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História Anotações - Capitulo III


Escrita por: Mizuumi

Capítulo 3 - Capitulo III


A bela Itália parecia nascer sempre sorrindo, de acordo como o Sol ia surgindo no horizonte as pessoas iam despertando para realizar seus compromissos, seja ir a escola, ou trabalhar, ou até mesmo sair para dar um passeio pela cidade. Seja qual for o compromisso que devia ser realizado ia ter sempre àquelas pessoas que não queriam realizá-la e Dino era uma dessas pessoas, o loiro estava com preguiça de sair de casa e não parecia animado para fazer seus deveres como chefe da família Cavallone.

Se levantando devagar o jovem rapaz ia com passos lentos até o banheiro, colocava a pasta de dentes na escova, pelo reflexo do espelho podia se ver as mechas amarelas bagunçadas e sua face amassada de tanto dormir. Ele ainda nem tinha começado a escovar os dentes quando Romário entrou em seu quarto, por sua face séria ele não trazia boas notícias.

Naquele momento Dino tentou se lembrar de quantas vezes o mais velho já havia entrado em seu quarto com aquela face, geralmente era uma ameaça de morte ou alguma família que havia traído o acordo de paz, mas Dino não os culpava, eram anos difíceis para todos.

– Chefe, lembra daquela família que por algum motivo estranho vive querendo te matar? - Conforme o mais velho ia falando sua voz ficava cada vez mais dura.

Dino, por sua vez, não respondeu de forma clara, resmungou algo com a escova na boca.

– Bom, tenho informações seguras que eles estão tramando algo contra você - dando uma breve pausa completou. - De novo.

Mais uma vez Dino resmungou alguma coisa, dessa vez ele havia deixado a escova na boca e balançado os braços, suas ações pareciam dizer um "Mas alguma coisa?".

Romário não gostava quando o chefe agia daquela forma, sabia que as vezes Dino se cansava de agir como um mafioso, até ele se cansava, mas era um daqueles momentos de vida ou morte em que você tem que agir como um super chefe e não como um jovem de trinta e poucos anos que apenas queria dormir.

– Senhor, por favor, leve isso a sério, eles são fortes e...

– Quem é forte, Romário? - A voz que havia interrompido a conversa vinha da cama, o japonês havia ficado interessado naqueles que pretendiam matar Dino.

Quando ambos escutaram a voz do mais novo chegaram a estremecer, Dino não queria envolver o outro naquilo e muito menos Romário, ambos sabiam que o Guardião da Nuvem dos Vongolas era forte, mas Hibari não deixava de ser um estrangeiro e estrangeiros na máfia recebia um cuidado especial, e esse cuidado era muito cruel.

Dino suspirou fundo, lavou a boca e enxaguou o rosto, andou até o mais novo e o olhou nos olhos. Sua expressão era séria, mas ao mesmo tempo ele estava com um ar carinhoso, quando Hibari quis olhar para outra direção Dino segurou seu rosto com firmeza, mas foi cuidadoso. Abrindo a boca de forma lenta e disse o que pôde.

– É apenas uma rixa por território, eu não sei quando isso começou, mas eles sempre odiaram os Cavallone - dando uma breve pausa continuous. - Não se preocupe, Kyoya, eu sou forte e vou sempre estar aqui quando você voltar - Aquilo foi dito com um lindo sorriso, beijou a testa do menor e antes que Hibari pudesse dizer algo Dino saiu do quarto acompanhado de Romário.

Era lógico que o japonês estava com raiva pelo atrevimento do maior, mas ele sabia que não estava apenas com raiva do loiro, Hibari estava com raiva da família que queria machucar o seu loiro idiota.

Pensou um pouco nas palavras de Romário, nas ações de Dino e na estranha despedida que tiveram, era como se o loiro quisesse protegê-lo de algo. Ao pensar naquilo Hibari ficou curioso, Dino nunca tentava protegê-lo de algo, se eram inimigos ele e o loiro lutavam juntos e o mais novo sempre saía vencedor, Hibari sabia muito bem que Dino nunca ia duvidar de sua força, mas aquilo lhe parecia que o italiano temia algo maior do que ele e aquilo o irritava, o japonês sabia que para se ter um bom relacionamento devia existir confiança e Dino não parecia confiar em Hibari para lhe contar seu medo.

– Em que você se meteu, Dino... - Disse apenas para si, sua voz saiu baixa e nem chegou a ecoar pelo quarto grande onde estava.

Hibari passou a mão na cabeça, embaraçando os fios negros com suas mãos, chamar o outro apenas pelo primeiro nome era algo que ele fazia involuntariamente, não gostava de dar toda aquela liberdade ao mais velho, mas tinha que ser realista ele próprio ia para a cama do loiro e dormia com ele.

Ao se lembrar disso ficou sério, começou a se perguntar o porquê de estar ali e não em sua amada cidade no Japão. Olhou ao redor do quarto a procura de algo que lhe chamasse atenção e foi então que viu a pequena agenda antiga que havia sido deixada pelo loiro na cabeceira da cama, por simples vontade o menor a pegou e folhou suas páginas a procura de algo interessante, mas para a sua infelicidade aquele manuscrito estava em um italiano tão rebuscado que era muito difícil de se interpretar.

Admitia que estava curioso sobre aqueles acontecimentos, queria saber mais sobre os Cavallone e tinha apenas uma chance, uma estranha e inusitada chance, ele apenas tinha que pensar rápido.

xxx

Enquanto Dino ouvia o relatório sobre as informações sob o possível assassinato que ia sofrer ele pensava em como ia explicar tudo ao mais novo, temia pôr Hibari em perigo e teria que fazer algo que nunca quis fazer, ele teria que se afastar de Hibari.

