Era noite, pretendia mandar mensagem a Wooyoung perguntando se já teria chegado na casa de Mingi onde ocorrerá a festa de aniversário minha e de Hongjoong, seu melhor amigo. Não somos próximos, quer dizer, trocamos poucas palavras onde pergunto pelo meu namorado e assim ele indica onde posso encontrar, isso quando estamos no campus ou em alguma festa.
Não sei muita coisa sobre Hongjoong, apenas que ama dançar junto aos outros rapazes e que mora com o pai, um homem carrancudo que vive na diretoria da faculdade, pois o filho não é tão comportado assim, digamos que, se fosse pra ter um apelido, seria encrenca.
Ele está se depilando pra você
Deixando a maquiagem de lado fui pegar meu celular, encontrando essa mensagem, não foi difícil descobrir o autor dela pois estava evidente a presença daquele garoto que quando gruda no meu namorado, não desgruda mais.
Larga o celular do meu namorado, Joong!
Sua mensagem não foi enviada, tente daqui a mil anos.
Sim, Hongjoong apesar da idade é bem brincalhão, costuma se comportar como uma criança acreditando que por ser o mais baixo entre os rapazes, têm o direito de se comportar como tal.
— Desculpa a demora, princesa. Já dei um soco nesse idiota.
Do outro lado da minha escutei a voz de Wooyoung, quando liguei sendo atendida por ele, assim como dava pra escutar seu amigo resmungando algo indecifrável.
— Estou terminando aqui e já sigo pra festa, lhe encontro lá ?
— Claro, estou com saudades da minha garota.
Não demorando deixei o quarto encontrando mamãe na sala segurando em mãos meu presente, o embrulho era fofo e dentro dele desembrulhando descobrir se tratar de uma caixa recheada com camisinha, garantindo boas risadas da minha parte.
— Mãe, o que significa isso ?
— S/N, você passa tanto tempo trancada com o namorado no quarto. — Não há nada mais vergonhoso do que uma cena como essa, onde sua mãe fica imaginando mil bebês correndo pela casa. — Wooyoung é um bom rapaz, mas ainda assim carrega algo perigoso no meio das pernas.
— Mãe! — Não aguentei a risada, e ela cobria o rosto com as mãos completamente envergonhada. — Não se preocupe, a gente se cuida direitinho. Bom, vou indo e agradeço o presente.
Em frente de casa encontrei meu melhor amigo esperando por mim. Choisan concentrado no retrovisor do carro, olhando-se com aquele olhar de amor próprio e sem precisar abrir a porta por ser um veículo sem teto, chamei sua atenção.
— Feliz aniversário, amante. — Sorria brincalhão, entregando uma caixinha aveludada, um colar continha dentro.
— Obrigada, mas não sou sua amante.
— Bom, Wooyoung morre de ciúmes da nossa amizade, então julgo assim. Podemos ir ? — Começou a buzinar e puxar o freio, causando aquele barulho irritante na intenção de se mostrar, afinal, faz poucas semanas ter ganhado o carro de presente do pai. Assenti com a cabeça e então seguimos para a festa, usando o tempo do trajeto para jogar conversa fora sobre a mais nova da irmã, onde ela destruiu várias roupas da mãe deles e fez novas usando os tecidos.
— Dailyn disse não ir na festa, porquê todas as suas festas resultaram na polícia batendo na porta. — Inevitável foi não rir lembrando da última confusão, tinha mais pessoas fugindo da casa de Mingi quando a polícia chegou do que em tempo de prova.
— Tudo bem, nem curto muito sua irmã. Diferente de você, que tanto amo e pegaria se estivesse solteira. — Agarrando ao braço dele, lhe dei um beijinho na bochecha, mas San ousou virar o rosto causando no encostar dos nossos lábios. — Safado!
— Aproveitador, querida.
(...)
Chegamos na casa de Mingi percebendo o quão louca a festa estava, muitas pessoas fora de si, dançando e gritando. Entramos seguindo o ritmo da galera, eu procurando por Wooyoung e Choisan querendo beber, porém, logo de início ao tentar passar por algumas pessoas espremendo umas às outras, senti uma forte mão fechando meu punho, olhei na direção percebendo se tratar da pessoa certa.
— Feliz aniversário, amor. — Assim é meu namorado, um rapaz mais romântico e carinhoso do mundo, talentoso em tudo que faz, até quando o assunto é irritar a mim, não esquecendo-me o como beija bem e enlouquece na cama. — Seu presente guardei para mais tarde.
