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História Apartment 327 - Capitulo 12 - Terapia do Amor


Escrita por: sslaurenj

Notas do Autor


Eu nem mencionei antes mas essa é a minha primeira fic e estou me animando cada vez mais com ela e tenho varias ideias para outras. Este capitulo está bem mais pessoal Camila espero que entendam a confusão. Enfim vamos ao que importa. Enjoy!

Capítulo 12 - Capitulo 12 - Terapia do Amor


Fanfic / Fanfiction Apartment 327 - Capitulo 12 - Terapia do Amor

‘’And all I've seen since eighteen hours ago Is green eyes and freckles and your smile In the back of my mind making me feel like I just want to know you better’’

(E tudo que eu vejo há 18 horas são olhos verdes, sardas e seu sorriso na minha memória, me fazendo sentir que eu só quero te conhecer melhor)

                                                                                                          Everything Has Changed - Taylor Swift feat Ed Sheeran

Camila

Acordei com o som de risadas altas vindo da cozinha até ia reclamar mas olhei para o despertador e agradeci mentalmente pois já estava na hora de levantar mesmo. Eu estava extremamente  sonolenta por causa da poucas horas de sono então me arrumei como se estivesse no automático, segui para cozinha e encontrei as causadoras dos risos. Ally, Dinah e Normani estavam espalhadas pela cozinha conversando alto e tomando café da manhã enquanto Lauren estava perto da bancada tomando seu suco, encarei minhas amigas e dei um leve aceno de bom dia que foi correspondido e logo continuaram a conversar sobre algo que eu não fazia a mínima idéia do que era e eu estava tão sonolenta que nem fiz questão de saber. Caminhei em direção a Lauren ficando em sua frente e dei um leve beijo em seus lábios em forma de bom dia. 

- Eu fiz sua vitamina de banana.

- Obrigada. – ela me estendeu o copo – Por que não me acordou assim que levantou?

- As meninas chegaram e como estava muito cedo esperei um pouco para te acordar mas quando fui escutei o barulho do chuveiro, então resolvi fazer sua vitamina enquanto você estava tomando banho. 

- Eu acordei com a risada de vocês. – encostei minha cabeça em seu ombro e senti sua mão acariciando meu cabelo – Eu estou com tanto sono, pior que de tarde ainda tenho que ir ver meus pais nem vou conseguir repor o sono.

- Deixa para ir de noite. – volto a encara-la e ela continua fazendo carinho em meu cabelo – Assim eu te levo até lá, já que de tarde tenho que ficar na faculdade por causa de um trabalho. 

Nossa conversa foi interrompida por um barulho de colher caindo no chão foi então que reparei que não existia mais vozes altas, virei meu corpo e olhei para minhas amigas que agora estavam nos olhando com a boca aberta com cara de choque. Dinah nem ao menos continuou a mastigar seu pão.

- Que foi gente?

- Vocês... – normani falou gesticulando – Só tem a gente aqui.

- Eu sei, mas o que tem? 

- Vocês se beijaram e conversaram como um casal.

Foi então que me toquei o porque delas estarem espantadas, eu beijei Lauren, mas foi tudo tão no automático que nem percebi e pela cara dela aconteceu o mesmo com ela. Nós duas já estávamos acostumadas com a rotina com os meus pais aqui que nem ao menos percebemos que agora não era mais necessário parecer um casal, não precisaríamos mais se beijar e falar coisas do tipo que um casal falaria. Mas nós fizemos e falamos. 

- É costume. – lauren responde e se afasta de mim- Quando os pais dela estavam aqui era o que fazíamos, fingir, então  acostumamos. 

- Ally, eu quero mudar minha aposta. – dinah fala mas olhando diretamente para mim e lauren parecendo nos analisar – Coloca menos de um mês.

- Ah nem vem Dinah não vou trocar nada. 

- Que aposta é essa que vocês estão falando? – perguntei e nenhumas das três garotas responderam apenas ficaram olhando uma para outra – Meninas?

- É coisa besta Mila, sobre jogo. – ally responde mas claramente estava mentindo – Nós já vamos indo, até mais tarde pombinhas. 

- Exato! Já vamos. – normani grita e chega perto da lauren a abraçando - Lauren obrigada pelo café da manhã eu não sei como sobreviveria sem a comida de vocês, naquele apartamento nem barata sobrevive.

- Quem ver até pensa que morre de fome Normani. – dinah comenta com os braços cruzados. – Se não tem comida é porque ninguém compra. 

- E não é para morrer? Ally nem come em casa direito vive na casa do namorado, você vive aqui na casa das sapatas não sapatas e das outras lá sapatas assumidas, e eu?

