1. Spirit Fanfics >
  2. Another Love >
  3. Nós

História Another Love - Nós


Escrita por: cecistydiax

Notas do Autor


boa noite mores!
gostaria de adiantar que estamos na reta final de another love, restando agora só mais três capítulos a serem postados.
aproveitem esse finalzinho e espero que gostem sz
boa leitura!

Capítulo 47 - Nós


Fanfic / Fanfiction Another Love - Nós

1 semana depois

São Petersburgo, Rússia

Os agentes decidiram ficar em São Petersburgo em procura a Annalise por ser o ponto mais estratégico, porém ainda não conseguiram nenhum rastro sequer da mulher.

Todos os contatos que Oliver sabia, entregou para CIA e foram detidos. Mas todos negaram qualquer ideia de onde esteja Igor com Annalise, para o sofrimento de Lydia e Oliver.

Na base de monitoramento, Lydia, Benjamin e Julie estão sozinhos e enquanto o casal faz as buscas via satélite, a ruiva observa a rua pouco movimentada do lado de fora.

Ela consegue ver Oliver e Mitch chegarem juntos e não evita de dar um sorriso de canto, sem conseguir acreditar que está vivendo essa insana loucura.

-- Vocês conseguiram falar com as campainhas aéreas? – Lydia questiona, se virando para os amigos.

-- Conseguimos – Benjamin responde – Mas não rastrearam nenhum voo clandestino.

Lydia assente com a cabeça, exalando sua tristeza pela falta de notícias.

Ao lado de Ben, Julie observa a feição da amiga.

-- Nós vamos encontrá-la, ok? – Julie busca confortá-la.

Lydia não responde, somente dá um sorriso desanimado.

A porta é aberta por Oliver, que entra ao lado de Mitch e em suas mãos, café para todos.

Diante da tela do computador, Benjamin não disfarça seu descontentamento pela presença de Oliver ali e ver todos o tratando amigavelmente depois de tudo o que fez, o faz fechar o punho.

Julie observa a expressão de Benjamin, estranhando.

Tímido, Oliver se aproxima para entregar os cafés de Julie e Benjamin e diferentemente de Ben, Julie recebe.

-- Obrigada – Ela dá um sorriso – Você... você não quer, Ben?

-- Não – Ben é seco, sem nem sequer tirar os olhos da tela.

Oliver sente a indiferença de Benjamin e não o julga por isso, mas esperava por um voto de confiança.

-- Julie, eu... eu posso falar com você por um segundo? – Oliver, envergonhado, pede – Não vai demorar.

-- Pretende atirar nela novamente?

A pergunta irônica e ferina de Benjamin atrai o olhar de todos para ele, construindo um silêncio extremamente pesado.

-- Não tem necessidade disso, Ben – Mitch o repreende, ao lado de Lydia.

-- Está tudo bem – Oliver tenta remediar – Ele está certo de qualquer maneira.

Benjamin se encosta na cadeira, cruzando os braços e calado por alguns segundos, seus olhos praticamente fritam Oliver.

-- Eu não gosto da sua presença aqui, Oliver – Benjamin é direto.

-- Ben, pare! – É Lydia que se irrita, apertando os olhos.

-- Ele atirou na Julie, Lydia! E furou o seu namorado com a porra de uma faca e de quebra, bom... ele trabalhava com o Igor!

-- Ele é meu irmão!

Lydia se exalta e dessa vez, além de Benjamin, todos os olhares a encaram escancaradamente surpresos com o senso de defesa em sua voz.

Os lábios de Oliver se partem ao ouvi-la afirmar e falar em alto e bom som a relação sanguínea deles. Definitivamente, nunca imaginou ouvir isso.

-- Ele pediu perdão e está disposto a nos ajudar, Ben – Mitch pontua, calmamente – Você não precisa gostar da presença dele, mas, pelo menos... dê um voto de confiança.

-- Eu só ia pedir perdão pelo o que fiz, Julie – Oliver a olha, que muda a postura ao se surpreender com o que ele afirma – Eu não tinha tido a oportunidade ainda, então, era só isso que eu ia dizer.

Benjamin desarma, percebendo que é hora de dar o braço a torcer.

-- Eu te perdoo, Oliver – Julie comprime os lábios.

O filho de Annalise somente assente com a cabeça, espelhando sua gratidão na postura tímida.

-- Eu aceito o café.

Oliver esboça o sorriso ao ver Ben estender a mão e o entrega.

-- Obrigado – O agente agradece – Mas eu preferia puro.

-- Ben!

