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História Apaixonada pelo Chapeleiro - Ousada


Escrita por: Pisis

Notas do Autor


Um capítulo maior para compensar a demora para postar, serve?

Boa leitura 📃📃

Capítulo 3 - Ousada


Chalice 3

 

Chegou ao ponto de nossas asas se tocarem. Comemos e conversamos banalidades sobre as novidades que aconteceram enquanto eu estive fora.

 

A cada história ríamos e nos animávamos mais, como se estivéssemos ficando embriagados com a presença um do outro.

 

Não tardou até a lua surgir e se impor no céu, curiosamente ela estava idêntica ao sorriso daquele gato listrado travesso. Me senti observada por ele.

 

O frio ainda me assolava então resolvi me encostar no Chapeleiro. Senti que seu corpo ficou tenso quando eu fiz isso.

 

-Ora Chapeleiro, porque ficou tão tenso? - ele não respondeu nada e pior, começou a rir descontroladamente.

 

Então, ele passou seu braço ao redor do meu corpo me aconchegando ainda mais em seu corpo.

 

-Quer entrar na minha casa já para repousar?- sem vergonha, mudou de assunto! Mas ele vai ver, terá troco.

 

-De onde eu venho as pessoas comentam bastante quando uma garo...digo… mulher da minha idade dorme na casa de um rapaz, ainda mais se ele for solteiro. - Disse levantando minha cabeça para mirá-lo nos olhos.

 

-Por qui também, achei que fofoca era uma maluquice tão grande que só teria por aqui. - ele disse e veio me olhar, mas nossos rostos estávamos muito próximos devido a posição em que nos encontrávamos e não pude evitar de corar violentamente.

 

Nunca me aproximei tanto assim de um rapaz, e, mesmo que me aproxima-se, duvido que estaria do jeito que o chapeleiro me deixou. Meu coração está à mil.

 

-Por que está tão vermelha Alice? -disse e tocou minhas bochechas- e seu rosto está quente também…

 

Droga, ele percebeu. Enfim, vou fazer igual ele fez antes. Ignorar a pergunta e mudar de assunto.

 

-Vamos indo já para a sua casa - disse levantando-me.

 

-Sim, talvez lá tenhamos mais privacidade, certo Cheshire?- passei meus olhos por todo canto em busca do gato risonho e percebi que ele estava sobre uma pequena árvore no topo da colina.

 

-Só estava vendo se você não tentava nada com a Alice…- disse desaparecendo e logo depois ressurgindo em cima da toalha xadrez do piquenique.

 

-Acredita que deixarei de cortejá-la graças a sua presença? Está enganado. - disse ajeitando seu chapéu.

 

Espera! O que foi que ele disse? Que está me cortejando?

 

Bem, não é como se eu não quisesse que ele me cortejasse, mas ele dizer assim, abertamente para Cheshire me deixou encabulada. Mas se é isso o que ele quer, isso ele terá. Esse jogo é pra dois.

 

-Velho amigo risonho, pois deixe que nos cortejemos em paz. Quer dizer, deixa queto, só que agora vamos terminar o que começamos lá na casa do Chapeleiro. -enquanto eu disse isso eu e o do Chapéu já estávamos de pé, então foi fácil pegar em suas mãos e dizer o feitiço para voltarmos para a mesa de chá.

 

A ventania veio junto com o olhar de indignação do risonho o que me fez rir um pouco. Em seguida, quando meus olhos se encontraram com os do homem a minha frente ele desviou o olhar rapidamente. Será que não gostou do que eu disse?

 

Chegamos ao meu local preferido do país inteiro. A famosa mesa de chá. Não pude deixar de notar que mesmo que tenhamos passado o dia todo fora nada mudou nela e o chá permanecia quente.

 

-Sumir! - ele gritou do nada, mas logo entendi o porquê. Nossas asas sumiram alguns instantes depois.

 

-Estou com muito frio - pensei baixo comigo mesma.

 

-Venha, eu te empresto algumas roupas… - disse e foi sorridente e  saltitante para dentro de sua casa. Assim que ele entrou a porta se fechou. Fiquei com certo receio de tocar a maçaneta, afinal estou no meio de infinitas maravilhas e não tinha como ser diferente quando se trata desse cara maluco e sua casa.

