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História Another - Selfish


Escrita por: olahoseok

Notas do Autor


Desculpa pelo atraso.
Desculpa pelo capítulo meio bosta
To estressada e com sono e com calor e foda se a virgula.
se tiver coisa errada desculpa desde já, me avisem, bjs
amo vocês
ps:: musicas fodas na notas finais

Capítulo 12 - Selfish


Fanfic / Fanfiction Another - Selfish

"Eu estou me apaixonando por seus olhos

Mas eles ainda não me conhecem

Com um sentimento que vou esquecer

Estou apaixonado agora..."

                                                          - Kiss me, Ed Sheeran

 

 

Todos nós já havíamos acordado da noite de sono mal dormida. Meus sentimentos ainda ferviam dentro de mim, e eu podia jurar que havia sonhado com Carl essa noite, só não me lembrava o que era.

 

— Oi... – Maggie, que havia saído horas atrás, abriu a porta. – Pessoal...Esse aqui é o Aaron.

 

Um homem que nunca havia visto antes apareceu na porta acompanhado de Maggie. Parecia inofensivo, era magro e tinha uma expressão medrosa em sua face. Também usava roupas limpas, uma novidade para mim. Aquele homem fez todos do grupo erguerem suas armas em modo de 'proteção', apesar de parecer a coisa mais inocente que vi nesses últimos dias. Acompanhei os movimentos e peguei meu taco, – o mesmo, velho, e ensanguentado taco de baseball – o ergui e apertei forte entre minhas mãos.

 

— Encontramos ele lá fora. Ele está sozinho. – Maggie explicou. – Pegamos a arma e o equipamento dele.

 

Daryl o revistou novamente.

 

— Oi. – O homem disse. Judith começou á chorar, Rick deu um sinal para o filho que pegou a criança no colo. – Muito prazer. – Foi em direção de Rick com uma das mãos estendidas o cumprimentando, porém foi impedido pelo o barulho das armas sendo destravadas.

 

— Disse que ele tinha uma arma? – Rick questionou, Maggie logo em seguida entregou o objeto. Rick a analisou e a guardou em seguinte.

 

— Há algo que precise? – Perguntou Rick.

 

— Ele tem um acampamento próximo. — Sasha disse. – Quer que façamos uma audição para entrar no grupo.

 

— Queria que houvesse outra palavra. 'Audição' faz nos parecer um grupo de dança. – O homem, Aaron, tentou consertar. – Isso é coisa de sexta á noite. — Respirou fundo. – Não é um acampamento. É uma comunidade. Acho que todos vocês dariam adições valiosas. Mas não depende de mim. Minha função é convencê-los a ir comigo para casa.-- Meus ouvidos se ensurdeceram no meio do discurso. Meu olhar ainda se direcionava para o homem, porém meus pensamentos se direcionavam para o grupo. E se ele realmente não estivesse mentindo? E se lá tivesse roupas limpas? E se todas as sextas á noite eles dançassem como se o mundo fosse o mesmo? E se lá as pessoas não morriam? Talvez podia der um novo paraíso, não?

Logo vi algumas fotografias nas mãos de Rick. Pelo o que parecia de longe, eram muros com algo que parecia ferros dando sustento. O som do ambiente era só o suspeito falando e explicando como tudo funcionava em sua comunidade. Rick ainda parecia duvidar  apesar das fotos. Se levantou, foi até Aaron e depositou um belo e forte soco em sua bochecha, o fazendo cair no chão. Parecia ter sido forte o suficiente para fazê-lo desmaiar. Todos foram o acudir, ou pelo menos, o amarrar. O que eu particularmente acho pouco – ou muito – radical. Mas quando contei isso á Carl, ele disse que era somente por segurança. Daí, me calei.

Decidiram ir atrás de carros. Rick estava praticamente convencido, embora parecer ainda desconfiar. Somente ele, Aaron e Judith ficaram no celeiro.

— Achem um lugar seguro com uma boa visão. – Rick ordenou enquanto saíamos.

 

Segui Michonne, que ia atrás de Glenn. Havíamos nos dividido em três grupos, o de Michonne, de Sasha e por último, Daryl.

 

— Georgia, você vem conosco. – Daryl apontou para mim.

 

— Tudo bem.

 

Seguimos para dentro da floresta. Carol me colocou em sua frente, fiquei atrás de Daryl que nos guiava com sua besta nas mãos. Noah também estava em nosso quarteto, atrás de Carol.