Julie o repreende, dando um tapa na cabeça do parceiro, que cospe o pouco do café que já tinha bebido.

-- Estou brincando!

Ele reclama, a olhando.

– Grossa.

----------------------------------------------

 

Hospedados em um hotel mais confortável, Mitch e Lydia entram no quarto, visivelmente cansados depois de mais um dia de buscas.

-- Ben me assustou com aquela reação – Lydia diz, sentando-se no sofá.

Mitch senta-se ao lado dela e sem pensar duas vezes, a ruiva se deita, esticando suas pernas em cima das de Mitch.

-- Folgada, Martin – Ele murmura, dando um sorriso de canto enquanto a olha da mesma forma.

Ele retira as botas dela, relevando as meias coloridas de sua namorada.

-- Estilosa – Mitch ergue as sobrancelhas – Gostei.

-- É muito frio! – Lydia ri – Não me julgue!

-- Eu nunca faria isso – Mitch se defende, fingindo sentir-se extremamente ofendido – Mas, sim... eu também me assustei com a reação do Ben, logo ele que é tão compreensivo.

-- Deve ser por causa da Julie – Lydia comenta – Você sabe... ver alguém que machucou a pessoa que você ama é como despertar um animal feroz dentro de nós.

-- Verdade – Mitch comprime os lábios – Estou feliz por eles.

-- Eles parecem dois adolescentes – Lydia sorri – É bonito de ver.

-- E você? Como está? – Mitch pergunta, enquanto massageia os pés de Lydia por cima da meia confortável – Eu sei que é difícil, mas nós não podemos perder as esperanças.  

-- Eu sei – Lydia respira fundo – A única coisa que me mantém firme é que eu sei que Igor jamais a machucaria. Ele... – Ela comprime os lábios – Ele a ama e isso não tem como negar.

-- Alguns amores se perdem quando as pessoas fazem escolhas erradas.

Mitch atrai o olhar de Lydia com sua reflexão extremamente profunda.

-- Quer dizer, ele pode amá-la, mas... ele escolheu a ambição.

Lydia concorda, mexendo a cabeça em afirmação.

Fitando o teto do quarto, ela não percebe os olhos castanhos de Mitch a encararem.

O silêncio, a calmaria do momento o oferecem a oportunidade de finalmente falar sobre a proposta de Miller e um futuro depois dessa tempestade.

-- Lydia?

Ele a chama, fazendo ela olhá-lo.

-- Eu ainda não tinha a oportunidade de contar, mas, quando nós vimos no aeroporto, eu estava indo para Londres – Mitch diz, sob a atenção da namorada – Eu fiquei em missão e em convite do Lenny, depois fui pra sede e dei uma palestra para os recrutas.

-- Lenny?! – Lydia franze o cenho, mas o ar dela é de surpresa – Que ótimo, amor.

-- É – Mitch solta um sorriso, abaixando a cabeça – Ele... ele foi ótimo comigo.

-- Ele é.

Lydia afirma, mas percebe o nervosismo em seu namorado.

-- Mitch, eu consigo sentir de longe que você está enrolando para me contar algo – A ruiva se ajeita, ficando de joelhos ao lado dele no sofá – O que aconteceu?

-- Ele me fez um convite.

Mitch diz pausadamente, deixando a namorada confusa.

-- Que tipo de convite?

-- Uma oferta de trabalho.

A resposta direta de Mitch a faz erguer as sobrancelhas, completamente surpresa.

-- Ele me convidou para dar palestras aos recrutas e treiná-los.

-- Amor, isso é ótimo! – Lydia segura as mãos de Mitch, oferecendo a ele um sorriso cheio de felicidade – Mas, porque todo esse mistério para me contar?

-- Porque isso significa ir morar em McLean.

Os lábios de Lydia se partem, refletindo o que não havia pensando até então, graças a felicidade acelerada a notícia de Mitch.

Ela ama Nova York, aprendeu a amar a cidade e construiu uma vida ao lado de Mitch lá.

-- Você quer dizer... nós irmos morar em McLean – Ela murmura.

-- Sim, mas, se você quiser ficar em Nova York, eu recuso a oferta.

-- O que? – Lydia sorri, incrédula – Claro que não, Mitch.

Ela toca o rosto do namorado, fitando os olhos castanhos que são sua extrema perdição.

-- Se você me chamasse para morar na lua, em Marte, no meio da rua, seria o meu maior prazer em dizer sim.

 Lydia diz e imediatamente, Mitch segura os pulsos dela delicadamente

– Nós estamos juntos e quando eu digo isso, Mitch Rapp... eu digo que eu vou para qualquer lugar, contanto que você esteja comigo.

