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História Antichrist - Vhope (em análise) - Sete


Escrita por: Legendior

Capítulo 7 - Sete


Deus, soberano de todos,

Criou a carne e o pão.

A vida e a morte.

A partir disso criou seus sangues.

E dentre eles Lúcifer nasceu. 

Mas não nasceu no literal de nascer, ele foi criado pelas mãos do criador. Deus

A milhões de anos, milhões mesmo.

Ele se rebelou contra seu criador e pai. 

Samael cujo era seu nome de criança, foi exilado do céu. Tendo como recompensa seu próprio céu, o inferno. 

Passou anos naquele lugar ardente e sensacionalista, o aperfeiçoou e o tornou o lugar da corrupção, dor, mentiras e procrastinidade.

Afinal, ele era o pai da mentira, nada melhor do que o seu antro, certo? 

Os anos passaram e Lúcifer cansou-se de buscar uma alma perfeita para gerar o seu filho. 

Uma alma que completasse a sua.

Deixou o inferno para se amplificar somente naquilo. Ele sentia que precisava de algo para torná-lo inteiro. 

Um filho. 

O Diabo praguejava, cada um de seus passos quando percebeu que precisava realmente de um alma, uma específica pra prender aquele vazio. 

E deixando seu trono nas profundezas do abismo, a terra se tornou seu novo ponto turístico. 

E nada melhor do que a fabulosa Vivien Hermon, a mulher acreditava fielmente no Diabo/Satanás ou oque quer se seja. 

Ela tinha uma igreja satanista localizada em Clallam, Washington, era uma ótima cidade para quem desejava ter uma vida pacata e boa. 

E Lúcifer conheceu o lugar, na mesma hora soube que, poderia ter quantas almas quisessem. 

Ali todos eram devotos de Satanás, sem ao menos o conhecer. 

Tudo aquilo era estupido, as regras da "igreja" eram inventadas pelos seguidores de Satanás. 

Ele não precisava de um amontoado de humanos rezando para si, até por que ele não ouviria. 

Porém, se aproveitaria das almas fáceis que havia ganhado. 

Seu império de promiscuidade estava montado sem o mesmo pôr as mãos, afinal, o ser humano se corrompia por vontade própria. 

Mas, tudo aquilo foi em vão, nenhuma alma poderia gerar a semente do Diabo. 

Lúcifer matou inúmeras almas ao longo do tempo, enquanto tentava por a semente do mal em alguma mulher. 

E obviamente nenhuma funcionará. 

O seu filho deveria ser criado por si, assim como foi com ele.

Não poderia ter a alma de uma mulher para si, e depositar sua semente nela. 

Acabaria a matando, como sempre acontecia. 

E então, ele criou. 

O próprio mal, nasceu do ovo de uma serpente. 

E ele era belíssimo, maligno e perfeito. 

Seu próprio filho. 

Quando o pequeno infernal nasceu, todo o inferno admirava-o, afinal era a criação de Satanás. 

Passado-se 2 dias, o Kim já estava adolescente.

Passado-se 3 dias, o Kim já estava adulto. 

Kim Taehyung havia sido nomeado assim. 

Sua infância foi rápida, durou no máximo, 1 noite. 

No pouco tempo que Lucifer observou-lhe criança, uma chama estava acesa dentro do tinhoso. 

O Diabo sorriu, tão estonteante, quando entrou no inferno e deu de cara com o filho. 

As mãos do garotinho estavam ensangüentadas, ele havia dilacerado um íncubos com as próprias mãos. 

O Kim olhou para Lúcifer e sorriu, estendendo as mãozinhas. 

O Diabo estava satisfeito.

 

                                         †

 

Dentro do calabouço, o cheiro de enxofre e podridão emanava por todo o lugar. 

Taehyung caminhava calmamente, assobiando uma música qualquer enquanto balançava o molho de chaves em sua mão.

As almas aprisionadas que ali estavam, sentiam o medo sucumbindo-as, a cada estalo que o sapato caro fazia no assoalho estragado, a cada andada do Anticristo, eram estalos estridentes em seus ouvidos.