 

— Você tem certeza de que isso serve para alguma coisa? – Daryl se referia ao meu taco.

 

— Sim. – Retruquei já um pouco irritada. – Você não tem noção de como ele já me salvou.

 

— Você não tinha outra coisa que  usava?

 

— Perdi minhas facas na casa onde fiquei.

 

— Como? – Noah se intrometeu.

 

— Um ataqu-- Daryl me interrompeu com um sinal de silêncio. Ele parecia ter escutado algo, passos talvez. Daryl disse para Noah ir até o barulho e eu me ofereci. Não esperei sua resposta e segui o moreno.

 

— Fique atrás de mim. – Noah me segurou pelo braço não deixando ficar em sua frente.

 

Franzi as sombrancelhas e tirei seu braço de meu abdômen, o desobedecendo.

 

— Ninguém manda em mim.

 

— Não foi o que pareceu quando Daryl--

 

— Ele é diferente.

 

— Porque? – Debochou. – Você prefere homens mais velhos?

 

— Cala a boca, por favor. – Tentei conter minha risada.

 

Barulhos de folhas se quebrando chamaram nossa atenção, nos viramos bruscamente e eu fui até o errante. Fechei meus olhos e joguei toda força possível em meus braços, porém algo o segurou.

 

— Não! – Era uma voz conhecida, abri meus olhos, um de cada vez, com medo de ver a merda que tinha feito.

 

— Carl? – Quase o machuquei feio dessa vez. – Desculpe. Eu achava que voc--

 

— Tudo bem. – Sorriu fraco. – Acho que você nasceu para me machucar.

 

— Eu não quero te machucar. – Consertei. – Talvez você é quem queira que eu te machuque.

 

Os olhos dele brilharam pouco mais, o que me fez ficar hipnotizada.

 

— O que você achou? –Noah apareceu atrás de nós, me distraindo. — Oi Carl.

 

Um grito ao longe chamou nossa atenção;

 

— Georgia! Noah! – Era a voz de Carol, que parecia preocupada.

 

— Aqui! – Respondi, logo ela e Daryl apareceram.

 

— Você não está no outro grupo, garotinho? – Daryl questionou á Carl.

 

— Eles sabem que segui vocês.

 

Daryl havia achado um acampamento abandonado e nos levou lá com o intuito de carregarmos mais latas. Fui até uma pequena barraca na esperança de achar algumas sopas, torci os dedos, literalmente.

 

Ainda de costas, senti alguém colocando sua mão em meu ombro. Me virei rapidamente e para minha surpresa era Carol perguntando se tinha achado algo, respondi que não, então ela se calou e foi para longe de mim. Continuei minha busca em suprimentos. Meu corpo já estava totalmente dentro da barraca procurando 'esconderijos de suprimento', como digo.

 

— Achou algo? – Carl apareceu atrás de mim, o que me fez assustar.

 

— Não. – Falei ainda ofegante graças ao susto.

 

A barraca era pequena, porém Carl parecia não ligar quando entrou. Respirou fundo e analisou o lugar.

 

— Eu já dormi em uma dessas. – Carl recordou – Chorei muitas vezes em uma dessas também.

 

— C-chorou? – Gaguejei.

 

— No começo todos me falaram que meu pai havia morrido. – Um sorriso se iluminou em seu rosto. – Mas ele logo voltou. Então tudo ficou bem durante algum tempo.

 

Virei-me para ele tentando buscar coragem para perguntas, porém seu olhar pouco triste me fez desistir e puxar assunto sobre sopas.

 

— Achei que você fosse diferente. – O pequeno cowboy disse aleatoriamente.

 

— Diferente do que?

 

— Antes você parecia não ter medo de nada.

 

— Mas eu não tenho medo de nada. Eu só choro... Ás vezes.

 

— Você parece ter medo de mim.

 

Meu coração disparou instantaneamente e um arrepio frio correu pelo meu corpo.

 

— Sinto lhe dizer mas você está errado.

 

Me olhou com um ar desafiador, ele ficou tenso por alguns segundos e foi se aproximando de mim, pouco á pouco, até conseguir enchergar os tons de sua íris. Agora podia somente ouvir o som de nossa respiração e ao fundo, a batida acelerada de nossos corações. Ficamos lá parados por alguns instantes, algo fervia dentro de mim, era a primeira vez que algo ou alguém vivo conseguisse me paralisar completamente somente olhando em meus olhos.

