1. Spirit Fanfics >
  2. Another Love >
  3. Medo

História Another Love - Medo


Escrita por: cecistydiax

Notas do Autor


boa leituraaa sz

Capítulo 17 - Medo


Fanfic / Fanfiction Another Love - Medo

Sem sono, Lydia observa Mitch dormir ao seu lado.

Consegue ver o suor apagado, os fios pretos colados levemente na testa e a boca levemente aberta ao dormir.

O fitando, Lydia ainda não consegue acreditar que está vivendo algo com Mitch, sem fugir, sem esconder seus sentimentos e mais ainda, sabendo que é correspondida.

O sorriso que ela dá é o resultado do quão feliz ela está.

Ela se senta na cama e assim coloca seus pés no chão, a ruiva acaba pisando em algo que está quase debaixo da cama. Uma pequena caixa.

Relutante, Lydia olha para Mitch, pois é dominada por uma curiosidade para ver o que tem na caixa. Ela sabe que provavelmente é errado bisbilhotar, mas, Lydia pega o item em suas mãos.

Quando a abre, o coração de Lydia se parte em pequenos pedaços ao ver fotos e mais fotos de Mitch e Helena. São belíssimas fotografias e Lydia não consegue negar a beleza que há nelas e mais ainda, a felicidade dos dois em todas.

Mesmo tendo certeza do que sente, do que está acontecendo, Lydia se entristece. O medo de Mitch ainda ter sentimentos por Helena, dele olhar as fotos antes de dormir, ou ao acordar, sentir falta dela. Tudo atinge Lydia como um grande furacão.

Lydia tem medo, tem medo de ser enganada novamente e é isso o que a move diante de tantas fotos. Medo de se envolver, de se entregar mais ainda e no fundo, ela não ser nada comparada á Helena.

No fundo da caixa, Lydia vê um pequeno pedaço de papel e ela pega, encontrando uma bonita caligrafia.

As horas, os dias, as semanas, os meses, os anos irão passar e nunca irei esquecê-la. O tempo age, mas nosso amor continuará o mesmo.”

Ler as palavras tão bonitas é a gota d’água para Lydia. Imediatamente, ela é dominada por uma vontade de chorar, guiada pelo medo.

Enquanto se entregavam, faziam amor, não existia nada que pudesse mudar o pensamento que tudo estava certo, que o que estava acontecendo era verdadeiro, mas, o temor de ser enganada é como se estivesse afogando.

Lydia coloca a carta dentro da caixa e a fecha, fechando a mesma e colocando aonde achou.

Confusa, ela se levanta da cama e vira-se, vendo mais uma vez Mitch dormir tranquilamente.

Apressada, Lydia volta para sala e recolhe cada peça de roupa sua e a cada vez que pega uma, flashes do que aconteceu surgem em sua mente.

Lydia veste sua roupa e a única coisa que faz depois disso é abrir a porta e sair, deixando-o para trás.

-----------------------------

Assim que Mitch bate na porta, em menos de dez segundos, a mesma é aberta por Lydia, que congela ao vê-lo ali.

 -- Você pensou que eu não viria? – Mitch pergunta, franzindo o cenho.

-- Não deveria ter vindo.

Lydia diz, dando de costas pra ele, que a olha completamente confuso. Em silêncio, Mitch entra, fechando a porta.

-- O que porra aconteceu? – Ele pergunta, com suas mãos no bolso do seu casaco – Porque eu tenho certeza que nossa noite foi incrível.

-- E foi, Mitch – Lydia fica de frente pra ele, visivelmente confusa – Mas, você tem certeza que não é melhor esperar?

-- Esperar? – Mitch franze o cenho, incrédulo – Mais do que eu já esperei? Mais do que nós esperamos?

-- E se você ainda for apaixonado pela Helena?

A pergunta de Lydia o surpreende. Não por ser verdade, pois não é, mas, porque ela ainda está perguntando sobre isso, se preocupando com Helena quando Mitch já foi bem claro sobre seus sentimentos por Lydia.

-- Porque você está perguntando isso?

-- Porque eu vi a caixa de baixo da sua cama.

