Luana Pov´s
Depois do açaí fomos pra minha casa, minha mãe e a Mari foram passar uns dias na casa de minha tia então a casa estava vazia.
-Eu to com fome!
-PORRA ISA, VOCÊ ACABOU DE TOMAR UM COPO MAIOR QUE MINHA CABEÇA DE AÇAÍ! -Gritei.
-Ah, mas vocês sabem que eu sempre to com fome!
-Depois quer fazer dieta, vai, tem comida na geladeira! -Respondi e ela foi à cozinha. Eu e Giovanna fomos atrás dela.
-Sabe falar, mas aposto que não para de comer também. -Isa me provocou.
-Claro. -Respondi.
-Ai, pega logo a comida aí e vamos conversar no sofá. -Gio falou e fomos pra lá. Isa estava mexendo no celular enquanto comia um sanduíche e começou a ter um ataque de risos.
-O que foi? -Perguntei.
-Olha essa foto aqui. -Me entregou o celular quando parou de rir já com lágrimas nos olhos.
-Que brochante cara! -Gritei ao ver uma foto do Caíque com uma bandana do Restart e uma cara de viado.
-Ei! É bruxuleante. -Isa me corrigiu.
-Nossa você lembra disso... -Gio falou.
-Queria tanto que ela estivesse aqui... -Falei em seguida.
Acontece que quando tínhamos treze anos Cintia falou que a palavra brochante era muito feia e que usaríamos no lugar bruxuleante. Ficamos conversando e recebi uma mensagem do Caíque dizendo que depois das gravações ele e os meninos viriam pra minha casa. Eu avisei as meninas e começamos a assistir coisas aleatórias na TV. A campainha tocou e eu corri pra atender.
-Senti sua falta. -Cá falou baixinho no meu ouvido e me beijou. Não o via desde que ele dormiu aqui três dias atrás. Sentamos na sala.
-Eu já volto. -Falei e subi as escadas, eu não estava me sentindo bem, entrei no eu quarto e fui até o banheiro, apoiei minhas mãos na pia e levantei a cabeça, estava pálida. Ouvi Isa e Gio gritando pros meninos subirem e não vi mais nada. Acordei em uma sala de hospital e ouvi uma conversa do outro lado da sala, fechei os olhos e tentei entender o que falavam.
-Caíque, por favor, me diz que ela não ta grávida. -Isa falou.
-O quê? De onde você tirou essa ideia?
-Você acha mesmo que não vi a marca no pescoço dela? -Formou-se um silêncio por alguns segundos.
-Ela não ta grávida. -Caíque respondeu e Isa soltou o ar. Eu esperei dois minutos e fingi que estava acordando. Eles correram até o meu lado.
-O que aconteceu?
-Você desmaiou. -Caíque me respondeu. O médico entrou na quarto e veio até nosso encontro.
-Os exames mostram que nos três últimos dias a senhorita bebeu menos de um litro de água, isso provocou uma desidratação severa. Antes de desmaiar sentiu algo como uma dor de cabeça ou cansaço?
-Parecia que minha cabeça ia explodir e senti minha boca muito seca, acho que só isso.
-Se não quiser que isso aconteça novamente terá que se hidratar mais, já que não está acostumada comece com um litro por dia e vá aumentando até onde conseguir, quanto mais melhor. Sua alta está prevista para daqui a dois dias, mas se seguir as recomendações de modo correto é provável que possa sair amanhã.
-Ok, obrigada. -O médico foi até a máquina ao meu lado e no tubo que estava ligado a minha veia colocou alguma coisa.
-Sais minerais, vai precisar. -Disse e assenti. O médico saiu.
-Minha mãe sabe?
-Não.
-Não falem nada, não quero que ela se preocupe. Ela não precisa ficar sabendo, ela só volta pra casa daqui a quatro dias.
-Não falamos nada então. -Caíque falou.
-Vá descansar um pouco, vamos lá fora falar com o pessoal. -Isa disse.
-Ok. -Respondi.
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