Havia sussurrado próximo ao meu ouvido, trouxe sua face de volta ao meu campo de visão querendo que eu veja seu lindo sorriso sacana, em seguida entrelaçando nossos dedos levou-me para a parte que adivinho ter deixado Hongjoong, o mesmo estava atrás do balcão do bar preparando bebidas, servindo os convidados. Em meio aquelas pessoas loucas dançando, enxerguei Choisan entrando no ritmo delas, conquistando garotas através dos seus belos passos de dança, um verdadeiro imbecil.
— Dança comigo, amor ? — Guiando Wooyoung em direção ao tumulto de pessoas, sugeri que dance comigo e o mesmo sorriu gostoso aceitando. A música era animada, então não dava para dançar agarradinhos, mas vez ou outra trocávamos beijos, até que eu viesse precisar beber pretendendo animar as coisas.
Ele permaneceu dançando enquanto fui ao bar, ainda estava Hongjoon preparando bebidas, quer dizer, bebendo mais do que servindo as pessoas.
— Feliz aniversário, Joong.
— Pra você também, S/N. — Sorriu, fechando a expressão no mesmo instante e então entregou uma garrafa a mim.
— Tchau.
Retornei para meu namorado, outra vez não compreendendo a personalidade de Hongjoong.
— Woo, aconteceu algo ? — Perguntei, pois ele estava com um semblante nada bom lendo algo no celular.
— Espero que não. — Guardou o aparelho de volta no bolso e sorriu agradável, grudando seu corpo ao meu pois agora se tratava de uma música calma.
(...)
— Vira, vira, vira!
Mingi junto aos outros rapazes gritavam no jardim da piscina, a curiosidade me batia querendo saber o que seria, foi quando encontrei Yeosang virado de cabeça pra baixo no barril de bebida, um cano em sua boca conseguindo beber a quantidade necessária que consiga enquanto os de mais vão contando. O rapaz chegou a ganhar, desceu recebendo palmas da galera, pegou seu skate deixado no chão e desafiou a próxima pessoa, nada menos que Hongjoong.
— Prepare-se para perder, amigo. — Se pronunciou ele, levando as mãos no barril para assim conseguir equilíbrio ficando de cabeça para baixo.
— Ah, então está aqui.
Era Wooyoung trazendo nossas bebidas, abraçou-me por trás para assim assistirmos a brincadeira dos rapazes.
— Aposto que Hongjoong bate o recorde.
— E, eu aposto que não. — Fizemos nossa aposta.
— Se perder, já sabe. — Virei um pouco meu rosto, conseguindo enxergar seu sorrisinho malicioso.
(...)
Aquela aposta eu perdi e agora teria que cumprir a promessa, no caso, aqui mesmo na festa daqui com uma hora iremos nos encontrar em um dos quarto de hóspedes, portanto, agora estamos aqui dançando e bebendo, aproveitando o momento com nossos amigos antes de sumir juntos da vista deles. E, tudo passou a acontecer quando Wooyoung precisou atender uma ligação, eu estava tão fora de mim que nem percebi quando ele saiu da minha frente, as pessoas pareciam vultos e a única noção a qual eu tinha, era perceber o apagão acontecendo e as pessoas questionando o que houve com a luz do bairro.
— Wooyoung ? — Chamei por ele, afinal, depois por San.
— Sem pânico! Esse é o momento certo pra se beijarem, pessoal!
Alguém havia gritado dando passagem para a pegação no escuro, com isso percebi a presença de Wooyoung quando sua mão adentrou meu cabelo levando minha boca ao encontro da dele. Sabia se tratar dele pelo aroma da jaqueta, então não teria como negar seu beijo gostoso, os lábios um pouco mais rústicos, assim como o físico do seu corpo, mas ainda sim tinha a certeza ser ele.
Me entreguei ao beijo, abraçando seu pescoço com meus braços quando suas mãos foram parar em minha cintura, apertando minha carne com vontade e necessidade, então deixando ser guiada por ele, seguimos a passos cegos em direção a algum cômodo, chutei ser quarto de hóspedes pois não subimos escadas. Isso deu-me mais a certeza sobre ser Wooyoung, afinal, ele havia dito que iríamos sumir para um quarto, escolhendo o melhor momento durante esse apagão.
Deixei ele cuidar de tudo, fazer o que queria. Fui sendo despida por ele enquanto sua boca beijava meu pescoço, ajudei ele a se livrar das roupas também, em seguida caímos juntos na cama com ele por cima de mim, e mesmo na escuridão, conseguia imaginar o rosto de Wooyoung na minha cabeça, até mesmo quando ficou entre meus seios sugando com vontade.