Era pavoroso e medonho.

As celas divididas por paredes de tijolos antigos e fechados com grandes portas, portavam seis pessoas em cada uma ali existente. 

Quando caminhou até a última, a mesma estava vazia, era a única dali que estava. Taehyung vislumbrou a imagem de Éric ali, imaginou o homem jogado ali, no chão sujo. 

Riu em escárnio e se segurou para não fazer suas imaginações virarem realidade. 

— Oque está fazendo aqui, Kim? - A voz já conhecida por ele, se fez presente. 

— É uma prazer revê-la, senhorita Valac. - Disse, virando o rosto minimamente para a mulher que trajava um vestido branco encardido, com pingos de sangue entorno do tecido, pés descalços e olheiras assombrosas. 

— É sempre um prazer revê-lo também, semente de Satanás. - A fala saíra em ironia. O demônio cruzou os braços despojado, enquanto encarava o Kim.  

— Eu não sou o meu pai Valac, porém, espero que da próxima vez, seja mais formal comigo. Não sou seu amigo ou algo do gênero. 

Taehyung um dia teria os demônios do inferno na palma de sua mão, apesar de que, ele já tinha. Só gostaria de ser como o seu pai. 

— Sinto muito senhor Kim. - Indagou com medo da resposta. 

Ele sorriu, funcionou afinal. Ele gostava de sentir o medo de todos em sua volta, gostava de que todos o temessem, como temiam Lúcifer. 

Deu as costas para o demônio, este que mantinha a cabeça abaixada, ele observou por mais alguns segundos a cela vazia, colocaria Éric ali, e isso era uma promessa. 

Gostaria de vê-lo todos os dias clamando misericórdia para si. 

Kim sentiu a mão de Valac deslizar pelo seu torço, até chegar em seu peitoral, o demônio era apaixonado por si, só haviam transado uma vez na floresta do tormento, e o moreno jurou nunca mais cometer atos sexuais com um demônio, foi horrível. 

Suspirou negando, e retirou as mãos dela de si, a expressão antes luxuosa do demônio, agora era de tristeza, por ter sido rejeitada. 

Tudo que qualquer uma(o) ali queria, era ter o Anticristo para si. 

— Valac, não me faça mandar você de volta para o poço. Não me toque demônio! - sussurrou próximo ao ouvido da mulher, que arrepiou-se temerosa. 

Se retirou do local, deixando o demônio tremendo de ódio e medo para trás. 

Taehyung parou atrás de Asmodeus, um demônio cozinheiro completamente atrapalhado e hilário, o garoto amava zoar com a cara do infernal quando era mais novo. 

Era um dos demônios que ele tinha consideração. 

Observou o demônio cantarolar distraído, enquanto despejava uma porção exuberante de calda vermelha sobre o bolo que fazia, a calda era sangue de elfo. 

Um dos melhores sangues que já provará, era doce e tinha gosto de cereja. 

Ele sorriu cúmplice e pós as mãos atrás do demônio, este que sobressaltou assustado, estava bastante distraído com oque fazia. 

Boo! - Caiu na gargalhada, ao ver o líquido vermelho se esparramar todo o chão. 

A tijela que antes estava nas mãos do demônio, cairá encima de sua cabeça, sujando-lhe os fios negros. Taehyung não ligou para isso, ele riu divertido e passou o dedo pelo objeto, saboreando o líquido avermelhado delicioso. 

Asmodeus caiu sentado, especificamente de bunda no chão, só deu tempo de formar uma expressão raivosa, ao ponto que a colher de madeira baterá em sua cabeça, fazendo-lhe sentir uma forte pancada no local. 

Talvez estivesse vendo alguns passarinhos rodando em volta de si. 

EU VOU MATAR VOCÊ, CRIANÇA ENCAPETADA! - Asmodeus gritou depois de se recompor da tontura, virou-se ainda sentado, encarando o Kim todo sujo. 