 

-Você não pode entrar nesta casa, a única pessoa que pode é a…- a porta começou a falar e parou assim que me viu.

 

-Não posso entrar? -perguntei tentando não irritá-la, vai saber se ela é temperamental e no fim eu tenho que ficar aqui nesse frio.

 

-Pode não, você deve. Não esperava que quisesse entrar tão cedo. Não sabe o que lhe aguarda lá dentro…- a porta disse e se abriu logo em seguida.

 

Entrei na casa e vi que o Chapeleiro sem chapéu e sem camisa estendendo um lençol no sofá. Olhei ao redor e a casa toda era extremamente: normal.

 

Esse era o segredo da casa dele. Tudo era tão maluco por aqui que mais maluco ainda era ser normal. Por isso que ele gosta de conversar comigo.

 

-Gosta do que vê? -perguntou exibido mostrando seu tanquinho- Hahaha, só pra você Alice.

 

-Nossa, adorei, hahaha. - brincamos, mas é como dizem toda brincadeira tem seu fundo de verdade.

 

-Ainda estou com frio…- ele me olhou confuso, por estar sem camisa acredito que ele esteja com calor.

 

-Venha, vou lhe mostrar o meu quarto, você dormirá nele. Se quiser já pode entra debaixo das cobertas e eu te levo um chá. Que tal? - disse se animando ao falar do chá.

 

Quer saber, parando pra pensar, não tem porque eu não fazer as coisas avançarem, tá na cara que ele também quer isso mas está com receio e morrendo de vergonha. Chega disso. É agora ou nunca.

 

Enquanto eu pensava isso chegamos ao quarto, ele tinha uma cama de casal com lençóis amarelos e travesseiros um azul e um laranja. Bem típico do Chapeleiro esse monte de cores.

 

-Você não me respondeu se vai querer o chá pra se aquecer. -Ele disse se encostando na parede.

 

-Não vou querer não, muito obrigada. Só que eu ficaria feliz em trocar estas roupas…

 

-Quer alguma minha? Deixe-me ver.- virou-se para o guarda roupas e tirou de lá uma camisa branca de tecido super leve e macio.

 

-Serve?- perguntou.

 

-Sim. - peguei das mãos dele e apoiei na cama.

 

Ele se moveu até uma cômoda e pareceu procurar alguma calça que fosse pequena para caber em mim.

 

Resolvi ignorar sua presença já que ele estava concentrado procurando as roupas e tirei o meu vestido para me trocar.

 

Assim que terminei de tirar ele se virou. Por que eu tinha tido a grande ideia de ficar só de roupas íntimas justo agora?

 

-Eu … Eu… Quer que eu saia para se trocar? - disse olhando para cada centímetro do meu corpo e eu devia estar com rosto igual a um tomate uma hora dessas.

 

-Não, não precisa. -respondi firme.

 

-Certo, bem, não achei nenhuma calça que pudesse caber em você, o ruim é que você está com frio…

 

-Tem outras formas de aquecer o corpo…- eu disse, quando é que eu fiquei tão ousada?

 

-Sim, trarei cobertores…- disse com um sorriso de canto, que sinalizava que ele entendeu o que eu quis dizer mas fingiu não notar.

 

-Não!

 

-Não?- perguntou virando-se para mim.

 

-Não vá buscar os cobertores, fique aqui comigo… - fui até ele e o encostei na parede- vamos brincar de alguma coisa que deixe o corpo quente- disse.

 

-Você está me deixando maluco… -ele sussurrou no meu ouvido direito me fazendo me arrepiar toda.

 

-Achei que já fosse.

 

-Você me deixa mais! -disse me pegando no colo.

 

-Nessa hora achei que estávamos avançando muito rápido e quis voltar atrás, mas se eu provoquei agora tenho que aguentar.

 

-Meus lábios se aproximaram dos dele, mas infelizmente...

 


Notas Finais


Quem leu deixa um "Olá" nos comentários :)

Beijos 😘😘


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