Mitch trava, com seus lábios partidos. Ele sabe exatamente que caixa é e o que possui dentro. Realmente, julgar Lydia se torna algo impossível.

-- Você mexeu nas minhas coisas? Quer dizer, não importa – Mitch massageia sua testa, procurando uma forma de ser claro – Eu não acredito que você espera que eu simplesmente jogue essas coisas no lixo, Lydia.

Lydia se cala, o deixando ainda mais chocado pelo fato de justamente se calar, é consentir.

-- O que eu preciso fazer pra você perceber que Helena, que todas aquelas fotos são coisas do meu passado?

A ruiva morde o lábio inferior, dando de ombros. Lydia parece relutante, sem saber o que dizer.

-- Eu só tenho uma grande dificuldade de confiar nas pessoas – Lydia murmura, olhando-o – Da última vez que eu confiei em alguém, eu fui traída.

Mitch fecha os olhos, lembrando do que Lydia o contou em Saint-Tropez.

-- E ver aquelas fotos, aquele bilhete... – Lydia sussurra, comprimindo os lábios – Eu só percebi que eu não posso ser magoada de novo. Eu não mereço isso, não mereço.

Mitch relaxa os ombros, se aproximando de Lydia com sutileza. Ela o olha tomar a atitude e não consegue se mover.

As mãos de Mitch pousam no pescoço de Lydia e ele simplesmente esboça um mínimo sorriso.

-- Se o passado é um lugar sem nós dois juntos, eu não acho que deveríamos pensar nele – Mitch murmura, fitando os olhos verdes de Lydia – E eu garanto você, que você pode confiar em mim. Que nunca, jamais eu vou fazer algo para magoá-la.

Lydia segura os pulsos de Mitch, fechando seus olhos assim que é dominada por um arrepio. Um arrepio que vem da sensação de Lydia saber que sim, existe verdade e sinceridade nas palavras de Mitch.

-- Eu quero você, Lydia – Ele sussurra, massageando lentamente o lábio inferior de Lydia enquanto os fita – E eu sei que você também me quer.

-- Eu quero – Lydia fala baixinho – Muito. Mais do que eu imaginava.

Mitch sorri, feliz em ouvir em alto e bom som a certeza sair da boca de Lydia.

-- Aquelas fotos são meu passado – Ele diz – Não posso apagar Helena da minha história, da minha vida quando ela já foi tanto pra mim. Mas, você... Lydia Martin, você é o meu agora e meu futuro.

Lydia sorri, passando suas mãos pelo peitoral de Mitch.

-- Ok? – Ele pede pela afirmação dela, molhando os lábios.

-- Ok – Lydia responde, dando um sorriso singelo e tranquilo.

-- Você realmente me deixou triste hoje de manhã, porque eu realmente adoraria tomar café com você e... bom, um pouco de sexo matinal não faz mal a ninguém.    

Mitch revira os olhos, fazendo Lydia rir.

-- E mais ainda, adoraria ter acordado ao seu lado.

-- Nós vamos ter todas as manhãs possíveis juntos.

-- É?

Mitch questiona em um sorriso malicioso e sapeca, descendo uma mão para tocar a cintura de Lydia e quando faz, a puxa para mais perto de si.

-- É – Ela sussurra, fitando os lábios rosados do agente.

Antes que pudessem se beijar, a figura de Julie completamente sonolenta sai do corredor, surpreendendo a ambos, que olham para ela.

-- Eu reclamaria se fosse meu apartamento – Julie passa direto até a cozinha – Então, podem continuar o que estavam fazendo.

-- Nós temos tempo para isso depois – Mitch diz, enquanto Lydia se vira, ficando de costas para ele, que a abraça – Que tal tomar um banho e irmos almoçar aqui perto? Eu posso chamar o Ben.

-- Benjamin Bowers? – Julie se vira, erguendo as sobrancelhas – Passo.

-- Porque? – Mitch questiona, arrastando a palavra, incrédulo por alguém não gostar do amigo – Ele é um cara muito, muito legal.

-- Vamos, Jules – Lydia pede, manhosa.

-- Pois é... vamos, Jules – Mitch afina a voz, também manhoso e arrancando uma risada de Lydia – Por favor?

