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História Another - A história continua - Verdades


Escrita por: ShadowSneak

Notas do Autor


Pra vós, que estavam achando que iria demorar, faço uma surpresa... Capítulo Novo!!!!
Eu realmente não esperava que fosse sair um capítulo essa semana, mas as ideias brotaram na minha cabeça que nem zeros brotam em uma prova de matemática, então aproveitem e, modéstia parte, esse capítulo ficou muito bom... Então leiam e apreciem kkkkkkkkkk

Capítulo 18 - Verdades


Fanfic / Fanfiction Another - A história continua - Verdades

Sakakibara

- Rápido! Ajudem-no a levantar! – Escuto Arison falando atrás de mim.

Não que eu realmente precise de ajuda pra isso, mas é bom saber que eles se preocupam comigo.

- Sério... Não precisa, eu estou bem... Obrigado por se preocuparem...

- Cara... Como foi que você foi parar num lugar como aquele? – Pergunta Naoya.

- Eu estava procurando por uma barra de ferro... Como aquela que o Arison está segurando!

- Por que você estava procurando por uma barra de ferro?

- É por que eu precisava...

Não acredito que eu pude me esquecer...

- Kouichi... Espere...! Aonde você vai...?

Pegando a barra de ferro que estava com Arison, começo a me esgueirar pelos corredores de entulho, até o homem que estava deitado no chão com a perna presa sob os escombros.

- O que houve? – Pergunta-me Misaki.

- Eu estava procurando por esta barra por causa de um cara que estava muito ferido e com a perna presa sob o concreto.

- M... Mas Kouichi... – Fala Misaki de forma retraída.

- O que foi Mei...? – Falo ao passo que paro de caminhar.

- Eu sei onde você está indo...

- O que foi Mei...?

- Não tem mais ninguém vivo aqui embaixo!

- Como assim... É claro que tem...! Eu caí naquele buraco só porque eu queria ajudar aquele cara...!

- Eu sei, mas... Acredite em mim...

- Não... Eu sei que ele está vivo...

O que Misaki está falando? Eu acabei de vir daqui! Ele estava um pouco machucado sim, mas o mais preocupante era sua perna presa. Não tem como ele ter morrido nesse meio tempo!

Mas, chegando ao local, acabo caindo na realidade. Tudo está diferente.

Realmente quase não tem mais como dizer que este é o local de onde saíra. Paredes que, uma hora, estavam bem estruturadas, agora já não mais existiam. Passagens que poderiam ser uma saída em potencial, agora eram grandes bloqueios.

Olho ao redor e consigo somente ver corpos atirados como bonecos sem alma. Pior do que antes, agora o sangue que escorrera destas vítimas faz grandes possas, possas que fazem um barulho enlouquecedor a cada passo dado sobre elas.

Posso dizer que minha sanidade finalmente é destruída quando finalmente encontro quem estava procurando.

O que antes era somente um grande bloco sobre uma perna, agora era um grande bloco sobre o corpo inteiro.

Misaki

Vejo Kouichi cair de joelhos bem em minha frente. Como uma onda elétrica, disparada em meu cérebro, vou a seu encontro.

- O que foi Kouichi...?

- Eu sou um fracassado... Mais uma vez eu fiz uma promessa e não consegui cumpri-la...

Ajoelho-me em frente a ele. Seu rosto está abatido e pálido.

- O que foi que você fez...? – Pergunto a ele.

- Eu estava tentando ajudá-lo, mas não tinha forças para mover um bloco de sua perna, então eu saí à procura de algum tipo de alavanca dizendo que logo voltaria e o tiraria daqui...

- Não é sua culpa... Você estava e está ferido, não havia como ajudá-lo...

- Eu poderia não ter o matado...!

- Como assim...?

- Quando eu tentei tirar esta barra daquele buraco acabei causando um desmoronamento... Foi assim que acabei preso naquele lugar... E... Aposto que foi assim que mais rochas acabaram caindo sobre estas pessoas...

- Não é sua culpa!

- É claro que...

Subitamente interrompo-o com um tapa na cara. Lágrimas escorrem pelo canto de meu rosto. Ele me encara, não com olhos de raiva, mas com olhos confusos.

- O que f...

Mais uma vez interrompo-o, porém, desta vez, não com um ato agressivo, mas sim com um ato amoroso.

Mais instintivamente do que o tapa que acabara de desferir em seu rosto, aproximo-me rapidamente dele, colo nossos lábios e entrego-lhe o meu beijo.

As reações de dúvida e espanto são muito mais evidentes e fortes do que quando o havia acertado. Consigo sentir que as batidas de seu coração, que em meu primeiro toque estavam aceleradas, agora são leves, quase imperceptíveis. Sua respiração que antes estava quase que descontrolada, agora começava a se acalmar.

