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História Apenas Um Date - Sasodei - Imprevisto


Escrita por: _kaito

Notas do Autor


Lembrei de dar um pouco de atenção pra essa história, coitadinha quase não lembro dela kkkk

Desculpem o atraso, tava focando em outros dois projetos one shot, mas espero que gostem do capítulo quentinho.

Bye byee

Capítulo 4 - Imprevisto


 

 

Acalma-se Sasori, não aconteceu nada ainda, por que está tão nervoso? Ah é mesmo, você contratou um garoto de programa para fingir ser seu acompanhante durante um encontro só pra vencer uma aposta, mas agora Konan está prestes a te desmascarar.

Ou provavelmente você só está exagerando, você não foram os melhores atores do mundo, mas foram bem convincentes, Konan não descobriria tão fácil. Então se acalma e respira.

 

— Deidara é um garoto de programa.

 

Como se Respira?

 

— Honestamente eu não sei como você achou que eu não iria perceber, eu te conheço faz tempo Sasori...

 

Tudo bem, tá tudo bem, você ainda pode resolver as coisas. Mudar de país, viver em outro lugar com uma identidade falsa, um novo nome, uma nova vida. 

 

— Eu nunca vi você tão nervoso na vida! Nem quando tinha que criar aqueles animatronics super complexos e delicados. É incrível como aquele garoto fez com você, tá todo apaixonado.

 

Eu posso viver em uma casa de praia, passar os dias fazendo pranchas de surf em uma ilha afastada. É, não me parece tão ruim.

Enquanto sua mente viaja para outra realidade o corpo de Sasori permanecia imóvel a pelo menos uns dez minutos, as falas de Konan entravam em um ouvido e saiam no outro até uma certa palavra chamar a atenção do ruivo.

Apaixonado?

 

Sasori saiu do transe e tentou falar com a mulher, mas seu corpo se moveu sozinho quase o fazendo cair para frente, em um movimento rápido o ruivo recuperou o equilíbrio em uma posição engraçada semelhante a uma bailarina desengonçada, e aquilo chamou atenção de Konan que ainda estava em seu próprio mundinho, dizendo coisas sem sentido na cabeça de Sasori.

 

— Konan. O que você disse? — O ruivo tentava disfarçar o nervosismo com uma expressão neutra, coisa que aparentemente deixou a mulher irritada pela falta de atenção de Sasori.

 

— Onde você parou de ouvir? Na parte do banquete ou a lua de mel?

 

— Não. Tô falando da primeira coisa que você disse no início da conversa.

Banquete? Lua de mel? Quanto tempo eu fiquei fora?

 

— Que o Deidara é um garoto de fama? — A de olhos castanhos perguntava um pouco confusa também, provavelmente até ela se perdeu no meio de tantas falas.— Eu quis dizer que ele é especial, entendeu? Nunca te vi apaixonado.

 

Sasori a encarava incrédulo, tentava dizer algo, mas as palavras não surgiam. O olhar presunçoso de Konan caiu sobre ele, o deixando nervoso, desviando o olhar inconscientemente, e o pior: a voz dele estava ficando mais fina a cada negação.

 

— Eu NÃO estou apaixonado! — ele protestou, num tom agudo o suficiente para assustar um gato na rua.

 

Konan mordeu o lábio para não rir.

 

— Tá bom, jovem adolescente.

 

— Eu tô falando sério!

 

— Aham. E se eu disser "Deidara" três vezes no espelho, você desmaia aqui mesmo?

 

Sasori bufou, a cara ficando ainda mais vermelha.

 

— Eu só… aprecio os gostos de trabalho artístico dele. Isso não significa nada!

 

Konan piscou lentamente.

 

— "Aprecio os gostos de trabalho artístico dele"… Meu Deus, você tá ferrado.

 

— Para com isso, Konan! Ele é só um acompanhante que eu conheci e temos gostos em comum!

 

— E está comumente roubando seu coração.

— Eu NÃO—

— Se você gritar mais alto, acho que até o Hidan vai ouvir lá do estúdio.

Sasori cerrou os punhos.

 

— Eu. Não. Gosto. Dele.

 

Konan cruzou os braços, inclinando a cabeça de lado.

 

— Então me diz… por que você ficou encarando ele a noite toda igual um adolescente que acabou de ver seu primeiro amor de seriado?

 

— Eu não—

 

— E por que você fica todo nervoso quando ele fala sobre vocês ?

 

— ISSO NÃO—

 

— E por que quando ele sorri, você faz aquela cara de quem esqueceu como respira?

 

Sasori já tava suando.

