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História Apenas um dia, uma noite. - Gelo e fogo


Escrita por: ArmyTiaDosGatos

Capítulo 74 - Gelo e fogo


Ella

A semana que chegamos de Seattle foi, no mínimo, caótica. Aelin teve infecção de garganta e não ficou nada bem. Somado à Yoongi com ensaios puxados para a premiação. Meus planos de trabalho felizmente estavam parados, senão teria sido impossível. Nina foi imprescindível para mim nesses dias. Ela estava ficando no dormitório com Namjoon, mas passava boa parte do dia comigo. Melhor que ficar sozinha.

No dia da premiação, tive uma surpresa. Nina, Emma e Amy, linda e radiante pós lua de mel, apareceram para assistirmos juntas. Já que nesse ano a organização não permitiu convidados. Yoongi concorria a prêmios com o BTS, mas também sozinho como produtor para Hyuna. Me sentia ansiosa por saber como os prêmios são importantes.

— Papai! — Aelin diz apontando para a tela, fazendo todas nós voltarmos nossa atenção para a televisão.

O entrevistador fala sobre o álbum mais recente, menciona os recordes e questiona sobre o lado criativo das músicas e MV's. É uma entrevista tranquila. Yoongi definitivamente está lindíssimo com seu terno. Observo os demais, mas meus olhos sempre voltam ao mesmo lindo coreano. O cabelo escuro levemente maior do que o de costume.

— Isso me lembra quando nos reuníamos para assistir a premiação no apartamento de vocês. — Emma diz ao conversar com Amy.

— Nossa, parece que faz uma vida. — Minha irmã responde sorrindo.

A entrevista deles logo termina. Dando lugar a outro grupo. Aproveito para ir até a cozinha reabastecer nossos lanches e checar se arrumei toda a bagunça. Acabo aproveitando para enviar uma rápida mensagem para Yoongi, lhe desejando boa sorte e elogiando o quanto ele está bonito.

— Ella! Vem ver isso. — Nina me chama um pouco escandalosa.

Chego a tempo para ver Yoongi outra vez sendo entrevistado. Dessa vez por uma repórter, ele está acompanhado por Hyuna, provavelmente vão falar sobre sua produção para algumas músicas do álbum dela.

O repórter pergunta à moça como foi trabalhar com Yoongi e ela gentilmente diz que foi fácil, tranquilo e divertido. Yoongi por sua vez elogiou seu profissionalismo e até então achava que a entrevista havia chegado ao fim.

Suga, a imprensa americana noticiou sobre seu futuro bebê. Para quando podemos esperar o novo herdeiro? — O repórter intrometido pergunta.

Vejo Yoongi ficar tenso. Ele olha em volta, provavelmente procurando por Song-ni. Ela geralmente resolve esse tipo de situação. Felizmente, Hyuna salva o dia.

Se eles estão ou não esperando um bebê, isso não é da conta de ninguém. Se nada foi publicado oficialmente, não passa de especulação. Tentar arrancar isso em uma entrevista às vésperas da premiação é grosseiro. — Ela então enrosca o braço de Yoongi ao seu. — Vamos. Essa entrevista já terminou.

Ela puxa Yoongi para longe e eu me sinto mais tranquila. Em menos de dez minutos recebo uma ligação.

— Tudo bem? — É a primeira coisa que pergunto.

Sim. Tudo bem por aqui. Liguei para saber se você viu, se está tudo bem. — Yoongi suspira, ele definitivamente está frustrado com isso.

— Por que não estaria? Hyuna está por perto?

Sim. Está aqui.

Olá querida! — Ela parece ter tomado o telefone da mão dele.

— Eu te devo uma. Você foi sensacional! Se precisar de algo e achar que posso te ajudar, não hesite em me chamar.

Pode deixar. Vou passar para o seu garoto agora.

Oi.

— Está tudo bem por aqui, não se preocupe. Vá até lá, faça um show fantástico, ganhe seus prêmios e venha para casa.

Certo. Tenho que ir.

— Boa sorte.

Obrigado. Até mais tarde.

De fato, BTS varreu mais uma premiação. É tanto levanta e senta que a cota de agachamentos do dia provavelmente foi batida. Yoongi ainda levou um prêmio solo por sua produção, o que me deixou ainda mais orgulhosa. Assim que a premiação acabou, as garotas foram embora com a justificativa de que queriam parabenizar seus companheiros.

Quando Yoongi chegou, Aelin já estava dormindo. Ele tinha um amplo sorriso enquanto segurava seu prêmio. O mais surpreendente foi receber um abraço e um beijo quase normais por parte dele. Desde que o tratamento começou e tudo mais, ele até me abraça ou me dá um beijinho, mas sinto sua tensão ao fazer isso. Dessa vez parece ter sido levemente diferente.

— Parabéns pelos prêmios. — Digo recebendo um sorriso imenso.

— Obrigado.

— Está com fome?

— Não exatamente. Estou cansado, na verdade.

— Vá se deitar. Aelin já está na cama.

— Você vem? — Ele pergunta com um sorriso ameno.