- O... O que foi tudo isso? – Fala ele perplexo.

- Ninguém está te culpando por isso...! Você não tinha como saber que se removesse esta barra da parede iria causar um desmoronamento...! Por que você precisa ficar se torturando...?

- É... Que mais uma vez pessoas morreram por minha causa...

- Mais uma vez? Quando que alguém morreu por sua causa?

- Pra inicio de conversa, a calamidade só aconteceu ano passado por minha causa...! Se eu tivesse ouvido os conselhos de todos e não falado com você ninguém teria morrido...!

- Então você se arrepende de ter me conhecido...?

- Nã-Não foi isso o que eu quis dizer!

- Mas foi o que pareceu!

- Por que eu estaria arrependido de ter te conhecido? Eu te amo! Eu sou seu namorado porque eu te amo e quero estar com você!

- Francamente... Você nem mesmo percebe o quão contraditório é... Primeiro você diz que preferia ter me ignorado como todos os outros, e agora vem me dizer que não se arrepende de nada e que me ama... Em qual dos dois eu devo acreditar...?

Neste momento ele fica em silêncio. Seu rosto fica virado para baixo na tentativa de esconder sua vergonha, sabendo que não havia mais nada a falar.

Sakakibara

O que eu estou fazendo...? Por que minha mente está tão confusa...?

Eu não consigo sequer olhar para o rosto de Misaki neste momento. A culpa corrói o meu ser de dentro pra fora. Mas culpa de que...? De não conseguir salvar as pessoas ao meu redor...? Ou por magoar a Mei...?

- Você não precisa carregar o mundo em suas costas, sabia!?

-... Sim... Sim eu sei...

- Então por que você precisa se preocupar tanto com os outros...?

- N-Não foi você mesmo quem disse que é triste quando as pessoas morrem...?

- Sim, fui eu, mas eu disse em algum momento que você deveria assumir a culpa se algo desse errado...?

- Não, mas...

- “Mas” o que...?

- E-Eu não sei...

- Desculpe, mas eu não ouvi, fale mais alto!

- Eu não sei.

- Você não sabe...? Por que você não sabe...?

- Eu não sei...

- E de quem é a culpa disso...?

- Eu não sei...

- De quem é a culpa...?

- E... E-Eu não sei...

- De quem é a culpa Kouichi...? – Fala ela elevando sua voz.

- A-A culpa é minha! A culpa é minha, ta legal!? Eu não sei, talvez eu só quisesse ser alguém importante, cujas pessoas pudessem confiar, mas pelo visto isto está longe de acontecer... Está feliz agora!? – Falo dando as costas a ela.

Fico de cabeça baixa, virado de costas pra ela. Está um grande silêncio nesse lugar, tudo o que ouço são gotas caindo do teto.

Olho ao redor pelo canto do rosto e percebo que somente eu e Misaki estamos neste lugar, talvez os outros tenham entendido a situação e nos deixado a sós propositalmente.

Sinceramente eu não sei o que se passa na cabeça dessa garo...

- Sim, eu estou feliz agora... Mas... Saiba que você é importante pra mim e que eu confio a minha vida a você...

Misaki me abraçava por trás, eu podia sentir seu pequeno corpo junto ao meu, sua cabeça escorada em minhas costas e suas mãos transpassadas pelo meu peito.

- Não sei por que você precisa tanto da aceitação dos outros, mas saiba que eu sempre estarei ao seu lado...

No outro dia

Argh... Que luz forte... Ainda está muito cedo pra fazer qualquer coisa...

Tento abrir meus olhos lentamente enquanto ponho a mão esquerda em frente ao rosto para bloquear a luz. Pelo que parece, esqueci-me de fechar as cortinas noite passada e agora a claridade do sol vem de encontro ao meu rosto.

Com os olhos ainda semicerrados e com a respiração ofegante pelo calor que o sol proporciona começo a tentar levantar-me, mas com meu braço direito pesado acabo desistindo da ação.

Olho, então, para direita, em direção ao meu braço. Sobre ele encontro uma Misaki sonolenta e despreocupada, cujo rosto pálido encontrava-se descansando sobre meu bíceps, usando-o de travesseiro.

Recobrando a consciência e a visão, após acordar abruptamente devido à alta claridade sobre minha face, consigo realmente ver a situação.

Misaki repousava sua cabeça sobre meu braço, enquanto que seu braço direito repousava sobre meu peito.

Tomando conhecimento da situação desisto de tentar me levantar. Seu rosto calmo e singelo aquece meu coração, impedindo-me de tomar qualquer atitude que acabasse a despertando.