 

— PARA DE INVENTAR COISAS!

 

Konan suspirou dramaticamente.

 

— Tudo bem, tudo bem… Eu só queria ver você admitir.

 

Sasori relaxou por meio segundo.

 

— Obrigado.

 

— Mas agora eu sei que você não admite porque VOCÊ MESMO já percebeu.— Konan conseguia ser tanto requintada quanto escandalosa, e advinha que modo ela escolheu para essa situação?

 

— AARGH!

 

Ele virou de costas, pronto para fugir da conversa, mas Konan o segurou pelo ombro, rindo.

 

— Relaxa, ruivinho. Eu não vou contar pra ninguém… por enquanto.

 

Sasori congelou.

 

— Como assim "por enquanto?! — O ruivo perguntou e só recebeu uma piscadela em troca

 

— Se você continuar negando, talvez eu tenha que espalhar uns boatos.

 

— VOCÊ NÃO OUSARIA—

 

A porta do banheiro se abriu de repente, e um garçom passou pelos dois, olhando estranhamente para Sasori, que tava ali, vermelho, bufando e com a voz fina de raiva. A situação foi o suficiente para ultrapassar o limite da vergonha de Sasori, que abaixou a cabeça e suspirou derrotado.

 

Konan sorriu vitoriosa.

 

— Agora, vai lá. O Deidara deve estar sentindo sua falta.

 

— Ele não—

 

— Sasorii~

 

Sasori engoliu em seco e saiu marchando de volta pra mesa silenciosamente.

 

Konan só riu e pegou o celular.

 

"Apostar com Hidan que Sasori se entrega até o fim do mês."

Isso vai ser divertido.

 

 

Sasori voltou para a mesa tentando recompor a dignidade que Konan tinha acabado de destruir, mas bastou ele sentar que Deidara já se inclinou na direção dele, com aquele maldito sorriso divertido.

 

— Sori, você demorou, hmm! Quase achei que tinha fugido e me deixado com esses dois.

 

Itachi e Kakuzu, que até então estavam ocupados com suas bebidas, levantaram o olhar ao mesmo tempo.

 

— Não seria a primeira vez que ele fugiria de um relacionamento. — Kakuzu comentou casualmente.

 

— Eu não estou num relacionamento. — Sasori respondeu automaticamente.

 

Itachi apenas arqueou uma sobrancelha.

 

— Você fala isso, mas nós discordamos.— O Uchiha dizia isso enquanto olhava para Deidara, quando o ruivo o encarou o mesmo apenas mudou a direção do rosto.

 

Sasori arregalou os olhos. Deidara estava com eles? Quando ficaram tão íntimos?

 

Konan chegou nesse momento, sorrindo satisfeita enquanto sentava ao lado de Itachi.

 

— E aí, perdi muita coisa?

 

— Só o Sasori negando o óbvio. — respondeu Itachi, tomando um gole de vinho.

 

— Como sempre. — Kakuzu murmurou.

 

Sasori olhou ao redor desesperado.

 

— Vocês estão todos contra mim?

 

— Não, gato. Eu tô do seu lado, hmm. — Deidara piscou para ele.

 

Sasori engoliu seco e desviou o olhar.

 

Konan sorriu vitoriosa.

 

— Certo. Já que todo mundo tá tão interessado na vida amorosa do Sasori, que tal uma aposta?

 

Kakuzu, que só prestava atenção quando ouviu a palavra aposta, levantou o olhar.

 

— Estou ouvindo.

 

— Eu aposto que até o fim do mês, Sasori vai admitir que gosta do Deidara.

 

Deidara abriu um sorrisinho animado.

 

— Isso tá ficando interessante, hmm.

 

Sasori os olhava incrédulo.

 

— VOCÊS NÃO PODEM APOSTAR ISSO!

 

— Podemos sim. — Itachi disse.

 

— E já estamos fazendo. — Kakuzu acrescentou.

 

Sasori olhou desesperado para Deidara, esperando alguma ajuda.

 

— Você não tem nada a dizer sobre isso?!

 

— Tô adorando a atenção, hmm.— O loiro disse com um sorriso.

 

Sasori só enterrou o rosto nas mãos.

 

Ele odiava ter esses malditos como amigos.

 

 

Sasori ficou resmungando baixo enquanto todos voltavam a comer, ainda tentando processar como a situação tinha saído do controle tão rápido. Konan apenas sorria satisfeita, e Deidara… bem, Deidara parecia se divertir mais do que qualquer um.

 

O loiro pegou um garfo e cutucou o prato de Sasori.