— Vou repor o dispenser de ração de Holly e vou em seguida.

— Vou tomar um banho. Te espero na cama.

— Tudo bem.

Nossa despensa parece estranhamente cheia. É quase Natal, mas esse ano teremos que ficar por aqui. Todos "gastaram" boa parte das férias com o casamento, então só estamos livres após o ano novo. Cuido da ração e subo para o quarto. Yoongi está saindo do banheiro quando entro.

— Estou morto. — Ele diz se jogando na cama.

Natal geralmente é uma data empolgante, mas esse ano está totalmente deprimente. É como se eu tivesse sido tomada por um mau pressentimento de que algo ruim está para acontecer. Tentei me manter positiva e felizmente consegui disfarçar bem o meu incômodo. O ano novo me trouxe uma surpresa.

Os rapazes fizeram um show na virada do ano e tudo correu muito bem. Preferi ficar em casa, porque Aelin estava se recuperando de um resfriado. Yoongi chegou por volta das duas da manhã, tomou um banho rápido e foi dormir. Eu por outro lado, não consegui pregar os olhos. Isso facilitou a vida de Jin, que apareceu em nossa casa às quatro da manhã.

— Eu fiz. — Ele sorria orgulhoso apesar do grande arranhão que cobria sua bochecha e pescoço.

— Você...

— Eu terminei com ela! Estou livre! — Seu sorriso se tornou ainda maior.

— Shh. Entra. Vou fazer um café ou talvez um chá, não sei.

— Certo.

Jin se senta próximo à bancada enquanto pego biscoitos e café para essa conversa. Ele simplesmente não consegue deixar de sorrir, sei bem como é a sensação. Euforia, liberdade, independência.

— Conte tudo! Não me esconda nada. — Lhe entrego o café.

— Ela disse que queria ir para meu apartamento ao final do show. Eu concordei. Chegamos por volta das duas e então nós... Bem... Você sabe. — Ele fica sem jeito. — Então ela começou a dizer que eu não me saí bem nas apresentações, nem no meu desempenho na cama. Depois começou a debochar, dizendo que talvez eu não seja bom em nada. Doeu, Ella. Só que eu me lembrei de tudo o que eu já ouvi de outras pessoas. Questionei o que aconteceu com ela para que se tornasse tão amarga. Quando começamos a namorar, ela era doce e gentil com todos e agora parece uma mexerá, cruel e sem empatia. Nesse momento ela surtou e tentou me bater. Disse que eu não fazia ideia do quanto as coisas são difíceis para ela. Eu pedi, implorei, que ela conversasse comigo, que a ajudaria da melhor forma possível. Não funcionou. Ela só me acusou de ter tudo de mão beijada, ameaçou terminar então passei na frente e disse que cansei dela, de todo esse drama, das acusações infundadas e que queria terminar e nunca mais vê-la.

— Uau. Qual foi a reação dela?

— Primeiro ela me olhou como se alguém tivesse estapeado a cara dela. Totalmente perplexa. Então ela começou a gritar e quebrar coisas. Por último ela se vestiu e disse que vai esperar eu ligar para pedir perdão.

— Coisa que você não vai fazer. — Digo pegando um biscoito.

— Coisa que eu não vou fazer. — Ele sorri. — Eu me sinto tão... Eufórico. Livre. Sei que é porque meu corpo está inundado de adrenalina, mas fico feliz por ter terminado. Eu tinha esperanças, que ela voltaria a ser o que era antes. Depois da conversa com Lisa, percebi que eu nutria um amor por alguém que se foi e não vai voltar.

— Sinto muito por isso, Jinnie. — Seguro sua mão. — Sei que não é fácil tomar uma decisão assim. Saiba que pode contar comigo sempre. No que precisar. Mesmo que eu esteja do outro lado do mundo, vou dar o meu melhor para te apoiar.

— Obrigado.

— Não por isso. Quer dormir no quarto de hóspedes? Está muito tarde para você voltar para casa.

— Certo. Obrigado Ella.

— Não por isso. É descafeinado, pode tomar sem medo. — Aponto para a xícara.

— Esperta.

— Sempre.

Conversamos sobre a performance da última noite e sobre os planos dele para antes da partida para o Exército. Isso me lembra, talvez eu devesse preparar algo para Yoongi.

Jin dormiu até a hora do almoço, Yoongi também. Na verdade, todos parecem estar dormindo, menos eu. Resolvo organizar um pequeno churrasco para o jantar. É o primeiro dia do ano, nós merecemos. Cada um foi visitar sua família, restando apenas Yoongi, Aelin e eu em Seul. Foi divertido.

No final da noite Yoongi disse que tinha uma surpresa. E foi uma grande surpresa mesmo. Ele planejou alguns dias para esquiarmos e aproveitar a neve.

— Você adora neve, então pareceu certo ser nossa última viagem juntos antes de ficarmos separados. — Foi tudo que ele disse.

