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História Antes de Partir HIATUS - Prólogo


Escrita por: myburki

Notas do Autor


Oi.
Essa não é a minha primeira fanfic aqui na plataforma, entretanto é como se fosse pois exclui a outra rsrs'
Enfim, já faz um bom tempo que essa estória vem rondando a minha cabeça e por fim resolvi escrever.
Tenho muitas idéias, mas tenho uma certa dificuldade em coloca-las no papel, por isso se a atualização demorar um pouco me perdoem.
Peço que me digam o que estão achando e o que devo melhorar.
# ADP não será uma fic longa, a previsão é de cerca de 6 a 10 capítulos. # Todo o design da fic foi feita por mim. # Qualquer erro me perdoe, não revisei o capítulo. # Meu português não é dos melhores, mas espero que gostem.

Beijos e Boa Leitura!!!

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Antes de Partir HIATUS - Prólogo

I Prólogo
Meados de Julho de 2016
Dortmund, Alemanha
Dortmund Brackel Training Ground – CT Borussia Dortmund

 

 

 

Droga! Exclamei ao sentir mais uma pontada forte em minha cabeça, levei minhas mão a têmpora massageando por alguns minutos o local. Não me lembro ao certo quando essa dor começou, mas ao longo dos dias vem se tornando cada vez mais frequente a ponto de meus amigos e familiares percebem minha queixa e me recomendarem procurar um especialista.

Até procurei um no início, mas como era de se esperar ele me pediu uma bateria de exames, para ele, poderia significar algum problema de saúde, exaustão pelo trabalho ou qualquer coisa relacionada e queria ter certeza. E por puro comodismo optei por deixar de lado alegando ser apenas uma sobrecarga no trabalho e resolvi seguir com a minha vida normalmente.

Trabalho como assessora de imagem em um dos maiores times da Alemanha, Borussia Dortmund e como tal, sou responsável não só pela imagem do time, como de seus jogadores e confesso que não é um trabalho nada fácil e foi dificultado quando foi vazada antes da hora a nova contratação do time Aurinegro. Mario Götze – aquele que foi considerado Judas por todos os torcedores ou quase todos. E agora com sua volta, divide mais uma vez a torcida aurinegra, entre os que o odeiam e os que o amam. Mas como já dizia na bíblia: “O bom filho a casa torna.”

A dor de cabeça que sentia, agora parecia triplicada, balancei a cabeça negativamente e corri meus olhos até a minha bolsa que estava sobre o sofá que havia em minha sala. Coloquei minhas mãos sobre os braços da cadeira de meu escritório onde estava sentada e tomei um impulso para ficar de pé, mas me arrependi minutos depois por ver tudo rodar e cair na cadeira novamente. Droga, mil vezes droga! Exclamei mais uma vez. Fechei os olhos, talvez quando tornasse a abri-los aquela sensação de vertigem sumiria, respirei fundo e mais uma vez tomei impulso para ficar de pé. Abri meus olhos lentamente, ainda meio tonta, me apoiei com as mãos na mesa e fui lentamente contornando-a até chegar ao sofá onde sentei ao lado de minha bolsa.

Peguei em minha nécessaire, que estava dentro de minha bolsa, uma caixinha de analgésico e indo contra a prescrição médica coloquei dois comprimidos sobre minha língua e engoli de uma vez sem água. Aquela dor atrás de meus olhos já estava ficando insuportável, os analgésicos já não faziam efeito como antes.

Fiquei um tempo ali sentada, não estava com forças para voltar para minha mesa, entretanto olhei minha mesa com a visão ainda meia embaçada e a pilha de papéis ainda estavam lá.

Mesmo com todo o trabalho que a volta de Mario me trouxe, fiquei imensamente feliz. Não houve uma pessoa que mais sofreu com sua partida do que meu marido que na época era noivo, Marco. Ele havia ficado devastado com a decisão do amigo de mudar de time e ter ido defender justamente a camisa do rival, mas contudo não poderia ser egoísta ao ponto de torcer para que tudo desse errado para Mario. Eram amigos e acima de qualquer coisa estava a felicidade um do outro.

Sorri ao lembrar-me de sua felicidade quando Mario lhe contou as boas novas, e por ele resolvi que era melhor terminar de arrumar aquela bagunça e mostrar aos torcedores que a volta de Götze era uma das melhores coisas que aconteceram ao Borussia.

Mais uma vez tomei impulso para levantar-me do sofá e foi quando senti outra pontada forte em minha cabeça me fazendo cambalear para trás e minha visão que já estava turva se escurecer de vez levando meus sentidos embora.