Como não costumamos falar durante nossas transas, o silêncio era comum, ele não costuma gemer, mas agora ele estava suspirando gostosinho, mamando meus seios. Logo seguiu descendo sua boca, chegando ao encontro do meu ponto de prazer, agarrou minhas pernas e as repousou nos seus ombros, fiquei exposta ao contato da sua língua quente com minha intimidade, lambendo-me levemente antes de passar a ser feroz como nunca foi, pelo visto pretende coisas novas.
Prendia meus lábios vaginais entre seus dentes, uma pegadinha enlouquecedora fazendo-me erguer as costas do colchão como levar as mãos no cabelo dele, agarrando e empurrando seu rosto contra meu sexo encharcado querendo mais daquilo, ele entendeu o recado não demorando muito a brincar com meu pontinho de prazer, chupando, lambendo e pressionando com a língua. Assim aconteceu meu primeiro orgasmo sendo chupada, sorri adorando sua melhorado no oral, escutando em seguida o plástico da camisinha, logo após seu membro roçando minha entrada, deslizando aos poucos pra dentro de mim, dando início ao sexo mais gostoso que Wooyoung me proporcionou durante nosso tempo de namoro.
Sua boca maltratava meus lábios enquanto ainda estava por cima, suas mãos apertando firmemente cada parte do meu corpo a cada investida forte e intensa. Logo após levantou-se comigo em seu colo, sentou na beirada da cama segurando minha cintura, passei então a cavalgar subindo e descendo devagar na sua grossura, querendo sentir aquele torço gostoso dentro de mim, percebendo estar um pouco mais grosso do que o costume.
Quando chegamos juntos ao ápice após outras posições usadas, caímos exaustos na cama dando tempo nem de puxar coberta, peguei no sono dormindo despreocupada e feliz com meu namorado agarrando-me por trás.
(...)
Acordei com uma puta dor de cabeça, sorrindo com a lembrança vaga de ontem a noite com Wooyoung, ao mesmo tempo esticando o braço na busca de alcançar minha bolsa jogado no chão, peguei meu celular pretendendo olhar as horas e percebi a enchente de mensagens não lidas. Esbugalhando os olhos ao perceber todas serem de Wooyoung, confusa sobre o porquê de ter mandado tantas mensagens ontem a noite se estava comigo, entre elas uma delas era pedindo perdão por ter ido embora sem avisar, pois sua mãe estava passando mal e não tinha ninguém para levá-la ao hospital.
— Se não é Wooyoung na cama, quem é ? — Hesitei olhar para o lado, não acreditando ter confundido meu namorado, ficando mais louca ainda após a pessoa começar a se mexer e logo sentar na cama coçando a nuca. Inevitável foi não olhar seu corpo, me perguntando mentalmente como eu pude confundir com o de Wooyoung, principalmente aquelas mãos pequenas.
— Então, qual seu nome mesm… S/N, o que faz aqui ? — Hongjoong saltou colocando-se de pé, berrei cobrindo meus olhos pois seu membro chamou atenção ao balançar.
— Se veste, animal!
— Se vista você, está pelada se ainda não percebeu.
Quase infartei após seu aviso, levantando da cama e apressando-me para pegar as roupas largadas pelo chão, correndo ao banheiro onde me troquei.
— Por que usava a jaqueta de Wooyoung ? — Ainda trancada no banheiro morrendo de vergonha, fiquei lhe fazendo perguntas.
— Bom, você sabe que somos quase irmãos, usamos juntos. E, pelo visto, tudo mesmo. — Meu queixo quase caiu, não acreditando que tenha dito isso. — E saia daí, preciso urinar.
Arrancou-me do banheiro, nem tranca a porta tinha. Ele reinou com a mesma aberta, nem um pouco preocupado pois o que tinha pra se ver, foi usado e visto minutos atrás.
— Tenho que contar a ele, pedir perdão por sempre fazer merda quando estou bêbada, quer dizer, essa foi a merda mais errada que já fiz. — Eu estava andando de um lado para o outro na busca da solução, quanto à Hongjoong desenhando paciência.
— Ele não precisa saber. Aposto que ninguém sabe, quero dizer, houve o apagão e depois ninguém mais soube de você. — Ele deu de ombros como se fosse fácil assim, passar por cima de uma situação como essa. — Você não quis trair ele, como falou. Achou que fosse ele, assim como eu achei que fosse aquela gata do curso de nutrição.
— E se ele me perguntar o que rolou depois que foi embora ?
— Você cursa teatro, entre no papel.
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