1. Spirit Fanfics >
  2. Another Love >
  3. Espinho

História Another Love - Espinho


Escrita por: cecistydiax

Notas do Autor


boa leitura! sz

Capítulo 9 - Espinho


Fanfic / Fanfiction Another Love - Espinho

Com a ajuda de Miller, Lydia finalmente coloca seus pés dentro do apartamento. Ainda não se acostumou com o lugar, mas, a ruiva sente-se completamente aliviada por estar longe do hospital.

Os quatro dias se arrastaram tranquilamente. Sendo fielmente acompanhada de Miller e Julie, Lydia se sentiu bem. A presença dos dois foi essencial para fazê-la esquecer da confusão com Mitch.

-- É adorável – Miller diz, colocando a mala de Lydia no chão.

-- Não é?! – Lydia dá um pequeno sorriso, entrando – Tem um sistema de som que dá por todo ele.

-- Chique.

Miller a olha de canto de olho, esboçando um sorriso fechado. Lydia revira os olhos, achando graça do jeito que ele diz.

-- Não me olhe assim – Ela pede, caminhando até o sofá, sendo observada por ele – Como estão as coisas na Agência?

-- Mitch está de volta em missão com a Helena.

Miller conta, mas, não de maneira má intencionada. É somente depois de dizer, que percebe a fragilidade do assunto.

-- Desculpe – Ele diz, se aproximando de Lydia, que já está sentada no sofá – Você está louca de vontade de voltar, não é?

Lydia jamais poderia abrir sua boca para dizer não. A agente sente falta de cada segundo em missão, de poder sentir a adrenalina boa, poder ajudar no que serve ao seu país.

-- Eu me sinto cem por cento, mas, ninguém vai acreditar em mim.

-- Eu acredito – Miller coloca seu braço por cima do sofá, olhando a ruiva – Você é dura na queda, agente.

Lydia o olha, mais uma vez esboçando um leve sorriso. Tudo ao lado de Miller consegue ser extremamente leve, natural e por alguns segundos, ela consegue sentir algo comum entre ele e Mitch. Só que da última vez que sentiu isso com Rapp, foi em Saint-Tropez.

-- As feridas até sararam.

Quando diz isso, carinhosamente, Miller afasta um pouco do cabelo de Lydia pra trás. Somente um ato o permite, novamente, admirar a beleza da ruiva.

Lenny Miller é um dos homens mais sérios de toda a Central de Inteligência e todo mundo sabe disso. A rigidez e a seriedade é algo que assusta a muitos agentes, mas, com Lydia, Miller é completamente diferente. Mesmo em um ar sério, ele mostra facilmente a delicadeza que possui.

-- Você me disse que o apartamento tem um bom sistema de som – Miller murmura, a olhando arduamente – Escolha uma música.

-- O que? – Lydia sorri, sem entender o pedido repentino de Miller.

-- Me dê seu celular – Ele pede e mesmo confusa, Lydia entrega.

Surpreendentemente, Miller digita a senha correta.

-- Você nunca muda – Ele comenta.

Lydia observa Miller mexer em seu aparelho.

-- Radio – Lydia murmura, atraindo o olhar de Miller para ela – Lana Del Rey.

O diretor mantém seus olhos azuis em Lydia, que devolve da mesma maneira.

-- Está na playlist “pra sofrer”.

Miller destaca suas maçãs do rosto ao sorrir, mostrando seus dentes que vivem praticamente escondidos.

-- Ok, então.

Assim que acha, Miller põe a música e fica em silêncio para ouvir a música tocar. E assim que começa, o diretor se levanta.

-- Vamos... você precisa esticar os ossos.

Lydia revira os olhos, sorrindo.

(Radio – Lana Del Rey)

Miller estende sua mão para Lydia, que não reluta nem por um segundo. Ela põe sua mão na palma da dele e delicadamente, Miller a segura.