 

— Anda, Sasori, come alguma coisa, hmm. Não quero que minha futura paixão passe fome.

 

Sasori olhou para ele com puro ódio.

 

— Você está gostando de me torturar, não está?

 

Deidara riu.

— Nem um pouco, hmm.

 

Kakuzu, que até então parecia alheio à conversa, resolveu se intrometer.

 

— Sasori, é melhor você admitir logo. Vai me poupar o trabalho de recolher as apostas no final do mês.

 

Itachi concordou com a cabeça.

 

— Além disso, economiza energia. Você nega tanto que já tá começando a gastar calorias à toa.

 

— Vocês são terríveis.— Konan não segurou a risada após o comentário.

 

— Eles são terríveis?! — Sasori gesticulou para os três. — Você é a pior de todas

 

Konan tomou um gole do vinho, tranquila.

 

— Eu só trouxe a verdade à tona.

 

— Ah, vá para o inferno.

 

— Eu sou uma atriz, querido. Já estive lá, obrigada.

 

Deidara segurava o riso, até que decidiu que Sasori já tinha sofrido o bastante. O loiro deslizou a mão discretamente pela coxa do ruivo e sussurrou:

 

— Relaxa, gato. Eu não vou te forçar a nada, hmm.

 

Sasori endureceu no lugar, mas, pela primeira vez na noite, não conseguiu dizer nada.

 

Konan observava tudo com um olhar afiado, e um sorriso travesso se formou em seus lábios.

 

— Isso vai ser divertido de assistir.

 

Sasori sentiu um arrepio na espinha.

Ele estava ferrado.

 

 

A tensão que pairava no ar aos poucos foi se dissolvendo enquanto o jantar continuava. Sasori, mesmo ainda vermelho e emburrado, voltou a se concentrar na comida, tentando ignorar os olhares divertidos que Konan e os outros lançavam em sua direção.

 

Deidara, por sua vez, parecia se divertir com toda a situação, comendo tranquilamente e lançando olhares provocativos para o ruivo de tempos em tempos. Kakuzu, como sempre, estava mais focado em calcular o valor total da conta do que em qualquer drama romântico em andamento.

 

— Pelo menos o jantar valeu a pena — murmurou Kakuzu, analisando o prato à sua frente. — Embora eu ainda ache que poderíamos ter escolhido um lugar mais barato.

 

— A única coisa barata aqui é seu espírito — retrucou Konan, bebendo o restante do vinho com elegância.

 

— Discordo. O espírito dele também é caro — comentou Itachi, comendo calmamente.

— Tenho certeza que a alma do Sasori é a mais cara daqui.— Deidara disse em um tom divertido, mas ainda assim provocativo 

 

Sasori, que ainda estava sensível ao menor comentário, bufou.

 

— Qual é, agora você vai continuar me zoando pelo resto da noite?

 

— Sim, hmm. — Deidara sorriu, cortando um pedaço de carne do prato e o levando à boca.

 

O ruivo fechou os olhos, respirando fundo para não explodir ali mesmo.

 

Quando finalmente terminaram o jantar, Kakuzu pediu a conta — e soltou um resmungo baixo ao ver o valor — enquanto os outros se levantavam e se preparavam para sair.

 

— Muito bem, foi um prazer, senhores — disse Konan, se alongando levemente. — Agora, cada um para sua casa.

 

— A casa do Sasori conta como minha? — Deidara não perdeu a oportunidade de...nem o próprio Deidara sabia o porquê disso.— porque eu pensei em passar lá e ...

Sasori puxou a parte de trás do cabelo do loiro para o fazer parar, mas por costume a expressão de Deidara mudou rapidamente para algo mais "sensual", mas por sorte de ambos, esse fato aparentemente só foi notado por Sasori e o próprio Deidara que mudou novamente sua expressão, dando uma risada descontraída.

 

Saindo do restaurante, o grupo se dispersou aos poucos, cada um indo para um lado. Itachi, com um simples aceno, seguiu na direção oposta de todos. Kakuzu foi verificar se conseguiria reaver parte do dinheiro que gastou de alguma forma obscura e provavelmente ilegal.

 

Agora restavam apenas três: Konan, Sasori e Deidara.

 

Konan se virou para o ruivo, seu sorriso zombeteiro ainda presente.

 

— Não precisa me agradecer pelo empurrãozinho, Sasori.

 

O ruivo apenas revirou os olhos, resmungando algo ininteligível.

 

Deidara, ao lado dele, riu.

 

— Relaxa, gato. Um dia você vai me agradecer por isso, hmm.

 

— Um dia, bem bem distante — respondeu Sasori, lançando um olhar breve para o loiro.