- Ai parem de drama e vamos logo. – ally segura o braço da normani com uma mão e com a outra o da dinah guiando elas ate a saída mas antes de saírem consegui escutar ela comentando – Quem ver assim eu no meio de vocês de mãos dadas até pensa que eu sou filha de vocês, olha o meu tamanho. 

(....)

Chegou de tarde e eu fui encontrar meus pais no famoso acampamento protestante deles. Para vocês imaginarem melhor como é vamos pensar nos protestos que aconteceram no Brasil, todo aquele povo com cartazes de um lado verde e amarelo e do outro lado  vermelho. Imaginaram? Conseguiram agora? Então, não tem nada a ver com isso, mas o carnaval que parecia aquilo sim pode ter a ver. Quando cheguei no Central Park logo avistei alguns carros de policia parado mas que não indicavam que iam reagir parecia que era mais somente por segurança mesmo, fui caminhando ate encontrar barracas montadas, uma bandeira gigante escrita ‘’Protestantes Real Situação’’ e pessoas bebendo não pareciam revoltadas e sim felizes. Para quem é de fora ao ver aquilo não ia pensar que é um protesto e sim o festival do Lollapalooza.

Fui passando entre as pessoas em busca dos meus pais, eu estava preocupada com eles mas eu sabia que aquela não era a primeira e nem a ultima vez que veria eles no meio de algo assim. E minha cabeça explodia e não somente por isso, dessa vez eu sentia que precisava de conselhos sobre coisas  que eu mal conseguia formular na minha própria cabeça e não podia ser de qualquer pessoa, teria que ser de alguém que realmente me fizesse pensar e que não me dissesse palavras por falar, e para ser mais especifica eu precisava mesmo era dos conselhos do bom casal Cabello. Mas como eu diria para eles isso sem depois ser bombardeada de perguntas?

- Até que fim achei vocês! – avistei os dois sentados na grama em frente a uma barraca – Vim me certificar que os dois ainda não foram presos. 

- Filha que bom que veio. – meu pai veio me abraçando e me puxou para sentar no chão com ele, minha mãe segurou minha mão – Está tudo bem? E Lauren onde está?

- Está sim tudo bem... Lauren esta estudando ainda. Mas e vocês o que já aprontaram?

- Como sempre nada! – minha mãe afirmou – Está tudo tranqüilo, até agora a policia não interferiu em nada.

- Até agora porque mais tarde certeza não é? – suspirei e olhei seria para os dois – Por que vocês não voltam para casa e deixam essa loucura? Eu não sei se vocês se lembram mas vocês tem outra filha, esqueceram da Sofia? Ela precisa de vocês. 

- Sofia está bem, até parece que você não conhece sua irmã. Ela tem 16 anos, mas é bem madura e está cuidado bem da nossa loja com a sua tia, sem contar que ela com certeza deve está se divertindo naqueles luau de adolescentes. -  sinu comenta pensativa e depois alerta o marido – Ale, quando voltamos temos que pedir para Sof nos levar para esse negocio parece ser bem interessante agora. 

- Ela não vai querer mulher, sabe que os jovens de hoje em dia não gostam dos pais perto não ver essa aqui? – aponto pra mim  – virou lésbica e praticamente casou, e nem nos avisou. 

- Verdade, Camila nem nos avisou que virou lésbica, jurava que essa menina ia casar com homem. – eu apenas observa os dois que conversavam e parecia que haviam esquecido da minha presença - Desde pequena ficava com isso de namoradinhos, cheguei até pensar que ela só me deu aquele trabalho de parto cesariana para não sair de uma vagina. E veja só hoje em dia, deve adorar a da Lauren.

- Como é que é?! – arregalei os olhos – Parem de falar essas coisas eu sou a filha de vocês. 

- O que tem? Você já é adulta não é segredo falar de sexo. 

Minha mãe comentou e depois me olhou longos segundos com aquele olhar dela, aquele olhar dela que eu conhecia bem, aquele que lá vem mais perguntas e mais constrangimentos. 

- Camila, como é sua vida sexual com a Lauren?

- Mãe, nem começa eu não vou falar com vocês sobre a minha vida sexual. – me levantei e encarei os dois – Eu já vou indo antes de vocês começarem a perguntar o que não deve mais ainda.

- Não filha fica mais um pouco. – meu pai se levantou e segurou meu braço – A gente não vai perguntar nada, na verdade eu e sua mãe já havíamos conversado antes sobre isso antes.