Tirar alguns dias para esquiar e aproveitar o inverno, foi uma das melhores ideias que Yoongi já teve. Whistler foi a melhor escolha, Aspen era a primeira opção, mas teríamos que lidar com muita gente. Não que vá ser tão diferente por aqui. Entramos no chalé e logo Aelin corre para explorar o lugar.

— Ela fica eufórica quando vê neve. — Comento com Yoongi, sentando no sofá.

— Ela é uma entusiasta do inverno, como você. — Ele responde todo sonolento.

— Realmente. Foi uma boa ideia tirar alguns dias para nós três antes de se alistar. — Ele se deita no sofá com a cabeça em meu colo, deixo um carinho em seus fios escuros. — Não prefere se deitar na cama?

— Você vem junto? — Pergunta de olhos fechados.

— Ainda não. Está tarde, tenho que colocar Aelin na cama primeiro. — Beijo sua testa carinhosamente.

— Eu vou com você. — Ele se levanta e seguimos por lados distintos procurando nossa pequenina.

Yoongi a encontra dormindo em um dos quartos. Visto seu pijama, me certifico que o aquecedor central está funcionando e então deixo um beijo em sua testa, Yoongi faz o mesmo e logo estamos indo para o nosso próprio quarto.

— Tomamos banho e já jantamos, então só nos resta deitar nessa cama maravilhosa e dormir. — Yoongi diz todo sorridente.

Tiro toda a roupa, mantendo apenas a calcinha e o sutiã. Sinto o olhar de Yoongi queimar sobre mim, mas tenho em mente o que o doutor Oh me disse. "O desejo está lá, mas a barreira também, então não force nada".

— Pode tirar o restante das roupas, não vou me incomodar. — Ele diz em um tom brincalhão. — Eu ainda lembro que você gosta de dormir nua no inverno.

— Eu gosto em qualquer época do ano, só que no inverno é ainda melhor. — Argumento.

— Nesse caso, fique a vontade o ano todo.

— É estranho fazer isso e você estar completamente vestido. — Comento deitando na cama, ainda trajando sutiã e calcinha.

— Não seja por isso. — Yoongi começa a se remexer sob os cobertores, aos poucos jogando as roupas para fora da cama. — Agora sim, pode tirar as suas.

— Tudo bem.

Removo as últimas peças e Yoongi prontamente me abraça unindo nossos corpos totalmente. Faço um carinho em seus cabelos, sendo retribuída com um carinho nas costas. Mal percebo quando caio no sono. Acordo na manhã seguinte com Aelin batendo na porta do quarto. Yoongi ainda dorme pesado, então me apresso em vestir algo e sair para cuidar dela.

— Mamãe, quero chocolate quente! E papetone! A nonna me deu um pedaço, e é muito gostoso! — Aelin ergue os braços comemorando o tal sabor do "papetone" . — E rabanadas! E leite de banana.

— Tudo bem, vá com calma. Se você comer tudo isso, a barriguinha vai ficar muito cheia e então você não vai conseguir aprender esquiar com a mamãe e o papai. Vai ter que ficar só deitada, perdendo toda a diversão. Pode ser rabanadas e leite de banana? Prometo que compro seu panetone para amanhã.

— Tudo bem.

Quando Aelin está quase terminando de comer, Yoongi aparece todo arrumado e bem vestido. Ele parece animado com essas pequenas férias. Percebo que estou sendo observada, mais intensamente que o normal, faço meu melhor para despertar esse lado dele. É um pouco egoísta da minha parte, mas preciso dele.

Terminamos o café e decidimos fazer compras. Não há muito na despensa e geladeira. As roupas de inverno nos permitem andar por aí um pouco mais tranquilamente. Apesar de ter ciência de que há seguranças conosco, nos sentimos quase normais com a falta de fãs gritando e enfiando coisas na cara de Yoongi para que ele assine.

— Vamos filha? — Yoongi pergunta.

— Espera papai! Tenho que pegar o RJ. Tio Jin disse para cuidar dele. — A pequena corre.

Logo estamos no carro, tentando dirigir em segurança na neve. O mercado não parece tão cheio, pelo menos o estacionamento não está tão cheio. Alguns minutos de espera para checarem a segurança e estamos prontos.

Yoongi e Aelin querem comprar as coisas mais estranhas que já vi. Então logo incumbi os dois para escolher cereais. Isso me deu tempo para pegar o que faltava.

— Ei, May! — Ouço alguém chamar, a voz parece familiar. — Ella Cecilia! Rainha dos fotógrafos. — Dessa vez eu me viro.

— Só tem uma pessoa no mundo que ainda me chama assim. — Observo o dono da voz sorrindo para mim. — Ethan! — Ele me abraça.

— Como vai? Eu não te vejo há séculos.

— Vou muito bem agora, como pode ver. — Aponto para Yoongi e Aelin escolhendo cereais.

— Eu mal acreditei quando vi as notícias. A coração de gelo se casando com um cara da música. — Yoongi chega e encara Ethan como se ele fosse uma ameaça.

Coloco Aelin no carrinho de compras e seguro a mão de Yoongi. É importante tranquilizar meu esposo do possível ciúme.

