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História Ansiando - Agonia Determinante


Escrita por: ClotsQueen

Notas do Autor


Oieee!!

Tinha esquecido de postar a atualização 😳
Mas aqui está agora!!

BOA LEITURA!!

Capítulo 17 - Agonia Determinante


O céu escurecia rapidamente, e um vento gelado cortava os ouvidos desprotegidos de Merlin, o moreno fora empurrado pelas escadas abaixo, por um Gwaine impaciente, que após alcançarem a rua, puxou Merlin para trás de uma enorme lixeira, onde se escondiam agora, com uma vista privilegiada da entrada de funcionários do hotel.
Merlin não gostou do movimento de entra e sai, Gwaine posicionado na frente dele no esconderijo improvisado, praguejava aos sussurros.

— Acho que é troca de turno, não podemos entrar por aqui, Gwaine... seremos descobertos ainda na porta.

— Eu sei, porra! Quer saber? Vamos tentar uma entrada mais óbvia.
Ele se empertigou, alisou o casaco de couro, e deu uma boa olhada no reflexo de seu rosto no vidro de um carro, Merlin estreitou os olhos, num momento como este Gwaine ainda se importava com a aparência.

Ambos deram a volta na quadra e seguiram a passos tranquilos até a entrada principal do hotel. Merlin observava tudo a sua volta, atento a detalhes que pudessem servir de ajuda, ao entrarem no hall, Gwaine tomou a frente e se dirigiu sem cerimônias até a recepção.

Um casal de recepcionistas exibia sorrisos enormemente idênticos em direção aos recém-chegados, Gwaine radiante, retribuiu o sorriso e emendou se aproximando do balcão, tirou o capuz que escondia os cabelos, os sacudiu sedutoramente e enviou um olhar lânguido para a moça.

— Bonne nuit, belle mademoiselle... eu e meu amigo estamos procurando uma amiga... infelizmente nos perdemos e fizemos reservas em hotéis diferentes, mas eu lembro de que ela havia indicado esse bairro charmosíssimo, então, estamos procurando apenas em hotéis com recepcionistas encantadoras...

Gwaine terminou as últimas palavras murmurando, desceu os lábios de encontro à mão da recepcionista, e piscou, sorrindo levemente, Merlin ergueu as sobrancelhas incapaz de acreditar no que via, porém a moça retirou a mão como se houvesse levado um choque, e o rapaz ao lado dela alargou ainda mais o sorriso brilhante de antes.

Ao pressentir um possível fracasso na abordagem galanteadora do amigo, Merlin deu uma cotovelada supostamente brincalhona em Gwaine, e tomou a frente na conversa.

— Perdoe o meu amigo... ele simplesmente não resiste a beleza de uma mulher... — Merlin encarou Gwaine com faíscas verdadeiras saindo dos olhos, depois amansando o olhar, continuou em tom apologético (nem tão) forçado. — Não nos incomodaríamos em nos hospedar em outro hotel, porém, nossa amiga deixou conosco o gatinho dela... e o animalzinho nem ao menos está comendo... ele sente falta da dona, entende?

Gwaine tentou controlar uma gargalhada, a recepcionista automaticamente prestou atenção em Merlin, com preocupação estampada no rosto, ela voltou os olhos apreensivos para o colega ao lado, no entanto o rapaz estava perdido deslizando os próprios olhos pelo corpo de Gwaine.

— Bem... podemos conferir se ela se hospedou aqui, não é mesmo, Oliver? — Ela disse suplicante para o colega.

— Sim, provavelmente... — O recepcionista respondeu lentamente, encarando Gwaine tão cobiçoso quanto a moça estava preocupada.
Merlin sorriu alegremente e beijou a mão da moça por cima do balcão, enquanto o rapaz, Oliver, começava a digitar.

— Nome completo da sua amiga?
Merlin e Gwaine se entreolharam sabendo que seria impossível que Sophia usasse seu verdadeiro nome.

— Não perguntamos exatamente o sobrenome dela, veja bem, nos conhecemos nessa viagem... — Gwaine pressentindo o problema, encarou Oliver longamente, depois disse em tom de promessa velada: — Mas veja bem, se ela estivesse neste hotel, nos hospedaríamos aqui imediatamente...

Oliver lambeu os lábios carnudos.

— Talvez uma descrição física seja mais eficaz que um nome...
Merlin, que ainda segurava a mão da recepcionista, começou a descrever Sophia, esperançoso.

~*~*~*~*~*~*~

Arthur abriu os olhos de forma sofrível, sua cabeça girava ainda mais do que antes, ele sentia tremores e havia marcas escuras em sua pele, feitas em algum momento quando ele estava desacordado. Mas o pior de tudo era a sensação de impotência, ali, amarrado e ferido, enfraquecido e debilitado, ele nunca sentira-se tão malditamente vulnerável.