Os olhos de Mitch se enchem de água ao seu coração ser atingido por uma onda gigante de emoção que as palavras de Lydia provoca.

-- Você vai aceitar essa oferta de emprego e assim que voltarmos para Nova York, nós arrumamos as malas para McLean – Lydia afirma, molhando os lábios – Nós podemos ser felizes em qualquer lugar, meu amor.

Mitch está sem palavras com o apoio de Lydia.

Ouvir isso, ver a confiança pular dos olhos verdes dela é a certeza que Mitch tem a pessoa certa para passar o resto de sua vida, que Lydia é a mulher de sua vida.

-- Eu te amo, você sabe disso, não sabe?! – Mitch sussurra, beijando as mãos de sua namorada – Porra, eu realmente sou um cara de sorte.

Lydia sorri, mordendo um lábio inferior.

-- Sim, você é – Ela assente com a cabeça – E olhe que eu não sou convencida.

-- Cala boca – Mitch revira os lábios.

Ele a puxa para cima de seu colo, arrancando uma risada de Lydia e quando o silêncio se instala entre eles, é a troca de olhares que dá voz á tudo.

-- Nós vamos encontrar a Anna, Lydia – Mitch sussurra, encostando sua testa na da ruiva – E quando isso acontecer, todos nós vamos ser felizes.

-- Eu sei – Lydia fala baixinho – Eu sei.

E ao se abraçarem, eles desfrutam da paz em meio ao tornado.

-------------------------------

Assim que sai do banho vestida em seu roupão, Julie diminui os passos ao perceber Benjamin sentado na janela.

-- Pensativo? – Julie questiona, enxugando seus cabelos com outra toalha.

-- Eu fui rude com o Oliver.

Ben responde e respira fundo, deixando seus olhos pousarem em Julie.

Tê-la tão à vontade com ele, próxima é a visão preferida de Benjamin, pois é o eterno lembrete que estão mais do que juntos.

-- Quando eu olho pra ele, eu só consigo lembrar de você caída naquele restaurante – Ben diz, retornando a encarar a avenida abaixo – E porra... eu odiei a sensação.

Julie comprime os lábios, compreendendo o pensamento de Ben.

-- E eu percebi algo também.

Ela se aproxima, mexendo carinhosamente no cabelo de Ben, que imediatamente se afaga no carinho delicado dela.

-- Eu não quero perder você, Julie.

Ela se assusta com as palavras de Benjamin, pausando a movimentação de seus dedos.

-- Eu não quero assustar você, ok?

Ben se ajeita, deixando Julie, de pé, no meio de suas pernas enquanto ele ainda está sentado.

Carinhosamente, ele segura as mãos dela e por alguns segundos, ele cria a coragem para abrir seu coração.

-- Eu quero dizer que eu preciso de você, Jules – Ben murmura, fitando os olhos assustados da agente – Eu gosto muito de você e... eu não quero que isso entre nós dois acabe.

-- Porque... porque você está dizendo isso?

-- Porque eu nunca senti isso antes, essa... essa necessidade.

Os lábios dela se partem, mexida com a sensibilidade de Benjamin.

-- E eu não quero ir mais fundo nessa relação pensando que somente eu me sinto assim – Ben comprime os lábios – Eu não quero que você precise de mim, mas eu quero saber se você está comigo... de verdade, Jules.

O marejar nos olhos de Julie a incomoda, arde.

A conversa de Benjamin a surpreendeu e é inevitável não tem seu coração em mãos com as palavras tão decididas dele.

-- Eu gosto de você, Ben – Julie toca o rosto dele – Eu realmente gosto, mas eu ainda estou aprendendo a lidar com isso.

-- Eu sei – Ben assente com a cabeça copiosamente.          

-- Eu gosto da sua companhia, gosto de quando você me faz dormir contando histórias chatas sobre filmes chatos, gosto de quando você me acorda todos os dias com o mesmo beijo na testa.

Benjamin segura os pulsos dela, dando um sorriso fechado.

-- Você faz minha vida melhor, Benjamin Bowers – Julie sussurra, dando um sorriso de canto – E eu quero você nela.

Benjamin se levanta, deixando mais uma vez explícita a grande e agradável diferença de altura entre eles.

Suas mãos pousam no pescoço de Julie e em silêncio, ele aprecia mais uma vez a beleza da mulher diante dele.

-- Você esqueceu de dizer que ama quando eu faço isso.

Sem aviso prévio, Benjamin a tira do chão, carregando pelos braços até a cama, enquanto Julie agracia todo o quarto com sua risada adorável.