- O que?! – perguntei espantada – Como assim vocês já conversaram sobre isso?

- Quando ficamos no seu apartamento percebemos algumas coisas... – minha mãe se levanta e fica na minha frente falando calma – Percebemos que seu relacionamento com a Lauren não está muito bem... Vocês às vezes agiam estranho, uma hora parecia um casal outra duas estranhas. Então chegamos a conclusão que isso deve ser por causa do sexo, vários casais ficam assim inclusive eu e o seu pai já passamos por isso.

- Ai não mãe me poupe. Principalmente dos detalhes da vida sexual de vocês! – mexi no cabelo já estressada com o rumo daquela conversa – Vocês não tem que ficar conversando sobre isso até parece que não tem mais o que fazer!

- Hija fica calma. – minha mãe segura meu rosto e fala tranqüilamente – Você está estressada e isso é devido esta crise. É bom conversar com o parceiro sobre isso vocês agora estão juntas, mas pode ser que não se sintam como antes, ás vezes nós mudamos e acontece conflitos internos e nem percebemos que isso reflete no relacionamento. Mas eu já sei como podemos ajudar vocês. – ela sorriu e olhou para meu pai que a encorajou a falar – Aqui no acampamento tem um rapaz que ela ajuda os casais a controlar suas emoções, é como uma terapia de casal só que ao ar livre, de noite ele vai se juntar com vários casais para ensina-los a relaxar e resgatar o amor do casal. Você e Lauren devem ir!

- Nem fudendo! – me afastei dela bruscamente – Nem pensar! Isso é ridículo não precisamos de terapia nenhuma. 

- Ridículo é eu passar dias na casa da minha filha e ter que encostar a orelha na parede para saber se a vida sexual dela está ativa. – arregalei olhos com a confissão dela -Vocês duas são novas deveriam está soltando fogos. 

- Pensa bem filha, para não se sentirem com tanta vergonha tragam suas outras amigas aquelas que namoram... 

Não esperei nem meu pai terminar de falar dei meia volta e segui para longe deles, certamente meus pais não bate bem da cabeça, já é constrangedor demais falar com pais sobre sexo e eles ainda te dando conselhos para você fazer é pior ainda! Mas pensando bem sobre a conversa deles até que minha mãe acabou falando coisas que eu realmente precisava ouvir, conflitos internos. Era isso que eu sentia. Só que seguindo seu conselho eu deveria falar com a Lauren então, mas no conselho dela a Lauren é minha parceira e na real ela não é minha parceira, mas isso de uma certa forma tem a ver com ela. Confuso não? Muito.

Agora vocês querem saber sobre o conselho em ir na terapia de casal, pois bem, mas é claro que eu não ia. Foi assim que pensei durante o caminho de volta para casa, mas então cheguei no apartamento e encarei Lauren na minha frente e pensei bem que esse afirmativo de claro não estava tão claro na minha mente. 

- Eu não acredito que você fez a gente vim para uma terapia de casal no meio do Central Park ao lado de um bando de hippie que deveriam está protestando, mas não, estão sentados esperando uma aula sobre relacionamento. 

Lauren estava emburrada e o motivo já deve está claro para vocês. Contei para ela o que meus pais disse e a convenci que teríamos que ir na terapia de casal para não levantar mais suspeitas deles, contei também que deveríamos levar Vero e Lucy e as duas aceitaram na hora em ir. E agora estava nos quatros paradas encarando as pessoas se sentando na grama esperando o tal ‘’professor do amor’’.

- Ah qual é Lauren vai ser divertido. – vero comenta entusiasmada – Eu e Lucy nunca participamos de algo assim e pelo o que estou vendo vamos gostar, não é amor?

- Claro! – lucy segura seu rosto e a beija de leve – Relaxa Laur ninguém vai morrer. 

- Se a policia não resolver acabar com o ''protesto''... – lauren murmura baixo e se vira para mim – E cadê esse professor? Sua mãe ao menos disse o nome dele depois que você ligou para ela confirmando que íamos?

- Ela disse que o nome dele é Austinho.

- Então vocês duas são Camila e Lauren!

Um rapaz exclamou parando em nossa frente e todas as pessoas que estavam sentadas se levantaram. Era o tal de Austinho. Aparentemente ele não parecia ter mais de 20 anos, usava uma calça colada e uma blusa leve,  exibia um sorriso tão alegre que chegava incomodar, o cabelo tinha mais chapinha que o meu e das outras três garotas presente ali. Certamente é gay.

- Como sabe que somos nós duas? – lauren franze a testa e aponta para as amigas  – Poderia ser elas. 