Todas as minhas tentativas parecem, então, falhas ao ouvir meu celular tocar na estante a minha esquerda.

Rapidamente seguro o celular, apertando a saída de áudio com o dedo para abafar o som.

Olho novamente para ela. Felizmente ela havia somente se contorcido um pouco, mas continuava dormindo tranquilamente.

Volto, então, minha atenção para o celular. Olhando na tela vejo que a ligação é de meu pai. Abro o celular e levo-o ao meu ouvido.

- Alô!?

- Noooosssaaa... Como é quente aqui na Índia... – Afasto um pouco o celular do ouvido, devido ao barulho logo de manhã, deixando escapar um leve sorriso pelo canto da boca, devido à notável animação de meu pai.

- Oi pai... – Fico feliz ao ouvir sua voz. Fazia algum tempo desde que ele ligara-me pela última vez.

- Como você está meu filho? Parece um pouco abatido...

- Está tudo bem... É que você ligou bem cedo...

- Ah... É verdade... Eu me esqueci do fuso horário, aqui ainda é noite, então pensei que você ainda pudesse estar acordado, mas pelo que vejo você acabou de acordar, hahaha...

- Pois é... Como estão as coisas por ai, pai?

- O trabalho está bastante corrido. Alguns arqueólogos encontraram algumas relíquias e trouxeram-nas pra universidade para análise, então trabalho não falta, hehehe.

- Fico feliz que você esteja animado.

- Obrigado filho... E... Como vão as coisas por aí?

- Tudo bem, nada de mais aconteceu. – Tirando o fato de que eu quase morri ontem e que, agora, tem uma garota seminua dormindo sobre o meu braço, mas ele não precisa saber destes detalhes.

- Entendo... Mas... Você é jovem... Precisa animar um pouco mais a vida! – Acredite, se ela ficar mais animada eu não sobrevivo.

- Pode deixar...! ... Bom... Acho que eu já vou desligando...

- Sim... Mas... Antes disso... – Sua voz agora muda para um tom mais sério.

- O que foi, pai...?

- Eu terminei aquela pesquisa que você tinha me pedido, na verdade, eu liguei agora só porque eu acabei de terminar...

- S-Sério...!? O que você descobriu?

- Claramente são rituais de uma civilização japonesa que viveu há, mais ou menos, uns três mil anos antes de Cristo.

- Sério...!? O que mais?

- Filho... Isso não é um trabalho de escola, não é mesmo!?

- Como assim? Claro que é...

- Você é um péssimo mentiroso... Vamos... Você pode falar a verdade pro seu pai.

- É que... – Agora eu me levantava da cama, não me importando mais se Misaki estava dormindo ou não, ficando sentado na beirada.

Então eu explico da maneira mais objetiva quanto possível tudo o que estava acontecendo e havia ocorrido.

Meu pai escuta silenciosa e pacientemente até eu terminar tudo o que eu tinha a falar.

- É... Difícil de acreditar... – Diz ele.

- Eu sei que parece loucura, mas é verdade, por favor, acredite em mim...

- Sim... Eu acredito em você, ainda mais depois de tudo o que eu descobri sobre aquele diário que você me mandou...

- Então, pai... Sobre isso... O que você descobriu...?

- Não... Vou comprar uma passagem de avião e hoje mesmo você sai desta cidade!

- Pai, tente entender, não adianta eu sair daqui... Uma vez que tenha começado o efeito continua mesmo fora dela...

- Então eu vou pra...

- Você é burro ou o que? Quer ser alvo de tudo isso também? Porque é isso que vai acontecer assim que colocar os pés nesta cidade!

- É claro que eu não quero morrer, mas eu prezo por sua vida mais que pela minha, então eu prefiro estar ai, onde eu posso te proteger.

- Pai... Eu já sou um homem! Eu sei me cuidar. Você vai ficar ai, onde é seguro!

- De modo algum! Eu...

- Pai, por favor, confie em mim... Eu preciso que você fique ai onde você pode pesquisar sobre tudo o que está acontecendo. Essa é a maneira mais eficiente se você quer me ajudar. Não com sua força, mas com o seu conhecimento.

- Eu... Eu... Está bem, meu filho...

- Muito obrigado, pai... Então... O que você descobriu...?


Notas Finais


Então, gostaram...? Eu fiz questão de colocar um pouco de romance pra quem estava dando por falta e dei um jeito de voltar a história pro rumo que eu queria... Esperem que agora os mistérios vão começar a ser desenvolvidos e o sangue vai começar a escorrer muahahahahaha...
Bom... Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo!


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