— Deixa de drama Asmo, só foi um sustinho. - Fez uma careta engraçada, ao ter a tijela retirada de suas mãos pelo demônio. 

— Não sabia que o pequeno Kim havia incorporado em você. - bufou e Taehyung fez biquinho.

— Como assim? 

Kim debruçou-se sobre o enorme balcão, pondo as mãos no queixo, enquanto observava Asmodeus pegando um esfregão. 

O demônio era tão atrapalhado que fez todos os objetos caírem encima de si, o moreno não deixou de soltar uma enorme gargalhada.

A expressão do demônio era raivosa e ao mesmo tempo engraçada, era hilário o fato dele sempre contar de um até dez quando estava irritado. 

— Quando você era um pequeno garoto encapetado, sempre vinha me perturbar na cozinha. - Kim se lembrava. — Encapetado, literalmente. 

— Eu sei. 

Era divertido, talvez tivesse sofrido algum tipo de dejavu

— Oque te faz querer perturbar esse cozinheiro miserável? - Asmodeus agora já estava esfregando o chão, tentando fazer toda aquele sangue de elfo sumir dali.

Outro fato sobre o demônio: ele odiava bagunça, gostava sempre de estar num local limpo. Se visse uma pequena sujeira, na mesma hora limpava, devia ser algum toque. 

— Nada na verdade, só ainda não achei o meu pai. 

— Eu não sei aonde Satanás está, porém, bem que você poderia me ajudar aqui, não é? - Asmodeus propôs com a expressão fechada e o moreno bufou. 

— Imagina oque pensariam de mim, se soubessem que o Anticristo limpa cozinha. - Ele jogou-se no balcão e o demônio revirou os olhos. 

— Iriam pensar que você é um ótimo faxineiro. - A fala própria, fizerá Asmodeus rir. 

— Que belo pensamento eles teriam de mim. - a fala saíra um pouco inaudível, pelo Kim estar com a cara enfiada no balcão duro. 

— Anda logo e para de reclamar. - O demônio estava certo naquilo e o moreno coçou a sobrancelha. 

Ele não tinha nada para fazer afinal, quem sabe poderia ser um bom passatempo ajudar Asmo naquilo. 

Definitivamente ele não nasceu pra limpar cozinha do inferno, já estava com as costas estralando e olha que nem era tanta coisa assim. 

— Santo Satanás, não sei como você aguentar limpar qualquer coisa que vê pela frente, não aguento mais. - O Kim resmungou e o demônio acertou-lhe no traseiro, com o esfregão sujo. 

Taehyung cerrou os olhos para o mais velho, este que não demostrava nenhum tipo de medo visível. 

— Sabia que eu posso mandar incinerar a sua alma,  Asmo? - Ele perguntou e o demônio riu chegando mais perto do mesmo. 

— Você também pode começar a esfregar esse chão com vontade, está parecendo uma lesma. - dito isso, Taehyung imitou-lhe no andado e riu baixinho ao ser pego no flagra. 

Ele voltou a limpar o local, Asmodeus era um dos únicos depois de Lúcifer que poderia lhe dar uma bofetada, que ele continuaria perturbando-lhe.

Ao contrário de outros, que se tentassem chegar perto de si, não mediria esforços em explodir a alma de qualquer um. 

 

                                         †

 

— Sim pai, porra eu beijei alguém! - ditou exasperado. 

— Mais que diabos, EU SEI DISSO KIM! Você falou essa mesma coisa a 2 segundos atrás. 

Não teve um instante em que Taehyung não pensasse no momento certeiro em que seu coração deu a primeira batida e que seu corpo se aqueceu. 

— Aquilo foi... intrigante. Mas, não se preocupe ele é só um humano qualquer. 

— Tem certeza disso? - Lúcifer disse calmo. — Você não está apaixonado por aquele garoto, está? - Perguntou cruzando os braços, enquanto encarava o tronco desnudo do filho, que andava de um lado para o outro. 

Até que ele parou abruptamente. 

Encarou a face do pai e sentiu seus olhos escurecem. 

