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História Apenas me toque com suas mãos - noren - Eighteen


Escrita por: eyesmiledojeno

Notas do Autor


oi, amores ❤️❤️<br /><br />voltei!! faz um tempo que não entro realmente aqui, então mais tarde respondo os comentários do capítulo anterior.<br /><br />enfim, boa leitura ❤️

Capítulo 20 - Eighteen


Fanfic / Fanfiction Apenas me toque com suas mãos - noren - Eighteen

CHAPTER 18, COFFEE 


O garoto caminha pensativo pela sessão de comidas congeladas. Com uma cesta esverdeada em mãos, ele olha as opções a sua frente, questionando a si mesmo quantos anos mais ele teria de vida comendo aquele tipo de café da manhã todos os dias.

Quando termina por pegar uma porção apimentada – o sua predileta -, ele a coloca na cesta junto a garrafa de leite, macarrão instantâneo e alguns salgadinhos que enchiam a mesma por completo. Dando fim a suas compras, ele se dirige ao caixa com a carteira em mãos, rapidamente paga por tudo e então sai da loja com três pequenas sacolas.

Absorto em seus pensamentos, Jeno volta o caminho inteiro para sua casa completamente distraído, expirando ora ou outra quando a mesma impertinente e desagradável lembrança voltava a mente.

Ao aproximar-se de sua casa, observa logo a frente um garoto de estatura média e lindos cabelos castanhos virado costas para ele, a mochila denunciando que provavelmente havia saído direto do colégio para visitá-lo. Com aquele pensamento, inevitavelmente um sorriso bobo estende-se em seu rosto.

─ Hyung! ─ Grita aproximando-se ainda mais.

Ouvindo seu nome ser chamado de repente, Renjun vira-se de imediato com uma expressão de surpresa. A verdade é que já faziam vários minutos que estava ali de pé, parado, encarando a porta logo a frente sem qualquer coragem em tocar a campainha.

─ Oi. ─ Observa o mais novo vestido de moletom e com os cabelos levemente molhados. ─ Onde estava?

─ Na loja de conveniência aqui perto. ─ Ele estende as sacolas que segura. ─ Café da manhã?

________________________noren________________

No próximo minuto, os dois se encontram na cozinha de Jeno. Ele que fazia café, aproveitava o momento para olhar de soslaio o garoto sentado na mesa.

Renjun por outro lado, tinha os olhos presos na cozinha que o cercava. O local todo em coloração esbranquiçada, tinha provavelmente o tamanho de sua sala e quarto juntos.

Sua atenção finalmente volta quando o outro coloca uma xícara logo a sua frente.

─ Leite? ─ Oferece sentando-se na outra cadeira.

─ Não precisa, obrigado. 

Ele pega a bebida e instantaneamente dá um gole na mesma. Arrependendo-se em seguida:

─ Droga! ─ Fala alto com uma leve expressão de dor enquanto leva a mão até a boca. ─ Caramba, isso tá' muito quente.

─ Você deveria esfriar um pouco, não? É o normal a se fazer. ─ Mesmo sem intenção alguma de caçoar o outro, ele sorri.

Vendo o garoto esfregar levemente os lábios que agora estavam ainda mais avermelhados por conta da pequena queimadura, ele estende o braço e pega o seu copo. Depois o leva até perto de si, começando a esfriar o líquido.

─ Eu também sei fazer isso. ─ Fala com a voz embargada em birra.

─ Eu sei que sabe. Mas me deixe fazer por você dessa vez. ─ O olha rapidamente e volta a atenção ao objeto em suas mãos. 

Ao lançar o olhar mais uma vez para o mais velho, Jeno se sente levemente incomodado quando nota que Renjun não havia dado um único sorriso desde o momento em que se viram. Não que ele fosse uma pessoa de estar constantemente sorrindo, mas é que sua primeira reação a vê-lo foi dar um.

Aparentando adivinhar o questionamento em seu olhar, o chinês fala:

─ Jeno? ─ Seu tom é baixo, porém firme. ─ Qual é, você sabe que não vim aqui para tomar café com você. ─ Mesmo que estivesse negando a si mesmo até aquele momento, Jeno acena positivamente. ─ Não é agora que você explica seu desaparecimento repentino?

─ Eu não desapareci, hyung. ─ Responde em um suspiro, estendendo a xícara para devolve-lo.

Quando o outro não pega o oferecido, ele coloca na mesa.

─ Engraçado você dizer isso, sabe? Porque eu te procurei durante os últimos dois dias inteiros e não te achei. ─ Seu tom não era ríspido ou irônico. Aparentava ser o simples tom de uma pessoa sentindo-se magoada.

─ É, eu precisava de um tempo.

─ De mim?

─ De todos. ─ Fala rápido, arrependendo-se em seguida quando Renjun muda sua expressão. ─ Poxa, hyung. Eu me sinto envergonhado, ok? Eu sou a droga do capitão do time e perdi a jogada que nos levaria a vitória do jogo. Sabe como isso é embaraçoso?