Quando se levanta, a mão de Miller toca a cintura dela, enquanto Lydia pousa a sua no ombro do amigo.

Ela não sente vergonha de olhá-lo, nem de admirar a beleza de Miller. Ele é, de fato, misterioso e atraente. Lydia se recorda dos ataques de raiva do diretor em sua unidade, os gritos se espalhando pelos corredores quando algo dava errado e com ela, Lydia aprecia o fato de Miller ser tão doce.

O coração de Lydia está completamente dividido e ela sabe disso. Sabe que um lado dele deseja se tornar completo para Miller, deseja continuar o que eles deixaram brevemente pra trás.

O outro bate por Mitch e ela não consegue mais negar. Mas, as situações a fazem acreditar que não há jeito para o que aconteceu há anos atrás. Que agora, suas vidas são outras.

Juntos, Miller e Lydia dançam lentamente e para mantê-la mais perto, Miller leva suas mãos juntas entre os dois, pondo em seu peito.

Delicadamente, suas testas se encostam e instantaneamente, é como se a respiração dos dois se prendesse, se perdesse dentro de seus pulmões.

E mesmo decidida a ir devagar, Lydia não se afasta ao sentir, pela primeira vez, depois de um período de um ano, a boca de Miller encostar-se na sua.

Os lábios dele são confortáveis, porém, mais ásperos. E a rigidez que Miller move sua boca contra a de Lydia não é nem de longe desconfortável.

Mesmo saboreando e aproveitando o beijo de Miller, Lydia sente uma fagulha acender dentro dela, afastando-se sutilmente do ato de carinho.

-- E-eu... – Ela tenta dizer, mas, é interrompida.

-- Eu sei – Miller murmura, tão sério, mas os seus olhos mostram total compreensão e entendimento – Eu tenho que aceitar o fato que talvez exista outra pessoa no seu coração.

-- Não é isso, Lenny – Lydia franze o cenho, deixando sua voz sair doce – Você sabe que não importa quantos caras eu conheça, me envolva...

-- Mitch Rapp não é somente um cara pra você, Lydia.

A suposição de Lenny faz Lydia travar. E mais uma vez, a vontade de argumentar sai pelo ralo, sabendo que não há o que dizer.

-- Mas, uma boa coisa é que antes disso tudo... nós somos bons amigos, não é?

A compreensão de Lenny é algo admirável e é através de seus olhos verdes que Lydia transmite a paixão por isso.

-- Só vamos aproveitar o momento... ok?

Miller esboça um pequeno sinal de sorriso.

-- Ok.

E com a cabeça deitada no ombro de Miller, Lydia agradece por sentir um pouco de paz.

-----------------------------

Granada, Espanha

Mitch está coberto em sangue. Seu rosto tem traços do vermelho e seus olhos estão quase da mesma cor, sentindo o desespero e o ódio de mais uma missão.

Ele e Helena foram cercados por tantos homens que é como um inferno sem fim, como se estivessem sendo exprimidos.

Mitch estava focado em livra-se dos homens e depois de uma batalha árdua, ele finalmente consegue colocar as mãos em uma arma novamente.

Dentro do restaurante, ao por fim, parar, consegue prestar atenção na quantidade de homens ao seu redor desacordados. Mas, o que o desespera é não ver Helena, que estava bem ao seu lado.

Mitch está ofegante, buscando por um pouco mais de oxigênio, em vão.

Ele põe sua arma em punho, passando por cima dos corpos e caminha até os fundos do restaurante.

Mitch é surpreendido por mais outro homem, mas, é rápido e atira contra, o fazendo cair no chão.

Ele usa de toda sua atenção, sabendo que aonde está é como uma verdadeira jaula, cercado por todos os lados.

Ao continuar, aos poucos, Mitch vai ouvir a respiração pesada, ofegante e quando chega perto, ao empurrar a porta da cozinha, vê Helena.