-- Ok – Julie dá de ombros – Mas só porque eu estou morrendo de fome.

Julie se afasta, voltando para o quarto.

-- Vou trocar de roupa – Lydia diz.

Assim que ela se afasta, Mitch não perde tempo e dá um tapa no bumbum dela, que o olha.

-- Não seja um menino malvado, Mitch Rapp.

-- Não se preocupe – Ele sorri de canto, malicioso – Você não tem ideia do quão bonzinho eu sou.

Lydia sorri, recebendo a mesma coisa de Mitch.

-------------------------------

Logo depois do almoço, os quatro agentes caminham pelo Central Park. Mitch e Lydia na frente e atrás, Ben e Julie, que conversam calmamente e rendem um bom papo.

-- Nada como um almoço para mudar o que eu pensava de você – Julie comenta, enquanto caminha de braços cruzados.

-- O que? – Ben se surpreende, a olhando – Você não gostava de mim? Mas... nós nunca conversamos mais do que...

-- Cinco segundos? – Julie devolve, erguendo as sobrancelhas – É, isso mesmo.

Ben sorri, abaixando a cabeça por um breve momento.

-- É bom ter mais alguém por aqui – Ben diz, atraindo o olhar de Julie para ele.

-- Você está gostando? – Ela pergunta, desviando da uma criança que corria.

-- Fazia muito tempo que não morava aqui em Nova York – Benjamin conta, sob a atenção de Julie – Minha mãe vive aqui, mas, quando eu tinha quinze anos me mudei com meu pai pra Atlanta.

-- Porque não quis ficar com ela?

-- Eu e ela sempre tivemos um bloqueio, pra ser sincero. Ela sempre preferiu meus outros dois irmãos e ao contrário deles, eu quis ir com meu pai.

-- Aonde ele está agora?

-- Ele morreu há alguns anos atrás – Ben murmura, deixando Julie realmente entristecida.

-- Eu sinto muito, Ben – Julie toca o ombro dele rapidamente.

-- É... foi um pouco difícil, mas, essa é a vida, certo? Nós perdemos pessoas, coisas a todo momento – Ben coça o canto da boca rapidamente.

-- Você ainda fala com sua mãe?

-- Ela me liga de vez em quando – Ele responde – Mas os meus irmãos... fazem anos que não os vejo.

-- Não tem vontade de reencontrá-los? Estão tão perto de você.

-- Eu não sei – Ben dá de ombros – Posso tentar algum dia.

-- Eu poderia ir com você – Julie se oferece, fazendo Ben olhá-la surpreendido com a gentileza da melhor amiga de Lydia – Se não for incômodo, claro.

-- Jamais – Ben dá um sorriso de canto – E você? O que eu posso saber sobre você, Julie Winston?

-- Ah... – Julie abaixa a cabeça, envergonhada – Meus pais vivem em Boston e bom, temos uma relação boa, mesmo com eles nunca terem aceitado o emprego que quis da minha vida.

-- Sei como é.

-- Toda brecha que tenho das missões eu viajo pra lá – Julie conta.

-- Mas, você morava em Virgínia também?

-- Sim. Eu arrumei minhas coisas, fui embora de Boston e fui, quando me formei, eles quiserem me deixar lá.

-- E você sente falta?

-- Mais ou menos – Ela comprime os lábios – Eu me acostumo nos lugares.

-- Isso é uma coisa boa?

-- Acho que sim – Julie sorri – Sempre fui desapegada em relação a tudo.

-- Faz muito tempo que você e Lydia se conhecem? – Ben pergunta, olhando Lydia caminhar abraçada de Mitch.

-- Desde que entrei na Inteligência – Julie responde, fazendo o mesmo – Lydia é incrível... ela passou por tanta coisa com o pai.

-- Ela me contou – Ben comenta – É realmente muito complicado.

-- É – Julie abaixa o olhar – E Mitch? Minha amiga está em boas mãos?

 -- Definitivamente – Benjamin responde, transmitindo segurança em sua resposta – É um pouco teimoso as vezes, mas, ele é uma ótima pessoa.