— Yoongi, este é Ethan, ele estudou comigo durante o ensino médio. Ethan, meu esposo Yoongi. E esta é Aelin, nossa filha. — Digo tentando minimizar a bomba.

— Prazer em conhecê-lo. — Yoongi se esforça.

— Igualmente. — Ethan sorri. — Como vai, fofura? — Ele cumprimenta Aelin, que acena gentilmente.

— Coração de gelo! — Ouço o chamado.

— Oi Jane. — Sorrio sendo simpática, ou pelo menos tentando. — Como vão as crianças?

— Ahh, aqueles pestinhas estão no chalé com as babás. É impossível trazer crianças ao mercado sem que elas façam escândalo por cada caixa de cereal com figuras de desenhos conhecidos. — Jane fala tão rápido que até eu fico confusa, imagino como Yoongi deve estar. — Oh, essa gracinha é sua? — Ela vê Aelin sentada no carrinho segurando seu RJ. — Oi Fofura! Como você se chama?

— Oi! Aelin. — Minha menina responde toda sociável.

— E quantos anos você tem, querida? —

— Três. — Ela mostra com os pequenos dedinhos.

—Oh meu Deus, você é adorável! — Jane elogia e Aelin sorri.

— Obrigada. — Minha pequenina surpreende até a mim com a resposta.

— Ella, sua filha é incrível. Esse sem sombra de dúvida é seu esposo. Oh, meu Deus! Ele é lindo. Meio baixinho. Dizem que asiáticos tem pau pequeno, é verdade? — Pisco atônita diante da ousadia dela, Yoongi parece ter entendido e fica calado. Por que caralhos todos me fazem essa pergunta?!

— Definitivamente não é verdade. Precisamos ir, muito o que aproveitar em pouco tempo. — Digo, já puxando Yoongi comigo.

— Oh, apareça no chalé com a sua família. Ainda não te agradeci por ter rejeitado o Ethan deixando ele para mim. — Jane diz com um sorriso amplo, Yoongi apenas me encara.

— Se der tempo. Me envie uma mensagem depois. — Digo saindo daquele corredor.

Todo processo de pagar e pegar os itens se torna tenso. Droga! Eu não queria ter que falar sobre isso, nunca. Ao entrarmos no carro, Yoongi me encara profundamente. Sei que vou enfrentar um pequeno interrogatório.

— Ele não era só seu colega de ensino médio, não é? — Ele pergunta sério.

— Yoonie, não quero ter essa conversa no carro, com Aelin prestando atenção em tudo. Podemos falar sobre isso mais tarde? — Peço sem tirar os olhos da estrada.

— Aelin, querida, quer assistir desenhos? — Yoongi pergunta e Aelin acena. — Aqui, use os fones para entender bem o que eles estão dizendo.

Com o telefone de Yoongi em mãos, Aelin se diverte e eu me sinto em um beco sem saída. Resolvo apenas falar.

— Ethan e eu éramos extremamente opostos, ele jogava basebol no time da escola e era um dos populares. Eu tinha meu círculo de amigos e o detestava por ser um completo babaca com uma das minhas amigas da época. Enfim, tive o azar de pegar aulas de matemática aplicada com ele. Eu matei aula para amedrontar uma garota que estava mexendo com a Amy um dia, na outra aula descobri que o professor passou um trabalho em dupla e coincidência ou não, Ethan era o único sem par porque os nerds não gostavam dele. Meu plano era fazer o trabalho sozinha, colocar o nome dele e seguir com a vida. Não foi bem o que aconteceu, nós viramos amigos, e então nós ficamos algumas vezes, eu queria me livrar da minha virgindade, ele da dele, então entramos em um acordo. Transamos e seguimos com a vida.

— Ele foi seu primeiro. — Yoongi afirma.

— Foi. Só que ele queria um relacionamento sério, um namoro de verdade e eu não. Então eu o dispensei e joguei Jane em seu colo. Hoje eles são casados, tem gêmeos e são felizes. E eu sou casada com o coreano mais gostoso do mundo e tenho uma filha maravilhosa com ele. Tudo certo, nada de ciúmes. — Yoongi sorri.

— Não vamos precisar visitar esses seus amigos, vamos?

— De jeito nenhum. Se Jane perguntar mais uma vez sobre tamanho de pênis asiáticos, eu vou cortar a garganta dela. Chegamos! — Anuncio.

Depois de guardarmos as compras, Aelin insiste que quer fazer um boneco de neve. Passamos boa parte do dia brincando na neve. Nada de esquiar hoje, ainda temos tempo. A pequena se divertiu tanto que mal conseguiu jantar antes de dormir.

— Ela dormiu? — Ele pergunta sentado próximo à lareira.

— Como uma pedra. — Respondo sorrindo.

— Me acompanha? — Ele me entrega uma taça de vinho.

— Absolutamente. — Tomo um gole aproveitando o sabor doce e amargo da bebida.

— Considere esse o nosso terceiro encontro. Você fica ainda mais radiante no inverno. Senta aqui? — Ele aponta para seu colo.

