História Apenas um dia, uma noite. - Eu te amo, Ella.

Acordo totalmente desesperada. Estou em um quarto de hospital procuro por Aelin, não a vejo, mas vejo Yoongi deitado na cama ao lado. Lágrimas de alívio invadem os meus olhos. Me levanto da minha cama e deito na dele pendurando meu soro junto ao dele.

— Yoongi? — Eu o chamo e dou um beijo em sua bochecha. Passo meus dedos pelos seus cabelos. — Yoon? — Beijo o canto da sua boca. Yoongi se mexe minimamente. — Yoonie? — Dessa vez ele abre os olhos lentamente.

— Ella? É você mesmo? — Yoongi passa a mão pelo meu rosto — Não é sonho?

— Se for um sonho, eu mato quem me acordar. — Abraço Yoongi mas não o aperto, não faço ideia do quanto ele está machucado. Nos deitamos frente a frente, não consigo parar de olhar para Yoongi.

— Eu achei que fosse te perder. — Yoongi coloca a mão no meu rosto.

— Eu não vou a lugar algum. Será que podemos ter alta em breve? Odeio hospitais e quero muito ver a Aelin.

Como se fosse a resposta que faltava, um médico entra no quarto acompanhado por duas enfermeiras. Aparentemente estamos aqui há dois dias. Aelin recebeu alta no dia seguinte ao resgate do sequestro e está sob cuidados dos meus pais.

— Quanto a vocês dois, receberão alta hoje à tarde. — o médico nos informa sobre os cuidados após a alta e parte com as enfermeiras.

Me aconchego em Yoongi e sugiro que tiremos uma soneca, já que não podemos receber visitas nem receber alta. Acordamos algumas horas depois com uma enfermeira entregando roupas trazidas pela família e artigos de higiene.

Optamos por tomar banho juntos depois que eu senti uma leve tontura enquanto tentava tomar banho sozinha. Por fora o corpo de Yoongi parece bem, ele não quebrou nada e tem dois ou três hematomas pelo corpo. O que me preocupa são as feridas psicológicas. De acordo com Yoongi haviam hematomas no meu rosto, pernas, costas e braços. Quando o horário de visitas começou, nosso quarto ficou lotado. Quem eu mais precisava ver estava lá, Aelin, vestida de ursinho, não consigo deixar de chorar.

— Mama — Aelin diz estendendo os braços para mim.

— Ai meu Deus, ela disse mamãe. — Eu começo a chorar outra vez.

Uma enfermeira entra no quarto e informa que o médico que está nos acompanhando precisa falar conosco individualmente e então teremos alta. Yoongi vai primeiro, não quero me separar dos dois, mas é necessário. Vou ao consultório, o médico faz mais recomendações e me dá alta.

Na saída do hospital temos que lidar com uma quantidade absurda de fotógrafos e fãs gritando, tirando fotos, filmando. É assustador, mas Yoongi está comigo e eu tenho que ser forte por ele como ele é por mim.

Em casa, visitas vem e vão durante todo dia, amigos e parentes (senhor e senhora Min) nas últimas semanas. Incluindo um psicólogo, que basicamente me deixou aliviada em saber que aparentemente não haverá lembranças ruins para Aelin. Yoongi e eu devemos seguir com o acompanhamento por mais algum tempo. Meus pais estão de volta aos Estados Unidos. Jack (a quem eu nunca vou perdoar) não trabalha mais conosco, a Big Hit não confia nele e eu também não. Sasaeng que eu descobri se chamar Meghan foi presa, será julgada e responderá pelos seus crimes aqui mesmo, a vida da garota acabou, vai responder por lesão corporal, cárcere privado, tentativa de homicídio, fora agravantes. Leon acabou morrendo e a culpa é minha, por algum motivo bizarro convenceram a polícia de que foi legítima defesa, então, nada de cadeia para mim. Mas nem tudo são notícias ruins, de toda essa história saíram coisas boas.

BTS vai criar um fundo para cuidar de vítimas de violência doméstica, como a esposa de Leon, a casa onde Yoongi e Aelin foram mantidos reféns será transformada em abrigo seguro para as vítimas. Halsey tentou voltar para o bueiro de Pennywise dela e por burrice dela, e um dedo de Amy com uma denúncia, foi presa por utilizar equipamento da CIA sem autorização, o que rendeu a queda de um sistema de desvio de equipamentos. Amy recebeu uma medalha por essa merda e estamos seguros por enquanto.

Amy e Jungkook acabaram tendo seu relacionamento exposto por um site que fez um compilado de fotos dos dois saindo de lugares juntos e assumiram a coisa toda sob a fachada de que "estão se conhecendo". Jisoo e Jin estão trabalhando para tentar anunciar o namoro de forma que não prejudique a carreira dela por conta do contrato e tudo mais. Finalmente os dois compraram uma cama, Jin se mudou e agora é nosso "vizinho" de prédio.