─ Não, definitivamente não sei. ─ Diz honestamente.

─ Pois é muito embaraçoso, hyung. ─ Sua voz aumenta um tom. Ele se levanta e para atrás de sua cadeira, colocando as duas mãos apoiadas na parte de cima da mesma. ─ A responsabilidade de ser capitão, de dar o seu melhor... de ser o melhor.

─ Perder um jogo não te faz um capitão ruim, Jeno. ─ O chinês o fala como se estivesse o contando o óbvio. Da mesma forma que uma pessoa conta a um fumante que aquilo irá matá-lo um dia. ─ Você não é perfeito e ninguém espera que seja.

Jeno expira fundo, quando volta a falar, não percebe sua mente tomar controle total de sua boca.

─ Tá´falando sério, hyung? ─ Ele pausa durante um segundo, coloca um sorriso sarcástico no rosto e continua o que para ele também é o óbvio:  ─ Por acaso já me olhou direito? Não percebe que é assim que tenho que ser? Que tenho que fazer o possível para ser perfeito? Para agradar? ─ Novamente uma rápida pausa para suas perguntas retóricas. ─ Eu estou completamente longe de ser ao menos metade perfeito. Mas não posso deixar de fingir ser.

O olhar que sentiu vir de Renjun, o fez querer esconder-se. Sentia que o mais velho podia ver através de si a partir daquele momento, que ali ele estava sem sua habitual máscara. 

A velha fachada que o ajudou por anos, havia desabado em um único minuto.

Enquanto ambos absorviam o que haviam dito e escutado, um breve silêncio instalou-se.

─ Não me importa quem você tem que ser, Jeno. Não foi por essa droga de título de capitão que eu sai com você. Muito menos por todas as coisas superficiais que faz.

─ Então o que te fez sair comigo, hyung? ─ Questionou sabendo que não tinha qualquer direito de o fazer.

Os lábios de Renjun movem-se brevemente, mas as palavras que saem não chegam até ele.

Mentalmente cansado, o mais novo volta a se sentar, passa fortemente as mãos pelo rosto e então volta a falar:

─ Olha, desculpa não ter mandado mensagem. Não achei que precisasse. ─ Levanta a cabeça para olhá-lo nos olhos. ─ Eu queria ficar um pouco sozinho.

Mais uma vez o semblante de Renjun muda, desta vez, o coreano não consegue interpretá-la.

─ E não precisava mesmo. ─ Ele abre um sorriso que não é refletido em seus olhos. ─ Eu só fiquei um pouco preocupado. Afinal estávamos nos falando todos os dias e de repente você parou de responder. 

Aquela era a primeira vez que o via sorrir naquele dia. Parecia doer fisicamente que seu sorriso não aparentava ser minimamente verdadeiro.

─ Hyung...

─ Bom, eu vou indo. ─ Informa já pegando a mochila que estava no chão recostado na cadeira ao seu lado. ─ Talvez eu ainda consiga pegar a última aula caso me apresse. 

Sem esperar por qualquer resposta, ele se levanta tomando o mesmo caminho que o levou até a cozinha. O coreano o segue logo atrás, pensativo.

Quando em frente a porta, os dois ficam frente a frente para se despedirem. Jeno, devagar e sorrateiramente, procura pela mão da pessoa a sua frente. Ao achar, ele brinca com os dedos entrelaçados no seu, aproxima-se significantemente do garoto e acaricia sua bochecha com a outra mão livre.

Era a sua tentativa de pedir permissão para beijá-lo.

Recebendo um leve aperto em seus dedos, ele inclina-se e vagarosamente pressiona a macia boca de seu hyung.

Droga, como sentia falta daqueles lábios.

O garoto não pretendia estender o beijo por muito tempo, a conversa que tiveram não havia sido das melhores e aquilo bastava para que se segurasse. Mas quando sentiu a mão do chinês soltá-lo e seus braços estenderem-se até sua nuca, ele não privou-se mais. Pediu um breve consenso e ao ser permitido, livrou-se também da saudade que havia sentido daquela prazerosa e quente sensação que era a boca do chinês.

Quando já lhe faltava ar, afastou-se relutante do garoto.

Ambos suspiram alto e o mais velho fala:

─ Só saiba que ninguém no colégio te culpa pelo jogo. ─ A frase pega Jeno de surpresa.

Renjun sem esperar por muito mais, dá um breve tchau e em seguida vira-se para ir embora.

Novamente sozinho, Jeno se joga de uma vez no sofá. Muita coisa havia acontecido para uma manhã só, assim, absorvia aos poucos os passados acontecimentos.

Para a sua infelicidade, algo dentro de si o fazia sentir que havia usado as palavras erradas para se expressar.


Notas Finais


AAAA MUITO OBRIGADA PELOS +200 FAVS, eu realmente não esperava por isso quando comecei a fic ❤️❤️❤️❤️<br /><br />espero estar fazendo um bom trabalho e estar sendo "digna" de cada um deles (nossa kk) <br /><br />enfim, beijos e até o próximo capítulo ❤️


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