O que ele vê é a morena descontrolada, por cima de um homem e repetidas vezes, soca-lo. O que o assusta, é o fato dele não estar mais respondendo e mesmo assim, Helena o agride como um animal feroz.

-- Helena! – Mitch se aproxima, colocando sua arma ensacada.

Ela não parece ouvi-lo, é como se estivesse em outro mundo, dominada por algo ruim.

-- Helena, chega!

Mitch toca o ombro dele e como um lapso, a morena o encara assustada. O rosto dela está também coberto de sangue e sua mão está cheia de feridas, resultado das centenas de vezes que acertou o osso do rosto.

Ele nunca a viu assim, sempre era acompanhado de uma Helena focada, tranquila em suas missões e se deparar com ela descontrolada, o faz questionar o que a deixou assim.

-- Acabou? Acabou? – Ela questiona em desespero, se levantando com a ajuda do namorado – Eles foram embora?

-- Sim, eles foram embora.

Mitch a olha completamente preocupado. Helena aparenta estar perturbada, assustada.

-- Me desculpa – Ela murmura, desviando o olhar – Ele-ele me irritou e...

-- Ei.

O agente coloca suas mãos delicadamente no pescoço de Helena, buscando acalmá-la de alguma maneira.

-- Está tudo bem agora, ok? – Mitch tenta olhá-la nos olhos, mas, Helena não responde – Helena, olhe pra mim.

Finalmente, ela responde ao pedido de Mitch.

-- Aconteceu alguma coisa em Moscou? Algo que eu precise saber?

-- Não! – Ela se afasta, o assustando – Nada aconteceu em Moscou e eu estou bem, Mitch. Ele só me irritou e agora ele está morto.

-- É, ele está morto, Helena.

Mitch não disfarça o descontentamento em sua voz.

-- Nós dois somos uma dupla incrível, não é, Mitch?

A maneira que Helena se aproxima, diz as palavras o assusta. É como se ela estivesse desesperada, buscando manter uma sanidade que é perceptível em seu olhar não existir cem por cento.

Mitch sabe que sua Helena não é mais a mesma. Mas, ele não quer desistir de tê-la de volta.

-- Sim, nós somos – Ele comprime os lábios – Me prometa que você não vai agir assim novamente, por favor.

-- Eu prometo.

Os dedos ensanguentados tocam o pescoço dele, deixando ainda mais fortes os rastros do sangue. E quando ela esconde sua cabeça no peitoral dele, é somente cheiro de sangue que Mitch consegue sentir.

E ele não consegue aceitar que Helena retornou como uma pessoa sanguinária.

---------------------------

NYC, EUA

Dia seguinte

Assim que a porta do elevador se abre, Ben esbanja um sorriso singelo ao ver, depois de semanas, Lydia de pé na unidade. Como se seu feitio, ele muda de expressão ao perceber que de fato, não era o recomendado.

-- Eu juro por Deus que eu não estivesse tão feliz em vê-la, eu a empurraria de volta ao hospital.

Ben abre os braços, já dando um abraço caloroso na companheira da CIA. Imediatamente, Lydia se afaga no carinho de uma pessoa que conheceu tão recentemente, mas, que já sente uma grande conexão.

-- Você está bem? – Ben questiona, afastando-se dela sutilmente.

-- Um pouco tonta e surda as vezes, mas, vai passar.

-- Você deveria estar repousando, Martin.

-- Já não basta esse tempo todo naquela cama de hospital, eu ainda tenho que ficar sozinha naquele apartamento gigante? – Lydia revira os olhos – Me dê um desconto.

A porta do elevador revela mais outra pessoa e quando percebe o olhar de Lydia se iluminar, Ben sente-se extremamente curioso em saber quem é.

Quando se vira, se depara com Miller, que para ao ver Lydia. Assim como Ben, ele parece chocado em vê-la na unidade, porém, ele rapidamente tenta disfarçar a preocupação.