🎀🎀🎀


Senti um leve incomodo em meu braço esquerdo, me mexi desconfortavelmente e o pequeno incomodo me fez voltar a posição anterior, abri meus olhos lentamente, mas o fechei imediatamente devido ao clarão que me incomodou.

Onde eu estava? Respirei fundo e abri os olhos novamente só que agora mais lentamente e olhei ao meu redor, o quarto era todo branco, havia um pequeno sofá e poltrona do meu lado direito, no esquerdo havia algumas máquinas de monitoramento cardíaco, respiratório e uma espécie de ferro com uma unidade de soro.

Hospital, eu estava em um quarto de hospital. Pensei feliz ao constatar o obvio. E lembrei da minha dor de cabeça e do desmaio. Tentei levantar da cama, mas ao reunir forças para tomar impulso e levantar, minha cabeça volta a tomar vida e sinto uma pontada de leve.

— Droga. — Murmuro levando minha mão direita a minha cabeça.

— Vejo que a Senhora já está acordada. — A dona da voz aparece em meu campo de visão, ela vestia uma roupa branca com um colete azul, deveria ser a enfermeira. — Como se sente? Vou chamar o Dr. Weiss para lhe examinar.

— Há quanto tempo estou aqui? — Perguntei ignorando sua pergunta vendo-a mexer em uma espécie de bip.

— Você se lembra do que aconteceu? — Perguntou e eu assenti. — Bom, o médico está vindo já o bipei. — Ela se virou para o balcão ao meu lado segurando uma garrafa de agua. — Está com sede?

— Sim.

Magda – a enfermeira – me serviu a água e permaneceu no quarto comigo até o doutor chegar, o que levou alguns minutos. Me contou que uma colega do trabalho me achou tempos depois do meu desmaio e eu apenas assentia.

— Senhora Reus, sou o Dr. Weiss e fui o responsável pela sua internação aqui no St. Johannes Hospital Dortmund. — Disse se aproximando de mim e tirou uma espécie de tubo de seu bolso. — Por favor, segue a luz com teus olhos. — E ligou seu utensilio colocando em frete aos meus olhos e movendo-o da esquerda para direita e assim o segui com meus olhos.

Dr. Weiss aparentava ser um homem na casa de seus 50 anos, com alguns cabelos brancos já se fazendo presente em seus pouco fios, ele usava um avental branco aberto e uma calça jeans e uma camiseta polo também branca por baixo.

— Pode me contar o que sentiu antes de seu desmaio? — Perguntou depois de terminar de me examinar.

— Tonturas, ânsias de vômito, fraqueza. — disse enquanto ele anotava. — Também senti, uma dor na cabeça infernal, seguida por pontadas fortes na mesma. — Ele parou de anotar e ergueu uma de suas sobrancelhas. — Procurei um médicos semanas antes, mas ele disse que poderia ser estresse devido ao meu trabalho e passou alguns exames e um analgésico, mas optei por não fazer os exames, já que era por causa do estresse. — Finalizei encolhendo meus ombros devido ao seu olhar repreensor sobre mim.

— Bom, o seus primeiros sintomas batem exatamente com o resultado de seus exames de entrada aqui no hospital. — Meu coração se acelerou, o que teria dado em meus exames? — Parabéns, a Senhora está gravida de sete semana. — Ele me felicitou com um sorriso no rosto. E meu coração bateu mais rápido ainda de tamanha felicidade.

Meine Güte! — Exclamei emocionada.

Meus olhos se encheram de lágrimas. Marco surtaria ao saber que seria pai, desde quando começamos a namorar ele não escondeu o seu desejo de ser pai. Agora sim seriamos uma família. Não só Marco e eu, seriamos Marco, eu e nosso pequeno bebê, não pude deixar de derramar algumas lágrimas de felicidade ali.

— Bom, ainda falta o resultado de um de seus exames. — Arqueei a sobrancelha. — Quando você desmaiou bateu a cabeça, então fizemos uma tomografia, só que o Neurocirurgião não pode avaliar o resultado ainda, assim que ele avaliar poderemos te liberar. — Eu assenti. — E antes que eu me esqueça, uma obstetra virá ver você e seu bebê daqui a poucos minutos e estando tudo ok, faltará apenas o neurocirurgião para lhe dar a alta.

— Ok Doutor Weiss. — Sorri agradecida e caminhou em direção a porta. — Hum, Dr. — O chamei antes que ele fechasse a porta, o que o fez voltar. — Magda, a enfermeira, disse que uma colega me trouxe...