E quando a deita na cama, os lábios de Ben e Julie se selam e ali, os dois apreciam a presença um do outro.

---------------------------------

Dia seguinte, 10:32

Oliver espera por Ivan, filho de Boris, um dos associados de seu pai. O nervosismo é inevitável e ao ver o amigo se aproximar, ele tenta disfarçar.

Ao se sentar, Ivan não enrola.

-- Mas que merda, Ollie?! – Ele fala baixo, erguendo a cabeça pra frente – Meu pai me disse sobre o que aconteceu com você e o Igor.

-- Eu fiz a coisa certa, Ivan – Oliver franze o cenho.

-- Se meu pai descobrir que eu me encontrei com você, ele me mata – Ivan se encosta na cadeira, respirando fundo – O que você quer?

-- Aonde você estava? Demorou dias para conseguir falar com você, cara!

-- Vivendo minha vida, bebendo por aí – Ivan dá de ombros – Eu costumava ter um companheiro pra isso, mas pelo visto ele resolveu me abandonar.

-- Ivan, eu preciso da sua ajuda, ok?

Ivan reluta, desviando o olhar.

-- Claro – Ele assente com a cabeça.

-- Posso confiar em você?

-- Mas que porra, Ollie? Eu sempre limpei suas merdas e agora você me pergunta se pode confiar em mim?!

-- Só... cala boca – Oliver, impaciente, pede – Seu pai está mantendo contato com o meu?

-- Eu não sei – Ivan diz – Eu não ouvi mais nada além do que te disse no telefone.

-- Merda – Oliver pragueja, irritado – Eu preciso que você vigie seu pai, o siga, preste atenção em qualquer detalhe.

-- Você quer me foder, Ollie?!

-- Por favor, Ivan... Igor levou a mamãe com ele contra a vontade dela.

Ivan se surpreende, controlando seu nervosismo ao perceber que é algo ainda mais sério, algo que ele não esperava.

-- Eu preciso encontrá-la – Ele sussurra.

Ivan observa silenciosamente a expressão preocupada e mais ainda, uma diferença notória em Oliver. Antes cheio de si, arrogante, Ivan se depara com seu amigo completamente assustado e até mesmo mais vulnerável.

-- Você realmente mudou, não foi, Ollie? – Ivan questiona, comprimindo os lábios – Quem diria...

-- Isso não importa agora, Ivan.

-- Foi ela, não foi? – A suposição de Ivan faz os olhos de Oliver pesarem sob ele – Sua irmã... ela mudou você.

Oliver arranha a garganta, tentando disfarçar o peso do comentário de seu amigo.

-- Ela salvou você de continuar em um caminho que poderia ficar pior e ela simplesmente precisou aparecer em sua vida.

 Ivan opina, dando de ombros

– É aí que vemos o quanto você estava sendo controlado por Igor durante todo esse tempo, até porque, se paramos para pensarmos nos outros acabamos esquecendo de nós mesmos, não era isso que Igor falava?!

Ivan observa a luta de Oliver para não deixar se entregar.

Ele está inquieto, desviando o olhar.

-- Ela te mostrou bondade.

Ivan murmura.

– Uma bondade que você nunca se permitiu ter, até mesmo com Annalise bem ali ao seu lado.

Oliver sabe que tudo é verdade, cada palavra de Ivan e é por isso que ele simplesmente está sem palavras.

-- Eu posso ajudá-lo – Ivan afirma, dando um longo suspiro.

-- Obrigado, Ivan – Oliver assente com a cabeça – De verdade.

-- Você sabe que pode contar comigo – Ele se levanta, enfiando suas mãos nos bolsos de seu casaco – Tenha cuidado, ok?

-- Claro.

Ivan assente com a cabeça e se afasta, deixando Oliver um pouco mais aliviado por ter conseguido a ajuda de seu amigo.

-----------------------------------

3 dias depois

Da janela, Mitch observa Oliver chegar.

Há três dias que ele vem percebendo uma movimentação do rapaz e dado o passado dele, é inegável não sentir uma desconfiança percorrer todo seu corpo.

-- Você está bem? – Lydia se aproxima do namorado.

-- Sim – Mitch desperta do transe, olhando para a namorada – Você?

-- Não aguento mais esses becos sem saída.

No dia anterior, os agentes conseguiram mais imagens da câmera de segurança de um dos hotéis cinco estrelas e viram Annalise e Igor.

Do lado de fora, os viram entrar em um carro e com a placa, os agentes rastrearam o veículo, mas o encontraram abandonado na beira da estrada.           