Mas, já é tarde demais. Ben nota e naturalmente, percebe algo entre eles.

-- Agente Bowers – Miller arranha a garganta – Bom te ver.

-- O mesmo, diretor Miller – Ben responde, educadamente.

-- Eu pensei que... – Miller arranha novamente, nervoso – Eu pensei que ainda estivesse em repouso, agente Martin.

-- Esticar os ossos, diretor.

Miller pega a referência do que disse no dia anterior e se controla para não sorrir com a esperteza de Lydia.

-- Ótimo – Ele tosse – Mas, é sempre bom não fazer tanto esforço.

-- Sim, senhor.

Miller molha os lábios, desviando o olhar. Havia esquecido de como é extremamente atraente fingir para as pessoas que não existe nada entre ele e Lydia.

-- Estarei na minha sala – Ele continua – Qualquer coisa, vocês dois, podem me procurar.

-- Sim, senhor – Ben assente com a cabeça.

Educadamente, Miller se afasta dos dois agentes, deixando-os sozinhos. Ben observa Lydia, com um sorriso malicioso.

-- O que? – Lydia questiona, tentando disfarçar.

-- Sem comentários – Ben dá de ombros – Só observo.

A ruiva revira os olhos, sem conseguir evitar de sorrir.

-- O que acha de um café? – Ele a convida.

-- Adoraria.

Lydia esboça um sorriso fechado, assentindo com a cabeça.

Ao lado de Ben, os dois se aproximam e esperam pelo elevador, que está mais uma vez subindo. Quando entram, apertam no térreo e logo estão no gigante hall de entrada do prédio.

Do outro lado do saguão, Mitch, que antes sorria abraçado ao lado de Helena, desfaz tudo ao perceber Lydia ao lado de Ben, ainda sem perceber a presença dele.

Ele a vê sorrir, conversando com Benjamin e mesmo distante dela, sente-se bem por vê-la bem.

E quando finalmente, Lydia o vê abraçado com Helena, ela sente uma pontada em seu coração e somente uma pontada programa todo o corpo dela para travar, mais uma vez, nervosa em ver Mitch.

Helena percebe imediatamente a troca de olhares entre os dois e se incomoda.

-- Oi, buddy – É Ben que puxa assunto – Não sabia que voltava hoje.

-- É... as coisas se apressaram por lá.

Mitch murmura, passando seus olhos de Ben para Lydia, que não consegue olhá-lo de volta.

-- Você me parece bem, Lydia.

Somente quando ele se dirige a ela, é que Lydia consegue encará-lo. Ela engole todo o desconforto, esboçando um semblante tranquilo.

-- Não posso dizer o mesmo de você.

Lydia diz somente por perceber a situação de Mitch. Como sempre, ele tem algumas feridas em seu rosto, mas, dessa vez, ainda consegue as ver inchadas, assim como Helena.

-- Justo.

Ele murmura.

-- Se vocês nos derem licença, nós temos um relatório de missão a fazer – É Helena que diz, forçando um sorriso falso.

-- Espero que seja um dos bons.

É tudo que Lydia diz, entrelaçando seu braço no de Ben e o puxando para caminhar com ela.

Mitch se mantém parado, minimamente incomodado e triste com a falta de diálogo entre ele e Lydia.

--------------------------

Enquanto Ben faz os pedidos no balcão, Lydia está com a cabeça encostada no banco confortável, observando através do vidro, a rua movimentada.

Diferentemente do que vê, Lydia está completamente estática mentalmente, mais uma vez remoendo o clima com Mitch. E mais ainda, remoendo o fato de vê-lo bem ao lado de Helena.

E mais ainda, sofre com a situação nada esclarecida.

-- Sorte nossa que não vai demorar – Ben diz, se sentando de frente pra Lydia, que desperta dos pensamentos – Aconteceu alguma coisa?