- Por que um casal que realmente precisa da minha ajuda não chegaria aqui de mãos dadas – seguiu o olhar para as mãos entrelaçadas das garotas e voltou a nos olhar – Já vocês duas... - ergueu uma sobrancelha - Enfim, vamos começar! – bate palmas e as pessoas voltam a se sentar na grama – Vocês quatro sentem-se também, mas bem aqui na frente. 

Nós quatro nos olhamos em silencio como forma de entendimento e fomos nos sentar, olhei em volta os casais não tiravam os olhos do tal professor estavam em uma total concentração aquilo estava mais parecendo robôs. Então foquei minha visão em Vero e Lucy  que aparentavam bastante animação por estarem ali e olhando bem as duas me fez pensar que de todas as pessoas presentes elas sem duvidas eram as que menos precisavam de conselhos para o relacionamento, só de ver os olhos de Vero olhando para Lucy é obvio que muito amor existia na garota, e Lucy seu sorriso sempre é destaque quando o motivo dele é a sua namorada. Pensando assim me fez até ficar com uma pontada de inveja porque ninguém nunca me olhou da mesma forma que as duas olhavam uma para a outra, ninguém nunca demonstrou que eu sou o motivo de seu maior sorriso. E ao voltar minha atenção percebi que Lauren me olhava como se estivesse já um tempo me observando, logo ela abriu um pequeno sorriso amarelo por eu ter percebido sua distração em meu rosto. 

- Ok meninas agora é a vez de vocês!

Nossa vez? Fiquei tanto tempo pensando que não percebi  que ele já tinha começado a tal da terapia do amor, Lauren pareceu também confusa. Austinho ficou nos olhando com expectativas e nos duas não dizíamos nada então ele bufou percebendo a confusão em nossos rostos e explicou.

- Vocês vão sentar de frente uma para outra de mãos dadas e vão dizer defeitos e qualidades. Pode ser coisas até do corpo ou manias, o que for, mas que sejam sincera uma com a outra.  Vão começar com um ‘’eu odeio’’ e em seguida ‘’eu amo’’ e assim sucessivamente.

 Sentei de frente para a Lauren e ela me deu as mãos para segurar, as pessoas agora estavam concentradas em nos duas e isso me rendeu um certo nervosismos mas como sei que Lauren não seria a primeira a falar então fui logo contando. 

- Hum.. Defeito então né... Eu odeio o quanto você grossa. 

- Eu odeio seu toc de organização. – levantei a sobrancelha – Ah qual é você é bem chatinha com isso. 

- Ok... Eu amo quando você faz o que eu peço. – ela fez cara de tédio – É importante!

- Eu amo quando você me faz rir fazendo suas palhaçadas. 

- Eu odeio quando eu to falando algo e você não tira os olhos do celular ou da televisão.

- Eu odeio quando você acha que tudo que eu faço é para te irritar.

- Eu amo seu estilo, principalmente quando você usa touca.

- Eu amo quando você anda pela casa de pijama com meias de banana.

- Eu odeio quando sinto que você quer me falar algo mas não fala.

- Eu odeio seu jeito curioso.

- Eu amo seus olhos...

- Eu amo te olhar...

- Eu odeio quando digo algo e você troca de assunto.

- Eu odeio seu jeito tagarela

– Eu amo sua voz rouca...

- E eu definitivamente amo seu sorriso... 

 Lauren não sabe, mas todos esses itens que ela falou era algo que eu precisava escutar e até mesmo o ‘’eu odeio’’, todos eles vindo da boca dela foi como se tivesse mais sabor. Eu já mencionei que minha cabeça estava a mil e sim estava a mil, eu tentei correr atrás de alguém que me dissesse algo para fazer ela parar e eu consegui, ou melhor, Lauren conseguiu. Durante aqueles minutos de ‘’eu odeio’’ e ‘’eu amo’’ eu olhava atentamente para ela em minha frente e era como se não existissem mais pessoas ao redor era só eu e ela, eu a escutava e minha mente trabalhava em recriar situações nossas que se encaixava em cada item. 

Por um tempo eu quis conhecer a Lauren melhor, mesmo não querendo admitir ela por algum motivo sempre me chamou atenção.

Lauren era como alguém estranho que eu vi passar na rua mas diferente das outras pessoas que passaria por ali segundos depois, meus olhos a seguiria. Eu a notaria.


Notas Finais


Espero que não tenham se confundindo quem é quem nesse ultimo dialogo pq sinceramente até eu escrevendo confundi '-' mas tive que deixar desse modo mesmo. Até a proxima louquitos ;)


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