 -- Teimoso? Então, eles são perfeitos um para o outro.

 Ben sorri, admirando o mesmo sorriso que Julie forma encarando o chão.

 Na frente dos dois, Mitch e Lydia conversam.

 -- Virgínia sempre me pareceu um lugar tão sem graça – Mitch comenta, fazendo Lydia sorrir.

 -- Eu me acostumei com lá – Lydia conta – Nunca quis sair.

 -- Você não via a sua mãe?

 -- Ela nunca quis, na verdade – Ela fala baixinho, atraindo o olhar de Mitch ao perceber a tristeza na voz dela – Quando eu falei o que queria, ela chorou e simplesmente me expulsou de casa e desde lá, eu vivo sozinha.

 -- E seu pai? Nunca mais conversaram?

 -- Como eu disse... ele nunca quis falar comigo depois do que fez. E pra ser sincera, talvez seja melhor dessa forma.

-- Eu sinto muito – Mitch a olha, enquanto Lydia presta atenção por onde os dois caminham – Então, é sua vez, pergunte qualquer coisa e eu respondo.

-- Você nunca me disse dos seus pais – Ela diz.

-- Meu pai morreu em um acidente de carro quando eu era pequeno. Desde lá, sempre foi eu e Arthur e minha mãe – Mitch conta – Mas, uns três anos atrás ela decidiu por contra própria morar com minha tia Audrie na Filadélfia.

-- Você ainda a vê? – Lydia o olha, recebendo um sorriso tranquilo do agente.

-- Todas festividades nós vamos pra lá – Mitch diz – E em outras ocasiões também.

Saber mais da vida de Mitch é algo que Lydia aprecia. Até então, não sabia nada do que se passava com a vida dele, mas, agora, ela escuta cada palavra atentamente, o conhecendo ainda mais.

-- Ela nunca disse porque foi?

-- Que eu e Arthur já somos grandes o suficiente – Mitch responde – E pra ser sincero, desde a morte do papai ela nunca mais foi a mesma. Então, ir pra Filadélfia, realmente fez bem a ela. E aliás, é somente duas horas daqui.

-- Eu tenho certeza que ela sente muito orgulho dos filhos que tem.

-- É – Mitch sussurra, encarando o longo caminha a frente deles – Ela sente.

Atrás de Mitch e Lydia, é a voz de Ben que os faz parar de andar, olhando para trás.

-- Ei, casal! Por favor, podemos ir agora? – Benjamin pede, sem paciência – Minhas pernas estão me matando.

-- Você tem certeza que você é agente? – Lydia franze o cenho – Como você cansa em uma caminhada dessa e nunca de bater e apanhar?

-- Primeiro de tudo, Lydia, querida... apanhar?!

Mitch ri do lado dela, abaixando a cabeça. Assim como Julie, ao lado de Ben.

-- Segundo, nós acabamos de almoçar, então, vamos, vamos! Eu preciso de uma sobremesa!

--------------------------------

Enquanto Julie entra com Ben no apartamento para dar um copo de água, Lydia está encostada na parede do corredor, saboreando de um beijo lento e saboroso de Mitch.

-- Eu poderia leva-la daqui e passar a noite inteira comigo naquele apartamento – Mitch sussurra, afastando-se do beijo.

-- Porque não pode?

Mitch tenta disfarçar, mas, Lydia já captou algo no que ele disse.

-- Eu sei que não é da minha conta – Lydia molha os lábios, desviando o olhar – Mas... o que você vai fazer hoje?

-- Eu... – Mitch abaixa a cabeça, respirando fundo – Eu vou visitar a minha mãe.

Lydia se surpreende. Ambos conversaram sobre a própria e em nenhum segundo, Mitch mencionou que iria visita-la. O incômodo é amargo em Lydia, que tenta disfarçar.

-- Legal – Ela ergue a sobrancelha, saindo da frente dele – Boa viagem, então.

-- Lydia...

-- Ela ainda não sabe que você e a Helena terminaram, não é?

A ruiva se vira, já em frente ao seu apartamento. Lydia está chateada, sentindo-se como uma pessoa completamente aleatória na vida de Mitch.