A pergunta de Ben a encoraja.

-- Sim, aconteceu.

Lydia respira fundo, observando seus dedos mexerem inconscientemente. O olhar dela é o suficiente para Ben perceber que de fato, Lydia não está cem por cento.

-- Mitch? – Ele questiona, já sabendo a resposta.

-- Eu nunca senti isso antes, Ben – Lydia molha os lábios, dando um pequeno sorriso – Essa confusão. É como se eu estivesse no meio de uma rodovia movimentada com carros vindo de todos os lados e em um certo ponto, não consigo mais distinguir de qual direção eles surgem.

Benjamin não responde, somente para continuar dando o espaço que Lydia precisa para desabafar.

-- Pra ser sincera, eu não consigo entender de onde vem toda a hostilidade e repulsão entre mim e ele, sabe?

-- É a maneira que vocês acharam para encobrir o que vocês sentem um pelo outro.

Lydia sorri, desviando o olhar. Ela sorri incrédula, sorri por saber que Benjamin está completamente certo.

-- Helena é o amor da vida dele, Ben.

Benjamin desvia seus olhos, sabendo que de fato, não pode argumentar sobre algo que ouviu sair da boca de Mitch tantas vezes. E ao perceber isso, Lydia sofre com a confirmação.

-- Helena sempre conseguiu controla-lo, pra ser sincero – Ben quebra o silêncio, dando de ombros – Não era uma coisa ruim, mas também não era boa. Algumas vezes eu via os dois se enganarem, passando o pneu por cima de um buraco, entende?

Lydia assente com a cabeça, sem olhá-lo.

-- Mas de uma coisa eu sei, Lydia – Ben respira fundo – Ninguém retorna de dois anos longe da mesma maneira. As pessoas mudam, passam por experiências que as vezes nós nem sabemos e são essas experiências que mudam uma pessoa, seja para algo bom ou ruim.

-- Verdade.

Lydia murmura, concordando e mesmo não continuando, Ben entende o silêncio dela.

-- Eu senti algo entre você e o diretor Miller.

A agente sorri, abaixando a cabeça. Lydia confia em Ben e negar não é a melhor saída.

-- Eu conheci o Lenny há um ano atrás – Ela conta, voltando a observar a rua do lado de fora – Ele foi meu diretor por dois meses, acho e durante dois meses, nós nos aproximamos. E sim, nós nos envolvemos romanticamente, mas, antes disso tudo, eu e Lenny somos dois confidentes, sabe?

Ben escuta atentamente, sem julgamentos.

-- Se eu pudesse escolher, eu me apaixonaria por ele. Lenny é... o melhor. Eu me sinto extremamente bem com ele.

-- Diretor Miller é ótimo – Ben pontua – Bem sério.

-- É, ele é – Lydia sorri levemente.

-- Você deveria se divertir – Benjamin a aconselha, atraindo a atenção de Lydia – Uma vez um antigo treinador meu me fez o seguinte questionamento. Imagine uma criança e um espinho entra em seu pé, ela vai chorar, chorar e vai pedir pra não mexer, não é? Pra deixar quieto. Mas, o que é melhor? Tirar o espinho, vai sentir a dor por algum tempo e depois ficar bem, ou, deixar o espinho lá, doendo a cada dia que passa?

Lydia se surpreende com as palavras de Benjamin.

-- Isso foi profundo, agente Bowers.

Ben sorri de canto.

-- Talvez as coisas estejam confusas agora, mas, quem sabe lá na frente? O tempo certo é quando acontece, seja cedo ou tarde. Só faça o que você deseja.

Carinhosamente, Lydia segura a mão de Ben que está em cima da mesa.

-- Você deveria ser meu terapeuta.

-- Isso é um convite?

-- Acho que sim.

Ben e Lydia compartilham de um sorriso de cumplicidade, ambos apreciando a presença um do outro.