— Eu nunca me apaixonaria por alguém, igual você. - E afastou-se, quando sentiu os olhos do Diabo também ficarem escuros encarando-lhe. 

Taehyung fechou os olhos, jogou a cabeça para trás calmamente, ele não ganharia de Satanás num jogo de hierarquia. 

— Não é isso que está parecendo filho, você é mesmo igual a mim. - riu desgostoso. — Não levante a voz para mim novamente, e não sussurre, sabe que odeio sussurros. 

A expressão fechada e seria que Satanás carregava, causou arrepios pelo corpo do Kim, mas, não deixou transparecer isso, ele poderia ser extremamente intimidador quando queria. 

— Essa conversa me deixou cansado. 

— Eu já sabia que você se encontrava com alguém quando ia para a terra, eu já estive no seu lugar. - Lúcifer encarava-lhe de cima. — Única coisa que direi é, não se apegue a ninguém de lá, ou acabará desolado, como eu. 

— E se eu não acabar como você? - Taehyung questionou raivoso, estava farto do pai achar que eles teriam o mesmo destino. 

As coisas poderiam ser diferentes com ele. 

Não é porque Satanás não deu sorte, que ele também não daria. 

— Nunca é diferente filho, ele também deve ser um anjo de Deus. - A fala do pai, fizerá o Kim lembrar-se do recado de Jesus.  — Quando você piscar, ele tirará de você. 

— Você não sabe, ele é só um humano como qualquer outro, não é porque Cloe era um anjo, que Hoseok também será. 

CLOE? - Lúcifer virou-se para o filho, com a expressão transtornada. A voz saíra alta o suficiente para todos do inferno ouvirem. 

Satanás odiava quando alguém mencionava o nome da antiga amada em vão, o fazia se lembrar das juras de amor, que nunca puderam ser reais. 

Taehyung não tinha medo. 

VOCÊ NÃO SABE DE NADA GAROTO! - bradou e o Kim manteve ali, sem vacilar. — EU TAMBÉM DIZIA ISSO, NÃO ACREDITAVA QUE ELA PODERIA SER UM ANJO E OLHA SÓ ONDE ELA ESTÁ AGORA. - O tinhoso suspirou, tentando manter-se calmo. 

— Hoseok não é como Cloe, pai. - Ele dizia sem se abalar, nunca haviam tido uma conversa como aquela. 

Lúcifer não gostava de falar do seu amor e Taehyung talvez não estivesse gostando do pai estar avarando o seu loiro. 

O "seu" saiu sem perceber de seus pensamentos. 

Lúcifer riu, riu alto o suficiente para Kim cerrar os punhos. 

— Quando você ver esse garoto dar as costas para si, e ir para os braços de Deus, se sentirá como um boneco idiota que o divino manuseia. 

Lúcifer não queria atingir a si próprio com a fala, porém, acabou por ser atingido, ele sabia que havia sido como um boneco para o pai. Deus havia o usado e depois tirado a mulher que amava de si.

Os olhos do Kim vacilaram e os negros voltaram ao normal, Satanás olhou para o filho, e caminhou até ele, pós as mãos encima de seus ombros e encarou-lhe nos olhos. 

— Não seja tolo, como eu fui. - Taehyung encarou os olhos de Lúcifer e riu frouxo, desgrudando as mãos alheias de si. A besta suspirou, eram iguais. 

— Então se estiver certo, serei tolo como você e acabarei aqui, desolado como você. - Ele não queria acreditar nisso, mas, depois da visita de Jesus, ele já não tinha mais tanta certeza assim. 

— Você diz não estar gostando desse garoto, mas, eu sei que você está Kim, eu sei de tudo. 

— Então talvez seu sensor esteja errado, papai. 

E sumiu quando Lúcifer iria respondê-lo. 

 

                                         †

 

Jung não tinha notícias do Kim há exatas três semanas, ele não havia voltado ou entrado em contato consigo, sabia que o mesmo deveria estar no inferno, talvez ele estivesse pensando em algo completamente louco nesse meio período. 