-- Eu ainda não tive tempo de contar – Mitch responde – Não é fácil.

 -- É fácil sim – Lydia dá de ombros – Só se torna difícil quando a pessoa que é covarde.

-- Por favor, Lydia...

 Antes que pudesse falar mais alguma coisa, Lydia entra no seu apartamento, esbarrando sem querer em Ben, que sai. E irritada, ela bate a porta.

 -- O que foi isso? – Ele aponta pra dentro, mesmo olhando pro amigo– Pelo amor de Deus, Mitch, o que você fez?

Rapp dá um longo suspiro, passando a mão em seu rosto.

-- Eu não contei a mamãe ainda que tudo o que aconteceu sobre a Helena e mais ainda, não contei que estou com a Lydia.

-- Sobre a Lydia, aconteceu tudo muito depressa, quer dizer... mais ou menos. Mas, Helena? Você deveria ter falado – Ben dá sua opinião seriamente – Você vai hoje a noite?

-- Provavelmente sim.

-- Arthur vai?

-- Sim, todo mundo – Mitch responde – Você acha que eu deveria chama-la? Você não acha que... que é muito cedo?

-- Cedo? – Ben franze o cenho – Uma semana que você conheceu a Helena, você já queria enfiá-la dentro da casa do Arthur para conhece-los.

-- Golpe baixo.

-- Eu sei – Ben dá um sorriso sarcástico.

Assim que Mitch faz menção de ir até a porta, Benjamin o impede.

-- O que?

-- Eu não tenho muita experiência nesse quesito, mas, honestamente, a única coisa que pode acalmar uma mulher é um balde de pipoca, chocolate, sorvete e certamente, não a presença do motivo do seu estresse. Então, nem pense.

Mitch fica literalmente sem saber o que dizer com o argumento de seu amigo.

-- Justo – Mitch massageia sua testa – O que eu posso fazer?

-- Você tem a tarde inteira pra esperar – Ben diz – Então, espere.

-- Ok – Rapp dá de ombros, convencido por Benjamin – Eu vi seu clima com a Julie, aliás.

-- O que? – Ben franze o cenho, incrédulo com a suposição de Mitch – Quer dizer, ela é ótima, mas... o que?! Nós só estávamos conversando!

-- Eu sei – Mitch revira os olhos, começando a andar – Você se irrita tão fácil.

-- Você não sabe o que dizer.

No meio do corredor, Mitch empurra Benjamin para o lado, no qual rapidamente revida e literalmente como duas crianças, fingem brigar no corredor.

-- Nós somos agentes da CIA, tenha compostura, Rapp!

--------------------------------

Sozinha, Lydia tem em suas mãos a foto de sua mãe e de seu pai.

Grace Martin, os olhos azuis, fios longos, loiros escuros e uma franja que Lydia sempre achou oferece-la uma aparência muito mais jovem. Ao seu lado, Joseph Martin, olhos verdes, barba rala e grisalha, assim como os fios de seu cabelo.

É a única foto que Lydia carrega de seus pais desde seus dezoito anos, hoje, dez anos depois, Lydia sente a vontade de revê-los, de ver como eles estão depois de tantos anos.

Lydia desejaria ter sua mãe próxima como a de Mitch e de Julie, mas, ela não pode, esse limite foi dado a ela assim que foi colocada pra fora de casa.

E Joseph, Lydia sente a necessidade de olhar nos olhos do pai, mesmo que ele não consiga. Ela sabe que não pode ser só isso, que esse não é rumo até o fim de sua vida.

Assim que escuta o som da campainha, Lydia coloca a fotografia de baixo do pequeno jarro na mesa de centro e se apressa para atender a porta.

Parado, Mitch carrega pacotes de todos os tipos de guloseimas e apressadamente, ele entra no apartamento, deixando a ruiva completamente assustada e ao mesmo tempo, achando graça do que ele fez.

-- Aqui – Ele coloca jogado em cima do sofá – Chocolate, marshmallow, batata, mentos, tudo.

-- Porque você está me trazendo isso? – Lydia fecha a porta, franzindo o cenho – Eu não pedi.

-- Ben disse que isso acalma uma mulher.