— Tudo bem. — Me sento de lado encosto em seu ombro. — Obrigada, por dizer que eu estou radiante. Não é só o inverno, mas poder passar um tempo com vocês dois. — Dou um beijo em sua bochecha.

— Desde que chegamos, estou me sentindo um idiota. Todo esse frio, neve, o clima não podia estar mais romântico e eu com medo de cruzar a linha mesmo depois de o doutor Oh aconselhar que eu teste meus limites.

— Yoonie, está tudo bem. Não precisa se forçar a nada. Nós dormimos juntos e totalmente nus. Como você se sentiu?

— Eu só me dei conta de que estávamos de fato nus e abraçados pela madrugada. Você se aconchegou contra meu corpo e sua pele parecia tão macia e suave. Não me senti mal, nem quando fiz carinho em você. Eu... Eu quero tentar algo. Posso?

— Claro, é nosso terceiro encontro. — Digo sorrindo.

Yoongi deixa sua taça sobre a mesinha ao lado e faz o mesmo com a minha. Pela primeira vez desde que tudo começou a desmoronar, sinto seus lábios tocarem os meus com outro tipo de sentimento que não seja carinho, é puro desejo, sinto sua língua deslizar contra a minha em um beijo lento e prazeroso. Deixo um carinho em sua nuca e aproveito seus apertos em minha cintura e coxa. Então ele vai parando aos poucos e deixa um último selinho em meus lábios.

— Você não faz ideia do quanto eu senti sua falta. — Ele diz encostando sua testa contra a minha.

— Eu também senti muito a sua falta, Yoonie. — Deixo um beijo em seu pescoço.

Trocamos beijos por mais algumas horas. Até começarmos a sentir sono. Então seguimos para o quarto, repetindo o mesmo ritual da noite anterior, ficando completamente nus e abraçados pelo resto da noite.

— Te Amo, Yoongi.

— Também te amo, Ella.

Dormir com Yoongi enquanto ele me abraça, está no Top 5 das minhas coisas favoritas no mundo. Acordar com ele distribuindo beijos pelo meu rosto, também deveria estar.

— Bom dia linda. — Ele sorri para mim.

— Bom dia lindão. Vamos esquiar hoje após o almoço? — Proponho.

— Seria ótimo.

Gastamos a manhã toda andando pela cidade. Aelin parece encantada com tudo. Compramos alguns mimos para amigos e família, e almoçamos em um restaurante da região, nos esquivando de Ethan e Jane que estavam no mesmo local.

— E se eu cair? — Aelin pergunta com medo da ideia de esquiar.

— Nós vamos estar com você o tempo todo. Não se preocupe. — Yoongi a tranquiliza.

— Você dirige até à estação? Eu estou com preguiça. — Minto, na verdade minha cabeça está doendo.

— Tudo bem. — Ele pega as chaves e dirige até a entrada da estação de esqui. — Vocês me encontram lá em cima? Tenho que atender essa ligação. — Ele mostra o telefone tocando, quando a empresa liga, é melhor atender.

— Ok. Vamos Aelin. — Ela segura em minha mão e entramos no local.

Entramos na fila para o teleférico, Aelin parece mais tranquila agora. Logo uma funcionária aparece para nos dar orientações sobre o que pode ou não ser feito na cabine. O passeio é mais aproveitado por Aelin do que por mim, mas algo parece errado. O barulho que a cabine faz, não parece ser o usual, acabo culpando minha dor de cabeça. Um alarme estridente começa a soar, definitivamente não é só minha dor de cabeça.

— Aelin, vem com a mamãe. — Seguro minha pequenina no colo e fico quieta.

— Mamãe? Esse barulho dói meu ouvido.

— Já vai passar, amor. Vai ficar tudo bem.

Eu não podia estar mais errada. Um cheiro de fumaça inunda a cabine. Isso não é nada bom. A porta se abre, todas as cabines param. Uma mulher sinaliza, da outra cabine, que há fogo sobre a nossa. Tento contatar o pessoal responsável, mas está tudo fora do ar. Quando penso que não pode piorar, um dos lados da cabine se solta do cabo. Aelin chora assustada. Olho para fora, a solução é pular, mas é muito alto.

— Querida, calma. Olhe para a mamãe. Confie em mim, nós vamos sair daqui. Tudo bem? — Ela acena positivamente.

Tiro um dos meus casacos e enrolo Aelin nele, para ter certeza de que ela não vai se machucar. A seguro no colo e respiro fundo. Me jogo quase de costas para manter Aelin segura. A neve cede sob nós, deslizamos rapidamente até sermos barradas por uma árvore. Meu pé atinge a árvore em cheio e eu solto um grito involuntário de dor. A cabine se solta totalmente do cabo e sai rolando até acertar algumas árvores mais abaixo.

— Você está bem, querida? — Aelin observa tudo com olhinhos arregalados. — Dói em algum lugar?

— Não. Mamãe, isso na neve é raspadinha de morango? — Ela aponta para uma mancha vermelha que se forma ao meu lado.