Oque aconteceria se ele tentasse ir ao inferno? Hoseok só queria ir visitar Taehyung. 

Afinal, o moreno sempre ia até ele, então dessa vez gostaria de inverter os papéis.

Gostaria de conseguir ir até o inferno e fazer uma surpresa para o Kim.

Aquela ideia poderia ser considerada absurda parando pra pensar. Mas, ele não ganharia e nem perderia nada com isso, oque poderia acontecer? 

O problema mesmo era como ele iria para o inferno, não havia nenhum tipo de portal mágico para descer? ou algumas palavras mágicas para dizer, e.. puff! aparecer lá? 

Concerteza não. 

— Hoseok, nós estamos saindo. Não chegaremos hoje. - Sua mãe avisou-lhe sem muita importância, a mulher não fazia questão de falar com o garoto e muito menos dar-lhe explicações.

Éric não dirigiu a palavra para o loiro nesse tempo, apenas lançava alguns olharem raivosos e maliciosos em sua direção, nada que já não estivesse acostumado.

Mas, um fato era que, não havia apanhado nenhuma vez sequer, e isso era extremamente estranho, vindo do homem, ele esperava outra surra, assim que o Kim fosse embora, mas, não recebeu nada. 

Hoseok escutou a porta de entrada ser fechada e suspirou, relaxando.

Sentia-se bem e protegido quando estava sozinho, irônico? Talvez, mas, entre estar na presença dos pais e não estar, ele preferia que não estivesse nunca mais. 

E pensando melhor agora, que ótimo dia para ir pro inferno! 

Ele foi até o quarto e trocou roupa, colocando algo casual e largo. Se tentaria ir até o inferno, gostaria de estar confortável para isso. 

Ele era louco? Talvez. Ele ainda mantinha-se pensando em como poderia fazer aquilo. Talvez se Taehyung estivesse ali, lhe levaria até o inferno facilmente. 

Em toda sua vida, Hoseok sempre rezou para Deus e acreditava fielmente nos poderes divinos, mas, de um tempo pra cá, isso havia mudado. 

De um tempo pra cá não, depois que beijou o filho do próprio Diabo. Atualmente se interessava por demônios e tudo que envolvesse o inferno. 

Gostaria de aprofundar-se mais no mundo do Kim. 

Uma diferença também fôra notada em sua personalidade depois do beijo, havia ficado mais destemido e com menos medo de tudo. 

Talvez apenas o beijo entre o filho da besta e o loiro tivesse mudado algo, na cabeça do Jung, talvez ele tenha condenado a sua alma para o mal. 

E esse pensamento deixava-lhe feliz, por que ele daria sim, sua alma para o Kim. 

Ele imaginou que talvez alguma bruxa pudesse o ajudar a chegar ao inferno, afinal, elas são seguidores do Diabo não é? Era oque os livros e histórias diziam. 

Nem ao menos sabia se existiam bruxas, esperava que sim. Talvez elas tivessem a reposta que queria. 

Determinado a encontrar uma bruxa, ele lembrou-se da história da floresta, antigamente diziam que uma bruxa antiga e velha vivia rondando a densa floresta, mas é claro que, não passavam de boatos para as crianças não entrarem no local sozinhas. 

Muitas crianças se perdiam por ali, então diziam que as bruxas as pegavam e as cozinhavam. 

Hoseok agora realmente queria existissem bruxas. 

Após uma longa caminhada de sua casa até a floresta, ele havia chegado. 

Respirou fundo e adentrou a floresta escura e um tanto quanto sombria, mas, nada lhe dava medo o suficiente para desistir do que queria. 

Carregava uma frase consigo “Nada pode me dar mais medo, do que o papai.” carregaria ela para sempre. 

Ele observou alguns casais sorridentes, fazendo piqueniques no início da floresta, onde era mais claro e o sol conseguia bater. Era um bom local de lazer, mas, ninguém tinha coragem de adentra-la totalmente. 