Chin-Mae, babá de Aelin se ofereceu para cuidar dela em tempo integral, se mudando temporariamente para o quarto de hóspedes. Mike e a equipe garantiram que não preciso me preocupar com o trabalho por enquanto. A Big Hit comunicou que as atividades serão reduzidas por tempo indeterminado, Army em peso demonstrou seu apoio diariamente à todo o grupo, foi incrível.

É a primeira vez que aparentemente, Yoongi e eu dormimos a noite toda. Passo a mão no seu lado da cama, ainda de olhos fechados, Yoongi não está aqui. Tento manter a calma apesar do meu cérebro gritar que há algo errado. Temos o acordo de não sair sem avisar o outro. Ouço a porta do quarto abrir, abro os olhos e vejo Yoongi carregando Aelin e uma bandeja.

— Feliz dia das mães, Ella. — Yoongi deixa a bandeja na mesinha e coloca Aelin na cama que engatinha até mim. Seu sorriso ganhou mais um par de dentes, a cada dia que passa, ela se parece mais com o pai. Yoongi beija o topo da minha cabeça e senta ao meu lado me entregando a bandeja.

— Obrigada meus amores. — Seguro a mão de Yoongi e dou um pequeno beijo em sua bochecha. Desde o sequestro temos agido de maneiras um pouco estranha um com o outro, eu o amo, mas sinto que ele precisa de espaço.

Tomamos o café da manhã e passamos o dia juntos. Amy apareceu à tarde para uma visita e fazermos uma chamada de vídeo para mamãe.

— Já que eu não estou perto da minha primeira mãe, eu precisava visitar a segunda MÃE. — Amy afirma me abraçando.

— Segunda mãe?

— Claro. Ella, você me ensinou tanta coisa, cuidou de mim e sempre apoiou meus sonhos, por mais loucos que fossem. Se isso não é ser mãe, eu não sei que nome dar.

Dou um abraço apertado em Amy. Como pode existir pessoa tão preciosa assim?

— Ah, meu amor. Eu sempre vou estar aqui por você.

— Eu sei. Também sei que você acha que dia das mães não é sobre presentes mas eu quis comprar algo para você. — Amy diz me entregando uma caixinha.

— Uma pulseira, — digo ao abrir a caixa com cuidado — espero que não tenha uma câmera nela. — Dou risada e Amy me abraça. — Obrigada, querida. Você é sempre um amor.

— OK, vamos cortar esse clima de final de novela mexicana. Preciso ir. Vou tirar algumas fotos naquele parque no centro.

— Tudo bem. Se cuide! Em todos os sentidos, Amy! Sou jovem de mais para ser avó! — grito a última parte porque Amy já estava saindo.

Yoongi surge do corredor um tanto confuso.

— Quem vai ser avó?

— Eu. Daqui muitos anos.

— Por falar em ser avó. Você disse algo para Aelin naquele dia. Que ela talvez fosse ganhar um irmãozinho. — Yoongi abre o maior dos sorrisos.

— Ah. — odeio dar notícias ruins — Eu estava duas semana atrasada. Achei que fosse, mas perguntei ao médico quando tivemos alta. Alarme falso. Me desculpe por te fazer criar expectativas — por algum motivo idiota, começo a chorar. Yoongi me alcança e me abraça.

— Ella, olhe para mim. — Yoongi me olha sério, mas cheio de amor também — Foi só curiosidade mesmo, não precisa ficar assim. Temos Aelin, temos um ao outro. Somos jovens e podemos planejar mais filhos mais adiante. Eu sei que seu leite ter secado e termos que passar a dar mamadeira para Aelin te entristeceu, mas tenho certeza de que isso não te faz menos mãe. — Lágrimas pesadas escorrem pelo meu rosto, mas Yoongi está lá para enxugar cada uma delas — Não foi sua culpa. Não foi culpa de ninguém. Vai ficar tudo bem.

Eu apenas o abraço e ficamos assim, aninhados no sofá assistindo filmes esperando Aelin acordar. Durante o jantar, descobrimos que Aelin aprendeu mais algumas palavras. Não sei quem tem o sorriso mais radiante, Yoongi ou eu. Colocar Aelin para dormir sempre foi um dos momentos mais preciosos do meu dia, esse sentimento é triplicado agora.

— Que música é essa? — Yoongi sussurra para não atrapalhar — Nunca ouvi você cantar essa.

Quando tenho certeza de que Aelin adormeceu, a coloco no berço e saímos do quarto. Yoongi ainda me olha questionador, então lembro sua pergunta sobre a música.

— É Metallica. — Yoongi me olha incrédulo — O que? É Nothing else matters. É um clássico. Meu pai cantava isso para Amy e eu quando éramos crianças. Aelin tem que estar aberta a todo tipo de música.

— Eu sei e concordo. É só que eu não imaginava que você tivesse um gosto musical tão eclético.

— Sempre uma caixinha de surpresas. — Pisco para Yoongi e caminho em direção ao nosso quarto, ele me segue.

— Sabe, eu... — Yoongi para de andar e parece nervoso — Eu acho que já... — Ele fecha os olhos com força e nega com a cabeça.