— Que droga! Não querida, é sangue. A mamãe se machucou um pouquinho, mas vai ficar tudo bem.

— Dói mamãe?

— Um pouco, querida. — Dói como o inferno, mas não vou contar isso para Aelin.

— Beijinho para sarar. — Ela diz e beija minhas bochechas.

— Me sinto melhor, filha. Obrigada.

— Mamãe, o papai vem buscar você e eu?

— Ele não vai poder vir pessoalmente, mas vai cuidar de tudo para que um bombeiro venha.

— "Bobero"?

— Bombeiro. Eles virão com um helicóptero e vão nos levar até um hospital, onde os médicos vão conferir se você não se feriu. Logo o papai vai estar lá e cuidar de nós.

— Tudo bem. — Ela em silêncio por um tempo. — Mamãe, como vamos esquiar agora?

— Hoje não vai ser possível.

— Ok. Será que o 'bobero' demora?

— Um pouco. Por quê?

— O papai está lá sozinho. — A preocupação dela é genuína.

— Os seguranças estão com ele, não se preocupe. Logo alguém aparece para nos buscar. Ainda bem que você deixou o RJ dormindo no carro. — Converso para que ela se mantenha distraída.

— Cobri ele mamãe. Vai ficar quentinho.

— Falando nisso, você está com frio?

— Não mamãe. Seu dodói está bem?

— Está sim.

Não, definitivamente não está. Tudo dói, arde e o frio parece me congelar aos poucos. Ouço um barulho ao longe. Cogito se pode ou não ser um helicóptero. Imagino o quanto Yoongi deve estar preocupado. Era para ser nossas últimas férias juntos antes do serviço militar obrigatório. Um tempo tranquilo e sossegado, não um caos completo com direito a acidentes e sangue. O barulho de torna mais alto. De fato, era um helicóptero de resgate. Minha preocupação era Aelin, que ela ficasse segura. Tento não deixar que minha menina perceba o quanto estou sentindo dor. Logo alguns socorristas aparecem. Um deles observa tudo com atenção.

— Eu sou Harvey, minha equipe e eu estamos aqui para resgatar vocês. — Um socorrista anuncia.

— Eu sou Ella, esta é minha filha Aelin. Ela não apresenta ferimentos, eu tenho um corte na perna, algumas escoriações e possivelmente uma torção. Eu gostaria que Aelin não visse nenhum ferimento feio, por favor. O pai dela estava no estacionamento.

— Ele será informado, não se preocupe. Uma moça aparece e pega Aelin, enquanto os outros socorristas me movem em uma maca. A socorrista segura Aelin com cuidado enquanto o helicóptero sobrevoa a região, me lembro de ver um hospital nas proximidades. Informo os dados de Yoongi e percebo que perdi meu telefone durante o acidente. Me sinto sonolenta, mal ouço a equipe trabalhar.

Acordo em um local completamente branco, as luzes incomodam meus olhos. Vejo uma cabeleira escura em uma poltrona, Yoongi. Onde está Aelin? Minha perna imobilizada.

— Yoonie? — O chamo preocupada, ele parece ficar de pé antes mesmo de acordar.

— Ella. Você está bem? Sente alguma dor? — Ele pergunta se colocando de pé ao meu lado.

— Não. Está tudo bem, Yoonie. Onde está Aelin? Ela está bem?

— Está com a sua mãe. Aquele Ethan avisou seus pais, além de ter te atendido. — Ele revira os olhos em puro desdém. — Joel está cuidando para que os responsáveis pelo acidente sejam punidos. E eu estou aqui garantindo que ninguém injete algo ao qual você é alérgica, durma para descansar bastante e fique confortável. Sei o quanto você detesta hospitais.

— Você é um anjo, não é senhor Min? — Seguro sua mão notando que está um pouco fria. — Suas mãos estão muito geladas, coloque debaixo do cobertor.

— Tudo bem. O que houve lá em cima? — Ele segura minha mão.

— A cabine parecia ok, mas na metade do caminho começou a ranger, inicialmente achei que era porque minha cabeça estava doendo, então parecia pior para mim, mas então um alarme soou e a porta se abriu. Quando uma mulher na cabine do outro lado sinalizou que estava pegando fogo, me desesperei. Achei melhor pular com Aelin, deslizamos e eu acertei a perna em uma árvore.

— Droga! Se eu estivesse lá... — Ele começa, mas eu o interrompo.

— Você talvez também estivesse machucado. Fico feliz que esteja bem.

A porta do quarto se abre revelando uma enfermeira e Ethan. É estranho vê-lo com toda a pompa de médico, usando jaleco e estetoscópio.

— Ella, fico feliz em ver que já está acordada. — Ethan é sempre sorridente, chega a ser engraçado às vezes. — Vamos fazer um exame rápido para checagem. Enquanto te faço perguntas, vou checando seus reflexos. Pronta?

— Ok.

— Data de nascimento?

— Quatorze de setembro de mil novecentos e noventa e quatro.

— Altura?