 

— Viu? – Ele disse num sussuro baixo. – Você tem medo de mim ás vezes.

 

— Ás vezes nunca. – Engoli seco.

 

Me afastei do garoto e finalmente recolhi minhas coisas, o deixando sozinho dentro da barraca.

 

— Conseguiu achar algo, Georgia? – Daryl me perguntou assim que saí da barraca.

 

— Duas latas de vegetais e uma garrafa de água. – O entreguei as embalagens.

 

— Bom trabalho.

 

••• · •••

 

Já era noite e todos nós estávamos nos preparando para ir embora daquele lugar. Rick havia decidido que íamos para a comunidade, mas ainda não conseguia esconder sua dúvida. Particularmente achei loucura o fato de sairmos á noite por um caminho que não temos certeza se está limpo ou não. Peguei uma bolsa qualquer e lá coloquei latas e uma garrafa de água. Estava tensa e nervosa, sentia que algo ia dar errado, que as coisas não iam acabar bem. Porém me calei, ninguém conseguiria mudar o pensamento de Rick e baixar o nível de seu desconfiometro.

 

Íamos em um trailer atrás do carro onde estava Glenn, Michonne, Rick, e o guia Aaron. Daryl dirigia nosso trailer e Carol ia no banco do passageiro ao seu lado. Já estávamos na estrada faziam alguns longos minutos. Estava sentada na mesa do trailer batucando meus dedos na madeira tentando aliviar o estresse.

 

— Você está bem? – Maggie perguntou percebendo meu estado.

 

— É o sono.

 

— Quer comer algo?

 

— Não, obrigado. – Sorri forçado. Maggie se afastou e logo alguém sentou-se do meu lado.

 

— Você está me evitando só por causa daquilo que aconteceu hoje? – Era Carl. Ele é uma das poucas pessoas que pode me deixar nervosa somente com o fato de estar perto de mim. – Você não precisa ficar assim. Aquilo só foi brincadeira.

 

— Não é isso, Carl. – Respondi seca. – É muito egoísmo você pensar assim.

 

— Egoísmo?

 

—  Sim, egoísmo. Que de acordo com o dicionário significa amor exagerado aos próprios interesses.

 

— Eu só queria tentar entender essa sua bipolaridade em relação á mim. Você é confusa e isso me deixa sem reação. Aquilo só foi uma tentativa de tentar me aproximar de você, mas você parece levar tudo á sério, que merda Georgia. – Se levantou do banco. Estávamos sentados na parte de trás do trailer, torcia para que ninguém o escutasse. – Quando você se decidir, pode vir falar comigo que eu não vou fazer o mesmo que você faz comigo.

 

Fiquei totalmente sem reação. Não sabia o que falar, nem o que fazer. Porém, sabia que tinha que ir atrás do garoto. Estava praticamente de pé, já segurando no pulso de Carl, até que uma freiada forte me jogou para longe me fazendo bater a cabeça e perder totalmente meus sentidos.

 

••• · •••

 

A primeira coisa que percebi quando acordei foi que minha cabeça latejava muito forte e que estava em um lugar escuro e fechado.

 

— Alguém? – Gritei.

 

Alguns segundos sem resposta foram o suficiente para me fazer desconfiar e me levantar de onde estava. No começo tive tontura, então parei um pouco e me escorei na parede mais próxima. Achei uma porta de onde vinha uma luz fraca, espiei pela fresta e lá estava todo o grupo conversando. Respirei aliviada.

 

— Está bem. – Rick concordou com algo.

 

— Espere. – Interrompeu Carl. – Temos uma das nossas neste quarto. E ela não quer acordar.

 

— Sim. Georgia. – Glenn questionou. Não dizia nada, ainda escutava em silencio ao lado da porta. – O que aconteceu com ela?

 

— Desmaiei. – Apareci. – Mas não se preocupe, Carl. Já acordei.

 

— Ela bateu a cabeça forte com a freiada do trailer e acabou e perdendo os sentidos. – O garoto explicou, o que me fez sorrir timidamente.

 

Glenn assentiu. Perguntou se estava melhor e passou a mão em minha cabeça, disse que sim, apesar de não estar. Mas aquilo não era importante.


E agora estava completamente arrependida de chamar Carl de egoísta. A raiva é aquele negócio que faz a boca ser mais rápida que a cabeça. E desta vez, minha boca foi um raio.


Notas Finais




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