Ele pareceu notar o que ia dizer e me interrompeu.

— Ah sim, ela estava aqui até pouco antes de você acordar, deve ter ido tomar um café. Vou pedir para alguém procura-la. — Ele disse e eu assenti sorrindo em forma de agradecimento e então saiu da sala.

Alguns minutos se passaram até que a porta de meu quarto fosse aberta novamente, dessa vez quem passara por ela fora Ambar, minha amiga e colega de trabalho. Seu semblante era cansado, mas ao me ver acordada abriu um sorriso e me abraçou.

— Sua vaca, como me dá um sustos desses? — Pergunta depois desfazer o abraço. — Sabe o quanto fiquei preocupada? O que diria aos seus pais, ao Marco?

— Calma não é nada demais. — Tento acalmá-la. — Na verdade o desmaio foi consequência de algo muito bom. — Finalizo com um sorriso bobo no rosto. — Você não ligou para o Marco, nem para os meus pais né?

Marco havia viajado para Inglaterra com a intenção de ser tratado por um dos melhores fisioterapeutas desportivos do mundo. Henri Adams. Muitos jogadores quando lesionados o procuram.

Ele havia ido no início do mês e como uma boa esposa fui junto, entretanto tive que voltar por causa do vazamento antecipado, se assim posso dizer, da volta de Götze para o elenco do BVB. E acabei tendo que voltar antes que ele para Dortmund.

— Como assim nada demais? Camille, desde quando desmaiar não é nada demais? — Ela perguntou incrédula.

— Não é nada de mais porque estou grávida! — Digo não contendo minha felicidade e Ambar arregala seus olhos castanhos. — Faz parte sabe, sentir enjoos e desmaiar no início da gestação.

— Não creio que finalmente serei madrinha de um filhote seu com o Reus. — Ela diz dando pulinhos e batendo palmas. — Pera eu serei a madrinha né, porque sou a pessoa que mais te atura.

Ambar e eu somos amigas desde que começamos a estagiar no BVB, ela como Nutricionista e eu como Relações Publica, nos conhecemos no dia da nossa integração no clube. Nossa amizade seria improvável por sermos o oposto uma da outra, mas aos poucos ela se tornou meu porto seguro, não haveria no mundo qualquer outra pessoa que pudesse ocupar o seu lugar de madrinha. E creio que Marco compartilhe desse mesmo pensamento meu, afinal fora por causa dela que ele e eu nos conhecemos.

— Claro que sim, você é umas das pessoas mais importantes em minha vida. — Digo a abraçando. — Não existe nenhuma outra pessoa que tomaria o seu lugar. — Escuto-a fungar e a afasto de leve. — Não creio que está chorando. E o nosso acordo? — Concluo divertida.

— Mas é claro que sim, não sou de ferro. — Ela diz limpando as lágrimas. — E chorar de felicidade não faz parte do acordo. — Conclui e rimos.

E ali iniciamos uma conversa animada sobre meu novo estado. Graças a Deus ela não havia contado ao Marco que estava hospitalizada. Queria lhe fazer uma surpresa, afinal não é sempre que nos tornamos pais pela primeira vez. E não posso negar que ela notícia veio em boa hora. Apesar de mostrar a todos que ele está bem e que a lesão que o afastaria dos gramados por quatro a seis meses, ele estava devastado por dentro e acha que não percebi.

Não se trata apenas de estar afastado dos gramados, mas também por mais uma vez ser impedido de realizar seu sonho e defender a camisa de sua seleção. Primeiro lhe fora roubado a Copa do Mundo de 2014 e agora a Eurocopa de 2016. A vida vinha lhe pregando algumas peças de muito mal gosto.

A janta acabara de ser servida e o que dizer dessa comida horrível de hospital? Nada, pois não vou comer nenhuma colher que seja, só de sentir o cheiro sinto náuseas. A obstetra que o Dr. Weiss afirmou que passaria havia passado pouco antes da janta chegar. Ela afirmou está tudo bem comigo e com meu bebê, me deu alta e agora falta apenas a equipe do neuro que não deu as caras por aqui.

Também já não recebia mais nenhum medicamento na veia, entretanto continuei com o acesso no braço “para caso eu sentisse algo a mais, eles pudessem me medicar sem ter que furar novamente” segundo a palavra de uma enfermeira que viera retirar minha última medicação contra náusea e dor de cabeça.