— Um e setenta e dois.

— Tem irmãos?

— Amy e Phil.

— Você não tem um irmão, Ella. — Ethan diz preocupado.

— Tenho, filho do meu pai. Longa história.

— Certo. Nome da sua filha?

— Aelin May-Min.

— Esposo?

— Min Gostoso Yoongi. — Digo por hábito. Vejo Yoongi sorrir todo convencido antes de se sentir envergonhado e abaixar a cabeça, e Ethan ri divertido. A enfermeira também acaba sorrindo.

— Ok. Alguma dor? — Ele pergunta mexendo no pé.

— Na verdade não. Seja lá o que injetaram no meu acesso, parece ecstasy, o que é extremamente estranho. — Digo mexendo os dedos, analisando a sensação estranha.

— Você ainda usa essas merdas? — Ethan pergunta bravo.

— De jeito nenhum. Foi só aquela vez. A experiência não foi ruim, a longo prazo seria uma merda. Mas esse troço no meu braço está muito estranho. O que é isso?

— Codeína. Seu esposo explicou seu quadro clínico, então essa foi a melhor opção.

— Ok. Alguma chance de aparecer uma grande xícara de chocolate quente e biscoitos? Eu realmente estou com fome e quero algo doce.

— Veremos o que pode ser feito. — Ethan sorri para Yoongi. — Está tudo certo, mas por segurança, vamos observar durante essa noite. Amanhã, se não houver surpresas, você poderá ir.

Ele se despede levando a enfermeira consigo. Yoongi me encara por alguns segundos antes de começar a rir.

— O que? — Pergunto confusa.

— Você é uma caixinha de surpresas. Ecstasy, Ella? Sério?

— Em minha defesa, eu tinha vinte e um e fui para Las Vegas com um pessoal da universidade. Ethan estava por lá comemorando o próprio aniversário. Nos encontramos e tinha esse amigo insano dele com balas e... Por que não? Só se tem vinte um uma vez.

— Você não era exatamente um exemplo de responsabilidade, mas eu já tive meus momentos, então não vou julgar.

— Eu tinha meus demônios, Yoonie. Não soube lidar com eles da forma correta no início. A partida da vovó, do vovô, namorar Leon, perder a Jess, cuidar de Emma, Nina e Amy, guardar o segredo da existência do Phil. Tem uma semana da minha vida que são flashes de um delírio infinito de álcool, antidepressivos e comida enlatada. Não justifica, mas era como eu podia lidar com os problemas na época. Não é quem eu sou hoje em dia, mas faz parte de mim. Marshall me tirou do buraco na época.

— Quando aquela garota nos ameaçou, eu quis te contar, mas você disse que não era necessário. Eu tive meus episódios, mas os caras estiveram lá por mim.

— Nem sempre fomos os melhores exemplos, mas isso não significa que somos definidos por erros do passado. Eles nos ajudaram a crescer e guiar para nos tornar quem estávamos destinados a ser. — Bocejo involuntariamente.

— Vou buscar algo para você comer. Durma um pouco.

Faço como Yoongi sugeriu. Me sinto bem cansada. Quando acordo novamente, ele está de volta.

— Wow, essa é uma grande xícara de chocolate quente. — Digo com um amplo sorriso.

— É sim. E totalmente seu.

— Meu herói.

Yoongi sorri e então tira da sacola biscoitos.

— Casa comigo?

— Outra vez? — Ele pergunta sorridente.

— Claro.

— Dessa vez no Canadá?

— Exatamente. — Começo a comer, tudo está fantástico.

Yoongi me observa preocupado. Deve ter sido um susto muito grande.

— Tudo bem? — Pergunto, tentando fazer com que ele se abra.

— Sim, eu só... — Ele suspira.

— Está tudo bem. No final deu tudo certo. Exceto essa botinha de imobilização horrorosa no meu pé. — Faço uma careta exagerada.

— Não é seu melhor acessório de moda.

Acabamos rindo da situação. Quando sinto sono novamente, peço Yoongi para deitar comigo. Está frio de mais para ele ficar na poltrona. Na manhã seguinte, fazem mais exames e só então recebo alta.

De volta ao chalé, meus pais resolveram cuidar das partes complicadas e incumbiram Yoongi de cuidar de mim. Incluindo me alimentar e é isso que ele está fazendo no momento. Não resisto à oportunidade de observar cada traço seu.

— Você vai ficar aí me encarando? — Ele pergunta sorrindo.

— Você fica muito sexy cozinhando. É melhor do que qualquer pornô que eu já tenha visto. — Elogio.

— Nesse caso, acho que você merece acomodações na primeira fila. — Ele diz me sentando sobre a bancada.

— Continue seu belo trabalho cozinhando. — Digo sorrindo.

— Acho que tenho uma ideia melhor.

— Melhor do que ver você todo gostoso e concentrado cortando legumes? Acho difícil.

Yoongi se encaixa entre minhas pernas e se aproxima. Há uma chama em seu olhar. Uma que não vejo por um longo tempo, mas está ali, me convidando para os mais luxuriosos prazeres. Ele aproxima nossos lábios.