Lydia, que se sente tão sozinha em Nova York, consegue aos poucos desenvolver uma vontade menor de voltar para Virgínia e definitivamente, a aproximação com Benjamin é de fato, um motivo para não achar a estadia na cidade tão estranha.

E quando os cafés são colocados na mesa, os dois continuam a desfrutar de uma boa conversa.

---------------------------

 Assim que percebe os homens saírem da sala de Miller, Lydia se levanta e é rapidamente cumprimentada por muitos que saem. Quando o movimento diminui, ela entra na sala, vendo Miller mexer em seu notebook.

 -- Diretor?

A voz de Lydia chama imediatamente a atenção dele, fazendo-o abrir os lábios em surpresa de vê-la ali.

-- Você está bem? – Miller se levanta imediatamente da cadeira, se dirigindo até a ruiva – Aconteceu algo?

-- Não – Ela sorri, achando fofa a preocupação de Miller – Só vim te ver.

-- É sempre um prazer recebe-la em minhas salas.

-- Você está ocupado? – Lydia questiona, passando a caminhar pela sala de Miller.

-- Não, na verdade – Ele massageia a testa rapidamente – Já terminei.

Miller observa atentamente Lydia andando por sua sala. É literalmente como ela estivesse fazendo rodeios, querendo chegar em algo.

Quando para, Lydia fica de frente a grande janela de vidro e do lado dela, a longa e iluminada cidade de Nova York. É uma belíssima visão.

Ela estende a mão para Miller para fazer sinal que ele se aproxime e assim, ele faz.

Ao ficar de frente para Lydia, os olhos azuis dele a olham em expectativa e preocupação, sem entender o silêncio dela.

-- Hoje um amigo meu me fez refletir algumas coisas, coisas que eu estava tentando afastar por estar obcecada demais em resolver outras situações. Mas, eu percebi que essas situações podem esperar.

-- O que você quer dizer com isso?

-- Miller, eu quero ficar com você. Eu não sei o dia de amanhã, não sei qual o meu futuro, mas agora... eu quero ficar com você. E como você sempre soube, não existe muita pressão entre nós dois.

-- Lydia...

-- Eu estou em uma encruzilhada, Lenny – Lydia continua segurando as mãos dele carinhosamente – E se eu não tomar uma decisão, eu nunca sairei dela. Eu sei que é pedir demais pra você aceitar uma mulher completamente confusa, mas...

As mãos de Lenny se afastam das de Lydia somente para tocá-la no pescoço. O ato a faz não ter pra onde fugir, encarando duramente os olhos azuis de Miller.

-- Isso aqui é ótimo e se um dia acabar... sem arrependimentos, Lydia, sem arrependimentos. Eu só quero que você saiba que juntos ou não, você é uma das melhores pessoas que eu já conheci.

Lydia, sem pensar duas vezes, ergue seu pescoço e surpreende Miller ao beijá-lo. Um toque, somente seus lábios se encostando e suas respirações se prendem.

A surpresa da atitude dela o faz segurar a respiração e somente é destilada, quando se afastam.

Miller se afasta minimamente com Lydia, a encostando em sua mesa.

As mãos dela se prendem na cintura dele, enquanto suas pernas dão o espaço para ele ficar entre ela. E Lenny, mantém suas mãos no pescoço de Lydia e mais uma vez, o azul do olhar dele se mistura com o verde da ruiva.

Novamente, Miller a beija, oferecendo a Lydia, sensualmente a sua língua quente, que é propriamente acolhida pela agente.

O beijo dá uma guinada, esquentando as coisas com uma certa propriedade que os impedem de sequer pensarem em parar.

Miller e Lydia desfrutam do momento deles, sem saber que são observados pelos olhos castanhos entristecidos de Mitch.

E vê-los juntos, é como se seu coração fosse rasgado em trilhões de pedaços.

 


Notas Finais


até o próximo e não me odeiem por esse final bjs


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...