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História Antes Que Ver El Sol - 12


Escrita por: erimm_

Capítulo 12 - 12


Fanfic / Fanfiction Antes Que Ver El Sol - 12

Quanto tempo pode se passar para uma pessoa se apaixonar por outra? Principalmente quando não se lembrar de que já foi apaixonado, que talvez, só talvez, aquele sentimento estivesse lá, sempre, mas adormecido, talvez esquecido.

E por que, depois de anos, as lembranças voltassem? O sentimento despertasse? Mas mesmo assim, a confusão era tão grande? Por que tantas mentiras? E por que minha mãe nunca me contou nada?

Tudo isso rodava na minha cabeça a semanas, pedi um tempo a Christopher para pensar nas coisas, estava sem falar muito bem com minha mãe e ainda envergonhada do que aconteceu. Até minhas amigas eu estava afastando, tudo estava uma merda, mas eu não conseguia resolver as coisas, não sozinha, mas não queria ninguém perto por agora. Era extremamente contraditório, me sentia tão traída por minha mãe. Era um capitulo da minha vida que ela não tinha me ajudado a lembrar, ela ajudou a apagar tudo que tinha do Christopher da minha cabeça, mas por quê?

 

- Dulce, querida – minha mãe me chama – venha comer alguma coisa e você também tem visita.

 

-Não quero comer e muito menos receber ninguém dona Branca, obrigada.

 

- AHHHH, mas me receber você vai e ainda vai sair comigo, se não eu não me chamo Annahi Giovanna minha querida – louca? Sim, como sempre foi.

 

- Não quero Anahí, apenas me deixe aqui.

 

- Você já se olhou no espelho? Está horrível – começou a me analisar – olha só esse cabelo, desbotado e sem vida, e você emagreceu? Dul, você precisa comer.

 

- Por favor, vá embora.

 

-CALADA, veste isso – me entregou um macaquinho jeans com mangas – vamos a um lugar, anda logo.

 

Eu já imaginava que não iria adiantar eu chamar o papa pra expulsar Anahí da minha casa, ela teria convencido ele a ir com a gente, com toda certeza. Me vesti, calcei um tênis do Mickey, amarrei o cabelo em um coque e saímos, pelo menos eu sai e fiquei na porta esperando que ela fala-se alguma coisa com minha mãe.

No caminho ao shopping foi Anahí me reprimindo do meu mau comportamento com minha mãe e de está perdendo o final das férias com bobagem. Ela não citou Christopher em nenhum momento e eu agradeci mentalmente. Quando finalmente chegamos e ela me arrastou até o Salão de Beleza, eu quase voltei pra casa correndo, nunca fui muito vaidosa e esse tipo de programa nunca foi o meu favorito. Odiava quando Claudia me levava a esses lugares e eu estava com uma vontade de matar Anahí por me fazer passar por isso.

 

- Marquei uma hora com a Lucy, pra minha amiga e eu,  - ela falava com a atendente – é Dulce María Saviñón e Anahí Portilla.

 

-Podem entrar.

 

Um das cabelereiras me conduziu a uma cadeira giratória com um enorme espelho na frente, quando me vi cheguei a me assustar com minha aparecia. Eu realmente estava horrível, Olheiras fundas e arroxeadas, pele pálida demais, cabelos desgrenhados e com um vermelho sem vida, magra demais, eu realmente estava sem vida alguma.  Não imaginava que estava tão mal assim, afinal, passei esses dias todos sem nem olhar-me no espelho e muito menos, me importar com isso.

 

- Apenas relaxe querida, sua amiga já me passou as recomendações, deixarei seu cabelo lindo de novo.

 

 Eu não respondi, apenas olhei-a apreensiva e ela começou a soltar meu cabelo e a penteá-lo. Não sei quanto tempo durou, mas até que me diverti um pouco, Anahí estava tentando ao máximo me fazer rir, conseguindo algumas vezes. Ela acabou primeiro do que eu e estava linda, escureceu os cabelos e os deixou na metade das costas. Ela parecia mais madura assim, me perguntei se algo também havia acontecido em sua vida esses dias que passei isolada do mundo, me perguntei o que havia acontecido na vida de Maite e Rosa também e acabei que por me sentir tão egoísta, só pensei nos meus problemas esse tempo todo e não me lembrei que tinha pessoas que me importavam passando por momentos difíceis também.  Pouco tempo depois eu também estava pronta, quando olhei me senti até mais contente com minha aparecia, meu tom de cabelo estava parecido com o de Anny, eu não parecia mais tão horrível e a agradeci por tudo isso.

Ela também me fez irem umas lojas comprar roupas novas, dizendo que eu estava magra demais e talvez as minhas não dessem mais, eu sabia que era apenas mais uma desculpa para me manter longe de casa e do meu estado vegetativo.

 

-Dul, eu tenho uma festa de criança pra ir hoje, gostaria que você fosse comigo.

 

- Anny, eu não sei se...

 

- Vamos, por favozinho. Sabe que eu vou te arrastar de qualquer jeito, não sabe?

 

- Sim sei – falei ante mesmo que tentar entrar naquela batalha que já estava vencida desde quando ela me tirou de casa – é pra comprar uma roupa pra festa?

 

- Eu já escolhi seu look, querida – Anahí sendo ela mesma.

 

Ela me deixou em casa, não tinha ninguém. Claudia, Clara e Christian foram para o interior, eu iria com eles, mas os planos mudaram.