Ao ouvir o que Mitch diz, Lydia não se segura e simplesmente cai na gargalhada, sendo observada com uma expressão surpresa e confusa de Mitch.

-- O que? – Ele pergunta, quase irritado – Eu tentei!

-- Desculpe – A ruiva respira fundo, tentando segurar o riso – Eu só... eu só não esperava que você literalmente fosse levar tão ao pé da letra o que Ben disse.

-- Mas vai funcionar, não vai? – Mitch pergunta.         

-- Você não pode simplesmente vindo aqui com essa quantidade de doce, salgado pensando que é assim que você vai me conquistar – Lydia explica – Quer dizer, até pode, mas...

-- Lydia, escuta.

Mitch se aproxima, apressado. Ele reluta em tocá-la, receoso de sua reação, mas, ele simplesmente põe suas mãos nos braços da ruiva, que o olha.

-- Você não pode me julgar por não ter contado de nós dois ainda – Mitch fala calmamente – Mesmo com toda a história, aconteceu muito rápido recentemente e definitivamente, você não pode me julgar por isso.

-- Eu sei – Ela dá de ombros – Mas, até quando você vai fingir pra sua mãe que você e Helena ainda estão juntos? Até quando você vai me esconder?

-- Eu não estou escondendo – Mitch explica, agoniado – E pra provar que não estou fazendo isso, eu quero que você vá comigo mais tarde.

-- O que?! – Lydia se espanta – E-eu não quero que você me convide porque eu me chateei ou algo do tipo, Mitch, eu não...

Inesperadamente, Mitch cala Lydia quando a beija, causando uma pressão forte entre seus lábios, forçando com que seus fôlegos se prendam imediatamente.

Ele se afasta, a deixando ainda mais confusa. Sutilmente, ele sobe suas mãos até o pescoço da ruiva, fitando os seus olhos verdes.

-- Só... não diga mais nada.

Mitch assim que une seus lábios, dá um movimento brusco, se afastando novamente de Lydia. Ele a encara transmitindo todo o desejo que sente por ela nesse momento, toda a necessidade que ele possui de Lydia Martin.

Lydia recebe o olhar dele ainda espantada pela reação imediata dele, mas, ela gosta do que tem. Ela gosta do repentino e quente clima que Mitch cria entre os dois.

As mãos dela pousam na nuca dele, encostando sua testa na dele.

Todo o seu peito imediatamente grita por Mitch Rapp. Todo o seu corpo é dominado por uma cadeia de sensações que necessitam dele.

-- Você tem certeza disso? – Lydia questiona, afastando-se sutilmente para olhá-los nos olhos – Não é cedo?

-- A vida é curta, ruiva – Mitch sussurra, fitando-a com tanta verdade no olhar que a causa arrepios – E eu não quero mais perder nenhum segundo.

Lydia desliza seus dedos até a ponta do queixo de Mitch, sorrindo com as palavras que são ditas a ela.

Mitch a beija novamente, passando suas mãos pelas costas de Lydia até chegar em sua cintura.

Ele movimenta seu lábio contra o dela e imediatamente, Lydia é invadida pela língua quente do homem e a acolhe, manteando o lento e saboroso ritmo do beijo dos dois.

Mitch e Lydia estão como se estivessem no meio de uma missão. O coração acelerado, a respiração ofegante. Eles desencadeiam reações similares, causando o atual desejo que os agentes sentem um pelo outro.

A pele deles é como se estivesse dentro de uma fogueira, queimando. Mas, a diferença é que Mitch e Lydia gostam de queimar juntos, de desfrutarem do incêndio.     

Mitch aumenta o ritmo do beijo, fincando sua mão firme no pescoço de Lydia, entrelaçando os fios ruivos no meio dos seus dedos.

Lydia derrete sob a pegada de Mitch, sem capacidade mais de raciocinar ou controlar o que não deve ser controlado.

Sabendo pra onde desejam ir, Mitch sem afastar-se, caminha junto com Lydia, mas, para ao encontrar um pilar, a encostando ali mesmo.

O ato causa nele uma maior proximidade, encostando seus corpos, afastando qualquer espaço que existia entre os dois.

