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História Ano Novo para esquecer ou não? - Um obcecado e um bom amigo?


Escrita por: LovelySaah

Notas do Autor


Capítulo novo e cada vez mais me lembro que ainda não acabei o último!!! Sinto que, apesar de estar a postar cada capítulo a cada dia, o último pode demorar mais.

Só quero dizer que está fanfic não é para mostrar uma relação muito amorosa entre os personagens, afinal, tenho de cumprir algumas regras do anime kkkk

Este talvez ficou um pouco sem sentido *rindo nervosamente*, mas eu tentei.

Espero que gostem!! E quem gosta de shounen-ai, leiam a minha nova fanfic!!! (Vão ao meu perfil e encontram lá, mas chama-se "Sempre serás o fim e o início da minha história").

Capítulo 3 - Um obcecado e um bom amigo?


Fanfic / Fanfiction Ano Novo para esquecer ou não? - Um obcecado e um bom amigo?

A neve ameaçava cair, naqueles dias depois do Natal. A sorte era que os cafés e lojas tinham ar condicionado e podiam aquecer as pessoas, geladas depois de saírem de suas casas. Os cafés eram os refúgios delas, e foi o que aconteceu com dois patinadores. Um não parava de falar com o outro, que nem parecia ouvir o que ele dizia. Falava animado sobre qualquer coisa, apenas para ser ouvido pelo outro, mas isso não acontecia, o que o incomodou muito.

-Mickey, você está a ouvir-me?

-Me desculpe, Emil.

-Mas está tudo bem? Se quiser eu calo-me.

-Não, não, eu só estava a pensar em...-Suspirou- Esquece.

-Em quê? Para deixar você assim deve ser algo importante.

Algo o estava a deixar perturbado e Emil não queria que ele ficasse assim, muito menos enfrentar algo sozinho.

-Não é nada demais. Esqueça, sério.-Michele tentava virar o assunto...

-Me desculpe, Michele, mas se algo está a perturbar você, você devia me dizer, eu posso ajudar.-...Mas não conseguiu.

Mickey apenas respirou fundo antes de falar.

-Eu acho que irei morrer sozinho.-brincou um pouco. Deu um pequeno sorriso, na esperança do outro o acompanhar na brincadeira, mas tal não aconteceu. Emil estava sério, como ninguém antes o tinha visto. Passaram alguns alguns segundos, olhando nos olhos do outro.

-Hey, Emil, era apenas uma brincadeira, não fique assim...

Michele iria continuar a desculpar-se, mas o loiro apenas se levantou, pegou em algo no bolso e saiu pela porta, deixando um italiano bem confuso para trás. Emil havia deixado dinheiro para pagar as bebidas quentes que haviam ingerido, e que o mais alto nem tinha acabado, mas parecia ter esquecido um papel também. Ele apenas pegou no papel, e em alguma parte do dinheiro em excesso que deixou, e saiu em busca do outro. Nem sequer havia levado os casacos, o que deixou-o mais preocupado, pois lá fora os céus ameaçavam deixar cair neve, bem, mais neve.

Resumindo, por razões que Michele não entendia, um checo de 18 anos, aparentando até ter mais, andava pelas ruas de Nova Iorque, uma cidade que os mesmos desconheciam as ruas, apenas com umas poucas camisolas para o frio que fazia, e sem dinheiro qualquer.

O italiano andava pelas ruas desconhecidas em busca do outro. Começou a entrar em pânico quando começou a ficar cansado e ao se aperceber que já tinham passado mais de meia hora do seu desaparecimento. Quando foi ver as horas lembrou-se que Emil tinha o celular com ele, e então decidiu ligar-lhe, mas não atendeu. Ligou mais cinco vezes, mas nada. O pânico já era bem grande, então ligou para a sua irmã gêmea, que atendeu.

-O que foi, Mickey?

-Você sabe do Emil?-Perguntou.

-Do Emil? Como hei de saber?

-Ele não ligou para você?

-Podemos parar com tantas perguntas sem resposta?-Pediu Sara, já um pouco irritada e preocupacada- O que aconteceu?

Mickey não sabia como explicar, afinal, nem tinha percebido bem o porquê do outro desaparecer. Apenas limpou um banco cheio de neve e sentou-se nele, mesmo sabendo que este estava molhado, mas esse não era o pior dos seus problemas naquele momento. Suspirou e deixou apenas as palavras fluir.