Ele tentou sentar, e imediatamente sentiu uma tontura intensa, pressionou os olhos fortemente e esperou alguns momentos, depois abriu devagar, focalizando um criado mudo ao lado da cama, e duas portas visíveis no cômodo escuro. Apurando os sentidos ele pôde escutar o som de passos contra um piso muito próximo dali. Ele respirou fundo e sentiu os pulmões arderem. De repente uma das portas se abriu, e Sophia estava diante dele mais uma vez.

Ela encarou Arthur friamente e se adiantou para uma janela que ele não havia notado antes, espiou entre as persianas e suspirou aparentando extrema irritação, depois voltou-se para Arthur, e disse em tom meloso.

— Seria melhor se não resistisse tanto ao sedativo e dormisse. Sua maldita resistência me obrigou a ser agressiva... — Ela sentou ao lado dele na cama e começou a acariciar os lábios que o loiro sentia tão ressecados.

Com o estômago embrulhado, Arthur virou o rosto e sentiu unhas abrindo sulcos em sua bochecha.

O celular de Sophia vibrou na pequena bolsa que ela carregava a tiracolo, e Arthur sentiu-se brevemente aliviado quando ela se afastou a passos rápidos saindo do quarto e o trancando novamente.

— O que eu fiz, ou deixo de fazer não é seu problema, apenas traga os malditos sedativos! — Arthur ouviu a voz enraivecida dela, se distanciando cada vez mais.

~*~*~*~*~*~*~

Lancelot caminhava furtivamente nas sombras de uma rua silenciosa, ele havia seguido dois homens que tinham a aparência idêntica àquela que a garçonete tinha descrito, ou ao menos Lancelot achou a cicatriz do homem de cabelos claros exuberante o bastante. Os suspeitos entraram em um hotel e Lancelot ficou impressionado por ser um hotel tão próximo de onde eles montaram sua base de observação, ele pensou em tentar algum contato com Gwaine e Merlin, mas desistira assim que a ideia se formulou, precisava ter certeza de que estava na pista certa antes de dar qualquer notícia.

Puxando um gorro escuro do bolso do casaco, Lancelot cobriu os cabelos e se camuflou na sombra de uma árvore, com vista para o hall do hotel onde os dois homens passavam direto pela recepção e entravam no elevador.

Repentinamente Lancelot sentiu uma mão forte no seu ombro, ele ergueu o rosto e foi saudado pelos olhos azuis, sempre amáveis, de Percy.

— Também teve a pista da moça com covinhas? — O amigo perguntou descontraído.

— Não... estou seguindo dois homens suspeitos! — Lance disse solene.
Elyan praticamente se materializou do outro lado de Lance, os olhos atentos estreitados em direção a entrada do hotel, ele começou a falar.

— Sim, provavelmente estão envolvidos com a sequestradora. Já descobrimos que um deles está no hotel onde montamos a base, e o outro, em um hotel muito próximo daqui.

— Poderíamos pedir para Merlin e Gwaine descobrir algo! — Lance falou radiante.

— Poderíamos. No passado. — Elyan declarou sombrio, ainda encarando o hall do hotel, Lancelot franziu as sobrancelhas preocupado.

— Ao que parece, eles também seguiram algumas pistas! — Percy se adiantou, apontando um dedo para a recepção, onde Gwaine deslizava um cartão magnético para dentro da jaqueta de couro, mesmo de longe era possível ver os olhos dele piscando sedutor para o recepcionista do hotel.

Lancelot encarou Elyan e Percyval, confuso e incrédulo. Percy encolhia os ombros enormes, enquanto Elyan imaginava mil formas de provocar uma morte por telepatia.

~*~*~*~*~*~*~

A noite caíra rapidamente, e Merlin estava em agonia determinante, a busca e teatro que Gwaine os metera, deixara-o irrequieto e nervoso.
Conseguiram um quarto no mesmo andar da “moça com covinhas e botas magníficas” como Gwaine tivera a ousadia de descrever Sophia, e agora sabiam que ela acabara de sair do quarto, mas ainda estava no hotel.

Merlin não conseguia parar de pensar em o quão perto de Arthur ele poderia estar, e ainda assim isso não o tranquilizava, a sensação de inutilidade era impressionante, ele andava de um lado para o outro esperando que Gwaine tivesse sucesso em arranjar um cartão magnético reserva, para entrarem no quarto onde Sophia estava. Merlin passou a mão pelos cabelos tentando conter o desespero, quando Gwaine adentrou o quarto parecendo muito arrogante para ter falhado.