Ele deixou de admirar os casais felizes e começou a caminhar para dentro, sentiu um vento gélido bater contra o seu corpo, oque fizerá o mesmo arrepiar-se por inteiro. 

Ao notar envolta, certificou-se de que já estava mais do meio da floresta, já havia andado bastante, e agora o local já era completamente denso e escuro, conseguia ver algumas coisas, mas, o sol já não batia ali. 

Assustou-se quando um pequeno esquilo passou correndo entre suas pernas, olhou para trás, vendo o animal sumir no meio da mata. 

Ele não havia vestido um moletom ou algo que lhe esquentasse, em sua mente no inferno já era quente o suficiente. Oque estava pensando? Iria mesmo tentar ir para o inferno, e o mais bizarro de tudo, estava a procura de uma bruxa para isso.

Então com o vento gélido que fazia-se presente, Hoseok tinha que se virar e esfregar as mãos na jeans clara e rasgada que estava vestindo, algo que se praguejou depois de estar ali, naquele clima. Sua camiseta era de algodão, então esquentava-lhe um pouco. 

Após minutos andando e andando, ele avistou um chalé no meio das árvores, era de madeira, muito bem feito. 

Jung como um bom curioso, caminhou em passos lentos até lá, espiou pela pequena janelinha que era perfeita para o seu tamanho. Ele arregalou os olhos ao notar uma mulher com expressão meiga e chapéu preto no topo da cabeça. 

Aí meu Deus! Era uma bruxa? Então a lenda era verdadeira. Quer dizer, ainda bem que era. 

Ele abaixou-se quando a mulher olhou em sua direção, na direção da janela na verdade, esperava que não tivesse sido descoberto, imagina só virar sopa de bruxa. 

Ele iria falar com ela, afinal estava ali para isso, mas, também estava receoso e com medo, ela era uma bruxa. Poderia lhe matar ou lhe fazer de almoço. 

Aparentemente não havia sido descoberto, pois a mesma voltou a se concentrar no que fazia. 

Hoseok viu quando a ruiva colocou um líquido verde e gosmento no caldeirão, o sorriso dela era tão lindo, nem parecia as bruxas das histórias que o povo contava.  

Ele fechou os olhos e suspirou, teria que ser corajoso, para ir pro inferno, deveria pedir ajuda para ela.  

Esperava que a mesma pudesse lhe ajudar, não sabia outro meio de visitar mundos distintos sem a ajuda de bruxas. 

Jung foi agachado até a porta, bateu rapidamente e foi para trás de um arbusto, temeroso. Assustou-se quando ouviu o ranger da porta se abrindo, a ruiva apareceu ali e arqueou as sobrancelhas, ao não ver ninguém. 

Ela imaginou ser mais um dos pestinhas que lhe perturbavam por ali. Muitas pessoas iam até sua casa, bater na porta e correr, muitos já tentaram tacar pedra na mesma, mas, sempre corriam com medo, e a bruxa sempre se divertia com isso.

Ao notar que a mesma iria fechar a porta, Hoseok foi mais rápido em aparecer ali, não poderia ficar com medo. 

— O-oi ... - A voz baixinha do loiro, fizerá a ruiva voltar os passos que havia andado para trás, para frente novamente. 

Um garoto loiro e baixinho estava ali, com os pés juntinhos e os dedinhos atrás do corpo. 

— Você não devia estar aqui. - A bruxa disse, no momento que iria fechar a porta, foi impedida pelos bracinhos do mesmo. 

— Não por favor, eu preciso da sua ajuda para ir até o inferno. - A fala completamente destemida do loiro, fizerá a bruxa olhar-lhe desacreditada. 

Como? 

— Como sabe que eu sei como ir até o inferno? - perguntou e Jung sorriu. 

Então ela sabia. 

— Você é uma bruxa oras! - pontuou o óbvio e a ruiva cruzou os braços para o baixinho. 

Por que ele iria querer ir até o inferno? 

— E por que acha que eu o ajudaria? - riu da expressão frustada do garoto. 