 

Konan observou a troca de olhares e, satisfeita, decidiu que já tinha brincado o suficiente por uma noite.

 

— Bem, foi divertido — disse ela, dando um passo para trás. — Agora vou deixar vocês dois a sós. Não me decepcionem.

 

Sasori não teve tempo de retrucar antes que ela desaparecesse na noite.

 

O ruivo suspirou, passando uma mão pelo rosto.

 

— Eu te odeio.

 

Deidara sorriu.

 

— Hmm, eu sei.

 

E com isso, os dois começaram a caminhar juntos, até o carro que Deidara ainda lutava para lembrar de onde já tinha o visto antes.

 

 

O carro de Sasori cortava a estrada silenciosamente, apenas o som do motor e o leve balançar das árvores preenchendo o espaço. Deidara, sentado no banco do passageiro, estava inquieto. Ele nunca gostou de silêncios prolongados, especialmente quando sentia que algo estava no ar.

 

Então, sem conseguir se segurar, soltou a primeira coisa que veio à mente:

 

— Eu me saí bem, hmm?

 

Sasori sequer desviou o olhar da estrada.

 

— Você está perguntando sobre o jantar ou sobre sua performance como meu acompanhante de emergência?

 

— Os dois, claro! — O loiro riu, cruzando os braços. — E admita, esse foi o melhor date que você já teve!

 

Sasori bufou, um sorrisinho quase imperceptível escapando antes que ele pudesse se controlar.

 

— Considerando que a maioria dos encontros que tive foram arranjados por outras pessoas… Sim, talvez tenha sido.

 

Deidara arregalou os olhos, fingindo choque.

 

— Talvez? Essa foi a noite mais divertida da sua vida, admita logo, gato!

 

Sasori revirou os olhos.

 

— Exagerado.

 

O loiro riu, satisfeito com a reação, mas logo o sorriso diminuiu. Ele tamborilou os dedos na perna, hesitando antes de perguntar:

 

— Quando descobriu que gostava de garotos?

 

O ruivo continuou dirigindo, a expressão neutra.

 

— Eu não descobri — ele disse simplesmente. — Descobriram antes de mim. E meio que tiraram vantagem disso.

 

O ar no carro ficou pesado. Deidara sentiu um aperto no peito, mas tentou não demonstrar.

 

— …Sasori — ele começou, escolhendo as palavras com cuidado.

 

— Não precisa dizer nada — o ruivo interrompeu, sua voz calma, mas firme. — É passado.

 

O silêncio voltou a se instalar, mas desta vez não era incômodo.

 

Deidara desviou o olhar para a janela, mordendo o lábio. Ele queria dizer algo, talvez uma piada para aliviar a tensão, mas sabia que não era o momento.

 

Ainda assim, uma coisa era certa: ele não gostou da ideia de alguém ter machucado Sasori. E por mais que o ruivo tentasse esconder, Deidara sentia que aquela cicatriz ainda doía.

 

Quando finalmente chegaram em casa, Sasori girou a chave na fechadura e abriu a porta, entrando primeiro. Deidara seguiu atrás, observando o ambiente enquanto tirava uma parte do terno. Ao reparar calmamente na casa do ruivo dessa vez era exatamente o que ele imaginava: organizada, minimalista, sem nenhum detalhe supérfluo. Tudo parecia estar no lugar certo, meticulosamente planejado.

 

— Pode esperar no sofá — Sasori disse, sem nem olhar para ele. — Vou pegar suas roupas e o restante do dinheiro.

 

Deidara jogou-se no sofá de braços abertos, suspirando exageradamente.

 

— Awn, já vai me dispensar? — brincou, esticando-se como um gato.

 

Sasori ignorou o comentário e sumiu no corredor. Pegou as roupas dobradas de Deidara e conferiu o dinheiro que ainda precisava entregar. No instante em que o guardou no bolso, sentiu aquela vontade irritante de ir ao banheiro.

 

— Droga… — resmungou, apressando o passo.

 

Correu até o banheiro, entrou e, no automático, largou as roupas de Deidara dobradas sobre a pia antes de se aliviar. Depois de lavar as mãos, percebeu que seria melhor entregar tudo logo, então simplesmente chamou:

 

— Deidara, vem cá.

 

O loiro apareceu na porta em poucos segundos, com aquele sorriso despreocupado de sempre.

 

— Nossa, que formalidade, me chamando no banheiro e tudo… — ele riu, apoiando-se no batente da porta. — Vai me entregar minha gorjeta aqui mesmo, gatinho?