Fui me arrumar se atrasasse Anahí me mataria. Vesti o crooped que comprei com o short jeans, coloquei um chapéu que tinha em casa e um coturno marrom escuro. Dei graças a Deus pelo Crooped ser manga longa, assim ninguém veria os cortes que se encontravam em meu pulso, desejei que Christopher viesse brigar comigo a cada corte que eu fazia, mas ele nunca veio. Eu fui dura demais, então não podia ficar chateada por algo que era culpa minha.

 

 

 

 

 

- SEMPRE – Ele disse. Eu o beijei com tanta urgência que parecia que morreria se não o fizesse. Ele me abraçou com tanta força, mas eu sempre queria mais apertado e mais forte. Derrubou-me na cama, ainda agarrados um no outro. Tirei sua camisa, quase que com urgência, não queria me separar do toque dele em nenhum momento. Eu via o desejo em seus olhos, o quanto eles estavam famintos quando ele tirou minha blusa e sutiã. Ele não falou nada, só os olhou e isso me deixou envergonhada, voltou a me beijar e  foi tirando meu short aos poucos. Logo já estávamos totalmente sem roupa e transando apaixonadamente, como deveria ter sido minha primeira vez.

Ele falou diversas vezes que me amava e, por alguma razão, eu correspondia com as batidas aceleradas do meu coração. Passamos a noite nos amando, entre sorrisos, gemidos e beijos. Estava tudo perfeito, como deveria ter sido. Como eu deveria lembrar, com quem deveria ter sido minha primeira vez, mas por que eu estava me sentindo assim nesse momento? Por que comecei a achar que Christopher me trataria igual a Lucas? Estava me tornando uma menina muito fácil de enganar?  Estávamos deitados, como um casal, ele acariciava meus cabelos e eu o queria aqui, mas toda essa loucura não saia da minha cabeça e comecei a achar que Christopher só queria se aproveitar da situação. Será que as poucas lembranças que voltaram não eram uma peça que minha cabeça me estava pregando? Outra mentira para me fazer de idiota?

Levantei subitamente, não olhei para ele. Vesti minhas roupas com presa.

 

- Dul? Você está bem?

 

- Quero que vá embora.

 

- O que aconteceu? Eu te machuquei? Desculpa se isso aconteceu, eu tentei ser gentil e ..

 

- Não me importa, só quero que saia da minha casa. AGORA!

 

-Mas..

- Não vou ser mais uma menininha que você brinca, ninguém vai mais brincar comigo.

 

- Eu jamais faria isso com você meu anjo, eu te am..

 

- Eu não acredito em você, isso tudo foi um erro. Queria não ter feito isso, não sou seu brinquedo, não apareça mais aqui Ucker e me deixe em paz – eu gritei enlouquecida e sem motivo nenhum.

 

- Você nunca me chamou assim, você não pode...- Estava fora de mim, me senti arrependida assim que vi as lagrimas não derramadas em seus olhos cor de chocolate, e naquele momento me lembrei de quando ele estava no hospital no dia do meu acidente e eu falei que não sabia que ele era, lembrei também de quando fui embora do México quando criança, eram os mesmos olhos e aquilo me atingiu. Mas ele já havia ido embora, eu fui burra, idiota e infantil.

 

 

 

 

 

 

Quando dei por mim, estava com Anahí estacionando o carro na praça central, onde havia um parque.

 

- Não íamos a uma festa? – perguntei confusa.

 

- E estamos indo, ela é aqui perto. Vamos descer? - Caminhamos até perto da roda-gigante. Já disse que tinha medo de altura? Roda-gigante é o ultimo brinquedo que eu iria em um parque de diversões.

 

- Anny, onde .. – Cadê ela? Será que andei rápido demais e, ou ... Ele estava parado bem na minha frente, com seu cabelo desgrenhado, camisa de manga preta e calça jeans, aquela barba combinava muito com ele. Nesse momento meu coração estava saltando pela boca e meus olhos cheios de lagrimas. Não imaginava que ele estaria aqui, que estivesse vindo em minha direção, com seu semblante serio.

 

- Você demorou – Foi ai que a ficha caiu, aquilo era um plano dele? – Não fica com raiva, eu só queria te ver. Pedi pra Any trazer você aqui, te veria de longe, mas eu não consigo ficar longe de você Dul, pelo menos não até dizer o quanto eu amo você – ele estava nervoso e eu não conseguia dizer uma palavra, se o fizesse, estaria chorando igual a uma boba – Eu amo você desde o primeiro dia que ví, eu soube o que eu sentia, que era amor, quando nos beijamos a primeira vez, aquela vez que fui passar as férias com você no Brasil, amei você por esses dez anos, por esses três anos que você nem ao menos lembrava de mim, tentei tirar você da cabeça, mas não dava mais, você já estava no meu coração e eu queria você pra mim de qualquer jeito. Fui eu quem pediu pra fazer aquele trabalho com você, pra escrever uma música, e quando vi que estávamos escrevendo a nossa música, achei que você lembrava de alguma coisa, que lembrava de mim, pelo menos um pouquinho. Não queria que pensasse que você era um brinquedo pra mim naquela noite Dul, eu jamais faria isso com você. Eu te amo e não quero que pense mal de mim, eu ficarei longe, como você pediu, só queria que soubesse.

 

- Chris – ele me olhou nos olhos, eu já estava chorando – eu não quero que você fique longe. Nunca mais, me perdoa. Eu fui injusta, uma completa idiota.

 

- Não quero que faça isso por pena de mim, eu entendo que não se lembre ou não queira aceitar que .. – eu calei aquela boca maravilhosa com um beijo urgente.

 

- Eu te amo muito, eu me lembro de tudo agora e eu nunca mais quero perder você de novo, entendeu?


Notas Finais




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