— E então?? Pare de me olhar com essa cara de estúpido e fale logo! — Ele praticamente se jogou em cima de Gwaine.

— Wooooow, calma! Diga-me, Merlin, apenas por um segundo, você duvidou do meu poder de persuasão? — Gwaine falou rodopiando os cabelos.

— A recepcionista me pareceu mais interessada no gato em greve de fome. — Merlin disse categórico.

— Bem, sim, mas no entanto Oliver... ah, Merlin... nunca duvide do meu olhar sedutor.

— Você tem o bendito cartão ou não? — E quando Gwaine ergueu o cartão na frente dos olhos de Merlin, este não pensou duas vezes e saiu arrastando o outro para fora do quarto.

Eles foram rapidamente até o quarto onde estava Sophia, Gwaine passou o cartão, e observou quando a luz vermelha piscou e deu lugar a uma luz verde, a porta abriu em um clique eletrônico, eles fecharam a porta e se depararam com um cômodo grande, contendo duas portas.

O silêncio era opressor, Merlin encarou as portas, e se encaminhou para a mais distante, Gwaine o seguiu e sem questionar, passou o cartão magnético mais uma vez. Ambos observaram calados e ansiosos a luz vermelha piscar e dar lugar a um display, solicitando uma senha de seis dígitos.

— Ahh, foda-se, vou meter o pé nessa merda! — Gwaine sussurrou frustrado. — Vamos tentar a data de nascimento dela... deixe-me ver...
Ele digitou seis números, e assim que os enviou, o display continuou mostrando o sinal vermelho.

Merlin se agachou e observando o display com olhar concentrado, ele digitou rapidamente, enviou e a luz vermelha piscou, o display todo apagou. A porta abriu revelando um quarto abafado e pequeno.

Gwaine olhava para Merlin como se ele estivesse fazendo alguma magia proibida, ao que o amigo disse inocentemente:

— Eu lembro que ela usou esta senha no computador uma vez.

Mas a frase se perdeu no momento em que uma figura alta se colocou de pé no canto do quarto.

— Merlin?

A voz estava quebrada e áspera, mas ao ver o sorriso de Arthur abrir, iluminado pelos olhos azuis brilhantes de lágrimas, Merlin sentiu o chão desaparecer aos seus pés, o sorriso de Arthur era frágil e estava manchado com pequenas esfoliações espalhadas ao redor da boca, ao descer o olhar pelo tórax desnudo do loiro, Merlin sentiu o estômago despencar: hematomas enormes maculavam a pele outrora impecável de Arthur. Ao dar um passo à frente, o loiro fraquejou e desabou nos braços do namorado, e a voz rouca flutuou até os ouvidos de Merlin, tingida de emoção e esgotamento.

— Mer-lin, o que estava fazendo que não veio me salvar antes, seu idiota?
Então Merlin o acolheu gentilmente nos braços, sorrindo imensamente por Arthur ainda ser o arrogante autoritário ao qual ele estava acostumado. Arthur fundou o nariz nos cabelos negros de Merlin, e perdeu os sentidos.

~*~*~*~*~*~*~

No mesmo andar em que Merlin e Gwaine se hospedaram, uma camareira com maquiagem pesada e unhas perfeitas falava ao celular.

— Imagino que a menina foi descoberta. Dois homens procuraram por ela ainda hoje, quer que eu tome alguma providência, Sr. de Bois?
Muito próximo dali um homem alto de cabelos negros e olhar malévolo observava desdenhoso um casal apaixonado trocando um longo beijo sob a luz do luar.

— Se ninguém for descoberto já é bom o bastante, não sei o que eu pensei quando aceitei a ajuda dessa menina! Tente tirá-la do hotel o mais rápido possível. — Ele disse desligando o telefone e se afastando com rapidez.

O casal apaixonado interrompeu o beijo, e imediatamente seguiram atrás do homem.

— Isolde, estou confiando na sua intuição feminina, ainda acha que ele vai nos levar até Arthur?

— E quando eu me enganei? — Ela falou alegre, sacudiu os longos cabelos loiros e puxou Tristan pela mão. — Vamos, está uma linda noite para uma perseguição ao luar.

— Sim, de fato! — Ele falou revirando os olhos.


Notas Finais


~continua~

Oieee!!

Sabem aquele ditado "os últimos serão os primeiros"? Pois então, Gwaine e Merlin deram sentido a isso, foram deixados de fora da busca e olha só... 😄 (chupa Elyan!! 😝 )

Espero que aqueles que ainda estão acompanhando me deixem saber suas opiniões, é sempre importante, especialmente nesta reta final! 😉

Mil Bjs,
Vivi


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