Mitch leva suas mãos até as pernas de Lydia, a tirando do chão e imediatamente, Lydia prende-as no quadril de Mitch, provocando o desfrute de sentirem suas intimidades encostadas.

Lydia, ao sentir o membro rígido de Mitch, morde o lábio inferior enquanto é intensamente estimulada no pescoço, recebendo beijos quentes pela região que a faz expulsar gemidos ainda controlados, completamente excitada com o que Mitch faz.

Uma mão de Mitch segura a coxa dela, enquanto a outra está por trás da cintura da ruiva, apertando-a contra ele.

Lydia o puxa de volta para seu rosto, o acolhendo novamente em um beijo quente, apressado, resultado da necessidade que eles sentem. Mas, ambos desejam atiçar um ao outro, desejam saborear de cada segundo de excitação.

Com a mão no rosto dele, é ela que comanda o beijo, oferecendo sua língua para ele, que é sugada por Mitch. Ele gosta do atrevimento dela, de como a ruiva lidera o ato.

Lydia retira a camisa de Mitch, deixando o peitoral dele despido. E da mesma forma, Mitch retira a blusa regata da ruiva, expondo os seios dela ainda cobertos por um sutiã preto, mas, que praticamente fogem do decote.

As mãos dela passeiam pelas costas de Mitch, sentindo o quente da pele dele contra a sua.

Mitch a leva até a primeira porta do corredor, que é o quarto de Lydia e com cuidado a abre. A deita na grande cama e assim que faz, Mitch só quer fazê-la sentir-se dele, quer oferecer a Lydia o carinho que ela merece.

Por cima dela, a mão dele agarra a coxa dela, enquanto seus lábios tocam o pescoço de Lydia, beijando-a lentamente.

É ela que retira seu próprio sutiã e sem perder tempo, a mão quente de Mitch toca a região, descendo seu corpo lentamente, traçando um caminho de beijos que causam gemidos e excitação na ruiva.

Mitch arrasta sua boca até a barriga dela e quando é impossibilitado, ele fica de joelhos.

Ele encara firmemente nos olhos de Lydia, que imploram por ele. Os verdes esmeraldas ardem em desejo, em expectativa por cada movimento que Mitch faz. E seus lábios semiabertos em uma respiração ofegante é o descontrole que ela possui.

Lydia é como uma verdadeira obra de arte e é isso que Mitch captura.

Assim que seus dedos tocam a parte de cima do short de Lydia, os olhos dela se fecham, agoniada com a demora e ao mesmo tempo, em expectativa pelo toque dela.

Mitch saboreia a expressão dela e lentamente, ele arrasta o short dela, livrando-se da peça.

Seus olhos fitam a intimidade de Lydia, que ainda está coberta, mas, pelo tecido, Mitch consegue vê-la completamente encharcada.

Sutilmente, ele desliza seus dedos pela intimidade dela, massageando por cima da calcinha e ambos se deliciam com o carinho. Mitch quer tê-la, quer beijá-la na região, sentir o gosto dela e Lydia deseja sentir a boca dele, a língua dele deslizar-se pelo seu ponto de prazer.

-- Tão molhada, ruiva – Mitch sussurra.

Ele segura a barra da calcinha, puxando lentamente e revelando-a totalmente pra ele.

-- Você quer que eu coloque minha boca, agente? – Mitch pergunta, deslizando suas mãos pelas coxas de Lydia – Você quer que eu sinta o quão molhada eu te deixo?

-- S-sim – Ela responde, agoniada com o desespero para senti-lo – Eu quero.

-- Ótimo – Ele sussurra – Porque é isso que eu vou fazer.

Lydia agarra o lençol da cama somente ao ouvir a afirmação de Mitch.

Ele se ajeita na cama, livrando-se de seus sapatos e posicionando-se no meio das pernas de Lydia, entrelaçando seus braços nas mesmas.

Assim que sente a língua de Mitch lamber de baixo pra cima, um único gemido escapa da boca de Lydia, completamente enlouquecida em sentir a língua dele.

Lydia arde, ela sente sua intimidade pulsar de excitação.