— Yoongi, olhe para mim. — Ele o faz. — Eu te amo e nunca vou julgar você independente do que diga. Você passou o dia tentando me falar algo, não tenha medos ou receios, meu amor por você é incondicional. — Seguro sua mão e começo a andar o arrastando comigo. Então ele para mais uma vez, me puxa em sua direção e me beija. O beijo é parecido com os que dávamos antes de toda essa confusão, como o dado no estúdio que foi interrompido.

— Senti falta disso. — A voz de Yoongi sai baixa e rouca, o que desperta lugares específicos no meu corpo.

— Eu também senti.

— Sabe do que mais eu senti falta? — A pergunta vem acompanhada do melhor sorriso "molha calcinha" que esse filho da mãe já me deu.

— Do que?

— Nossos banhos de banheira e tudo depois deles.

Yoongi pressiona seu peito contra as minhas costas. Sinto seu pênis levemente pressionado contra a minha bunda. Suas mãos seguram meus seios e seus lábios pressionam beijos em meu pescoço.

— Yoon... Não sei se consigo esperar chegarmos no quarto desse jeito.

Yoongi me pega no colo, minhas pernas entrelaçadas em sua cintura, ele me aperta contra sua ereção o que me faz rebolar contra ele em busca de mais contato. Paramos no banheiro, Yoongi liga a água sem me tirar do colo dele e se senta na beirada da banheira onde continuamos os amassos. Definitivamente Yoongi não perdeu a prática, em menos de um minuto eu já estava totalmente nua e excitada, eu o ajudo com as suas roupas e logo estamos na água.

Ainda sentada em seu colo, eu o encaixo em minha entrada e sento devagar. Yoongi joga a cabeça para trás e geme meu nome arrastado. Beijo seu pescoço e ombro, as mãos de Yoongi seguram meus quadris com força ditando o ritmo dos movimentos. O banheiro já está alagado, os espelhos embaçados, Yoongi acelera os movimentos e passa a estimular meu clitóris. Sinto meu corpo inteiro pulsar e se contrair antes de se liberar em um orgasmo delicioso, Yoongi me segue e seu orgasmo parece ser tão intenso quanto o meu.

Terminamos o banho e seguimos para a cama enrolados em nossos roupões. Yoongi joga meu roupão longe e me deita no meio da cama.

— Hoje eu vou amar você, matar a saudade que eu tenho do seu corpo — as mãos de Yoongi passeiam pelo meu corpo— do seu cheiro — Ele afunda o nariz no meu pescoço — do seu gosto.

E Yoongi o faz, definitivamente, totalmente. Ele traça uma trilha de beijos dos meus tornozelos até meus lábios. Eu me sinto em chamas apenas com seus beijos e carícias. Chupões são deixados no meu pescoço e pela primeira vez há tanto tempo, nos meus seios, ele os morde, belisca, brinca com os bicos rígidos de excitação. Seguro seus cabelos firmemente, direcionando sua língua nos pontos certos. Enquanto sua boca estimula meu seio esquerdo, o direito é estimulado por uma das mãos e a outra vaga para meu clitóris, estou a ponto de enlouquecer com tantos estímulos. Minhas costas mal tocam o colchão sobre mim.

Yoongi abandona meus seios e começa a deixar beijos em minhas coxas, além de mordidas na parte interna delas. Ele me morde, assopra e beija, eu sou uma bagunça de gemidos e suspiros. Quando sua boca começa a explorar os grandes lábios e mais a fundo não consigo manter os gemidos em um tom baixo, Yoongi me olha satisfeito por saber o efeito que tem sobre mim, seus dedos compridos sabem exatamente onde me tocar para me levar ao paraíso. Ele tem total controle sobre meu corpo e meus sentimentos nesse momento.

— Você prefere que eu te faça gozar assim ou com o meu pau? — Yoongi pergunta sedutoramente. Ele nunca foi tão ousado, adorei essa nova faceta dele.

— Que tal os dois?

— Você é quem manda. — Quando sua boca volta ao trabalho, é de maneira muito mais intensa e eu acabo gozando mais uma vez.

Mal tenho tempo de me recuperar, Yoongi já está sobre mim, encaixado em minha entrada e deslizando lentamente até estar totalmente dentro de mim. Nossos gemidos se tornam a sinfonia perfeita para o momento. Respirações ofegantes e estocadas profundas, o clima do quarto é totalmente excitante e delicioso, as mãos de Yoongi se entrelaçam às minhas enquanto ele olha para mim, diretamente para os meus olhos e me beija.

— Eu te amo. — Yoongi diz e meu coração falha uma batida.

— Eu também te amo. — Estamos em total sintonia no momento — Yoon, eu vou...

— Eu também — Ele me interrompe, mas suas estocadas não param. Logo estamos os dois gozando juntos em uma sintonia que eu julgava estar perdida.

— Obrigada por não desistir de nós.

— Eu nunca vou desistir de nós, Ella.

Yoongi me abraça e eu descanso em seu peito, nossas pernas entrelaçadas. Juras de amor sussurradas em um quarto escuro.