-Bem, nós estávamos num café e ele não parava de falar sobre algo e eu não o estava a ouvir. Depois ele perguntou-me o que se passava e eu apenas brinquei dizendo que iria acabar sozinho, mas era apenas uma brincadeira. Ficamos algum tempo sem dizer nada e quando ia-me explicar, ele sai pela porta, deixando os casacos e o dinheiro todo! Ah, e também um papel que não quero ver porque não sei o que é. Então decidi ligar-lhe, passado uma meia hora e ele não atendeu, e liguei para você, para saber se ele te tinha ligado.

-Primeiro, ele apenas me mandou uma mensagem e segundo, você é estúpido?-Perguntou ela.

-O quê? O que você quer dizer com isso, Sara?-Ele quase que gritava para o telemóvel, mas quando se apercebeu que as pessoas o olhavam, ele decidiu falar direito. Afinal, encontrar uma pessoa a gritar para o telemóvel em italiano não é muito normal acontecer.

-Você é um lerdo, Michele. Mas eu vou deixar que você mesmo descubra do que estou a falar. O Emil mandou -me uma mensagem a dizer que você o machucou e agora percebi porquê.

-Pois, mas eu não. O que está acontecendo? Por favor, me digam.-implorou Michele.

-Já disse que não vou dizer nada, que seja ele a dizer.

-Tudo bem, mas podes perguntar-lhe onde ele está? E se está bem? Estou à procura dele à meia hora e estou a ficar cansado e preocupado.

-Ok. Espere.

E desligou.

Esperar não era um talento de Michele, ter paciência não é com ele. Na sua cabeça tentava resolver aquele pequeno puzzle.

Do que é que eles estavam a falar?

O que é que ele ainda não tinha percebido?

Porque é que ele se sentiu ofendido com o que ele disse?

Porque é que saiu sem avisar e sem nada?

Porque mandou uma mensagem para a sua irmã e não atendeu as suas chamadas?

Que papel era aquele?

Ele se distraiu com os seus pensamentos que nem percebeu que recebera a mensagem com o local onde o Emil estava. Nem acreditava que ele tinha enviado onde estava mesmo. Assim que viu, procurou o mesmo. Mesmo cansado e carregado de roupa, correu pelas ruas cheias de gelo e neve.

Quando finalmente o encontrou , suspirou de alívio, não só por o ter encontrado mas também porque estava num sitio um pouco mais quente, e se sentou ao seu lado. Olhou para ele, os seus lábios estavam roxos, o seu corpo tremia se frio e os seus olhos olhavam para o nada à frente. Pareciam até mais azuis com o frio. Ao ver o quanto tremia, colocou um casaco nos seus ombros, mas Emil recusou o seu próprio casaco e atirou-o à cara de Michele. Ele já estava enervado com a situação.

-Você pode ao menos dizer o que está acontecendo?-Quebrou o silêncio. Ele tentou ser calmo, mas a sua irritação se demonstrou.

-Você me recusou.-finalmente falou. A sua voz estava rouca e baixa por conta, talvez do frio, talvez por outro motivo.

-Eu não recusei você. Do que está a falar? E pegue no casaco, pelo menos, está a tremer de frio.-disse a última frase como um pai autoritário. E assim ele fez.

-Você recusou sim! Quando disse que...que... Esqueça.

-Você esteve a chorar?

-O quê? Não, claro que não, estou bem.-ele forçou um pequeno sorriso por segundos, mas pôs-se sério rapidamentez, talvez até um pouco triste.

-Foi quando disse que iria ficar para sempre, não foi? Me desculpe, não foi minha inten...

-Foi sim!-Interrompeu Emil.-Eu sempre tentei ser seu amigo, ou até mais. Sempre tentei fazer você se sentir melhor, mas nunca vi resultados. Sempre mantive um sorriso para tratarmos dos seus problemas e não dos meus, mas você nem queria saber. A sua irmã dizia-me "Ele é assim, só precisa de ter um pouco de paciência", mas já se esgotou.-desabafou. Lágrimas queriam escorrer dos seus olhos, ele nunca fora capaz de dizer algo assim a alguém, mas o frio não deixava.

-A minha irmã? O que é que ela tem a haver com isto?

-Tudo! Foi ela que planejou isto tudo.

-Isto o quê?

Emil apenas respirou fundo.