Não era novo o boato que Dino Cavallone tinha um amante, sempre que o loiro se deparava com aquela pergunta ele sorria e mudava de assunto com gentileza, o que não ajudava muito e fazia os boatos se espalharem com maior velocidade. Ao perceber que o loiro gastava muito indo e vindo do Japão começou a se especular que o loiro tinha uma amante oriental, e isso não ajudou em nada, o único lado bom é que haviam parado de mandar convites de casamento para ele.

Quando notou que lia pela quinta vez o mesmo parágrafo Dino notou que precisava descansar, era como se sua mente estivesse pronta para explodir. Colocando a mão na testa ele massageou as têmporas, não estava bem para trabalhar naquele dia.

– Você está bem chefe? - Romário estava um pouco nervoso, não gostava da face que o loiro fazia.

– Eu estou bem, só com um pouco de dor de cabeça - O loiro ficou em pé, algo dizia que as coisas não estavam indo bem.

– O senhor quer que chamemos um médico? - Uma das empregadas olhou para ele, estava preocupada com ele, todos estavam.

– Não, eu estou bem - Mesmo com a forma negativa de Dino, Romário fez sinal para as empregadas chamarem um médico.

Afinal Dino não costumava ficar doente, o Cavallone tinha uma saúde invejável e era raríssimo quando o italiano ficava doente, pelo que Romário se lembrava Dino só havia ficado doente duas vezes e nestas duas vezes não durou mais do que uma semana para passar e ele ficar bem.

Enquanto uma das empregadas ligava para um medico, duas empregadas e três subordinados acompanhavam o chefe até a sala de jantar, ele precisava tomar café da manhã e se preparar para o dia que ia ter.

Dino pensava em como ia mandar Hibari para o Japão, havia demorado muito para que o japônes começasse a ir em sua casa e mandá-lo embora naquele momento era inapropriado. Olhou para o teto enquanto descia as escadas, se perguntava o que o outro poderia está fazendo naquele momento.

xxx

O clima estava agradável, tudo parecia perfeito para o loiro, exceto pelo fato que seu amante estava indo embora, Hibari e ele não eram amantes, já fazia tanto tempo que já podiam se considerados namorados ou noivos - mesmo que o outro talvez não concordasse com a ideia de casamento. O moreno estava partindo para retornar a sua cidade, o italiano não se zangava com o japonês, ele sabia o quanto Hibari amava aquela cidadezinha, e Dino admitia também gostar dela, uma vez que teve lembranças tão maravilhosas com o outro lá.

Hibari havia concordado sem reclamar, assim que Dino informou que Hibari teria que voltar o menor concordou sem dizer nada, juntou suas coisas e esperou o horário para partir.

O casal estavam em um aeroporto, mas aquele aeroporto era diferente, atendia apenas os mafiosos. Dino havia solicitado um avião particular para cuidar do namorado. Enquanto andavam, sentiam um pouco de desconforto aos outros que transitavam por ali, afinal Dino não costumava usar aquele serviço e ele estava acompanhado, como Hibari estava usando uma roupa típica do seu país as pessoas não conseguia distinguir o que o outro era.

Hibari não gostava de ouvir os comentários, odiava quando as pessoas falavam que asiáticos eram todos iguais e que japoneses eram todos semelhantes, tanto homem quanto mulher. Ele não era tão estranho assim, o problema não era confundi-lo com uma mulher - porque isso ninguém fazia ali, mas sim especular sobre sua proximidade com o loiro.

Conhecendo aquela face irritada, Dino resolveu animar o moreno, da forma mais estranha que ele podia.

– Não fique assim, Kyoya, quando eu for te ver, levo um presente e você pode me mostrar como se faz aquele chá que é delicioso - O loiro ria, falava em japonês com o o outro, sabia que o Guardião da Nuvem não gostava de falar em italiano.

O outro não respondeu, já havia se acostumado com a forma espontânea do mais velho e achava até engraçado. Olhou para o lado, não gostou da forma de que uma mulher olhava para si, ela era loira e tinha os olhos de cor verde, Hibari sentiu um estranho calafrio quando seus olhos se encontraram e teve vontade de bater nela, só não fez por causa de Dino, o loiro ia ficar zangado.

Ao entrar no avião Hibari teve a impressão que a mulher ainda o olhava, tentou tira-lá da cabeça e prestou atenção no que Dino parecia dizer. O loiro parecia está dizendo alguma coisa com aquela sorriso enorme dele, pela janela do avião o japonês via o italiano acenar para ele do prédio.

Quando o avião decolou Hibari colocou a mão dentro da bolsa que trazia consigo, olhou para dentro e um sorriso estranho se formou em seus lábios, ele havia tirado uma cópia da agenda do primeiro Cavallone.

Assim que chegasse ao Japão ia pedir que Lambo lê-lo para ele, afinal aquele italiano era muito difícil e somente um italiano ia saber entender.

xxx

Quando deu a noite todos da mansão Cavallone estavam aflitos, queriam saber o que podia ter acontecido com seu chefe para que ele ficasse doente, Dino não estava doente, mas aquela dor de cabeça não era normal, com certeza algo grave devia está acontecendo.

Já era tarde da noite quando o médico saiu do quarto, pela sua face havia algo estranho, encarou os subordinados de Dino e não soube que podia dizer. Romário tomou a frente.

– Qual é o problema?

– Não sei ao certo, mas suspeito de algum problema no sangue, terei que fazer exames para saber mais - A voz do doutor saía de forma estranha, como se ele soubesse que aquilo não era normal em humanos.

– Tudo bem, obrigado por ter vindo, senhor - Romário fez um gesto para que uma empregada acompanhasse o doutor até a porta e encarou os outros subordinados na sala. - Vou entrar em contato com aquele cientista, talvez Verde possa ajudar em algo.



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