— Seus pais disseram que só chegam em casa à noite. Eles querem um tempo com a neta.

— Isso quer dizer que temos o restante do dia só para nós dois. O que faremos com tanto tempo livre?

— Tudo. — Ele sorri malicioso. — Tenho meses de saudade para matar. Saudades do seu cheiro, — seu nariz se aprofunda em meu pescoço — da sua pele macia, — os dedos percorrem meu braço.

— Humm... Yoonie. — Deixo um carinho em sua nuca quando ele me beija. — Eu realmente espero não estar sonhando outra vez.

— É real. Vou te provar que dessa vez é real.

Ele me deita sobre a bancada e sobe meu vestido, se livrando da minha calcinha em seguida. Sinto beijos e mordidas suaves na parte interna das minhas coxas. Uma de suas mãos segura a minha. É minha âncora com a realidade. Sua língua toca meu clitóris, é o suficiente para que eu me arrepie. Seus olhos me encaram com desejo. Faz tanto tempo, mas ele ainda sabe como fazer e meu corpo responde à ele intensamente.

— Yoonie...

Meus dedos coçam para tocá-lo, mas tenho medo, então me contento em apertar minhas coxas. Meu corpo se contorce involuntariamente respondendo à ele e não a mim. O orgasmo me atinge tão rápido e tão forte que minha visão parece escurecer por alguns segundos.

Quando é minha vez de retribuir, Yoongi me para. O encaro confusa.

— Eu ainda não me sinto pronto para receber isso de você. Me desculpe.

— Está tudo bem. — Passo a mão em seu rosto. — É sério, amor. É seu limite e vou respeitá-lo do início ao fim. Porque eu te amo. — Sorrio para ele.

— Também te amo. Vamos subir para o quarto. Vai ser mais confortável para sua perna.

Yoongi me carrega no colo até nosso quarto. Me coloca na cama com tanta delicadeza que me sinto amada. Ele tranca a porta e então começa a tirar as próprias roupas.

— Eu fantasiei algo mais ou menos assim várias vezes durante o banho nos últimos meses. — Confesso.

— Eu sei. Ouvia você às vezes. Ficava quase louco.

— Eu te amo, Yoongi.

Quando ele se deita sobre meu corpo, sinto o coração acelerar. Os beijos ardentes e suas mãos passeando pelo meu corpo me levam à loucura.

— Posso tocar você? — Pergunto receosa.

— Pode. — Ele leva minha mão até seu peito. — Eu sou seu, Ella.

O beijo com todo amor que sinto. Quando ele entra lentamente, me sinto transbordar com as mãos diversas emoções. Mesmo querendo fechar os olhos e aproveitar a sensação, os mantenho abertos para observar Yoongi. Seus olhos encontram os meus, trocamos juras de amor. E é como brisa fresca no verão, como dançar na chuva ou dirigir pelo litoral sentindo a maresia.

Uma parte de mim mal consegue acreditar que depois de tanto tempo, de tudo que passamos, Yoongi finalmente está me tocando e me amando como antes. Só percebo que estou chorando quando ele me encara preocupado.

— Está tudo bem? Eu te machuquei?

— Não! Eu só... Estou tão feliz por ter esse momento com você depois de tudo. — O beijo.

— Te amo, Ella.

Yoongi se movimenta em um ritmo suave e prazeroso. Não é só sexo, é amor, puro genuíno e maravilhoso. Atingimos nossos orgasmos quase ao mesmo tempo. Ele me abraça e me mantém deitada sobre seu peito.

— Vai ser um bocado estranho meus pais encontrarem uma calcinha minha na cozinha. — Comento o fazendo rir.

— Quem disse que ela está lá? — Ele pergunta beijando meu pescoço. — Coloquei no bolso assim que tirei.

— Que bom.

O sinto traçar com a ponta dos dedos desenhos imaginários nas minhas costas. Meu pé dói, lateja como o inferno, mas não vou perder essa oportunidade por nada. Yoongi parece se lembrar do pé e da botinha horrorosa e me coloca deitada na cama, o pé apoiado em um travesseiro e então é ele quem se deita sobre meu peito.

— Tive tanto medo de perder vocês. Quando entrei na estação, as pessoas estavam comentando que uma das cabines se soltou. Fiquei desesperado.

— Tive medo por Aelin. Ela ficou tão assustada. Eu não me preocupei tanto, porque sabia que você cuidaria de tudo. Yoonie, eu estive pensando... Acho que vou procurar tratamento para o problema com o veneno, enquanto você estiver no exército. Não deve ser demorado. Eu realmente quero mais um bebê.

— Tudo bem. Pesquisamos tudo com calma quando voltarmos à Seul. — Ele beija minha mão.

— Você esgotou minhas energias. O que acha de dormirmos um pouco?

— Seu desejo, é uma ordem.


Notas Finais


Mais de um mês sem postar, mas voltei com estilo. Nosso casal está de volta!!?!!!
Obrigada por ler! 💜


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