-Ela criou tudo isto de gostarmos um do outro. Não resultou.-soltou um pequeno suspiro.

Ficaram a olhar para os carros a passarem perto deles. Michele pensava na confusão que tudo se tornara. O que realmente estava a acontecer? Porque é que a sua irmã e Emil tinham criado aquela mentira de gostarem um do outro? Porque Emil importava-se tanto com ele? E a maior questão de todas: porque é que Emil quer saber de Michele.

-Você é o primeiro a querer saber de mim.-disse Michele.

-O quê?-Perguntou o mais novo, confuso.

-Sem exageros nenhuns, ninguém, exceto a minha família-ou até mesmo dela- quiseram saber de mim. Pensava que eram um obcecado, resmungão, mal-humorado, demasiado protetor,... Com tudo isso, nunca se aproximavam de mim e não sabiam quem eu era de verdade. Então eu meio que me refugiei dos meus verdadeiros sentimentos e me tornei em algo ignorante. Você, Emil, é o primeiro que quis saber alguma vez dos meus sentimentos, de me conhecer de verdade. Em todos estes anos, o único ombro que tive para chorar, com quem puder falar abertamente, era a minha irmã e mais ninguém. Tinha vergonha de falar destas coisas com mais alguém. Essa era uma das grandes razões pelas quais eu a protegia tanto, porque não tinha mais ninguém que me compreendesse.-disse Michele. Emil era a primeira pessoa com quem partilhou algo assim, e com isso, Mickey estava um pouco hesitante, mas deixou a vergonha de lado e disse aquilo com convicção.

Passaram assim mais uma vez, em silêncio, alguns segundos, que parecem mais horas. Emil processava o que Mickey havia dito e as suas ações.

-Me desculpe-disse Emil.

-Pelo quê?

-Por ter fugido sem motivo algum.-Michele ouviu um fungado e se assustou.

-Quem deve pedir desculpas sou eu, e se devo.

Pela primeira vez naquela conversa, eles se olharam nos olhos um do outro, admirando os olhos violeta de um e azuis do outro. E quase que como instinto, Mickey o abraça, surpreendido o mais novo. Com esse ato, deixa cair o papel do seu bolso.

-O que é isto?-Perguntou Emil, quando viu o papel no chão, passado algum tempo de estarem abraçados.

O mais novo não queria mesmo "desabraçar" o outro, mas a curiosidade falou bem mais alto. Nem ele mesmo notara que era o seu papel deixado para trás.

-Ah, é o papel que você deixou no café. Não sei se é importante, mas mesmo assim trouxe-o.-respondeu.

-Obrigado, mas não é nada de especial. É só uma lista, nada demais.

Emil passou o seu braço pelos ombros de Mickey, mas o mesmo nem se importou e se aproximou mais, procurando por calor do outro. Sem Emil perceber, Michele pega no papel e lê-o. Era uma espécie de carta. Não, uma linda carta. Parecia como uma declaração, o que era mesmo. Já no fim da sua leitura, o mais novo se apercebe que o italiano lia o papel e lhe retirou das mãos, o assustando.

-Pode não ser especial, mas não era para ler.-disse Emil, envergonhado, cotando mais do que estava (por culpa do frio). Mickey apenas deu um pequeno sorriso, que deixou o outro mais "quente" do que estava.

-Você gosta de mim?-Perguntou Michele.

-Hm... Não, quer dizer, eu... Bem sim, mas não como...-Falava atrapalhandamente, mas fora interrompido por um beijo na face.

-Não precisa de se atrapalhar, também gosto de você!-Admitiu-Quer dizer, não parece tanto como você de mim, mas podemos tentar!

-Quer dizer que...

-Tentar, Emil, tentar.

Com a felicidade do momento, Emil abraça o outro, deixando o cair com as costas no chão. Ele nunca pensava que Michele o iria corresponder, sempre pensou que nem como amigo o via, então namorado muito menos. Michele tentava se afastar do maior, mas sem sucesso, começando a rir da situação, abraçando ainda com mais força.


Notas Finais


Gostaram?? Claro que sim, afinal eu sou perfeita kkkkk
Brincadeira, não sou não kk
O próximo é de um casal que alguns não gostam muito, mas leiam na mesma! Só se vocês não gostarem mesmo, não leiam mesmo, sério!! Mas sinto que até é uma história linda *-*
Vemo-nos amanhã!!!!


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