-- Não perca as esperanças, ok? – Mitch toca o braço de Lydia, alisando-o – Não existe nada pior do que isso.

Lydia dá um sorriso de canto.

-- Eu não sei o que faria sem você – Lydia murmura, fitando os olhos castanhos do agente – Obrigada por estar do meu lado.

-- Eu nunca sairia – Mitch diz – Nem se você me pedisse.

A troca de olhares entre eles é interrompida pela entrada de Oliver, que sente todos a atenção cair nele.

-- Aonde está o café? – Lydia questiona, franzindo o cenho.

Ao seu lado, Mitch analisa a expressão de Oliver.

-- Desculpe – Ele expulsa um sorriso nervoso – Esqueci completamente.

-- Você realmente foi na cafeteria?

A pergunta de Mitch atrai todos os olhares até ele. Qualquer um consegue sentir a desconfiança no questionamento do rapaz.

Oliver engole o seco.

-- O que você está escondendo, Oliver? – Mitch continua.

Ele não possui afronte em sua voz, somente uma simples calma.

-- Eu... eu estava com Ivan – Ollie desvia o olhar, envergonhado.

-- O filho do Boris?! – Lydia indaga, cerrando os olhos – O cara que trabalha com o Igor?

-- Calma, Lydia – É Julie que pede – Deixe-o falar.

-- Ivan é um dos meus poucos amigos, Lydia – Oliver argumenta, sob a atenção de todos – Ele está do meu lado, ok? Eu pedi para ele pra ficar de olho no Boris.

-- E você acredita nele? – Mitch pergunta.

-- Acredito – Oliver molha os lábios, afirmando confiantemente.

-- É isso que importa, então.

A compreensão de Mitch agrada a Oliver fielmente. É inegável a aproximação entre os dois.

-- Ele conseguiu algo? – Lydia cruza os braços – Alguma pista?

-- Ele me disse ontem pelo telefone que escutou o Boris dizendo que o papai viajou pra fora – Oliver massageia a testa – Então... nosso trabalho não é mais aqui.

-- Bom – Benjamin quebra seu silêncio – Espero pelo menos que ele tenha ido para um lugar menos chato, Finlândia, Ucrânia, Suécia... aliás, eu adoraria voltar a França!

-- Cala boca, Ben – Julie revira os olhos.

-- Não, espera.

É Oliver que pede, embarcando aonde as palavras inesperadas de Benjamin o levam.

Os agentes se entreolham, sem entender o congelamento de Oliver.

           

Assim que entra na mansão, os passos de Oliver diminuem ao perceber uma pessoa nada familiar parada no hall de entrada.

-- Com licença, senhor – Oliver franze o cenho – Posso ajudá-lo?

-- Sim, claro – O homem bem vestido, carregando uma pasta, afirma rapidamente ao notar a presença de Oliver – Eu estou atrás de Igor Ivanoff.

-- Ele provavelmente deve estar em alguma reunião no escritório – Oliver dá de ombros – Eu sou o filho dele, eu posso adiantar algo.

-- Eu sou Gerald Monterrey, sou corretor imobiliário em Paris.

-- Paris? – Oliver franze o cenho, estranhando.

-- Sim, seu pai está interessado em comprar um apartamento na cidade – Gerald afirma – Vim fechar o contrato.

-- Ok – Oliver assente com a cabeça lentamente, ainda raciocinando a notícia – Então, posso oferecer uma água enquanto espera?

-- Claro.

Os dois caminham até a cozinha e enquanto Gerald embarca em uma conversa com Oliver, os pensamentos dele vão para longe dali.

           

-- Paris – Oliver murmura – O papai está em Paris.

-- Espera, o quê?! – Lydia ergue as sobrancelhas – Como você sabe disso?

-- Um corretor o procurou alguns meses atrás – Oliver coloca uma mão na cintura, explicando para os agentes – Gerald Monterrey... ele disse que o papai ia fechar o contrato de uma compra de um apartamento em Paris e confie em mim, Igor definitivamente me falaria.

-- Ele não queria que você soubesse – Lydia murmura, quase para si mesma – Então, nós só temos que encontrar esse Gerald, certo?!

-- Sim – Oliver afirma, confiantemente – Nós temos que ir a Paris.

E no pequeno cubículo, todos se sentem imediatamente mais aliviados por terem uma pista concreta.

-- Bonjour! – Ben reage, animado.

-- Ben, isso significa bom dia – Mitch franze o cenho.

-- Merda.

           


Notas Finais


até o próximooo! sz


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...