 

Sasori cruzou os braços, ignorando a provocação. Ele queria dizer algo, mas as palavras pareciam presas. Queria agradecer? Pedir para manter contato caso precisasse de um acompanhante de novo? Ele abriu a boca uma vez, fechou. Tentou de novo, nada saiu.

 

Deidara arqueou uma sobrancelha, estranhando o silêncio.

 

— Tá bem quieto. Quer que eu adivinhe o que é?

 

Antes que Sasori pudesse dizer qualquer coisa, Deidara interpretou do jeito dele. O loiro deu um passo à frente, seu olhar ficou mais felino, e a tensão no ar mudou completamente. Sasori tinha os olhos fechados tentando se controlar e pronunciar algo, quando abriu os olhos ficou confuso, e no instante seguinte sentiu um puxão sutil em seu cinto.

 

Seu cérebro deu um tilt quando percebeu o que estava acontecendo. Olhou para baixo, e ali estava Deidara, agachado à sua frente, com aquele sorrisinho irônico. O único som que Sasori se tornou capaz de fazer era "hum?".

 

— Heh, e eu achando que era tinta.— O loiro comentou ao descer uma parte da cueca de Sasori — mas quem diria, você é ruivo mesmo…

 

Sasori congelou.

 

— HUM??

 

Deidara mal teve tempo de processar algo antes de ser empurrado para trás com força suficiente para quase cair sentado no chão.

 

— MAS QUE  DROGA VOCÊ PENSA QUE TÁ FAZENDO?!

 

— Que foi?! — O loiro se defendeu, erguendo as mãos em rendição. — Você me chamou aqui, ficou todo calado, pensei que quisesse algo a mais, hmm!

 

Sasori estava vermelho, a voz trêmula de puro pânico.

 

— QUERIA O QUÊ?! EU SÓ QUERIA TE ENTREGAR SEU DINHEIRO E SUAS ROUPAS, SEU ANIMAL!

 

Deidara piscou algumas vezes. Depois olhou para a pia e viu suas roupas dobradas bonitinhas. Depois, viu a expressão de Sasori.

— Tá tudo aqui! Pode pegar! — O ruivo dizia enquanto se afastava rapidamente do loiro, tropeçando algumas vezes antes de chegar a pia e deixar o dinheiro lá.

Sem olhar para trás, ele saiu do banheiro a passos rápidos, os dedos desajeitados tentando desesperadamente fechar o cinto e subir o zíper da calça, enquanto sua mente gritava em puro pânico.

 

Deidara ficou parado ali por alguns segundos, ainda processando. Seus olhos foram da porta para o dinheiro na pia.

 

Então um sorrisinho brincalhão surgiu em seus lábios.

 

— Que fofo…

 

Ele pegou o dinheiro, vestiu-se calmamente e saiu do banheiro, encontrando Sasori de costas para ele, os braços cruzados, claramente tentando fingir que nada tinha acontecido.

 

— Relaxa, gatinho. Acontece, hmm.

 

Sasori bufou.

 

— Acontece nada! Você interpretou tudo errado!

 

Deidara riu.

 

— Ah, qual é! Eu sou um garoto de programa, você me chama no banheiro sem dizer nada, fica me encarando… o que eu devia pensar, hmm?

 

Sasori fechou os olhos e respirou fundo, muito fundo.

 

— Só… só vai embora antes que eu te jogue pela janela.

 

O loiro riu de novo, pegou suas coisas e caminhou até a porta, mas parou ali, olhando para Sasori com um brilho curioso nos olhos.

 

— Sabe, gato… Se quiser me chamar de novo, mas da próxima vez me avisar antes de eu ir direto ao ponto… Eu não reclamaria, hmm.

 

Ele piscou, abriu a porta e saiu, deixando Sasori com um milhão de pensamentos caóticos e o rosto vermelho como nunca.

 

Ele só queria encerrar a noite tranquilamente. Mas, pelo visto, tranquilidade e Deidara não eram duas coisas que combinavam.

Sasori tirou os sapatos formais, removeu o relógio de pulso e se jogou no sofá, apagando ali mesmo.

 

Deidara andou pouco mais de um minuto até o mesmo carro que antes o trouxe veio o buscar, ele entrava, mas dessa vez se sentou no banco de trás. Olhava com um sorriso para a janela observando a casa do ruivo se distanciar, o motorista perguntava algo e Deidara respondia tranquilo.

 

— Não. Já recebi o suficiente para uma semana inteira.

 


Notas Finais


Acho que posso mudar o nome do capítulo para " Diga não ao bullying contra ruivos" Kkkkk

Eai? Oque acharam?


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