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História Anônimo - Toda Ação Tem Sua Reação


Escrita por: mtt_davi

Notas do Autor


Consegui postar o capítulo da Luana ainda esta madrugada! Hahahaha! Mas mesmo assim, não deixem de comentar no capítulo anterior! Cada comentário é precioso! ;)

Capítulo 78 - Toda Ação Tem Sua Reação


Já havia passado cerca de uns vinte minutos desde que os Stevens foram embora, e Luana continuava sentada no sofá, pálida e com a mesma sensação de choque.

            Seu pai e seu irmão, sentaram-se também. Todos continuavam em silêncio, literalmente, era um dos poucos momentos em que Luana não conseguia nem fantasiar algo que pudesse ser dito.

            Ela se levantou, com as pernas e mãos trêmulas. Dirigiu-se até a cozinha, abriu a geladeira, pegou a jarra de suco de maracujá e serviu em um copo de vidro. Bebeu tudo de uma vez. Deveria beber toda a jarra de uma vez se quisesse se acalmar com a situação, mas parou no primeiro copo.

            Quando voltou para a sala e sentou no mesmo lugar, Luana viu que sua família continuava no mesmo estado silencioso. A única diferença era que agora Blake estava chorando, quietamente. Ela cruzou seus braços.

            Depois de mais alguns minutos, então, Gregory finalmente consegui falar algo.

            — Por que você fez isso, filho? — a voz dele mal saiu. Estava fraco, e segurando o choro. Luana sabia que seu pai nunca gostava de chorar na frente deles, pois sabia que isso só os desesperaria ainda mais, já que o usavam como exemplo. Umas das poucas vezes que a menina viu o pai chorar foi durante o velório de sua mãe. — Por que você tinha que estragar sua vida experimentando a porcaria da maconha?

            Blake então soltou todo o choro e desespero que estava guardando em silêncio. O irmão chorou como um bebê recém nascido que busca o colo da mãe. Porém, sua mãe estava morta. E Luana desconfiava que era culpa dele.

            — Eu juro que eu não queria — soluçou Blake. — Quando eu vi que tinha experimentado, já era tarde demais. Eu me viciei, pai.

            Gregory virou a cabeça de lado. Não queria ver seu filho naquele estado. Não podia, porque sabia que precisava ser firme.

            — Mas, pai, olha só, eu estou há quase uma semana sem usar! — Blake tentava se justificar em meio ao seu choro interminável. — Pergunte para a Luana, pergunte, pai! Eu juro que é verdade, eu juro!

            — Você sabia que ele estava usando isso? — o sr. Chesterfield olhou para Luana. Ela assentiu, nervosa. — Por que vocês não me contaram?

            — Eu não queria que você soubesse, pai — admitiu Luana, com lágrimas nos olhos. — Faz pouco tempo que a mamãe se foi, seria muito desgosto para você em uma vez só. Eu não queria te deixar mais decepcionado ainda.

            Quando Luana citou sua mãe, instantaneamente Blake parou com o choro.

            — Foi sua culpa, não foi? — Luana, ainda com os braços cruzados, sussurrou alto o suficiente para os dois ouvirem. — Foi por sua culpa que a mamãe foi assassinada!

            Novamente, Blake começou a chorar. Dessa vez, seu choro era de angústia.

            — Quando morávamos em Riverside, eu encontrei dois caras que me conseguiam arranjar maconha. E eu comprava sempre deles — contou Blake. — Até que um dia eles disseram que estavam dando falta de dois mil dólares, e que tinham uma suspeita de que eu quem estava devendo. Eu falei que era loucura, e que eu tinha pagado tudo que comprei. Mas eles não acreditaram. E me disseram que eu tinha que pagar tudo para eles, ou iam acabar comigo. Eu ganhei um prazo de três dias. Não consegui achar dois mil dólares em três dias. Quando o prazo acabou, fiquei o dia todo aflito. Pensei que eles não iriam mais fazer nada, e que estavam só me tirando. Só que chegou a noite... E os dois entraram na nossa casa... E então... V-Vocês já sabem o que aconteceu...

            Tanto Blake quanto Luana caíram no choro. Gregory permaneceu firme, apesar de algumas lágrimas escorrerem pelo seu rosto.

            Luana estava inconformada. Até o momento, ela havia apoiado seu irmão. Estava tentando incentivá-lo a largar o vício. E achou que agora, ele havia terminado com aquela história. Porém, no momento em que percebeu que por culpa de Blake, sua mãe estava morta, os olhos de Luana começaram a ver seu irmão de outra forma.

            — Eu não sei o que falar — assumiu o sr. Chesterfield. — Só sei que vou começar amanhã mesmo a pesquisar sobre clínicas de reabilitação próximas da cidade.

            — Não... Não! — gritou Blake, espantado. — Por favor, pai, não faça isso comigo! Eu te imploro! Eu juro que parei, eu parei, pai!

            Gregory ignorou o filho e levantou-se do sofá.

            — Não quero que mais ninguém se machuque por culpa das suas atitudes erradas — após falar isso, o pai saiu dali e foi para o seu quarto. Luana percebeu que ele trancou a porta.

            Blake então recorreu os olhos a sua irmã Luana.

            — Você vai realmente deixar ele me internar? — Luana podia ver o pavor de seu irmão em cada palavra e expressão.

            — É a coisa certa a se fazer — falou Luana. — Sinto muito.

            Ela se levantou e caminhou para o seu quarto. No caminho, passou pela porta trancada do quarto de seu pai, e conseguiu ouvir um som abafado do choro dele. Aquilo partiu seu coração.

            Quando entrou em seu quarto, Luana olhou para seu computador. Ela não se lembrava de ter o deixado ligado. Então aproximou-se para desligá-lo, e percebeu que havia um documento aberto. Foi fechá-lo, mas percebeu que não havia sido ela quem o escreveu.

            Essa é a minha vingança. Blake ajudou com o DVD, eu o ajudo com as drogas. Não parece tão ruim, não é? – ANÔNIMO

            Luana só no momento percebeu que estava agindo de modo errado. Agora ela sabia. Não podia mais irritar Anônimo. 


Notas Finais


Vida difícil para aqueles que achavam que Anônimo estava bonzinho demais... Hahahahahaha


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