Ambar havia passado o resto da tarde comigo e descera a pouco para o restaurante do hospital para jantar.

Impaciente, chamo a equipe de enfermeiras por aquele botãozinho vermelho que fica na cama. Preciso da minha casa, se não há nada de errado comigo, eu poderia muito bem ir para o conforto do meu lar.

— Por favor, o Dr. Weiss ainda se encontra no hospital? — Pergunto assim que a enfermeira entra no quarto.

— Sim senhora Reus, ele hoje está de plantão na internação. — Ela diz sorrindo.

— Pode chama-lo, por favor?

— Claro espere só alguns minutos. — Ela disse e saiu do quarto.

Assim que ela saiu do quarto, ouvi ela chamar pelo Dr. Weiss que passava em frente ao meu quarto no exato momento em que ela abriu a porta.

— Senhora Reus, está sentido alguma coisa? — Ele perguntou e neguei com a cabeça.

— Dr. Já fui liberada pela sua equipe e pela da obstetra, mas o neuro até agora não apareceu para me dar um parecer.

— Entendi, o Dr. Bäumler teve uma cirurgia de última e hora e parece que o caso se complicou.

— Entendo, mas será que não poderia ir embora e depois o hospital me liga com o resultado do exame? — Digo. — Já não aguento mais ficar aqui. — Concluo em tom de súplica.

— Bom, não seria o recomendável. — Ele diz olhando a prancheta que estava em sua mão direita. — Mas se a Senhora quer tanto ir embora, posso lhe liberar com tanto que eu te examine mais um vez. — Ele me olhou depois de analisar a ficha. — E de assinar um termo de responsabilidade por ir contra a recomendação médica.

— Faço qualquer coisa para ir embora daqui. — Digo rápido. Não me lembro se já disse alguma vez, mas odeio hospitais. Eles não me trazem sensações boas.

— Ok. — Ele se aproximou de mim e retirou de seu bolso o tubo que agora sei que é a sua lanterna. — Segue a luz com seus olhos. — ele disse repetindo os mesmos exames de mais cedo. — Está sentindo algum tipo de dor de cabeça, ou pontada?

— Não, estou sentindo ela só um pouco pesada, mas deve ser por causa da pancada, não sei. — Minto, na verdade não estava mentindo mas omitindo. Minha cabeça doía de leve, não era como as dores que senti hoje mais cedo ou semanas antes. Para ser franca, essa pequena dor que sentia não era nada perto da que senti hoje mais cedo, então estava no lucro não? — Também pode ser pelo fato de não toquei na comida, sabe devido a gravidez, só o cheiro me fez revirar o estômago e acabei por não conseguir comer.

— Como disse, não é recomendável que a Senhora saia sem a avaliação do neuro, mas como insiste em ir embora, farei a sua liberação em no máximo uma hora. — Arregalei os olhos.

— Como poderia demorar tanto tempo para ter alta?

— Geralmente não demora tanto, mas como irei solicitar o termo de responsabilidade demorará de uma a uma hora e meia. — Ele diz se aproximando e estendendo a mão direita. — Foi um prazer lhe conhecer e boa sorte com a gravidez e mande melhoras para o Marco, diz que estamos torcendo pela recuperação dele. — Eu aperto a sua mão e sorrio agradecida.

— Obrigado, pode deixar. O carinho de vocês torcedores é muito importante não só para a recuperação dele, mas para ele.

O Dr, Weiss sai pela porta e me levanto da cama. Nem acredito que irei embora. Vou al guarda roupa do quarto embutido e pego minhas roupas. Quando começo a tirar a camisola do hospital, Ambar passa pela porta e arregala os olhos ao me ver trocando de roupa.

— Ué, o Neuro já passou? — Me questiona.

— Não, mas pedi pro médico clinico geral me liberar. — Digo e ela me reprova com o olhar. — Não me olha assim, você mais do que ninguém sabe como eu odeio hospitais e parece que o Neuro não virá hoje.

— E você irá morrer se ficar de repouso por mais um dia? — Viro de costas pra ela para pegar na cama a minha camisa social azul bebê.

— Vou! — Exclamo com um tom exagerado. E ela me lança mais um de seus olhares. — Ok, não vou morrer. — Afirmo sentando na cama e colocando minha calça social. mas quero minha cama. — E outra não será nada demais. — Me levanto rápido e sinto uma pontada em minha cabeça, reprimo uma careta de dor. — Estou bem Ambar. — Concluo tentando convencer mais a mim mesma do que a ela.


Notas Finais


E ai, continuo?


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