— Por... por que... - Ele respirou fundo e apontou para a mais alta bicudo. Era uma cena fofa. — Oh moça me ajuda por favor, eu quero visitar o Tae-tae. - O loiro estava certo do que queria. 

— Ah entendi, um parente seu foi pro inferno e agora você quer visita-lo - A bruxa caiu na gargalhada, achando cômico, se não fosse trágico. 

Hoseok não estava achando graça, só queria ir logo até o inferno atrás do Kim. 

Era tão difícil entender? 

Que parente oque, ele iria visitar o filho do Diabo mesmo.

— Dona bruxa, você pode me ajudar sim ou não? - perguntou cansado e a mulher examinou-lhe. 

Aparentemente o garoto havia vindo até ali determinado nisso, para caminhar toda a floresta e lhe encontrar ali. O pensando fizerá a ruiva amolecer e revirar os olhos, e além do mais, o garoto não parecia um dos pestinhas que lhe perturbavam, ao contrário, parceria ser alguém bondoso e meigo. 

— Tudo bem baixinho, eu te ajudo. - Hoseok sorriu ainda desacreditado. 

— Sério mesmo? - perguntou e ela assentiu ainda incerta. — Eu vou poder visitar o Taehyung! 

— Entra. 

Ainda receoso, Jung adentrou o chalé, ali dentro não estava frio, pelo contrário, estava até muito bem aquecido, a ruiva deveria usar aquecedores pelo frio que a floresta fazia.

— Primeiro de tudo, qual seu nome? - ela perguntou. 

— Jung hoseok e o seu? - respondeu sem exitar. 

— Merida, sou uma bruxa do fogo. - Hoseok observou a ruiva pegar algumas ervas nas prateleiras e alguns frascos com líquidos dentro.

Acho que deveriam ser as famosas poções. 

— Você quer mesmo ir até o inferno? Sabe lá não é um ponto turístico, mas, creio que se quer ir mesmo, conseguirá. 

— Eu quero! 

— Certo. Segure esse frasco aqui, por favor. - Merida entregou o vidrinho para o loiro e o mesmo fez oque fôra pedido. 

— Como eu vou ir até o inferno? 

— Espere, não seja tão apressado garoto. - Jung suspirou e assentiu, a bruxa já estava lhe ajudando e nem ao menos pediu algo em troca. 

Talvez as bruxas não sejam ruins como nas histórias. 

— Posso te perguntar uma coisa? - ele disse e a ruiva assentiu. — Você mata pessoas e depois come elas? - eram perguntas imprudentes e constrangedoras, mas, não podia ficar curioso quanto aquilo. 

Merida riu negando. — Isso é nojento, não acha? - perguntou e Hoseok assentiu. — Essas são histórias que o povo inventa, bruxas não comem pessoas e nem colocam elas no caldeirão, única coisa que fazemos é preservar o meio ambiente e cuidar dos animais. — a ruiva sorriu meiga e o loiro pode ver verdade nas palavras alheias. — E nas horas vagas ajudo baixinhos a irem até o inferno.

A fala da mulher, fizerá o Jung rir, mas, logo recompôs-se pelo “baixinho” na frase. Ele não era tanto! 

— Vuala! eu acabei aqui. Você só vai precisar beber essa poção e dizer algumas palavras que lhe guiarei. - entregou outro frasco de vidro para o loiro e pegou o outro que estava em sua mão. — Quer mesmo fazer isso? 

Hoseok olhou para a bruxa e depois para a poção. Sorriu. 

— Eu quero sim. - bebeu o líquido, não deixando nada no frasco. 

A bruxa pegou um livro e começou a ditar as palavras que ele deveria repetir várias vezes logo em seguida. 

Hoseok fechou os olhos e sorriu, ele conseguiu. 

“Infernum me apertis armis”

“Infernum me apertis armis”

“Infernum me apertis armis”

“Infernum me apertis armis”

“Infernum me apertis armis”

“Infernum me apertis armis”

“Infernum me apertis armis

E tudo ficou escuro. 



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