado apenas com uma toalha na cintura, o resto do corpo coberto por gotículas de água que escorriam pela pele dele e se escondiam por debaixo da toalha.

Anne ficou olhando para ele sem conseguir desviar os olhos daquela escultura de homem perfeita ali na sua frente, enquanto os olhos dele cruzaram os seus brilhando de pura luxúria. Ele se aproximou e parou bem em frente a ela, e Anne pôde sentir seu hálito quente em seu pescoço quando ele lhe perguntou:

- Estava tão impaciente assim para me ver? Pensei que tínhamos combinado de nos encontrarmos em seu quarto mais tarde.

- Sim, mas eu me lembrei que ainda não conhecia o seu quarto. – Anne respondeu sustentando -lhe o olhar.

- E gostou do que viu? – Gilbert perguntou se aproximando mais e colocando suas mãos ao redor da cintura de Anne sobre o roupão que ela vestia.

- Muito. – ela respondeu correndo os olhos de maneira provocante pelo corpo de Gilbert, que reagiu imediatamente aquele gesto tão ousado e nem um pouco comum de Anne. Ela acabara de surpreendê-lo mais uma vez. Mostrando-lhe que ainda tinha muita coisa que descobrir sobre sua a noiva, e tal pensamento o excitou mais do que esperava.

- Você está brincando com fogo. – as mãos dele já estavam no cinto do roupão dela o qual ele foi desamarrando devagar.

- Por que não deixa que eu decida se quero me queimar nele ou não? – Anne colocou seus braços ao redor do pescoço de Gilbert, deixando apenas um espaço mínimo entre seus corpos.

- E você quer? – Gilbert deslizou os lábios pelo rosto de Anne, deixando-a ansiosa pelo beijo que ainda viria.

- Você não sabe o quanto. – as palavras dela acabaram com o controle dele que já era bem precário quando a viu ali em seu quarto somente de roupão. Ele colou seus lábios nos dela em um beijo embriagador, abrindo de vez o roupão dela que para sua surpresa e excitação crescente não havia nada por baixo. Ele se afastou dela um instante observando-lhe todas as curvas perfeitas enquanto ouvia o riso malicioso dela por tê-lo surpreendido daquela maneira, no ato mais ousado de sua vida, enquanto Gilbert ainda tentava se recuperar do susto de tê-la completamente nua em suas mãos sem barreira nenhuma das roupas. Sua noiva era uma mulher de muitas facetas. Embora já a tivesse visto assim muitas vezes, ele não pôde deixar de se surpreender com a maneira desprendida dela de aparecer em seu quarto daquele jeito, sem sua costumeira timidez que sempre a fazia corar quando ele a despia, e de repente, Gilbert percebeu que não tinha mais uma garota em suas mãos, e sim uma mulher completa, sem vergonha de se mostrar a ele da maneira como tinha vindo ao mundo, e ele nunca pensou que a acharia mais excitante do que já achava.

Sem perder mais tempo, ele enterrou seus lábios no pescoço dela, beijando cada parte do local de maneira frenética, e Anne colou seu corpo em brasas no dele, suspirando sem parar. As mãos de Gilbert tocaram seus seios em uma carícia torturante, enquanto Anne beijava a pele nua do peito dele com seus lábios macios. Gilbert a pegou em seus braços e a levou para cama, onde se sentou com Anne em seu colo e as pernas dela enroladas em sua cintura. ele desceu sua boca até o abdómen de Anne, distribuindo beijos por todo o local, enquanto sua língua brincava com o umbigo dela, fazendo com que Anne atirasse a cabeça para trás pela força do prazer com que sentiu com aquela carícia suave, apertando mais ainda suas pernas ao redor dele. Em seguida, ela empurrou Gilbert até que ele tivesse deitado na cama, e deixou que seus cabelos ruivos caíssem sobre o seu  próprio rosto cobrindo-o completamente, enquanto levava Gilbert a loucura com o poder de seus lábios e de suas mãos., e quando ele sentiu as unhas de Anne arranhando-o de leve Gilbert gemeu tão alto que se alguém estivesse no quarto ao lado conseguiria ouvir, mas, ele não se importou porque tudo o que desejava naquele momento era possuir aquela feiticeira ruiva que o matinha preso em seu feitiço, não dando-lhe trégua  nenhuma para respirar .Ele fez um movimento e deixou-a embaixo do seu corpo, e seus dedos traçaram cada curva dela, devorando-as com sua boca, fazendo Anne arfar sem conseguir reprimir seus próprios gemidos., soando aos ouvidos de Gilbert como uma canção linda e sem igual.

E quando seus corpos não mais puderam suportar as ondas de desejo que os consumiam, Gilbert uniu seu corpo ao de Anne em um único movimento, e ela gemeu ainda mais alto, sentindo-se plena nos braços dele, como se estivesse voando entre nuvens e um pôr de sol incrível que  a aquecia tanto que se corpo parecia pegar fogo naquele momento sublime de prazer, e Gilbert a seguiu como sempre a seguiria naquele instante em que seus corações batiam tão fortes como se entoassem uma canção de volúpia pura, no momento final, Anne se agarrou a Gilbert e somente percebeu que tinha voltado à terra quando sentiu os beijos suaves dele em seu rosto.

- Eu te amo tanto, Você me faz o homem mais feliz de todo o planeta.

- Eu também te amo, e você não faz ideia de como me faz sentir tão completa quando me ama assim. – ela tocou os lábios dele com a ponta dos dedos, os quais ele beijou com doçura e devoção.

- Está com sono? – ele perguntou abraçando-a apertado.

- Não, por que?

- É que eu tenho uma banheira bem grande no banheiro desse quarto a qual ainda não testei. Quer experimentá-la comigo essa noite? – ele disse em seu ouvido de maneira conspiratória que fez Anne rir.

- Gilbert!  Você está cada vez mais insaciável.

- A culpa não é minha. Você vem até meu quarto e me seduz sem a menor cerimônia. O que é que eu posso fazer? – Gilbert disse com fingida inocência.

- Ok, Blythe, Vamos logo para essa banheira que quero ver quem seduz quem. –ela disse puxando-o pela mão.

- Isso é uma aposta? – Gilbert perguntou malicioso.

- Pode-se dizer que sim.

- E qual será o prêmio? – Gilbert perguntou antes de entrarem no banheiro.

- Depois eu te conto. – Anne disse provocante.

E assim Gilbert a seguiu de vez imaginando quantas mais surpresas Anne estava preparando para ele naquela noite incrível.

-

 

 


Notas Finais


Boa leitura


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