Mitch para, para observar a expressão de Lydia, que tem seus olhos fechados e visivelmente inquieta no colchão.

Novamente, ele desliza sua língua, sentindo o gosto do prazer de Lydia, guardando para si. Mitch fricciona a mesma no clitóris dela, depositando toda sua atenção temporiamente ali, para atiça-la.

Lydia geme, misturando-se ao nome dele.

As mãos dele apertam as coxas da ruiva enquanto a beija, arrastando sua boca por toda extensão, sugando, lambendo.

No clitóris, Mitch dá um estímulo lento, a enlouquecendo e aprimorando ainda mais os gemidos de Lydia, no qual Rapp saboreia e enlouquece mais ainda com o que ouve.

Os olhos dela se abrem, fitando Mitch e agoniada de prazer, ela finca seus dedos no cabelo dele, colaborando no comando da velocidade.

-- Mais rápido, por favor – Ela pede em meio a um gemido.

Como ela pede, Mitch aumenta o ritmo e ofegante, ela encosta sua cabeça no travesseiro, encarando o teto branco de cenho franzido e mordendo seu lábio inferior.

O gemido que sai da boca de Lydia é alto assim atinge o orgasmo que não impede Mitch de continuar. Ele saboreia o gosto dela, limpando cada resquício do líquido.

Lydia é atingida por tremores, ainda sem controle do seu corpo após a estimulação.

Quando Mitch sobe até ela, a ruiva põe suas mãos no pescoço dele. Os lábios de Mitch estão ainda mais rosados e molhados.

-- Você é o melhor – Ela sussurra – Porra, Mitch, me fode.

-- Você não tem ideia de como eu vou fazer isso com força, ruiva.

É Lydia que arrasta sua mão até a gaveta ao lado da cama, puxando um preservativo. Entrega a Mitch e com a boca, ele rasga a embalagem.

Assim que a coloca, Mitch observa o que faz e lentamente, arrasta sua glande na entrada de Lydia, deixando um gemido único e rouco sair de sua boca.

A sensação de ser acolhido por ela o enlouquece e assim que faz isso devagar, Mitch aperta seus olhos, desfrutando do quente.

Ele a penetrou com facilidade ainda por causa da lubrificação de Lydia e ao conseguir o equilíbrio, Mitch arrasta seu quadril pra frente e pra trás, lentamente e ao mesmo tempo, forte, rude.

Mitch se enterra dentro dela, dando som ao ato, de seus corpos se chocando, se juntando ao som dos gemidos dos dois.

Ele aumenta as estocadas, fazendo a cama ranger debaixo dele pelo movimento de vai e vem dos dois.

Lydia entrelaça suas pernas no quadril dele, o impedindo de ir muito longe e por isso, os movimentos são ainda mais lentos.

Os olhos de Mitch e Lydia se encontram e rapidamente, a conexão entre os dois é absurda. Ambos estão no paraíso.

Ele a beija e lentamente, Lydia suga o lábio inferior dele, observando os olhos dele se fecharem, visivelmente entorpecido de prazer do que é se enterrar lentamente dentro da sua ruiva.

-- Você é tão gostosa, ruiva – Ele murmura, molhando seu lábio inferior – Merda.

Lydia agarra o pescoço de Mitch e perto do ouvido dele, os gemidos o enlouquecem, perdendo o controle e chegando ao ápice, expulsando um grunhido ao sentir seu líquido ser liberado.

Mitch tem sem bumbum contraído, ainda completamente enterrado na ruiva.

Ele relaxa, caindo por cima dela, visivelmente ofegante, assim como Lydia. Seus fôlegos estão apressados, ambos sentindo o forte movimento de suas caixas torácicas.

Mais uma vez, Mitch e Lydia desfrutam de um encaixe, de um sexo que é único deles. Que eles compartilham uma conexão e um prazer que vai além de qualquer descrição.

Mitch se afasta, deitando-se ao lado dela.

-- E-eu...

Lydia congela.

-- Não diga nada.

Mitch a olha, sem entender o pedido de Lydia, mas, facilmente acata.

-- Você deveria arrumar suas malas, nós vamos para a Filadélfia.


Notas Finais


até o próximo! sz


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...